Depois de combater o crime eu decidi dar um tempo para mim. Ler meus livros, escutar minhas músicas favoritas, dançar no meu quarto... Coisas simples que eu amo, mas já não fazia com frequência.

Em casa, mais especificamente em meu quarto, eu liguei meu computador e coloquei uma lista de músicas que eu amava. Tomei um banho e, de pijama, sentei na varanda ler um dos meus livros que eu estava querendo terminar a décadas.

Ao som de cantoras antigas, aquelas bem antigas dignas de casamento, eu comecei a ler meu livro. A maldição do tigre. Ah... essa saga me encanta. Eu sempre fico fascinada quando a autora descreve com precisão a cultura indiana.

Quando eu estava quase virando a pagina meu livro se fechou e eu pulei de susto. Olhei em volta e suspirei aliviada quando vi Chat gargalhando com meu livro em suas mãos.

—Você só pode estar querendo me matar...

Ainda sorrindo um pouco, Chat respondeu:

—Oh, My Lady... você deveria ver sua cara!

Fitei-o, seria. –O que faz aqui a essa hora?

Ele parou de gargalhar, mas manteve seu sorriso. –Vim visitar minha joaninha.

—Sua?

—Oh, sim... Mi.nha.

Sorri. –Gato iludido. Não sou de ninguém.

Ele se aproximou e sussurrou. –Vou ter que possuí-la mais uma vez para provar o contrário?

Eu definitivamente corei. –N-não...

—Não?

Eu me levantei, desajeitada, da cadeira e fui me afastando de costas, adentrando meu quarto e chat me acompanhava com olhos lascivos.

—E-eu já vou deitar Chat, melhor ir embora.

—Deitar? Ok. Vamos deitar então.

Ele parou e eu o olhei com intriga.

—Chat?

—Hm? –Eu pude jurar que sua cauda balançou e ele mexeu os ombros como um gato pronto para pular.

—... O que...

Antes que eu terminasse Chat pulou em cima de mim nos jogando na cama.

—Adrien!

Ele sorriu e me prendeu contra minha cama.

—Sim?

—Me solte. Eu preciso dormir, agora.

Ele roçou os dentes em meu pescoço. –Amanhã é sábado, My Lady.

Dei um gemido fraco e Chat sorriu. Ah... não vou mentir, adoro esse projeto de gato preto.

Sorri e coloquei meus braços em volta de seu pescoço. Chat me fitou e sorriu de volta.

—Se deu por vencida?

—Não, miau. Eu ainda acho que sou de ninguém...

Chat mordiscou meu lábio. –Mas?

Eu o trouxe para beija-lo. –Mas por hora me dou a você.

—Hm mm. Uma vez se dando a mim, posso fazer o que quiser com o que é meu.

Eu sorri. –Aham.

Ouvi os bips de seu anel e sorri para Adrien.

—Boa noite, miau.

Adrien se pressionou mais fortemente contra mim. –Muito boa, Princesa.