O Oráculo escrita por Lady G


Capítulo 4
Capítulo 4 - O Punhal da Esperança


Notas iniciais do capítulo

Geeeeente!

Me desculpem pela demora, aconteceram muitas coisas.

Espero que vocês gostem ;)



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Dia após dia a ansiedade e o medo dominavam os sentimentos de Levy. Sentada nas escadas que levavam ao segundo andar Guilda, ela deixara um bom livro de lado para ler para encostar-se á parede. Sozinha. Ouvira a bagunça do andar de baixo que outrora estaria fazendo parte, decidiu se preservar. Abaixou a cabeça e debruçou-se sobre seus braços, tendo visão de vários acontecimentos e sempre todos muito bagunçados. As visões estavam mais constantes, mesmo que sem querer. E levantou a cabeça e viu Lily voar até sua direção com um prato de doces.

— Aceita?

— Não, obrigada. – respondeu, com pouca força na voz.

— Precisa se alimentar Levy, senão ficará fraca. – e insistiu um bombom. – Gajeel pediu para lhe dar este bombom. Ele disse que você gosta. – Levy abriu um sorriso tímido e aceitou o bombom.

— Ele está preocupado.

— Eu imagino Lily... Todos estão. – e desembrulhou o bombom. Talvez, o chocolate poderia acalmá-la.

— Fique tranqüila Levy, vamos te protege á todo custo.

Levy não respondeu. Viu o Exceed voltar para o andar debaixo juntando-se a bagunça e barulho. Logo, teve outra visão. Ruínas. Um lugar destruído com escritas antigas nas paredes e no chão. Chloe estava sempre a sua frente, com o sorriso maldoso murmurando palavras antigas. Antes da visão se finalizar, Levy entrou em desespero e começou a chorar e gritar. Lucy subiu às pressas as escadas, - pois estava subindo, - e a abraçou. Murmurou um “tudo bem, você ficará a salvo”. E logo, a maga de madeixas azuis se acalmara.

O clima festivo passou quando do lado de fora, uma pessoa vinha em direção do Hall principal. Por ela passava deixava destruição: mesas, cadeiras e barracas eram destruídas num piscar de olhos. A pessoa estava usando um vestido preto e longo, com uma fenda aberta na perna direita e na parte de cima, era de um lado só. O cabelo castanho estava preso numa longa trança e o sorriso maldoso simbolizava sua real razão de estar ali. Chloe.

— Quem é você? – indagou Makarov, á frente de seus “filhos”.

— Posso ter muitos nomes: Chloe, Morgan ou Genevieve, mas, uso apenas um e o único, o Oráculo. – puderam ser ouvidos murmúrios e inquietação. Alguns deram passos para trás apavorados, e outros, tinha suas mãos coçando para detê-la. – Quero o meu receptáculo.

— Você é muito cara de pau de vir aqui. Ninguém vai sair daqui! Você não vai pegá-la! – aumentou o tom de voz e já foi se preparando para uma luta como os outros.

— Eu não vou até ai, ela virá. – esticou os braços e de um simples estralo. Todos estavam caídos ao chão e somente Levy ficara de pé. – Venha... – suas palavras pareciam estar encantadas.

— Le-Levy... Nã-Não... – Lucy tentava se levantar, mas a magia de Morgan provavelmente a enfraqueceu.

— Sinto muito... Deve ser feito. – e mesmo chorando, Levy foi cumprir com o seu destino.

No fundo, Gajeel apareceu correndo, com os braços transformados em ferro foi em direção a ela. Sua raiva podia ser sentida em vários quilômetros de distancia. O seu grito parecia mais como um rugido indo para cima dela. Ela riu.

— Não adianta lutar, Dragon Slayer. Ela é minha. – e bastou um olhar para fazê-lo cair de joelhos enfraquecido.

Então num piscar de olhos, toda Fairy Tail havia sido derrotada por uma só mulher. Levy olhou mais uma vez para Gajeel. Seus olhos pediam por desculpas e por ajuda. Depois, ambas desapareceram. E o efeito de enfraquecimento passou.

Gajeel estava onde Levy e Morgan haviam desaparecido, - faz umas três horas. O crepúsculo já enfeitava o céu e as estrelas já resolviam aparecer. Jet e Droy choramingavam num canto desolados e o restante da Guilda planejava um resgate.

— O Castelo dela deve estar em Lunar Way. Provavelmente na mansão em que a Shadow Gear fora. – analisou Erza, apontando o dedo num determinado lugar em um mapa estendida em uma das mesas.

— Isso! Vamos lá! – Lucy puxou Natsu pelo cachecol.

— Antes ir, precisamos tomar muito cuidado com o que pensamos. Ela vê tudo, ela ouve tudo... – todos ficaram apreensivos. Não tinha NADA que fizessem que ela não descobrisse.

Mesmo ouvindo a conversa paralela, algo chamou a atenção do Dragon Slayer. Viu uma sombra o observar, depois, a sombra começou a correr. Gajeel decidiu seguir. Mesmo ouvindo seus amigos o chamarem, ele fingiu não ouvir e foi o mais rápido que pode até a sombra. Depois de correr por vários minutos, chegou numa rua sem saída. Deu um baixo rosnado, estaria ele ficando louco? O sentimento de culpa estava o enlouquecendo. Ele deu um forte murro na parede de tijolos alaranjados, não chegou a quebrar, mas deu boas rachaduras.

— Sinto... Muito... – murmurou, como se Levy pudesse ouvir.

— Não sinta. – Gajeel deu pulo e modificou os braços para o ferro já pronto para qualquer ataque. Impressionou-se com o que viu.

— Olá. – a sombra, que na verdade era um homem. Estava bem próximo a ele. – Me chamo Zanty. E preciso te contar algo.

— Por que deveria confiar em você?

— Porque Chloe não vê o que fazemos. Eu posso me “ocultar” de seus olhos. Por isso, devo ser rápido.

— Então desembucha. – voltou os braços ao normal e encostou-se à parede.

— Resumindo: a Oráculo confundi as pessoas usando vários nomes. Chloe era seu nome verdadeiro, mas gosta de usar Morgan e Genevieve e isso faz ANOS.

— E no que isso me ajuda?

— Bom, na verdade em quase nada, mas, caso sinta-se confuso você já sabe. Ela confunde a cabeça dos homens, somos seres fracos. Eu realmente nao estou aqui. - Gajeel arqueou uma das sobrancelhas. - Eu... Hm... Bem... Eu nao estou vivo... Mas, também, ainda nao morri.

— Ah... Tem certeza que é ela que confunde?

— Vou tentar explicar... Eu fui um dos guardas reais que tentaram prende-la, admirado por sua beleza, eu me apaixonei. Mas, tive que que fazer o que era certo: eu a matei. - Gajeel engoliu em seco, lembrando-se do que a gata branca havia contado.

— Co-Como assim a matou?

— Ela possui os corpos de seus receptaculos, certo? - Gajeel fez que sim. - Então, ela leva um tempo para voltar ao seu corpo normal, isto é, ela vai ficar um bom tempo com o rostinho da sua amada.

— Ela NAO vai ter a Levy, eu vou salvá-la! - tentou puxar o rapaz pelo colarinho, mas foi em vão. Gajeel pegou o nada.

— Acalma-se por favor... É preciso matar o oráculo quando ele está em processo de tranferencia de corpos. Seus poderes são inferiores quando ela está nesse estado.

— E o que aconteceu? Por que falhou?

— E-Eu... Nao fui forte o suficiente para inteferir. Mesmo ter acertado o punhal em seu peito, ela resistiu. Para se defender, ela usou uma magia muito poderosa, a Ultima Force. Esta magia é a mais poderosa do mundo. Ela desliga os espiritos de seus corpos e os transformam em seus escravos. - deu um suspiro cansado. - Estou neste estado ha centenas de anos... Quero ser livre... E ela também.

Depois da conversa, Zanty esperou Gajeel assimilar toda aquela conversa. Todo aquele papo de espiritos e de morte. Será mesmo que ele teria que fazer aquela escolha? Não... Ele nao relaria em um fio de cabelo se quer de Levy se fosse para machucá-la. Zety estava paciente, afinal, ele tem a eternidade para a decisão de Gajeel. O problema é que aquilo ali era uma corrida contra o tempo.

— O que deve ser feito? - perguntou o Dragon Slayer por fim.

— O punhal é um artefato magico que está em posse de sua Guilda. - Gajeel arregalou os olhos.

— Como assim? A Fairy Tail tem esse treco?

— Sim. Como eu disse... Dei á Mavis Vermillion este artefato. Eu mesmo que o construí... - e deu um suspiro tristonho. - Construir coisas para matar sua amada não é algo muito legal não é mesmo? - e deu um sorriso rapido, Gajeel fitou o chão.

Sem dizer mais nada, Gajeel correu em direção a sua Guilda. Deixando o espirito para tras, o mesmo deu leve sorriso. "Esse rapaz terá uma grande escolha a fazer pela frente, sem duvida", analisou. Desaparecendo no ar. Gajeel estava tão absorto, tão desesperado que nao percebeu que havia se transformado em sombra e deslizava por Magnólia e em questão de segundos estava no Hall semi vazio. Makarov bebia uma caneca de cerveja, enquanto Mira limpava o balcão do bar de forma tristonha. O time Nastu havia dormido em cima da mesa e Jet e Droy ainda analisavam taticas e meios de resgatar sua amada amiga.

— Mestre! - a voz grave e sem animos de Gajeel fez despertar os dorminhocos.

— Sim? - respondeu, prevendo as ações do Dragon Slayer.

— Eu sei de uma arma que trará a Nanica de volta. - Makarov o fitou sério, suspirou.

— Como assim Gajeel? - Jet foi para perto do mago.

— O que descobriu? - Droy ficou ao lado de Jet esperançoso.

— Eu descobri... É um punhal mágico... Esse treco pode libertá-la das mãos daquela louca... E ele está aqui Mestre...

— Eu sei Gajeel... Mas... Sabemos que ele nao fará exatamente isso.

— Como sabe disso Gajeel? - a Titânia o fitava seria e preocupada.

— Não importa Mestre. - ignorou Erza, estava tão transtornado que precisava de uma solução. - Eu vou salvá-la!

— Gajeel... O Punhal é um artefato perigoso... Zanty fez mal em falar com você... Aquele rapaz é um teimoso...

— O que está havendo aqui? Mestre... Do que o Gajeel está falando? - Erza levantou o tom de voz.

— O Punhal é uma arma centenária que o guerreiro Zanty McGarden a construiu para deter Chloe... a Oráculo. - explicou.

— Zanty McGarden...? - perguntaram Droy e Jet.

— Sim... Um antepassado de Levy, um guerreiro sábio e honesto que se apaixonou pela Oráculo quando o seu poder estava no ápice. Infelizmente, ele decidiu e executou o seu plano... - respirou fundo e terminou. - Ele teve que matar Chloe. - todos presentes ficaram espantados... Isso quer dizer que o Gajeel queria aquela adaga para simplesmente matar Levy?

Conversas pararelas fizeram com que o Mestre colocasse sua caneca em cima do balcão e se levantasse perante a seus queridos magos.

— Crianças! Deixem-me terminar. - e aos poucos o silencio foi novamente estabelcido. - Zanty construiu esta arma para que o mal em Chloe fosse espelido, o que ele nao sabia era que ela era o proprio mau. Quando o mundo estava em caos... Quando a nossa Oráculo estava incontrolável, mesmo sacrificando guardas e guerreiros amigos, muito ferido, Zanty foi até sua amada Chole e atacou desprevinida. Bem no peito. O receptáculo e o espirito do Oráculo se dividiram. O corpo do receptáculo infelizmente nao sobreviveu e o espirito de Chole tornou-se o lado obscuro e mal do Oráculo e jurou vingança e escolheria a receptáculo perfeita... Centenas de anos depois ela achou. Uma McGarden.

Pode-se ouvir o rosnado baixo de Gajeel, sua furia estava o dominando. Lily voou em sua direção e ficou na sua frente. Transformou-se em seu Modo de Batalha e apoiou sua pata - em forma humanoide - no ombro de Gajeel, o mesmo o olhou sem entender. Lily abriu um rapido sorriso.

— Vamos salvá-la Gajeel. Eu o ajudarei nisso.

— Nós tambem. - disseram os Shadow Gear.

— Todos nós... - Juvia ao lado de Gray, Lucy, Natsu, Erza, Wendy, Charlie e Happy também acenaram.

— Eu vou achar o Punhal, Gajeel... - disse Makarov. - Espero que tome a decisão certa.

O moreno nada respondeu, mesmo não demonstrando, ele ficou feliz. Seus amigos estavam com ele e o ajudariam a proteger sua amada Nanica.

Continua...                                     


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Notas finais do capítulo

E ai gostaram?

Desculpem! Esqueci de atualiza-la, haha!



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