Meu nome é Catherine Skinner Fry e tenho 12 anos, moro em Nova York e vivo aqui com meu pai, minha mãe e meu irmão, minha mãe é o tipo coruja: sempre preocupada e prevenida já meu pai é o trabalhador da família: é ele que paga as despesas, ele trabalha em uma empresa de advocacia famosa, e meu irmão mais velho é do tipo bagunceiro: sempre querendo pegar meninas e deixando bagunça por onde pasce, como se fosse seu rastro, o nome dele é Jason.

Eu estava andando com minha mãe na calçada...Tudo foi tão rápido, eu estava indo para o colégio (era o meu primeiro dia de aula) e de repente eu só vi um carro invadindo a calçada e indo para cima de mim.

Logo, eu estava inconsciente, ouvindo tudo o que as pessoas a minha volta diziam, eu ouvia a minha mãe chorando e o meu pai conversando com o médico, e por incrível que pareça o meu irmão mais velho vendo futebol americano na tv do quarto.

No dia seguinte, abri os olhos e vi todos da minha família me cercando e perguntando se eu estava bem (tirando o meu irmão), primeiro tentei mover as minhas pernas e nada, depois os pés e resultou na mesma resposta, por último tentei os dedinhos dos pés e nada de diferente.

Meus pais se aproximaram e pediram para o resto da família dar um tempo para nós três conversarmos, minha mãe não conseguia falar nada, então, sobrou para o meu pai, ele começou contando o que tinha acontecido (tirando o final), falou como o carro avançara a calçada e contou até chegar na parte que eu estava numa cama de hospital com um aparelho para respirar.

Quando, o médico entrou na sala e disse que já poderia ficar sem o aparelho respiratório, levou uns 30 minutos para as enfermeiras chegarem no quarto e levarem todos os aparelhos, assim que elas tiraram os aparelhos, fui logo perguntando porque não mexia as minhas pernas até os dedos do pé. Meu pai começou a falar que eu teria uma nova realidade a partir daquele momento e notando que palavras ele usara, comecei a mexer os braços e para minha alegria, eu consegui.

Logo, minha mãe começou a falar que a nossa família ia se mudar para Nova Jersey, pois meu pai tinha sido promovido e teve que se transferir para aquela cidade, retomando a palavra, meu pai começou a falar que com esse acidente, eu teria que por enquanto usar uma cadeira de rodas e disse que nos mudaríamos assim que eu recebesse alta.

Uma semana se passou e eu tendo que agüentar aquela comida infernal de hospital, no mesmo dia minha família chegara junto com o médico, dizendo que eu recebera alta e que no dia seguinte nos mudaríamos para Nova Jersey, logo, meu pai foi abrindo a cadeira de rodas e foi me pegando no colo e me colocando delicadamente na cadeia ali para mim era novo e principalmente estranho, sem falar em como é difícil mexer em uma cadeira de rodas.

Saímos do hospital e nos dirigimos para a casa, fui para o meu quarto e me mãe foi me empurrando, ela pegou minha mala, colocou em cima da cama e abriu-a, pegou todas as minhas roupas, colocou em cima da cama e falou para eu arrumar tudo bom que pelo menos isso eu conseguia fazer, enquanto o resto da família arrumava as malas e ajudava os rapazes da mudança a colocar os móveis no caminhão.

No dia seguinte, nós entramos no carro para começar a viagem e minha mãe ficou toda hora falando que a casa nova teria um elevador, por causa da minha cadeira, que se localizava naquele momento no porta-malas.

Demorou não sei quanto tempo, porque eu estava dormindo, só sei que quando chegamos todos ficamos surpresos, a casa era linda e definitivamente enorme, o elevador ficava dentro da casa e eu podia me locomover do primeiro andar para o segundo. Meu pai saiu do carro e foi até o porta malas tirar minha cadeira, enquanto eu esperava,minha mãe e meu irmão já estavam fora do carro me esperando e finalmente meu pai veio com a cadeira e me coloca delicadamente em cima dela.

A casa tinha um ar rústico, era feita de madeira e era pintada de branco, era grande e linda, só não tinha garagem,mas tinha até piscina.

Entramos na casa e o meu pai me levou até a minha suíte e falou que seria embaixo por causa das minhas necessidades especiais e ele disse que a cadeira de rodas talvez fosse para sempre e que isso ia depender se eu conseguisse mexer as pernas, disse que eu ia fazer fisioterapia e que inicialmente eu estava paraplégica mim tudo foi como se " eu perdesse o chão,ficasse perdida em um mundo enorme" .

Logo me recuperei (com isso quero dizer : 3 horas depois) e comecei a desfazer minha mala e depois de 2 horas tudo estava no lugar ( em todo quarto), eu para comemorar fui no banheiro e quando vi dei um grito. Minha mãe saiu correndo, desceu as escadas e quando chegou no meu quarto, começou a explicar como usar tudo que estava no banheiro.

Meu quarto era lindo...Era pintado de branco e vermelho e tinha cortinas transparentes, a minha cama era baixa, o meu travesseiro era forrado com um tecido branco e tinha uma cabeceira branca baixa e em cima dela tem um porta-retrato e do outro lado da cama tem outra cabeceira com uma tv. O meu armário fica do lado da mesa que tem um computador.

O meu banheiro é diferente dos outros, tem uma cadeira embaixo do Box e tem uma pia de mármore bem larga, tem um espelho grande e uma tv pequena que se localiza na parede.

Minha mãe começou a me empurrar para que eu fosse tomar café da manhã, quando chegamos na cozinha encontramos meu pai fazendo panquecas (o que é uma surpresa, pois nem tínhamos a idéia que ele sabia cozinhar) e vi meu irmão comendo omelete e falando com os amigos dele pelo celular.

Meu pai colocou uma panqueca e passou para mim a calda de chocolate e ele e a minha mãe começaram a falar do meu novo colégio e que iam fazer a matrícula no dia seguinte e falaram que me lavariam junto para eu conhecer o colégio e a minha talvez nova turma e amigos.

IMAGENS :

Catharine Skinner Fry

Janson Skinner Fry