Neon Nights escrita por Getaway6738


Capítulo 1
Capítulo 1 - Sleepless


Notas iniciais do capítulo

Yo Minna!! Essa é uma ideia que eu tive do nada, e TIVE que escrever. É uma one shot, até por que achei que tinha que acabar exatamente onde acabei. Espero que vocês gostem :D Então, bora ler?

Playlist:
Nome: Nero - Into The Night
Link: https://www.youtube.com/watch?v=ugrFTySNeQk

Ah, e eu tenho twitter. Dai por lá dá pra vocês conversarem melhor comigo!
@mallowmarsh (https://twitter.com/mallowmarsh)



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Casper Millington

O pub está relativamente cheio para uma quarta-feira, o que é uma grande coisa. Gente pelos cantos conversando, tomando cerveja, e ouvindo um jazz qualquer que passa nos auto falantes praticamente aos pedaços. É o terceiro show do Sleepless, e eu estou aqui de novo. Afinal, o primeiro membro do fã clube não-oficial da banda – até agora com... Só eu mesmo – não pode faltar a nenhum show.

Oh, me permita explicar. Eu sempre vim nesse pub – o Trafalgar – para poder relaxar, tomar um pouco da minha cerveja preferida e ouvir boa música; e há mais ou menos uns dois meses ele apareceu novamente. Digamos que desde então, eu vou em todos os shows deles, que se resumem a esse mesmo bar, e tento não ser visto. Até por que eles não parecem querer sair daqui tão cedo.

A atmosfera em si é bem intimista para um pub. As paredes são revestidas em madeira escura, e dois longos bancos percorrem as duas paredes laterais, com mesas e cadeiras na frente. O bar em si é pequeno, mas com certa variedade de cervejas. Logo atrás algumas mesas, e o palco, que fica oposto a cozinha, a verdadeira estrala do lugar.

Peço uma Killkenny a barman, e me sento num dos bancos junto ao bar, tirando o óculos para limpa-lo na minha camisa social. Um homem baixinho com um cabelo enorme, vestido com uma blusa polo preta e uma calça jeans bonina, sobe ao pequeno palco, abaixando o microfone uns trinta centímetros para poder falar.

— Senhoras e senhores, com vocês... Sleepless! — somente as minhas palmas, e as de mais umas duas pessoas podem ser ouvidas quando eles sobem ao palco.

— Boa noite, Eindhoven! — grita Felix, o vocalista e guitarrista, se posicionando e aumentando a altura do microfone. Ele é careca, mas tem uma barba tão grande que invejaria muitos lenhadores, e hoje veste uma blusa cinza com suspensórios pretos, que deixa suas várias tatuagens de pássaros cobrindo seus braços a mostra, e uma calça jeans na mesma cor — Hoje a gente vai tocar um pouco de Louis Prima, Arthur Smith, e quem sabe a gente toque alguma composição nossa. Espero que vocês gostem.

Felix dá um sinal com a cabeça, e Lars, o pianista começa a tocar sozinho o início de uma música. Ele tem o cabelo completamente raspado dos lados e grande em cima, e uma barba por fazer que complementa um bigode a la anos setenta, exatamente como me lembrava. Ele veste uma jaqueta de seda preta e branca por cima de uma camiseta branca e um jeans cinza escuro e tem um olhar ao mesmo tempo penetrante e desconfiado, que nunca soube interpretar muito bem, não importa quanto tempo tentasse o analisar.

Em seguida Tim, o baterista começa a tocar, seguido pelos acordes e a voz de Felix. Tim, parece ser o mais animado da banda, está sempre com uma camisa florida, e hoje não é diferente, vestindo uma junto de uma calça jeans preta e tênis vermelhos. Seu cabelo... Bom, o melhor jeito de se definir seria falando que ele é extremamente parecido com o do TinTin. Sim, o do desenho.

Quando Feliz apresenta a banda, e Guitar Hop termina de tocar, eu já estou na minha quarta garrafa de cerveja, e com meu terno colocado no encosto do banco. A banda avisou que essa seria a última música, afinal já são duas da manhã e eu devo ser o único individuo por aqui que ainda não foi embora ou está indo. Levanto minha garrafa de cerveja, fazendo um brinde silencioso a mim mesmo - talvez por ser tão idiota de ter vindo mais uma vez – e sorrio pateticamente, me virando de volta ao bar.

— Casper? — a barman me chama — Casper, vai querer mais uma, ou já vai?

— Mais uma — respondo, acabando com a minha garrafa em um gole, quando alguém se senta ao meu lado.

— Eu também vou querer uma. Pago a dele, querida — olho para o lado e me deparo com Lars, que está com os cotovelos no balcão — oi.

— Oi Lars — respondo, desejando ainda ter uma garrafa, para poder dar mais um gole. Ele continua cada vez mais bonito de perto. Com certeza. E mais jovem... — Hm... Vocês não... Tocaram a música que vocês compuseram, hoje.

— A maioria já tinha saído — pega a garrafa, a bebendo sem serventia — Não tinha por que tocar.

— Entendo... — bebo mais um gole, agora da cerveja nova. Deuses... Desde quando aqui era tão quente?

— Você sempre vem por aqui? — se vira em minha direção, e eu sorrio. Seus olhos são negros como a noite, e a cada segundo que me deixo ser estudado por eles, pareço me derreter cada vez mais — Digo... Eu sempre vejo você nos shows, e comecei a me perguntar se você gosta do que a gente toca, ou só gosta de ficar sozinho em bares aleatórios por ai.

— Eu... — eu não deveria nem estar compactuando com seu joguinho. Quantos anos eu tenho? Vinte? — Gosto muito do som de vocês. É raro ouvir jazz por essas bandas... E o bar fica no centro, então dá para vir aqui depois do trabalho sem muitos problemas.

— Você trabalha com o que mesmo? — volta a perguntar, em um tom informal.

— Jornalista. Na verdade editor... Eu já deixei de buscar pelas notícias há algum tempo.

— Isso me parece um saco — dispara ele, sem nenhum filtro.

— E é — solto uma risada, soltando um pouco a minha gravata. É estranho ver esse lado dele, depois de tanto tempo — mas sair e me divertir um pouco até tarde da noite me ajuda a relaxar.

— Bom, espero que a sua esposa não te mate por chegar em casa tarde.

— Esposa? — rio novamente, tomando um outro gole. Achei que ele lembrava que mulheres não são muito meu interesse, na verdade achei que dava para perceber que ele continua sendo o meu interesse — Não, não. Eu não sou mais casado, acho.

— Oh... — passa a mão pelo cabelo, após acabar sua garrafa — Viúvo? Você está usando um anel, então...

— Também não — vejo que a minha garrafa também acabou e deixo cinquenta euros no balcão — Já fui casado, mas as coisas acabaram não dando certo para nós. E você?

— Também já fui casado — sorri, olhando para mim em seguida — Um dia ele estava lá, e no outro... Bom, até as coisas se ajeitarem para nós dois, o jazz é a minha companhia.

— Bom, espero que você acabe se ajeitando, Lars — me levanto do banco, colocando meu terno e o cachecol de volta. Eu acho que não vou conseguir ficar mais aqui. Meu plano de não me deixar levar já foi por agua abaixo, então acho que ir para casa é a melhor opção nesse momento.

— Você... Não me falou seu nome — ele também se levanta, andando na minha direção.

— Casper Millington — eu paro e coro, olhando um pouco para cima para fitar seus olhos. Por que estou caindo em seus joguinhos de novo?

— Prazer, sou Lars Millington — sorri ele, segurando a minha mão — O pessoal da banda já foi embora, então eu estou livre... Você quer... Hm... Fazer alguma coisa?

***

Pra quem quer saber:

Esse é o Lars

E esse é o Casper


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Notas finais do capítulo

Pra quem não entendeu, eles eram casados HASUHASUASH

E ai? Gostou do capítulo? Quer bater a minha cabeça contra a parede mais próxima? Então favorite, comente e se possível recomende que você vai estar me ajudando pra caramba. Eu respondo todos os comentários, então não seja tímida(o) e me escreva alguma coisa :D

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