Trina escrita por Gustavo Francisco


Capítulo 3
Capítulo 3 - A Viagem


Notas iniciais do capítulo

Vamos ver um pouco mais sobre a Clara? Siiiiiiiiiimmm!!!
Bom, então aí está o capítulo 3, com uma pequena explicação sobre esse universo maluco onde a história está inserida.

Espero que gostem ;D



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   A viagem estava indo mais rápido do que eu tinha imaginado, ou pareceu mais rápido do que eu tinha imaginado. Talvez porque eu estava com muito sono. – O que não era surpresa, já que eu mal tinha dormido desde a madrugada da formatura – Nem o som do filme que passava na televisão do ônibus, nem os murmurinhos dos passageiros, ou os barulhinhos dos botões dos jogos eletrônicos e celulares puderam me impedir de dormir as duas primeiras horas de viagem.

   Quando eu acordei, ainda estávamos na estrada – não sei dizer qual – e era possível ver várias árvores pela janela do lado direito do ônibus. Eram muito altas, deveriam ter 6 metros e meio de altura, tinham um tronco marrom não muito escuro e uma bela folhagem verde claro, que se espalhava para todos os lados. – Era linda!

   Eu sempre achei engraçado olhar florestas na estrada. Tudo passa tão depressa. Árvore. Árvore. Árvore. Árvore. Árvore. Árvore. Árvore. Totem. Árvore. Árvore...

   “Ahn? Totem? Como assim?”.

   Em um salto eu espremi a minha cara contra o vidro para tentar rever aquele trecho da floresta. – Eu devia ter visto errado! O que um totem estaria fazendo ali? – Mas, mesmo o motorista desacelerando o ônibus, era tarde, o que eu vi, ou achei que vi já estava fora da minha visão de alcance.

   O motorista estacionou em uma daquelas paradas que tem na estrada, com lanchonete, posto de gasolina, loja de coisas que ninguém precisa, mas compra, e banheiros – que era o mais importante.

   - Vamos para por meia hora. Dez horas eu quero tudo mundo de volta dentro do ônibus pra nós ir.

   Eu sempre amei sotaques, e o motorista tinha um sotaque nordestino que me deixava muito feliz de ouvi-lo. Gosto de pensar, ou melhor, de perceber como existe diversidade cultural no Brasil, onde no seu jeito de falar, você carrega as raízes do seu povo, e/ou dos lugares por onde passou.

   “É... aqui é assim. Lindo!”.

   Eu levantei da minha poltrona, saí pelo corredor e chegando lá fora, fiquei um pouco parada ao lado do ônibus, me alongando e observando a paisagem enquanto tomava sol.

   As pessoas começaram a se dividir, algumas pra lá, outras pra cá. Um homem negro com Black Power foi com sua namorada, uma japonesa loira de cabelo liso – muito bonita, aliás – até uma loja de roupas femininas – Ele não parecia muito contente em ir. Estava praticamente sendo arrastado, mas foi.

   Um casal de idosos, ambos já de cabelos brancos, andava de mãos dadas com um menino, de aproximadamente três anos, em direção à lanchonete. Deviam ser os avós da criança. Estavam tentando conter a ansiedade do menino que aos pulos puxava os avós para irem mais rápido.

   Três amigas foram para o banheiro. Dois rapazes decidiram conhecer as garotas de outro ônibus. Uma mulher saiu do nosso ônibus com um bebê aos prantos, em direção ao berçário e um cara bombadinho de regata branca colada, calça jeans escura, meio rasgada, topete e com óculos de sol estilo aviador, saiu do ônibus e deitou na grama.

   Então, olhando a estrada que tínhamos deixado para trás, eu me lembrei do totem que eu achei ter visto.

   “Bom, temos meia hora. Parece tempo mais do que suficiente para ir e voltar, só para conferir de perto o que realmente era aquilo”.

   Olhei para os lados e ninguém parecia me notar. Entrei no ônibus, peguei minha mochila – por garantia, vai que acontecesse alguma coisa – e comecei a andar na direção do totem, que eu acho que vi.

   Eu não sei por quanto tempo eu andei - não parecia muito – mas o calor me cansou rápido. – ainda bem que não era tão longe assim. – Aos poucos, eu consegui ver uma forma estranha, de longe, que chegando mais perto, tive certeza que era o totem.

   Quando eu cheguei perto, fiquei impressionada. Ele era muito mais alto, e cheio de detalhes do que eu me lembrava de ter visto naquela fração de segundos dentro do ônibus. Deveria ter cinco metros de altura e havia vários animais entalhados na madeira do troco.

   A base era uma enorme cabeça de gado, em cima deste havia a cabeça de uma onça pintada, e por cima desta, uma cabeça de macaco, com um sorriso que mostrava todos os dentes.

   Atrás de cada orelha do macaco havia uma arara, que estavam com as asas abertas, como prestes a voar. E no topo da cabeça dele, tinha uma enorme borboleta com as asas semijuntas, mas era alto de mais para ver com clareza.

   Coloquei, automaticamente, a mão sobre o colar que Janine me deu, e bateu um sentimento de saudade dentro de mim. Peguei a minha câmera fotográfica e tirei algumas fotos. – A luz estava perfeita.

   Comecei a dar a volta na estátua de madeira. – Deveria ter 1 metro de raio na base – A parte de trás era lisa, mas com vários outros animais entalhados nela – como se fosse uma xilogravura que nunca foi impressa – tinha um peixe boi, uma tarântula, uma jiboia, um cão do mato, uma ema, uma capivara, um jacaré, e muito outros. Alguns, até, que eu nem conhecia. Todos com uma incrível riqueza de detalhes.

   - Impressionante – Falei sozinha, em voz baixa.

   Tirei mais algumas fotos e passei a mão pelas ranhuras.

   - Inacreditá... , o que é isso? – olhei para o chão, perto da base do totem, e vi que havia uma única flor de lírio plantada na terra.

   Eu me abaixei para ver melhor e reparei que atrás da flor, entalhado na madeira estava escrito a seguinte frase:

“Colha a vida e acolha-a como um filho”.

   “Que estranho!” – Pensei.

   A parte mais estranha é que os Lírios não nascem tão singulares como aquele. Costumam dar em maiores quantidades. Não havia nenhuma erva daninha. E ele estava tão saudável, tão branco, e com pétalas tão perfeitas... Parecia que alguém tinha acabado de coloca-lo ali.

   “Será que ele estava aqui?”.

   Eu levantei, me aproximei do lugar onde eu tinha largado a minha mochila e...

   - Então você também pode vê-lo?

   - Aaaaaaaaaaah! – Eu tomei um enorme susto. O cara da regatinha branca estava logo atrás de mim e eu nem tinha reparado. Respirei fundo - Como disse?

   - Então você também pode vê-lo? – Ele percebeu que eu não sabia do que ele estava falando, então concluiu – O totem!

   - Claro que sim!

   - Prazer, eu sou Eric! – Ele esticou a mão para me cumprimentar.

   - Eu sou Clara. – Respondi esticando a mão.

   Para a minha surpresa, ele pegou minha mão, se inclinou e a beijou.

   - Prazer, Clara. – Disse com uma voz mais melodiosa.

   Ele soltou minha mão, e eu fiquei um pouco congelada com o choque do “cavalheirismo” dele.

   - Então quer dizer que você pode vê-lo, não é? – Devo ter feito cara de confusa – O totem. – Ele repetiu, com um sorrisinho no canto do lábio, como se me chamasse de Burra.

   Levou alguns segundos para o meu cérebro computar a pergunta, novamente.

   - Como eu não poderia ver? Essa coisa deve ter uns cinco metros de altura. E está na beira da estrada. – Eu terminei a frase virando a cabeça e olhando para o topo da escultura em madeira.

   - Com magia, é claro!

   “Aaahn?”.

   - Isso quer dizer, que você não é humana! – Ele continuou - Mas a questão é: quem é você? Ou, o que você é?

   Eu olhei pra ele, confusa. Só podia estar zoando com a minha cara. Não era o primeiro e provavelmente não seria o último.

   Ele fazia o tipo metido, que se acha o cara mais gostoso do planeta, a última bolacha do pacote. Ele falava com uma voz que ELE devia achar super sensual, mascava um chicletinho e constantemente passava a mão pela barriga, como se esse gesto fosse natural.

   - Olha, eu não tenho tempo para suas brincadeiras! – Então, já visivelmente irritada, dei-lhe as costas e voltei a olhar o Totem.

   - Você, com certeza, não é uma pacifista. Nem tão pouco um elfo, senão já teria me reconhecido, mesmo eu sendo um elfo rebelde...

   - Agora você vai me dizer que é um elfo?! – não consegui segurar um risinho.

   - Talvez seja uma anã, já que você é bem baixinha e...

   - Com é que é? - me virei para ele, furiosa.

   - Não, seu cabelo não é tão ruim quanto o deles! – automaticamente eu olhei para o meu cabelo e fiquei admirada. Ele estava bem mais bonito do que jamais fora. Meus cachos estavam definidos e ele estava até penteado – Talvez você seja uma feiticeira, é pode ser...

   - Sabia que você é muito chato e intrometido? – me virei para o totem e fui tirar uma foto da flor que estava plantada atrás dele.

   - Talvez... – ele me viu abaixando e mexendo na flor. Ficou calado. Boquiaberto. – Quantos anos você tem?

   - Tenho 18, recém-completos, por quê?

   - É claro, por isso você não ficou atraída por mim! O que é muito difícil, já que todas ficam. – Ele resmungou consigo mesmo.

   - Sabia que você é muito convencido? Só porque você tem músculos grandes, barriga de tanquinho, peito sarado e um lindo... – eu olhei para ele e percebi aquele sorriso ridículo em seus lábios de quem estava adorando ouvir tudo aquilo – Aahnn – Limpei a garganta – não é por isso que todas as garotas vão ficar afim de você.

    - Então quer dizer... – ele começou a se aproximar devagar – que você não se sente atraída por mim? – chegou bem perto de mim – que não tem vontade – me segurou pela cintura – de me beijar? – falou como um sussurro em meu ouvido.

   - Não! – eu o afastei – e se chegar tão perto assim de novo, sem minha autorização, bom, digamos que vai ser difícil você ter filhos!

   Ele fez uma cara de espanto e congelou, como uma estátua. Acho que ele não costumava ouvir não. E não esperava que logo eu, uma menina baixinha e gordinha o fizesse. Acontece que ele não é o meu tipo.

   Peguei minhas coisas e comecei a voltar para o ônibus.

   - Você só pode ser uma bruxa!

   - Como é que é? – parei e virei-me para ele

   - Olha, eu não sei muito sobre bruxas, acho que ninguém sabe, mas se tem uma coisa que todos os elfos sabem é que as bruxas são imunes a magia de atração!

   - De novo essa história de elfo? – voltei a andar em direção ao ônibus.

   - Não! Calma! Me escuta! Os elfos existem! Assim como um outro mundo, cheio de magia.

   - Aham! Sei! – continuei andando.

   - É como um universo paralelo, e o totem é uma das muitas passagens para lá. Só que nem todos tem acesso a essas passagens.

   - Muito linda a sua historinha, viu! Deveria escrever um livro. Sério mesmo! Muita criatividade. Mas agora eu tenho que voltar para o ônibus. – Apertei o passo.

   - Nesse mundo tem muitas criaturas. – Ele vinha correndo em minha direção – Todas aquelas que aparecem em histórias de fadas e para as crianci...

   - Você cismou comigo, né? – parei e me virei para ele. A parte estranha é que o totem parecia bem atrás de mim. Como se eu nem tivesse andado.

   - Você só pode ser uma das bruxas perdidas...

   - Já chega! Eu cansei de ouvir essa baboseira.

   - Espera! A flor! Você a retirou de dentro do totem, só uma bruxa tem capacidade para isso!

   - Não, ela já estava plantada ali.

   - Ah é? E ele estava aí desde que você chegou, ou só apareceu depois de você encostar a mão na madeira?

   - Como você sabe que eu...? – Desviei o olhar dele para o Totem.

   - Você é uma bruxa! E só não sabe disso porque as bruxas saíram desse mundo para fugir da inquisição e não sobrou nada de sua cultura aqui. – Quando eu o encarei de novo, percebi que ele não tinha mais aquela pose de “Astro do Rock” que eu vi da primeira vez. Ele havia retirado os óculos de sol, pendurando na gola. E sua expressão me passava sinceridade, mas aquela história toda era muito maluca.

   Ele andou na minha direção até me alcançar.

   - Eu estou falando sério! O que você quer que eu faça para provar?

   Agora próximos de novo, olhei no fundo de seus olhos castanhos e disse:

   - Ué, faça uma mágica!

   - Eu sou um elfo, não um mago!

   - Então não a nada que vá me convencer! – Me virei e voltei a caminhar. Só que dessa vez, eu praticamente me arrastava. A história era muito maluca, ele era muito maluco e tudo era uma maluquice.

   - Mas você pode provar a si mesma! – Ele disse como se tivesse acabado de ter uma ideia - Se você for mesmo uma bruxa, poderá fazer uma...

   Eu respirei fundo, tentando não ataca-lo. Então comecei a pensar:

   “Ele só pode estar brincando comigo, será que eu tinha cara de palhaça? Porque parece que de bruxa eu já tenho!”.

   - Não! – disse ele

   Eu estaquei no lugar. Me virei lentamente em sua direção e perguntei:

   - Não o quê?

   - Não. Você não tem cara de palhaça e ainda não tem cara de bruxa!

   Eu gelei por dentro.

   “Como assim?”.

    Na hora eu fiquei confusa.

   “Será que eu disse em voz alta?”.

   - Não, você não pensou alto! Você simplesmente pensou. – Ele deu de ombros.

   “De novo parece que ele leu meus pensamentos. Parece que ele sabe tudo que se passa na minha cabeça”.

   “E sei mesmo! Posso ouvir tudo que você pensa!”— dessa vez eu escutei claramente a voz dele dentro da minha cabeça, mas ele olhava para mim fixamente, e sem mexer a boca.

   “Como ele fez isso?”.

   “É fácil, eu sou um elfo, e os elfos tem essa capacidade de ler mentes. Na verdade, nem todos conseguem fazer isso, mas a maioria consegue!”

   “Ele fez de novo, como ele faz isso?!”.

   “Eu já expliquei para você. É uma habilidade natur...”.

   - Eu sei como! Já entendi! Mas é difícil de aceitar. – Suspirei – E saia da minha cabeça!

   - Foi mal – Agora ele estava falando normalmente, quer dizer, usando a boca – mas você pediu uma prova. Foi o suficiente?

   - Você tem um dom especial e daí?!? Não é o primeiro!

   - Quer dizer que você já viu outra pessoa que lê mentes? – Ele perguntou meio descrente.

   - Sim! – Disse asperamente, antes de fraquejar logo em seguida. – Quer dizer, não sei. Teve uma vez que eu estava em uma padaria com a minha amiga e passou um cara de cabelo comprido por nós e eu pensei como aquilo era feio. Então ele virou-se para mim e disse: “A opinião de uma mortal não me importa!”.

   - Huuuummmm! Algum deles deve ter vindo para o mundo de cá.

   - Não fez muito sentido. Só confirmou que ele era estranho. Além disso, eu tinha certeza que não tinha dito isso em voz alta.

   - Então é prova suficiente para você?

   - Prova de que? Que magia existe? – Ele assentiu com a cabeça – Não!

   - Ô menina descrente você, hein? Bom, tem um outro jeito... Como eu disse, você pode provar a si mesma. É uma maneira bem mais eficaz e que não restará dúvidas! Maaas... só VOCÊ pode fazer essa magia!

   Eu olhei na direção que eu sabia que o ônibus estava, e já senti arrependimento de ter vindo até aqui.

   Respirei fundo e olhei para o céu, buscando forças para superar essa provação.

   - Tá! Vamos lá! O que eu tenho que fazer?

   Com nossos corpos próximos, e com rosto a rosto, ele delicadamente encostou a sua mão enorme no meu braço, me fazendo arrepiar. Eu baixei os olhos, e quando os levantei para encará-lo, vi em seu olhar e no pequeno sorriso malicioso que ele sabia que mexeu comigo.

   - Se para provar eu tiver que te beijar, morrerei cética. – Eu disse – E se não se afastar de mim agora, você morrerá forçadamente em celibato.

   Ele mudou a cara de sedutor para chocado e depois desatou em uma gargalhada.

   Eu coloquei a mão em seu peito para força-lo a se afastar.

   “Que corpo forte” — Eu pensei – “Droga, agora ele vai saber que eu gostei! Droga, sua burra!”.

   A risada parou, e com um sorriso malicioso, ele levantou as mãos em sinal de rendição.

   “Ele leu meus pensamentos”.

   Cedendo a força que eu aplicava em seu peito, lentamente, ele começou a se afastar.

   Ele mordeu os lábios, delicadamente, e desviou os olhos para baixo. Quando me encarou de novo, soltando os lábios, já tinha uma distância respeitosa, eu vi em seus olhos, como se o poder de ler mentes fosse meu, que ele encontrou um desafio que pretendia vencer. Ele queria que eu cedesse.

   “Machuquei seu ego? Não recebe “não’s” como resposta?” – fiz um biquinho para enfatizar o que pensei.

   “Não estou ferido. Afinal, você gostou! Só está se fazendo de difícil” – Ele imitou o meu biquinho e me mandou um beijo silencioso.

   A raiva me consumiu.

   “Saia da minha cabeça!”.

   — Okay! – Ele levantou as mãos mais uma vez.

   - E então? – Já cansada de toda aquela história – Você só tem mais uma chance de me provar. O que eu devo fazer?

   - É moleza, você só tem que pegar um papel e um lápis, giz ou qualquer coisa dessas e fazer uma impressão.

   - O quê?

   - Os animais nas costas do Totem estão entalhados. Você apoia o papel sobre um deles e faz uma impressão.

   - Tudo bem.

   Abri minha mochila, peguei o material necessário. Olhei para o Totem e para ele. Como que querendo tirar um sarro, ele abriu caminho e esticou o braço, como um cavalheiro convidando uma dama a entrar.

   Aproximei-me, receosa. Encostei o papel na mateira sobre o entalhe de uma lontra. Olhei para a cara dele, para ver sua expressão. Ele parecia vitorioso, como se soubesse o que ia acontecer e que essa eu havia perdido.

   “Tudo bem. Posso ter perdido, mas estou fazendo isso por mim. E saia da minha cabeça!”.

   Ele deu um risinho, confirmando que ainda lia os meus pensamentos. E se apoiou no totem, abaixando a cabeça, ainda rindo consigo mesmo.

   Eu olhei para a folha de papel.

   “Vamos lá!”.

   Peguei o lápis e comecei a imprimir o desenho. Terminei rapidamente. Então eu tirei o papel da madeira e olhei para ele, pronta para dizer: “Está vendo, não aconteceu nada”, mas quando eu olhei em volta, vi que não estávamos mais no mesmo lugar.

   Quer dizer, ainda estávamos em uma floresta, mas não na entrada dela e sim no meio. Não tinha nem sinal da estrada, nem sinal do ônibus. Até as árvores não eram iguais, essas deveriam ter o triplo do tamanho. O totem havia sumido e a luz do sol também. E no meio daquela mata, no escuro, só tinha eu... e aquele cara.

   Estava a beira de um ataque de pânico.

   - Onde estamos?!?!


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e semana que vem tem o próximo capítulo. =D



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