Friends escrita por Maria Vitoria Mikaelson


Capítulo 25
Amigos.


Notas iniciais do capítulo

O fim da fic se aproxima...
Primeiramente quero agradecer pelos 300 comentários! Estou mega feliz com isso!
Segundo:Estou um pouquinho irritada,pq havia preparado uma Promo(uma espécie de trailer)bafônica para o fim de Friends,só que o arquivo estava armazenado no PC da minha mãe,e ele acabou tendo um problema essa semana,e irá para a assistência técnica.Ou seja,provavelmente não vou poder postar a Promo para vocês,o que eu queria muito!
Adorei esse capítulo!
Uma perguntinha:Vocês acham que Edward e Bella irão ficar juntos no final?
Links camuflados!



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 Ponto de vista:Isabella Swan.

Todos que me conheciam sabiam que ser mãe era um dos meus sonhos.Mas acho que eu nunca refleti realmente sobre o significado daquele termo.Nunca me perguntei se aquilo era algo que eu seria capaz de ser.Mãe.

   Acho que sempre vi isso somente como um título,e nunca me dei conta do que esse título englobava.Eu tinha uma relação boa com a minha mãe.Ela exercia bem seu papel;me amando,me apoiando e me entendendo.Por isso sempre considerei que a maternidade era fácil.Porque no fim me usei de exemplo para isso,nunca fui uma filha complicada;eu fazia de tudo para facilitar a vida dos meus pais e supus que quando chegasse minha vez meus filhos também seriam assim.

   Só que ai tudo aconteceu com Rose e eu tive que ficar com as crianças.Quando o acidente ocorreu  minha vida estava um caos.Eu estava um caos e de verdade não me via sendo capaz de lidar com tudo aquilo.

     Tive que lidar com dois bebês que perderam seus pais,e em meio disso construir uma nova vida para mim.Aquele não era meu plano,eu só me via na posição de mãe depois de me casar com alguém que eu amasse de verdade.Mas o destino fez com que eu virasse uma as avessas.

       Eu dei o melhor de mim,mas não considero que tenha sido o suficiente.Eu havia me transformado numa garota diferente da que sonhava com filhos e um casamento perfeito.Quando aceitei a proposta de James algo mudou completamente.A parti daquele dia eu parei de fazer planos que pareciam tolos demais...Eu deixei de ser aquela Bella.

   E no fundo eu sei que era aquela Bella que Rose queria que criasse seus filhos.Seja onde for que ela esteja agora tenho certeza que está se sentindo decepcionada comigo.Por não ser a mãe que aquelas duas crianças mereciam.

     São esses pensamentos que povoam minha mente enquanto observo Emma dormindo confortavelmente em sua cama.Ela havia recebido alta hoje pela manhã,e logo que chegou em casa capotou.

     Eu estava me sentindo uma inútil por não estar com ela quando aquela crise aconteceu.E estava me sentindo frustrada por toda situação entre ela e Edward.

         Quando as coisas estavam começando a entrar nos trilhos tudo se desajeitou.Essa proposta de Edward surgiu e Emma mostrou claramente que não está feliz com a minha decisão de ficar com ele.

   É claro que eu não deveria ceder aos caprichos de uma criança.Mas eu tinha que dar um jeito de lidar com ela com cautela.Emma era só uma garotinha que havia ficado órfã nova demais.Uma garota que teve que se acostumar com uma vida agitada por conta do trabalho de sua tutora.Uma garota que não podia ter uma infância normal por minha causa.Uma garota que estava se acostumando com a ausência de uma pessoa que era presente em sua vida.

      Parecia errado pensar em mim naquele momento.Parecia egoísta.Eu não estava abrindo mão de nada por ela.Mas eu não podia ignorar o fato de que eu não era a mãe mais perfeita do mundo com ela e com Ethan.Rose confiou em mim para cuidar deles,e eu tinha que honrar isso de alguma forma.Não podia machuca-los.

     Seus olhos se abrem lentamente,enquanto ela se remexe.Enxugo algumas lágrimas que deslizavam por minha bochecha e me aproximo dela.A mesma franze o cenho quando me vê.

—Mãe...Achei que fosse trabalhar agora pela manhã. —comentou,ajudei a garotinha a apoiar suas costas na cabeceira da cama e lhe enviei um sorriso,antes de sentar na beirada do colchão.

—Tenho a manhã livre. —contei.

     Ela me avaliou e depois suspirou.

—Você está com aquela cara...Aquela cara que faz quando quer conversar comigo sobre algo sério. —notou com esperteza.

—Temos que conversar realmente...Sobre o que aconteceu no hospital. —comuniquei sem hesitar.

—Sobre o cara que você apresentou que provavelmente é seu novo namorado? O cara que está substituindo o Demetri? —indagou com um tom ácido.

—Não! Sobre seu comportamento inadmissível...Foi mau educada com uma pessoa que nem ao menos conhece,e nem mesmo o fato de estar doente irá te safar disso.Foi errado,Emma. —falei num tom firme.

   Ela me olhou de um jeito indignado.

—Mas...Eu não quero que arranje um outro namorado...Quero que continue com o Demetri. —ela afirmou.

—Você não pode decidir por mim,Emma.Voce é minha filha,mesmo que as vezes diga que não.Eu sou sua mãe entenda.Minhas escolhas não mudarão porque você quer.Eu entendo que esteja triste por meu rompimento com Demetri,mas não irei voltar com ele porque isso te fará feliz...Sua felicidade não deve depender de algo que acontece na minha vida. —disse de um jeito autoritário.

—Não tem como entender...Até ontem tudo estava bem,estávamos com Demetri e todos estavam feliz...E de repente tudo mudou,você não estava mais com ele,estava com aquele cara... E Demetri...Não faz mais parte de nossas vidas como antes. —a essa altura ela já tinha lágrimas nos olhos.

—Emma...Demetri é um homem maravilhoso,com inúmeras qualidades, e estar com ele era incrível...Mas não era certo...Porque eu não estava apaixonada por ele e em um determinado ponto isso faria com que as coisas terminassem de um jeito terrível. —falei tentando soar o mais compreensiva possível.

—E as coisas não terminaram de um jeito terrível? —perguntou,tentando enxugar suas lágrimas.

—Foi triste...Mas não terrível...Quando você crescer irá entender,que as vezes a pessoa que parece a mais certa para você.Não é de fato a que te fará feliz.O amor em alguns casos é complicado...Já em outros como o dos seus pais não.  —expliquei já querendo chorar também.

—O amor não tem que ser complicado,nem doloroso...Se ele é assim não parece amor.Uma vez a Amber me disse que quando todo o universo cria obstáculos para que um amor não aconteça isso é um sinal, de que mesmo o mais forte sentimento não pode ser vencido pela vontade da pessoa de viver feliz consigo mesma,sem complicações. —suas palavras me surpreenderam de um modo estranho.

—Não é tão simples assim... —afirmei pensando em minha história com Edward. —Eu só quero que entenda que estar com ele...Com Edward nesse momento,é o que me fará feliz...Eu não quero estar com ele sabendo que você odeia essa decisão.Porque apesar de não ceder aos seus caprichos...Eu levo em conta sua opinião...Porque te amo. —contei.

    Emma me olhou de um jeito impassivo.

 —Eu...Eu posso tentar. —aquela frase me fez sorrir. —Mas eu só tentarei se me garantir que fará uma coisa. —desmanchei o sorriso.

—O que? —perguntei de imediato.

—Que só ficará com ele até o momento que achar que esse cara é aquele que você pretende ficar de verdade...Porque caso contrário,quero que se afaste dele...Ethan pode não te dizer,mas estamos cansados de nos apegarmos a alguém que aparece em sua vida e essa pessoa simplesmente sumir depois. —aquilo me quebrou de uma forma indescritível.

—Eu farei isso,querida. —garanti e então para minha surpresa,ela pulou em meus braços e me abraçou de um jeito carinhoso.

[...]

  Sai do elevador da agência animada com o fato de poder contar a Edward sobre minha conversa com Emma.Ele ficaria feliz ou ao menos aliviado ao saber que de certa forma eu havia resolvido isso.Era uma fator a menos para nos impedir das coisas ficarem completas de verdade.

         Mas o sorriso que antes estampava minha face some quando avisto de longe a mesa de Edward.Lá estava Tânya conversando com ele de um jeito descontraído,mostrando ao mesmo alguns papeis.

        Cogito seriamente a possibilidade de não ir até lá.Mas meu senso de proteção ao nosso recente relacionamento insiste que eu vá.

       Caminho em passos largos até a mesa,e quando os dois notam minha presença,me encaram de modos diferentes;Edward com hesitação,e Tânya com desconforto.

—Tânya. —cumprimento-a acenando.

Isabella. —diz de volta. —Espero que não se incomode por eu ter vindo ver o Edward,só vim entregar os papeis de nosso divórcio. —ela falou com uma postura firme.

        Supus que Edward houvesse contado a ela sobre nós dois e isso de certa forma me deixou feliz.

—Eu não falei nada.Não estou incomodada —comentei por sua fala anterior.

—Achei que teria ficado incomodada com a minha presença...Eu sempre fui um obstáculo entre você e Edward. —disse com certa acidez.

—Você nunca foi um obstáculo,Tânya.Nós não ficamos juntos porque fomos covardes. —afirmei com sinceridade.

—Mas certamente as coisas teriam sido mais fáceis se eu não tivesse aparecido na vida dos dois. —falou enquanto reunia os papeis e os colocava dentro de uma pasta.

—Não tem como sabermos...E além do mais se você não tivesse ficado com Edward eu não seria a modelo que sou hoje.E eu estranhamente gosto de ser essa modelo. —minhas palavras fizeram com que Edward me olhasse de um jeito incomodo,que logo tratou de disfarçar.

—É...Deve ser bom ser a mulher que conquista a atenção de todos. —falou com deboche. —Bom...Estou indo. —disse para mim e depois se virou para Edward. —Agora estamos oficialmente separados...Espero que seja feliz. —ela sorriu de um jeito verdadeiro para ele.Aquilo me fez constatar que ela realmente o amava.

       Amava a ponto de deixa-lo ir.Ela o amava do mesmo jeito que eu amo.Aquele sentimento que também me fez deixa-lo ficar com ela.

—Espero que você também seja feliz,Tânya. —Edward afirmou.

   Os dois se abraçaram.Após isso ela se foi.

—Ela me odeia,certo? —indaguei a vendo entrar no elevador.

      Edward acariciou meus ombros de um jeito carinhoso.

—Por que ela odiaria? Mesmo gostando de mim,você não fez nada para impedir nosso relacionamento. —ri com escárnio por suas palavras.

—Na verdade eu acho que ela me odeia por ter transado com você um dia antes de seu casamento. —falei com certa ironia.

—Até eu me odeio por isso se formos ser sinceros...Me odeio por ter sido tão insensível com você,por ter deixado aquela situação chegar até aquele ponto. —falou me encarando. —Mas...Você queria me dizer algo? —indagou claramente mudando de assunto.

—Na verdade sim...Conversei com Emma e ela entendeu parcialmente tudo sobre nós.Um problema a menos então. —comuniquei tentar colocar um sorriso no rosto,ele sorriu também.

—Isso é bom. —anunciou.

—Muito bom. —concordei.

—Quer jantar comigo hoje? —perguntou,ainda acariciando meus ombros.

—Não dá.Quero ficar com Emma hoje.Só não te convido para almoçar porque já marquei com a Vick,um lance de meninas. —contei sorrindo.

—Eu entendo. —afirmou antes de me beijar levemente.

—Eu tenho que ir. —comuniquei.

—Eu te amo. —falou num tom baixo.

—Eu também. —retribui.

[...]

   Encarei Victoria com divertimento enquanto a mesma relatava o que havia achado de James.Tenho que dizer que ela não poupou elogios.Era raro a ver tão entusiasmada com algo.Ainda mais sendo por um cara que claramente era um galinha.

—Não estou acreditando que você e o James estão tendo algo. —comentei rindo,antes de tomar um pouco do meu suco.

—Não é algo...Estamos nos conhecendo melhor. —discordou.

—O que leva a algo. —pontuei.

—Eu preferia quando você não dava a miníma para minha vida amorosa. —comunicou.

—E em outros casos eu não daria...Mas é sobre você e o James que estamos falando.Ele foi meio que um substituto seu durante esses 8 anos...E agora você está aqui ditando as qualidades dele. —falei como aquilo era incrível.

—Você está dando uma importância desnecessária a isso.Só temos interesses parecidos,não é como se fossemos embarcar numa história de amor épico. —sua frase me fez franzir as sobrancelhas.

—Isso é sobre mim e Edward? Nós temos esse “amor épico”? —indaguei incrédula.

—Tem.Parece aquelas histórias de filmes. —falou como se fosse obvio.

—Uma bem dramática não é? Me escute Vick.Eu amo o Edward,mas o que temos tende a ser exaustivo na maioria das vezes,é mais complicado do que se pode descrever,e há momentos que eu me pergunto porque continuei a insistir nisso...Então eu te digo que  para um amor ser épico ele não precisa de desencontros e obstáculos...Se eu pudesse escolher me apaixonar por uma pessoa menos problemática,eu certamente o faria. —falei com sinceridade.

—Está me dizendo isso exatamente por quê? —questionou.

—Para que você entenda que mesmo que pareça improvável,James pode ser o grande amor da sua vida...Estou bancando a tola sonhadora por afirmar isso,eu sei...Mas ai vai um conselho:Você tem que dar importância a isso,conheço vocês dois o suficiente para saber que dariam certo...Então nem pense em não investir nele,porque acha que sua história vai ser normal,porque nenhuma é.E a falta de impedimentos não é um sinal que as coisas darão errado,é um sinal que as vezes o simples tende a ser mais feliz que o complicado. —discursei.

—Você está ficando boa nisso de bancar a amiga conselheira. —notou.

—Tive uma ótima professora. —pisquei para ela.

—Sabe hoje eu percebi uma coisa... —a olhei quando ela disse aquilo. —Eu nunca te agradeci...Por sempre ter entendido essa personalidade sincera e desbocada que eu tenho.Nunca te agradeci por não me julgar a primeira vista. —suas palavras me emocionaram.

—Eu também nunca te agradeci...Por me entender mais do que qualquer outra pessoa,e por ser você. —após isso unimos nossas mãos e sorrimos uma para outra.

—Eu acho que independente de nossos namoros estranhos,de nossos amores complicados e fáceis...Nunca deixaremos de ser isso...Amigos.Eu e você,Edward e eu,James e você.

—Sempre seremos amigos. —concordei.


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Notas finais do capítulo

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