A Hóspede Insuportável Que Roubou Meu Coração! escrita por Dri Viana


Capítulo 35
Capítulo 34


Notas iniciais do capítulo

Um susto a Gil ao chegar em casa.



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Quando me aproximava de casa reparei um carro que se parecia muito com o do Phil parado bem em frente da minha casa.

"Não acredito que a minha mãe chamou esse cara aqui sem me dizer nada antes!"

Tudo bem, que minha mãe não tinha que me pedir permissão pra isso, e que Phillip tinha subido no meu conceito depois de ter presenteado a mim e a Sara com aqueles tickets, mas ainda assim, eu não o queria frequentando a casa que era do meu pai. Eu ainda precisava me acostumar com isso antes de aceitar sua presença ali dentro de casa.

—Que droga! - Resmunguei, seguindo em direção a casa.

Instantes depois, eu já entrava em casa e me deparava com minha mãe sentada no sofá, com o braço direito imobilizado e um curativo na testa. Imediatamente, corri até ela.

—Mãe o que houve com a senhora?

—Calma! Agora tá tudo bem.

—Como assim "agora tá tudo bem"? O que aconteceu pra senhora está nesse estado?

—Querida onde você disse que estavam os... oi, Gil!

Por um momento havia até me esquecido que Phillip estaria aqui em minha casa.

—Ah, oi, Phillip! - Eu o cumprimentei após ele surgir vindo da cozinha.

—Onde estão o quê, Phil?

—Os sachês de chá que você disse que tinha.

—Ah, estão na terceira porta do armário de cima, bem na prateleira de baixo, dentro de um vidro. Veja se ainda tem de camomila. Caso tenha, faça desse, ou do contrário, faça qualquer outro.

Phillip apenas assentiu pra minha mãe e pedindo licença, ele retornou pra cozinha, deixando minha mãe e eu a sós na sala.

—O que ele faz aqui? A senhora sabe que eu ainda não o queria dentro da casa do meu pai.

—Primeiro que a casa não é mais do seu pai, ela é minha. E segundo, que o Phil só está aqui porque foi ele que me trouxe do hospital pra cá. Adélia ligou inúmeras vezes pra você e até mesmo pra Sara para te avisar que eu estava no hospital, mas o celular de vocês só dava na caixa postal.

Peguei meu celular do bolso a fim de checar o aparelho pra saber porque as ligações de Adélia não chegaram. E acabei por descobrir que não as recebi, porque o celular tinha descarregado.

—Essa droga descarregou e eu nem vi, por isso não conseguiram falar comigo. E o da Sara também tinha descarregado.

—E como não conseguimos contactar nenhum de vocês, eu pedi a ela pra ligar pro Phil e ele foi prontamente me buscar lá, já que não podia dirigir assim.

—E o que foi que aconteceu pra senhora ficar assim?

Ela contou que mais cedo a galeria foi invadida por três sujeitos violentos que assaltaram o lugar, levando algumas peças da galeria e uma boa quantia de dinheiro, que era da venda de duas esculturas vendidas na parte da manhã. Minha mãe disse que um dos sujeitos, o mais agressivo, foi o responsável pelos machucados dela. Por conta do nervosismo, ela não estava conseguindo abrir o cofre onde estava o dinheiro que o bandido exigia que ela abrisse e achando que ela estivesse fazendo cera, o cara a empurrou com força e minha mãe acabou batendo fortemente o braço num armário e com isso, acabou por machucar-se e perder por uns minutos os sentidos.

—Mas e os sujeitos?

—Conseguiram fugir infelizmente.

Phillip apareceu na sala trazendo uma bandeja com o chá que fez pra minha mãe.

—Obrigada, querido.

—De nada!... Beth, querida, como seu filho já chegou pra ficar com você, eu vou indo.

—Tudo bem. Mais uma vez, obrigada por ter ido me buscar, Phil.

—Não precisa me agradecer, Beth.

O celular de Phil tocou assim que ele acabou de falar. Pedindo licença, ele atendeu a chamada ali mesmo em nossa frente. Pelo pouco que consegui entender ao juntar as palavras que ele resmungava ao celular, a chamada dizia respeito ao assalto sofrido por minha mãe. E assim que o Phil encerrou a ligação poucos minutos após atendê-la, ele confirmou o que eu já tinha deduzido. Realmente, a ligação dizia respeito ao assalto na galeria da minha mãe. O investigador que era o responsável pelo caso do assalto, e que era um conhecido de Phil, ligou pra avisá-lo de que um dos bandidos tinha sido preso pela polícia há poucos instantes e estava sendo conduzido a delegacia.

—E os outros? - Indaguei.

—Nada. Mas com a prisão de um deles vai ser fácil chegar aos outros.

—Tomara.

—Vou dá uma passada na delegacia e saber mais sobre o caso. Qualquer novidade, eu ligo.

—Achei que fosse advogado empresarial e não criminalista.

—Comecei como criminalista, mas acabei mudando de área pouco tempo depois.

—Gil acompanhe o Phillip até a porta, filho.

Assenti.

Ao me pôr de pé pra levar Phil até a porta, eu ainda tive que ser obrigado a vê-lo se inclinar em direção a minha mãe e lhe dá um beijo de despedida, mas ainda bem que o beijo foi na testa.

—Qualquer coisa que precisar, é só me ligar.

Ouviu-o dizer em um tom baixo a minha mãe após lhe beijar. Por mais que eu não gostasse, tinha que reconhecer que aquele sujeito parecia gostar muito da minha mãe. Era nítido seu carinho e preocupação com ela.

—Pode ficar tranquilo que eu vou ficar bem.

—Tá bom. Mas já sabe...

—Qualquer coisa te ligo.

—Isso.

Aquela 'melação' deles estava demais já, então dei uma leve pigarreada pra acabar com aquilo e fui bem sucedido nisso. Eles se disseram "adeus" e eu levei Phillip até a porta. Mas antes de deixá-lo ir, eu me vi na obrigação de lhe agradecer por ter ido ao hospital buscar a minha mãe.

—Não precisa me agradecer por isso, Gil. Sempre que sua mãe ou até mesmo você precisarem de alguma coisa, podem contar comigo.

Ele realmente parecia ser alguém que se preocupava com a gente. Talvez, eu deva ser menos intransigente com o Phillip e lhe dar uma chance de se aproximar de mim e ser meu amigo, quem sabe. Parar de bancar o filho ciumento e aceitar sua presença ali.

—Valeu por isso e também pelos tickets que deu à mim e a Sara pra irmos ao museu. - Tratei de agradecê-lo por aquilo também já que lhe devia por isso.

—Não foi nada. Espero que tenham apreciado o passeio.

—Muito.

—Fico contente então.

Ele se despediu depois disso e partiu dali em direção ao seu carro. Fiquei esperando até ele sair dali pra só então fechar a porta e ir me acomodar junto a minha mãe no sofá.

—Que susto tremendo a senhora passou, hein?

—Nem me fale, querido. Estávamos somente Adélia, Cindy - uma jovem secretária - e eu, quando os três entraram e anunciaram o assalto. Eles mandaram a gente não fazer qualquer movimento pra chamar a atenção de quem passava lá fora na rua ou, do contrário, eles nos matariam sem hesitar.

—Mas e o rapaz que sempre fica na galeria com vocês?

—Tinha saído instantes antes pra levar uns documentos ao cartório pra mim.
Minha mãe falou que cada um dos bandidos pego cada uma delas e seguiram com elas galeria adentro onde recolheram algumas obras e o dinheiro do escritório. Depois, segundo Adélia lhe contou, os meliantes saíram na maior tranquilidade como se nada tivesse acontecido.

—Mas graças a Deus apesar de uma luxação no ombro, um corte na testa e dos minutos de pânico que eu e as meninas passamos nas mãos daqueles três, nós estamos bens. Foram apenas perdas materiais e isso a gente dá um jeito.

Assenti e ouvi tocar atrás de mim o telefone, que se encontrava sobre a mesinha ao lado do sofá.  Virei-me e apanhei o telefone, atendendo-o logo em seguida.

—Alô!

—Quatro olhos sou eu. - Como se eu não soubesse disso. Só por aquelas duas primeiras palavras que ouvi ao atender a ligação, já sabia que era ela. _Acabei de saber pela minha tia o que aconteceu. Como está a sua mãe?

—Fora alguns machucados e o trauma do susto que passou, ela está bem.

—Posso falar com ela?

—Claro!... Mãe, a Sara quer falar com a senhora. - Estendi o telefone a minha mãe.

—Oi, querida!

Minha mãe lhe reafirmou o que eu disse e depois, repetiu à Sara tintim por tintim o que havia me dito momentos antes do telefone tocar.

Eu fiquei só escutando e observando minha mãe conversa com Sara. Aquelas duas pareciam se dar tão bem. Acho que nem com a Catherine que a minha mãe já conhecia há anos, ela se dava assim tão bem como era com Sara. A empatia entre elas foi de cara, já comigo as coisas não foram bem assim. Mas isso já é página virada, coisa superada.

—Filho, ela quer falar com você.

A fala da minha mãe me tirou dos pensamentos que haviam me distraído por um breve instante.

—Oi, Sara.

—Apesar do que aconteceu sua mãe parece bem mesmo. Deu pra sentir no tom de voz dela. Já a minha tia ainda tá bem assustada. Inclusive, ela tomou um remédio pra dormir e subiu com May pro quarto.

—É compreensível isso, mas vai passar.

—Com certeza!... Bom, eu vou ter que desligar, porque a engraçadinha da Leslie tá me perturbando aqui. Pára com isso, garota!

—O que ela tá te fazendo?

—Nem queira saber! A gente se fala amanhã, quatro olhos. Bye!

—Bye!

A ligação foi encerrada e eu me virei pra colocar o telefone na base, quando retornei a minha posição de antes, encontrei minha mãe me encarando com uma expressão bem curiosa e sem esconder um sorriso nos lábios.

Quer apostar quanto que ela ia me questionar sobre Sara e o passeio?

—E o passeio com a Sara como foi?

Não falei!

Bem, não tinha por quê mentir ou esconder dela o que aconteceu. Entre a gente não havia segredos, se bem que... ela me escondeu sobre o Phillip, mas deixa isso pra lá. 

Sendo assim, eu decidi lhe contar o que rolou no passeio. Disse como foi tudo, exatamente, como tinha feito quando foi com a Heather.

Minha mãe ficou contente por saber que Sara e eu tínhamos nos entendido, e agora, estávamos nas palavras dela: "namorando". Mas ela também ficou preocupada em relação a um "detalhe" que até então eu sequer havia me dado conta, e o qual ela me lembrou ao mencioná-lo.

—E o seu amigo Nick onde fica nessa história, filho? Até onde sabemos, Sara está com ele, não é isso?

—É! - Resmunguei com certa preocupação. _A gente nem falou sobre ele, mãe. Mas acredito que a Sara vai falar com ele.

—Terminar com ele, você quer dizer, né?

Assim, eu esperava. Não fazia sentido algum, Sara continuar com o Nick depois de ter admitido pra mim que ela é apaixonada por mim.

—Acho que sim, mãe.

Eu precisava falar com Sara a esse respeito o quanto antes.


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Notas finais do capítulo

Pobre tia Beth! Mas apesar do susto tudo ficou bem com ela. E, ao contrário de Gil e Sara que nem se ligaram até o momento em Nick, a mãe do nosso "quatro olhos" já.

Agora é esperar pra saber como o novo casal vai resolver isso.

Um grande beijo e até o próximo capítulo.



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