A Hóspede Insuportável Que Roubou Meu Coração! escrita por Dri Viana


Capítulo 52
Capítulo 51


Notas iniciais do capítulo

Olha quem está de volta?!

Nossa que saudades que senti de vocês e de postar pra vocês.

E vocês sentiram falta das minhas postagens e de mim?

Ah espero que sim. Rsrsrs

Voltei com todo gás. Pique renovado, boas ideias para os projetos em andamento e também novos projetos.
Espero contar com vocês nesse meu retorno cheio de novidades.

Um grande beijo à cada uma e vamos enfim à atualização da fic.



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Às vezes como agora, eu tenho a ligeira impressão de que Sara lê a minha mente. É incrível como ela consegue desvendar meus pensamentos.

Mas é óbvio que eu não vou confirmar aquilo que ela deduziu acertivamente, sabe lá Deus como. Se eu fizer isso é capaz dela me zoar por aquilo. Nem em pesadelo que eu ia dizer pra ela que era virgem. Com certeza, ela não era mais e ia jogar isso na minha cara.

—Esse assunto de virgem novamente, não Sara. - Tentei desconversar.

—Me diz, vai. Você é virgem né?

—Eu já te disse que não sou mais. - Tentei levantar do sofá pra dar por encerrado aquele papo, mas Sara me impediu disso ao segurar no meu pulso.

—Você não vai fugir daqui sem antes me dizer a verdade. Vai, desembucha. Somos namorados, ou não somos?

—Somos! - Confirmei. _Mas o que isso tem a ver?

—Tudo! Namorados não tem esse tipo de segredo.

—Mas não tem segredo algum. Meu Deus! Eu não sou virgem. Já te disse.

Não ia revelar a verdade pra ela, nem a pau.

Ela ficou me encarando séria por um breve instante até que me disparou:

—Você vai insistir nessa mentira? - Eu pude ver sua insatisfação ao falar. _Tá bem, então. Achei que fosse ser verdadeiro comigo, mas pelo visto me enganei. Você prefere mentir.

Visivelmente chateada, eu a vi soltar meu pulso e sair do sofá, ficando de pé bem diante de mim. Antes mesmo que ela calçasse os chinelos e provavelmente, saísse dali e me deixasse sozinho na sala, eu a detive segurando em seu pulso assim como ela havia feito em mim segundos atrás, e pedi:

—Espera!

Certamente, eu ia me arrepender daquilo no instante seguinte, pois certamente, ela ia rir e zoar de mim quando me ouvisse, mas resolvi não seguir mais com essa mentira mesmo querendo.

—Ok. Eu sou virgem mesmo. - Admiti baixando a cabeça. Agora era esperar pela zoação começar._Pode começar a rir, me achincalhar, tirar sarro da minha cara, porque é pra fazer exatamente isso que você insistiu tanto em saber se sou virgem, né? Pois então, vai em frente, Sara.

Levantei a cabeça pra encará-la e encontrei-a com uma expressão tão diferente da quê eu esperava encontrar.

—Realmente acha que eu sou tão insensíve a esse ponto?... Tudo bem, admito que às vezes passo do ponto em algumas brincadeiras e tal, mas eu jamais tinha intenção de te zoar por isso.

Eu confesso que fui pego de surpresa com isso. Imaginei outra situação, outra reação dela quando lhe admitisse aquilo.

—Então me desculpa. Mas é que com esse seu jeito, eu achei que ia me zoar por isso. Além de tirar sarro da minha cara por eu ainda ser virgem e você não mais. Menos mal que eu me enganei.

—Duplamente se enganou. - Ela me murmurou e eu fiquei sem entender direito aquilo.

—O que você quis dizer com...

—Nada. Esquece.

—Me desculpa por ter pensado mal de você?

Ela apenas assentiu e logo depois me perguntou o porquê de eu ainda ser virgem.

—Se eu contar a verdade, você promete que não ri de mim.

—Ri por que?

—Porque certamente vai achar ridículo o que vou dizer.

—Olha, eu não ri quando você admitiu sobre ser virgem. Também não vou rir do que quer que vá me dizer agora, tá bom? Agora conta, vai.

Ela me pediu chegando mais perto de mim e depositando as duas mãos em meu ombro enquanto eu a abracei pela cintura.

—Tá bom. - Aceitei ciente de que ela ia achar ridículo o que eu diria, mas tudo bem. _É que eu quero que isso aconteça no momento certo e com uma garota que eu goste de verdade e que goste de mim da mesma forma. Não é só sexo que quero que aconteça, quero que seja mais que isso. Tem que ter sentimento, e esses sentimentos devem ser mútuos e verdadeiros. Ridículo, né?

Ela parecia surpresa com o que eu disse, mas em seguida sorriu-me de uma maneira tão linda que, se eu já não fosse apaixonado por ela antes, certamente, agora, eu me apaixonaria por essa garota.

—Não, não é ridículo, quatro olhos. E sabe de uma coisa?... Você é realmente um cara diferente da grande maioria por aí. - Ela confessou tocando meu rosto de um jeito tão carinhoso, que me fez sorrir.

—Só espero que seja um "diferente" bom pelo menos.

—E é.

Eu sentia que ela tava sendo de uma sinceridade pura comigo e isso era muito bom.

—Posso saber como você tinha tanta certeza de que eu era, realmente, virgem? Tá tão assim na minha cara isso?

Isso me intrigava muito.

Vi Sara sorrir com minha pergunta, mas não detectei que era um riso de ironia ou tampouco de deboche, era apenas um sorriso.

—Não, não tá tão na cara assim. Mas é que sei lá... Esse seu jeito tímido e bem envergonhado, me fez concluir quase que com certeza isso.

—Hum... - Eu não sei porquê, mas essa resposta não me convenceu muito. No entanto, não quis contestar Sara à esse respeito.

—"Hum", o quê?

—Nada.

—Sei...

Pelo visto assim como eu não acreditei muito na resposta anterior dela, ela também não acreditou muito nessa que dei. Resolvi me adiantar em dizer algo pra evitar que ela me contestasse a esse respeito.

—Sara, eu preciso te dizer que... você tava certa também quando mencionou sobre eu ainda não tá preparado. Realmente, não me sinto preparado ainda pra... a gente fazer isso. - Contei envergonhado. Por mais que eu sentisse que queria fazer, sabia que não tava preparado. Aquela vontade de fazer era pura empolgação do momento e não queria que as coisas rolassem dessa forma. Queria que fosse especial e rolasse no tempo certo e momento certo. E àquele ainda não parecia nem o tempo e muito menos, o momento. _Desculpa.

—Também não precisa se desculpar. Não é pra tanto. Talvez, você não se sinta preparado porque eu não seja a garota certa pra isso, né?

—Não, não é isso! - Me apressei em responder.

Se eu levar em conta o quanto eu já gosto demais dela e o quanto acho que ela gosta de mim na mesma proporção, certamente, ela é, sem sombra de dúvidas, a garota certa pra esse momento. E eu até quero que ela seja essa garota. Ficarei muito feliz se possivelmente rolar com ela a minha primeira vez, no entanto, pra isso eu preciso tá preparado pra esse momento, o que ainda não era o caso.

—Se quer saber, eu quero que seja com você.

—Quer?

—Sim, mas não nesse momento. Eu não tô preparado, me entende?

—Entendo bem, quatro olhos. - Ela piscou pra mim dando um pequeno sorriso que me deixou na dúvida a respeito do que ela quis dizer com aquele "entendo bem".

A nossa conversa acerca daquele assunto 'morreu' ali mesmo.

O restante da tarde e a noite, a gente não tocou mais nesse assunto. Falamos sobre outras coisas. Vimos TV juntos, jantamos e quando deu umas onze da noite, Sara disse que ia subir pra dormir.

Nos despedimos e ela seguiu para o quarto dela enquanto eu permaneci na sala. Estava sem sono algum então decidi por ficar mais ali assistindo ao restante do filme que a gente assistia.

Pouco tempo depois que Sara se foi, eu a imitei e resolvi subir, desse modo, nem assistí ao filme até o fim. Ficar sozinho ali não tava sendo divertido como era quando Sara estava em minha companhia.

Já em meu quarto, deitado na cama e sem um pingo de sono, eu encarava o teto e pensava no que quase aconteceu hoje à tarde entre eu e Sara. Se eu não tivesse me dado conta à tempo de pra onde as coisas estavam indo, a minha primeira vez teria acontecido ali mesmo no sofá da sala.

Fechei os olhos e suspirei ao lembrar do beijo que trocamos no sofá. Um beijo mais urgente que todos os beijos que já trocamos até então.

Era impressionante como o beijo dela fazia com que eu perdesse a noção do tempo e do espaço. Sem contar que ele fazia despertar desejos e vontades que garota alguma despertou com tanta intensidade em mim até agora.

—Sara... Sara... O que você tá fazendo comigo, garota insuportável?!

Sorri e logo em seguida, suspirei novamente, agora, ao recordar da maciez da pele dela sob a palma das minhas mãos. Cara, se eu não tivesse interrompido, a gente teria feito ali no sofá da sala, pois Sara parecia querer que as coisas acontecessem entre a gente. Podia sentir e ver isso nela. A forma como ela reagiu quando interferi no nosso beijo e depois contei que não podíamos fazer aquilo, me deu a exata impressão que eu a frustrei. Mas eu precisava interromper as coisas. Apesar de eu também querer e sentir o meu corpo desejar arduamente em ir frente no que fazíamos, mesmo assim... ainda não me sinto preparado pra esse momento. Preciso só de mais um pouco de tempo, se bem que... sei que não me resta muito tempo com Sara. Mas de uma coisa eu sei... É com ela! E será antes dela partir, caso ela ainda queira, óbvio.

...

Acordei cedão naquela manhã, mas não me levantei. Fiquei deitado, enrolando um pouco pra levantar. O motivo pra ficar de enrolação na cama? Não era preguiça, se vocês pensaram nisso. E tampouco, era por conta de sono. A razão era um sonho pra lá de... Interessante - pra não dizer outra coisa - que tive durante a madrugada com Sara e o qual pareceu quase real. Ela e eu, aqui na minha cama tendo a nossa primeira vez.

Nossa, pareceu tão real as coisas, que quando despertei completamente, suado, ofegante e excitado, em meio a madrugada, bateu imediatamente uma frustração por descobrir que tudo não passou de um sonho. Bem que eu gostaria que não fosse.

Ontem, eu não me sentia preparado, não que hoje eu já me sinta. Não é isso. Mas devo admitir que hoje, depois desse sonho da madrugada, eu sinto mais vontade ainda de dar esse passo com Sara do que sentí ontem. 

Só de lembrar os beijos dela... a pele dela em contato com a minha... sua boca sussurrando meu nome e outras coisas em meu ouvido... o corpo dela encaixado no meu como se fôssemos feitos um pro outro... Eu já sinto o meu corpo reagir violentamente ao sonho.

—Droga! Preciso de um banho frio agora!

Levantei da cama no mesmo instante, segui para o banheiro às pressas, arranquei a cueca e me taquei sob os jatos frios do chuveiro. Tomei o banho mais frio e demorado que podia pra acalmar meus ânimos. E quase quinze minutos depois, eu saia  de toalha do banheiro e mais "calmo" do que entrei pra tomar banho.

Enquanto me vestia, eu pensava que seria difícil encarar Sara depois daquele sonho e das reações que o mesmo me causou ainda pouco e de madrugada. 

Tinha sido algo inesperado. Uma situação que se me dissessem lá atrás que aconteceria hoje, eu riria com certeza em descrença disso. Eu tendo sonhos eróticos com Sara e ficando excitado ao pensar nela e eu juntos. Tá aí uma coisa que eu não apostaria nunca que fosse possível de acontecer dada o nosso estranhamente ao se conhecer. Mas aí tudo mudou, ou melhor, ELA bagunçou as coisas em mim e agora está aí o resultado.

Terminei de me vesti e desci pra tomar café. Como de costume pelo horário encontrei apenas minha mãe à mesa. Cumprimentei-a e me acomodei ao seu lado pra tomar café. Enquanto me servia eu a questionei:

—Sara me disse ontem que a senhora ia sair com o Phil depois do trabalho. Como foi?

—Foi divertido. Nós saímos pra jantar e depois ele me levou pra dançar. Confesso que estava meio enferrujada, pois fazia anos que não dançava, que quando acordei hoje estava meio dolorida de ontem.

Nós rimos juntos disso. Acho que a última vez que vi minha mãe dançar foi quando eu ainda era pequeno e meu pai era vivo. Se não me engano a ocasião em que isso ocorreu, foi numa festa de um amigo dos meus pais.

—E o Phil pelo menos saber dançar? - Provoquei. Ele não tinha cara de levar jeito pra isso.

—Melhor que eu. Ele é um pé de valsa de primeira.

Mais uma vez sorrimos. Era bom ver minha mãe feliz daquele jeito. Cada vez mais, eu me dava conta de que Phil tava fazendo muito bem pra ela mesmo. Minha mãe tava radiante, alegre, com um brilho nos olhos como há muito tempo eu não via. E isso me deixa feliz. Vê-la assim era a melhor coisa do mundo.

—Filho mudando completamente de assunto, Adélia veio me perguntar ontem enquanto voltávamos as duas do restaurante, se você e Sara estavam tendo alguma coisa. Ela achou vocês muito próximos e trocando uns: olhares suspeitos demais.

A Sara não tinha contado à tia e pediu tanto as primas quanto à minha mãe pra não comentarem nada a Adélia, pois tinha receio de que sua tia acabasse contando para o irmão, que no caso era pai da Sara.

—A senhora não disse nada, né?

—Não, querido. Eu disse que ela estava vendo demais. Mas a verdade é que me sinto mal por mentir pra ela. Sara devia contar a tia.

—Ela quer evitar que o pai saiba.

—Será que ele é aquele tipo de pai ciumento?

—Se for, eu já sei pra quem a filha puxou ser ciumenta.

—Você também é assim.

—Mãe.

—Mas é a pura verdade. Vocês dois deram certinho. Dois ciumentos. - Ela riu do que disse e ao ver a minha cara de descontentamento por suas palavras.


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Notas finais do capítulo

Ele contou pra ela sobre ser virgem.

Ela teve uma reação que certamente, acho que deve ter surpreendido.

E Grissom teve sonhos quentes com Sara.

Quanta coisa num capítulo só.

Mas espero que essa espera pelo meu retorno tenha sido válida e vocês tenham gostado do capítulo.

Um grande beijo.



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