Uma adolescente em apuros. escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 4
Grávida.




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P.O.V. Renesmee.

Eu queria filhos, mas não quero me casar e nem namorar. Então, meu avô me levou para fazer inseminação artificial com um médico que ele conhece.

E agora eu estou grávida. O Klaus está me tratando como se eu fosse tipo uma Deusa, quando estou com fome as novas híbridas dele sempre me fazem um verdadeiro banquete.

Agora estou na cozinha fazendo café da manhã. Estou de pijama.

—O que faz de pé?

—Bom dia pra você também Klaus. Eu dormi bem, obrigado por não perguntar.

—Não dormiu não. A sua cara diz que não.

—Eu preciso de um travesseiro de grávida. 

—Travesseiro de grávida?

—É um travesseiro grande, bem grande. Vende nas lojas e como hoje tem ultra e  vai dar pra ver o sexo do neném vou de lá direto na loja comprar o enxoval aproveito e compro o travesseiro.

—Ótimo. Se for menina me avise.

—Mesmo se for menina não há garantias que vai ser duplicata.

—Sei. Á propósito não sei se notou, mas o meu irmão anda atrás de você como um cachorrinho.

—É. Eu notei. Ele é afim de mim eu acho.

—Querida, já comeu?

—Não. Estou esperando o café ficar pronto.

—Tem consulta com a doutora Satine hoje. Ás duas horas.

—Eu sei vovó. Estarei lá.

Os olhos dela se perderam e de repente voltaram.

—A Clary tá grávida.

—É mesmo? Que ótimo.

—De quantos meses?

—Ela deve estar de algumas semanas apenas. Quando a Clary começar a mostrar eu já vou ter dado á luz.

—Bom dia. Como se sente hoje Renesmee?

—Bem. Bom dia Elijah.

Ele acenou com a cabeça. 

O café ficou pronto, eu servi-me e ofereci a eles. 

—Café?

—Renesmee! Cafeína não.

—Mas, se eu não tomar café de manhã eu não funciono vovô.

—Porque cafeína não?

—Faz mal á criança.

—Vô, eu coloco um pingo de café num copo cheio de leite.

Sentei na cadeira, apoiei os meus cotovelos sob a mesa e beberriquei o leite.

—Vocês dormiram bem?

—Sim.

A posição começou a ficar desconfortável, então mudei de novo. Me recostei no acento da cadeira, quase deitando nela. E voltei a beberricar o leite.

—Você se sente bem?

—Sim. Porque?

—Parece tão largada. 

—Estou cansada. Estou sempre cansada, o tempo todo, sem parar.

—Como assim?

—Estar grávida implica em carregar mais peso o tempo todo. Em dividir a minha energia vital, meus nutrientes, meu sangue com outra pessoa 24 horas por dia todos os dias. Como se sentiria se estivesse no meu lugar?

—No seu lugar, eu não conseguiria.

Disse Elijah. Eu respondi dando um sorriso.

—Claro que não. Você é um homem, um macho. Não foi feito pra isso, as garotas, as fêmeas são menos sensíveis a dor para sobreviver ao parto sem muito esforço.

—Lamentavelmente ela tem razão. Somos fracos para dor, tanto é que as mulheres aguentam mais tempo caladas quando torturadas.

—Credo! O que ela viu em você, eu nunca vou saber.

P.O.V. Klaus.

Estou ouvindo uma risada conhecida. A risada dela.

E então, eu a vejo na sala. Usando um lindo vestido branco.

—Caroline.

—Ela está aqui conosco Klaus?

—Sim. Está.

Ela perguntou:

—Você pode me ver?

—Posso. Eu sou a âncora para o outro lado agora. Eu consigo ver tudo.

—Se você é âncora o que foi feito da Bonnie e da Amara?

—Amara?

—A duplicata Original. 

—Então Tatia não era a primeira?

—Não. O rosto que gerou milhares de duplicatas era uma criada humana em dois mil antes de Cristo. Amarantha Celestia Emmeran Petrova traiu sua senhora Qetsiyah e roubou-lhe o noivo e a sua imortalidade.

—A bruxa que colocou Silas na tumba?

—Sim. Silas trocou Qetsiyah por Amara, enganou a bruxa e a traiu.

—Caramba! E o que foi feito do Silas?

—É o que eu quero saber?! Amara era a âncora antes da Bonnie e agora você tomou o lugar de Bonnie.

Perguntei e a duplicata respondeu que Amara estava bem, que ela e Silas estavam juntos outra vez e que ele já não representava mais perigo para ninguém.

—Eu odeio estar presa nesse lugar. Eu quero ser ouvida e vista, quero abraçar os meus bebês, estar com meus amigos, com você.

—Mas, você está comigo Caroline.

—Eu quero dizer estar de verdade. Podemos nos falar, mas nada além disso. Eu queria poder segurar a sua mão, beijar você, te abraçar.

Ela tocou meu rosto e eu fiquei espantado quando senti o seu toque.

—Eu posso tocá-lo. Como?

—Eu não sei.

Como se lesse nossas mentes a duplicata respondeu depois de engolir um pedaço de mamão.

—O Klaus tem um pé de cada lado agora. Klaus existe em dois lugares ao mesmo tempo aqui e do outro lado.

—Que foda.

—Rebekah!

—Elijah!

A nossa gestante preferida riu. Ela se levantou e começou a tirar a mesa enquanto cantava uma música muito romântica e melosa.

—Que diabo de música é essa?

A Caroline também estava cantando com ela e chorando.

—É It's gonna be love. Da Mandy Moore. 

—Sei.

—É a trilha sonora do filme Um Amor Para Recordar.

—Filme romântico não faz o meu estilo.

—Você é um mala Klaus Mikaelson.

—Mas, você me ama mesmo assim não é mesmo fantasminha?

—É. Hibridinho.

A duplicata se sentou em frente ao piano e disse:

—Essa música é pra você Care. Eu sinto muito, por não ter conseguido salvar você, eu falhei com você. Eu fracassei, a única vez que não podia ter falhado eu falhei.

Elas duas já estavam chorando.

Era uma música tão linda e tão carregada de tristeza, melancólica e ao mesmo tempo feliz.

Quando ela acabou. Caroline aplaudiu.

—Ela está te aplaudindo.

—Obrigado. É muito gentil da sua parte.

—Você estava lá quando ela morreu?!

—Estava. Eu fiz o parto! Tive que assistir aqueles monstrinhos que você enfiou dentro dela a rasgando! Abrindo ela pra sair! Foi o veneno, o veneno das suas crias que a matou. Eu não pude fazer nada!

—O que?

—Isso é tudo culpa sua! Demônio! Abominação! Tudo o que você toca, você consegue destruir! Corromper, macular, machucar! Você transforma coisas bonitas em monstruosidades, transforma felicidade em tristeza e ódio. 

—Acha que é culpa minha?!

—Você sabia que ela era especial! Sabia que ela tinha que ser protegida! Mas, como sempre você tava mais preocupado em satisfazer seus próprios desejos egoístas!

—Falando assim parece que eu a estuprei! Mas, ela queria também. Jamais encostaria um dedo numa mulher sem o consentimento da mesma!

—Chega! Parem!

Gritou Caroline tampando os ouvidos.

Respirei fundo.

—O que foi feito dessas crianças?

—Estão seguros Klaus. Estão longe de tudo isso, em um lugar onde sei que estão sendo bem tratados, estão com alguém de confiança.

—Quem?

—Não importa. Sei onde estão. Vou visitá-los sempre e acho que eles me veem também, eles me encaram e uma vez sorriram pra mim.

—Eu amo você sua loira teimosa.

—Também te amo seu loiro sem noção.

—Vocês tem que dar um jeito de trazer ela de volta.

—O novo corpo já está quase pronto. Mesmo com o soro de crescimento leva um tempo para amadurecer tudo direito e tenho que testar pra ver se não tem nada errado.

—Pergunta pra ela se ela acha que desta vez vai dar certo.

—Ela mandou perguntar se você acha que desta vez vai dar certo? 

—Sim. Acho. Como estou de licença minha equipe está cuidando do seu caso.

—Espera, tem uma equipe?

—Equipe?

—Eu não sou tonta. Não trabalho num projeto desses sozinha. Compeli eles a não contar nada pra ninguém nem sob a mais hedionda tortura.

—Você não é assassina de aluguel é?

—Não! Sou vegetariana! Me alimento de bolsas de sangue e nunca matei nada.

—Eu sei querida. Você é uma boa menina.

O celular dela tocou.

—Alô?

—Está pronto Doutora Cullen. 

—O que?

—O XX 134.

—Oh! Ok. Vou ai buscar. Fizeram todos os testes necessários para verificar a saúde dele antes da transferência?

—Sim Doutora. Mas, como sabe alguns dos testes só podem ser realizados após a transferência.

—Eu sei. Acho que vocês vão ter que mandar ele pra mim.

—Como?

—Coloquem na câmara criogênica e mandem para Nova Orleans. 

Ela falou nosso endereço certinho.

—Como quiser doutora.

—Obrigado Karina.

—De nada.

Ela pareceu se concentrar em algo.

—Vai chegar hoje. Alguém vai ter que ficar pra receber o pacote.

—Eu fico.

—Obrigado Klaus. Vai precisar da senha para receber o pacote, a senha é...

Ela se levantou e chegou perto de mim estendendo a mão para tocar meu rosto.

—O que está fazendo?

—Vou falar a senha do meu jeito, assim apenas você saberá.

—Deixa ela tocar seu rosto amor.

—Tudo bem.

Eu vi ela dizendo XX 134.

—É essa a senha. Entendeu?

—Sim.


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