Void escrita por Lilindy


Capítulo 20
Capítulo 17 - Desconfiança


Notas iniciais do capítulo

Oiee pessoas!! Tudo bem? Voltamos com mais um capítulo! Primeiramente gostaríamos de desejar com alguns dias de atraso Um Feliz Ano Novo!!! Que 2017 seja muito bom para todos nós! Também agradecemos as 7 favoritações e 16 acompanhamentos!!! Muito obrigada gente!!! Enfim, desejamos uma boa leitura!



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Barney suspira, passando a mão pelo rosto e olhando para os dois em seguida.

— Mason Verger tornou-se comprador de suas coisas há um mês.

Roman o encara.

— Então você sai por ai fazendo o que ele lhe propõe a fazer pelo preço certo não é? E isso inclui perseguir a Zoey.

O enfermeiro se espanta com a declaração do assassino, negando várias vezes com a cabeça.

— Perseguir a Zoey? Do que está falando? Eu não sei nada sobre isso!

— É uma longa história Barney. – Diz Zoey, se pronunciando pela primeira vez naquela conversa. – Acredito que podemos conversar afinal eu vim aqui para isso. Preciso de sua ajuda.

Barney olha para ela.

— É. Presumindo que ele tenha vindo me matar depois de aparentemente constatar que sou eu quem está lhe perseguindo.

Roman sorri com a declaração do enfermeiro.

— Ele está com medo por você. – Diz Warner se dirigindo a Zoey. – Ele teme que eu a machuque.

Roman dá de ombros antes de continuar.

— Achei que nossas conversas na Eichen tinham provado o contrário. – Diz ele encarando o senhor mais velho.

— Barney, a questão é que eu realmente preciso falar com você. Por favor, podemos entrar? – Pergunta Zoey, ainda envergonhada pelo fato de seu amigo mais velho ter descoberto que ela e Roman estavam juntos. Mas não havia tempo para isso, ela precisava falar com ele e explicar toda a situação em que ela se encontrava. Uma situação nada boa.

O enfermeiro abre a porta dos fundos de sua casa para os dois entrarem. E foi o que eles fizeram. Agora os três encontravam-se na cozinha do senhor negro. Barney aponta para as cadeiras de sua mesa de jantar e Zoey prontamente se senta em uma delas. Roman por sua vez permanecer em pé, cruzando os braços sobre o peito e encostando-se na bancada da cozinha. O antigo enfermeiro da Eichen entrega dois copos com café a cada um antes de se sentar.

— Sempre sendo cortês. – Começa Roman. – Essa é uma das qualidades que prezo em você Barney.

Zoey pigarreia antes de se pronunciar.

— Como conheceu o Mason Verger?

Barney toma um gole do seu café. Ele sabia que poderia ter um final trágico naquele dia que já estava se findando. Mesmo assim ele precisava contar para a garota, garota que para ele tinha perdido a cabeça ao se envolver com Warner.

— Mason ligou para mim assim que pus seus para vender na internet. – Responde Barney, se direcionando a Warner. – Mason sempre dava as ofertas mais altas. – O homem mais velho olha para a agente. – Entenda Zoey, eu não sou um cara mal. Você não faz idéia de quantas pessoas querem os desenhos, roupas da Eichen, os livros entre outras coisas. Isso tudo desde que Roman fugiu.

— Eu não disse que você era um cara mal Barney. – Declara Zoey de forma calma. – Você não está ciente do plano de Mason, mas sabia das investigações. – Ele assente.

— Sim, mas eu não fazia idéia de que você estava sendo perseguida.

— Ah claro que não! – Diz Warner. – Deixe-me simplificar para você. Mason pretende se vingar de mim, por isso ele reabriu meu caso pediu para o FBI que Zoey liderasse as investigações para me levar de volta a Eichen.

Ele para, colocando o seu copo de café em cima da mesa antes de continuar.

— Mas ao mesmo tempo que tudo isso ocorre, Verger paga uma pessoa ir atrás de Starling e quem sabe para matá-la também.

— Vocês têm tanta certeza de que essa pessoa que foi atrás da Zoey foi paga por Mason. Como podem saber disso? – Indaga Barney.

Zoey morde o lábio.

— Acho que Verger sabe sobre... – Ela não terminou a frase, estava com vergonha daquilo tudo. Starling apenas pigarreia. – Eu acho que alguém do FBI foi comprado por ele.

Roman encara a agente, dá uma risada sarcástica e vai até outro cômodo mais próximo da casa. Warner sabia que Barney e ela conversariam melhor sem ele por perto.

— O que realmente deu em você Zoey? – Pergunta seu o amigo assim que Roman sai da cozinha. – Eu via o jeito que ele olhava para você na Eichen. Um olhar obsessivo, possessivo que ele lançava através do vidro da cela. – Barney a encara. – Sabe, no início eu achei que isso fosse o humanizar. Mas por Deus você está tendo um caso com uma pessoa em estado mental instável!

— Eu não estou tendo um caso com ele! Eu, eu ...

Barney coloca a palma da mão sobre a testa.

— Ele mente, manipula e mata! Ele é um incrível mentiroso Zoey! Eu o respeito e me preocupo com ele, mas acima de tudo me preocupo com você. Você está mentindo para o Estado e mentindo para si mesma!

— Tenho duas semanas para conseguir alguma prova de que Mason Verger está envolvido nas perseguições. Barney, eu preciso que seja uma testemunha da obsessão dele por Roman. – Pede ela desesperada. – Não sei o que vai acontecer se eu não tiver provas, provavelmente irão suspender meu título de agente.

Barney fecha os olhos por um estante, assentindo logo depois. Roman por sua vez estava encostado na parede que dividia a cozinha da sala de estar. O psicopata estava quieto, ouvindo toda a conversa.

— Tenho os comprovantes de pagamento e alguns itens de Warner que sobraram. Posso depor, mas não no tribunal. Não quero me envolver mais do que já estou.

— Obrigada. – Agradece ela em um sussurro. Starling mantinha o olhar fixo no copo de café que segurava. As palavras do seu amigo haviam lhe afetado mais do que ela imaginava.

Ela estava louca não estava? Estava se enganando, achando que algum dia a situação toda iria melhorar. Porém a cada dia que se passava as coisas ficavam mais difíceis de controlar, de lidar.

— É sua decisão Zoey. Não vou falar nada sobre isso, mas... – Ela volta a encarar Barney que parecia preocupado demais com ela. – Roman matou pessoas, mentiu e manipulou só pra conseguir o que queria. Zoey, eu entendo a admiração que ele tem por você, eu entendo. Você é forte, inteligente, gentil e inocentemente linda. Mas já parou para pensar que ele só esteja...

O enfermeiro baixa o tom de voz antes de prosseguir.

— Usando você para permanecer livre? E sua vida? Seu emprego?

O senhor negro mantinha seu olhar de preocupação.

— Eu sei, eu sei. É que... – Starling não sabia explicar para Barney o que a fazia está naquela situação. – Eu não sei o que fazer. – Sussurra ela por fim.

Uma pausa é feita.

— Ele não vai matar você, apenas deixe-o ir e fale o que precisa ser falado nos tribunais. – Declara ela depois. Pensando logo depois.

— Você não tem medo dele? Você não acha que ele poderia vim aqui novamente e matar você?

Barney faz que não com a cabeça.

— A única coisa de que tenho medo é de você perto dele. E se ele irritar-se com você? Se em um acesso de raiva ele machucar você? Zoey, eu convivi com ele durante 3 anos. Roman tem um temperamento forte.

Starling lembra-se do dia que os dois brigaram, de como ele parecia outra pessoa.

Roman aparece novamente na cozinha. Com o olhar distante do dela, ele fala:

— Pegue as provas de que precisa Starling. – Warner se direciona a Barnye, tocando no ombro dele. – Não deixe o Mason saber de nada disso, por que se ele souber não será eu que virá atrás de você e sim ele.

Roman sai da cozinha e se dirigi para a porta dos fundos, saindo da casa. Tinha pegado as chaves do veículo da garota e agora estava indo esperar a garota lá.

O senhor negro levanta-se e vai procurar as últimas coisas que tinha sobre o Warner em casa.  Depois de um tempo Barney aparece novamente na cozinha carregando alguns comprovantes e entregando os mesmos nas mãos da agente.

— Obrigada Barney. – Agradece ela, ainda abalada com as palavras do enfermeiro.

Os dois caminham até a saída da porta dos fundos.

— Pense no que eu disse Starling, por favor. Você merece mais que isso. Livre-se dessa confusão. É a única coisa que lhe peço.

A garota olha para ele e em seguida para Roman que agora estava dentro do carro vermelho da agente. A cabeça inclinada para trás, apoiada no banco do motorista e os olhos fechados.

— Por que não pegou o telefone e nos entregou? E por que você não falaria para o FBI sobre nós dois? – Pergunta a agente.

— Eu sei que gosta dele e que vê algo bom nele assim como eu tenta vê isso em todos que passam em sua vida. Sei disso desde os interrogatórios. O jeito que você procura o entender. Sei que você não tem medo dele. Eu confesso que até eu tinha algumas vezes – Declara Barney.

— Mas eu não sei o que ele sente por você e isso é perigoso, arriscado, é...

— Loucura. – Completa ela. O enfermeiro faz que sim com a cabeça.

— Pense no que eu disse Zoey. Você tem uma vida pela inteira pela frente, um futuro brilhante no FBI. Isso não vale a pena.

Zoey sai da casa do enfermeiro.

— Talvez o que exista de bom nele não valha tanto apena como você imagina.

Barney se despede da garota e fecha a porta deixando-a ainda mais pensativa. Naquele momento o que Zoey queria mais que tudo era gritar, porém o que fez foi andar até o carro, colocando as provas no banco de trás, sentando-se no banco do carona ao lado do motorista em silêncio.

Roman a encara, sorrindo sarcasticamente. Ele liga o carro.

—Eu bateria palmas para seu amigo Barney, mas como você vê eu estou no volante.

Ela o encara.

— Você ouviu. – Foi só que ela disse.

— Claro que ouvi, escuto isso de todas as outras pessoas e ele não seria diferente.

Zoey acomodasse no assento, abraçando os joelhos logo depois.

— Ele só quer me ajudar Roman. Ele se preocupa com você também.

— Não, ele me quer preso na Eichen, longe de você. E você, o que quer? Por que eu posso voltar para meu carro roubado e você pode voltar para sua casa e continuar ameaçada por esse tal perseguidor.

— Você não entende Roman? Não é a mesma coisa quando você escuta isso tudo, toda essa situação por um ponto de vista de outra pessoa.

Roman estava irritado e dirigia rápido, pegando uma estrada alternativa.

— Escolha por favor Starling.

Ela dirigi o olhar para ele.

— Se coloque na minha situação. Eu minto para minha melhor amiga sobre o que tenho feito e o que eu estou fazendo. Minto para minha mãe e para todas as pessoas que eu amo. Eu corro risco de perder meu trabalho, minha credibilidade, Minha vida toda!

Zoey falava alto quase chorando.

— Não acha que ao menos eu estaria inclinada a pensar na possibilidade nunca mais vê você?

Roman morde os lábios, ainda irritado e dirigindo em alta velocidade.

— Essas mesmas pessoas que você citou controlam sua vida e vivem dizendo o que você tem ou precisa fazer. Porque é assim que elas são! Você se preocupa com elas e eu até entendo, mas parece que o que realmente importa para você Starling, é a opinião delas sobre seu suposto namorado. Sobre quem ele deveria ser, estou certo? Se ele é uma pessoa perfeita, imaculada que poderia fazer visitas na casa da sua mãe ou das suas amigas no natal. Um homem que elas nunca temeriam, nunca chamariam de louco. Um homem que nunca lhe faria vergonha!

Warner falava alto, extremamente irritado.

— Eu vi seu olhar quando Barney flagrou você me beijando. Você sentiu vergonha!

— Não fale por mim! – Diz ela, deixando as lágrimas caírem.

— É isso que sente? Vergonha de mim? Vergonha de querer estar comigo?

— Não! – Fala ela, a voz em alto tom.

Warner para o carro no meio de um posto abandonado. Ela sai do veículo, enxugando as lágrimas que escorriam pelo seu rosto. Roman também sai do carro. A expressão de irritação em sua face logo some ao vê a garota chorando olhando para ele.

— Você não entende? Não vê? – Pergunta ela chorosa. – Você é a pessoa que eu adoraria andar mãos dadas pela rua. E sim, eu amaria passar o natal com você e adoraria que conhecesse a minha mãe ou que você simplesmente entrasse pela porta da frente da minha casa. Ou que eu tivesse seu número e que você apenas ligasse para me perguntar como foi meu dia e vice-versa.

Warner a encara, sem palavras. Chocado com as revelações.

— Roman, eu não tenho vergonha de você, eu apenas não quero a que as pessoas pensem errado sobre você. Porque elas não vêm o que eu vejo em você! O que eu adoro em você!

Ela se aproxima dela, enxugando as lágrimas que não paravam de cair.

— E o que você vê Starling?

Zoey o olha com seu olhar ais sincero.

— Ainda existe algo bom em você.

Warner não fala nada, apenas mantêm o olhar fixo na face da garota sentindo Zoey tocar em seu rosto.

— Talvez esse algo seja você.

Roman se afasta, batendo em um dos pneus do veículo. O local em que os dois se encontravam estava vazio, apenas os grilos podiam ser escutados.

— Starling eu... – Começa ele. – Eu voltaria no tempo em que eu estava Eichen House e nunca teria falado com você. Eu teria feito isso se fosse alguém bom. Nunca teria ido atrás de você, nunca deveria ter aparecido em seu quarto se eu fosse alguém que valesse a pena. Eu não sou o homem que você acha que sou.

Warner falava de forma rápida.

— Mas com você eu...Eu...

Ele olha para o rosto choroso dela.

— Por favor, pare de chorar. – Pede ele, agora enxugando de forma carinhosa a face delicada da garota.

— Entenda uma coisa Zoey. – Roman alisa os cabelos dela. – Eu nunca usaria você. Não você, nunca.

Starling se recompõe, afastando-se dele e enxugando mais seu rosto. Suspirando ela fala:

— Eu não posso voltar para casa sabendo que alguém vai estar lá para me machucar.

Declara ela. Estava magoada. Ambos estavam.

— Nem com essas provas. – Diz ela por fim. Warner assente, passando uma das mãos pelo próprio queixo.

— Eu sei exatamente onde você pode ficar Starling. – Diz ele, abrindo a porta do carro. – Mas precisa confiar em mim, juro que estará segura nesse lugar.

Ela entra no veículo e senta no banco do carona, virando o rosto para a janela. Roman ligar o carro e volta a dirigir.

— Posso cortar caminho dessa vez? – Ela o encara.

— Dessa vez? – Ele faz que sim com a cabeça.

— O lugar para onde vamos você já esteve lá. A minha antiga propriedade lembra?

— A casa do lago. – Fala ela em um suspiro.

Talvez ele tivesse razão. Talvez ela ficasse segura lá. A garota queria consertar as coisas, queria que os dois estivessem bem outra vez. Porém ela não sabia por onde começar.

                                           ***

Allison encarava o teto de seu quarto, deitada na cama enquanto Lydia mexia em seu celular.

— Ela está bem Alli. Sério, conversamos com ela e você a viu na formatura, nós a vimos. Tudo indica que ela está com o Theo e não quer nos dizer, não ainda.

Allison sai da cama e encara Lydia.

— Da última vez que falei com a Zo parecia que ela queria me dizer alguma coisa para mim. E não, não acho que seja sobre o Theo. A Zoey estava quase me dizendo algo importante.

— Sobre o quê especificamente?

Allison morde o lábio.

— Sobre outra pessoa.

                                             ***

O caminho até a casa de Warner é silencioso. Depois de um tempo a garota a propriedade no horizonte. Estava escuro e as luzes da casa estavam apagadas. O vento frio vindo da direção do lago sopra no rosto da agente assim que ela sai do carro.

Roman sai do automóvel, entregando as chaves para ela indo até a porta da frente da casa. Zoey o segue em silêncio, o observando enquanto ele pegava as chaves que escondia dentro de um jarro próximo a porta. A temperatura estava baixa, fazendo a garota sentir frio.

— O lago irá congelar dentro de algumas semanas, provavelmente vai nevar. – Declara Roman abrindo a porta da casa, indicando com a cabeça para ela entrar primeiro no recinto.

Ela entra constatando que o lugar estava como ela lembrava-se, apenas mais frio e escuro devido a noite.

—Posso pegar lenha se quiser. – Fala Warner vendo Zoey colocar os próprios braços em volta do corpo para se aquecer.

— Não, tudo bem. – Diz ela observando a casa. Roman vai até ela e fecha o zíper do casaco da garota, colocando os longos cabelos atrás da orelha dela. Ela suspira, sentindo ele perto dela.

— Você sente menos frio desse jeito. – Warner segura as pequenas mãos dela. Starling fecha os olhos, sentindo a quentura das mãos de Roman.

— É, fica. – Diz ela por fim.

Ele toca no rosto dela.

— Espero que me perdoe. Hoje eu...Eu tirei conclusões precipitadas sobre o que você pensa de mim. Espero que considere meu pedido.

Os dois estavam próximos. Ela assente, abrindo os olhos e encarando o olhar cor de âmbar dele. Roman se afasta indo mais para dentro da casa, ela o segue.

— Roman? – Chama ela, vendo um corredor com dois quartos em cada lado. Essa parte da casa ela não tinha visto em sua primeira visita. Warner abre a porta do primeiro quarto indicando para ela entrar, ela o faz.

— Esse é seu quarto? – Indaga ela, olhando para o quarto azul com uma grande cama branca.

A garota continua sua observação do local. Havia pinturas decorando o cômodo, alguns desenhos podiam ser vistos distribuídos em uma mesa e pincéis em outra. Havia um guarda roupa ao fundo e um toca discos.

— Sim, é meu quarto. Ele é mais confortável para você ficar então ficarei no quarto de hóspedes hoje á noite.

Ele pega um lençol dentro do guarda roupa e deposita na cama.

— Acredito que você tem tudo que precisa aqui. Caso alguma coisa falte me avise imediatamente.

Warner vai até a porta e Zoey caminha até os desenhos. Curiosa ela olha as paisagens feitas detalhadamente por ele. Um desenho da idade de Nova York, uma torre, o campo.

— Roman? – Ele se vira na direção dela.

— Starling? – Ela aponta para os desenhos.

— São lindos. – Ele dá de ombros, entrando novamente no quarto.

— É isso mesmo que quer me falar? – Pergunta ele sorrindo cinicamente.

— Tem razão. – Ela sorri sem humor. – Não é justo eu dormir aqui e você no quarto de hóspedes.

Ele passa a mão pelo queixo.

— Ainda não é isso que quer me dizer, não é? – Starling coloca as mãos nos bolsos do casaco.

— Ontem, eu e você... – Começa ela. – Eu não quero ficar desse jeito com você e eu... Eu tenho alguém querendo me machucar e agora tenho o risco de prender meu emprego. Eu sinto que não posso contar com ninguém e ...

Ela faz uma pausa.

— Não vou deixar nada acontecer com você.

— Eu sei, mas é que...

Roman se aproxima e coloca as duas mãos nos rosto dela.

— O quê? – Ela fecha os olhos.

— Eu quero ficar com você. Quero ficar do seu lado, mas do que eu posso ficar.

Warner assente, encostando sua testa na dela. Zoey encosta a cabeça em sem ombro logo depois, o abraçando. A garota sente pela primeira vez Warner, aos poucos e com certa dificuldade, corresponder ao abraço.

— Eu sempre quis ficar com você. – Diz ele.

Zoey encara seus olhos. Roman segura o queixo da agente com uma das suas mãos.

— Eu não sei dizer não á você. Não consigo sentir nenhum vestígio de raiva de você, porque você agente especial Zoey Starling é a coisa mais importante para mim.

Zoey fica espantada e boquiaberta com as palavras dele.

— Roman.

Somente essa palavra sai da boca da garota. Warner beija sua testa e vai até a porta.

— Boa noite, Zoey.

Ela nega com a cabeça.

— Não quero que vá embora.

Ele para de frente para a porta e sorri consigo mesmo, empurrando a porta para fechar o quarto. Roman se aproxima lentamente de Zoey.

— Ainda bem que não consigo dizer não a você. – Ele toca nos cabelos da garota, se aproximando ainda mais e tirando os fios castanhos e lisos do pescoço dela.

O coração de Zoey começa a bater mais forte, a respiração torna-se mais rápida e urgente.

— Então, não quer que eu vá? – Pergunta ele sussurrando muito próximo do rosto dela.

— Não, eu não quero. – Fala ela com dificuldade.

Warner segura o rosto da garota. Zoey fecha os olhos. Ele inclina a cabeça até o pescoço exposto dela, o beijando delicadamente.

— Senti falta do seu cheiro. – Disse ele a puxando para perto, entrelaçando seus braços na cintura da agente.

Os beijos se intensificam. Zoey coloca a suas mãos pequenas nas costas dele.Warner passa a beijar seu queixo apertando seu corpo contra o dela. As mãos do psicopata saem da cintura da garota e vão até o rosto delicado de Starling.

— Eu quero você, senhorita Starling.

Roman beija intensamente os lábios dela. Zoey corresponde na mesma intensidade. Suas mãos saem das costas largas dele para bagunçar seus cabelos quase negros. Os dois estavam quase sem fôlego, porém nenhum parecia disposto a parar o longo beijo. Warner a conduz até uma parede azul do quarto, sem parar o beijo.

Roman volta ao pescoço da agente que por sua vez tentava manter sua respiração o mais normal possível quando Warner abre o casaco dela e o tira de seu corpo, a deixando com sua blusa verde musgo. Ele volta a beijar a boca da garota, mordendo delicadamente o lábio inferior dela.

A garota acaricia as costas de Warner, porém suas mãos ficam indecisas entre os cabelos dele ou seus ombros. Roman a beija mais rápido e intensamente. Delicadamente Warner a levanta entrelaçando as pernas da garota na cintura dele. A garota o encara, ainda respirando rapidamente. Warner sussurra entre os lábios de Starling.

— Então foi aqui onde paramos. – Diz ele de forma sedutora e cínica.

Zoey sorri, encarando os lábios dele que voltam a beijá-la logo depois. As mãos da garota vão até o pescoço dele.

Roman segura o queixo dela, mordendo o próprio lábio encarando Zoey que começava a desabotoar a camisa do assassino. Ele sorri sedutoramente a ajudando a tirar sua peça de roupa, a jogando no chão logo depois. Roman volta a beijá-la. Zoey toca nas costas de Roman, sentindo sua pele. A garota sente a mão de Roman passando por dentro de sua blusa, tocando na sua barriga e sua cintura.

Roman a puxa para mais um beijo, a encarando fixamente sem parar, tirando seus cabelos longos de cima do seu rosto. Starling passa a mão no peitoral de Warner, ele dá um meio sorriso, escorregando propositalmente suas mãos do rosto da garota até seus ombros seguindo para a cintura indo em direção a barra da blusa. As mãos quentes de Warner tiram a blusa verde musgo de Starling. A garota fica um pouco envergonhada, ele volta a beijá-la de forma mais íntima.

— Minha imaginação foi indelicada com você. – Diz ele entre os beijos, olhando para a garota sem a blusa, apenas com a roupa íntima da parte de cima. – Você é ainda mais perfeitamente linda do que eu poderia imaginar.

Zoey sorri timidamente, passando a mão pelo rosto de Roman e o beijando depois.

Warner a carrega até a cama branca que ficava no meio do quarto, a deitando enquanto continuava a trilha de beijos em seu pescoço indo até sua barriga, voltando ao seus lábios.

Naquela noite Zoey não penso mais no que deveria fazer, não pensou que havia alguém a perseguindo, de que ela estava beijando e passando a noite com um assassino, um psicopata. E apesar do conselho de Barney e de sua própria mente, tudo o que ela queria fazer era continuar o beijando e sentindo seus toques que ambos nunca se permitiram sentir e naquela noite ela não queria que ele parasse.

                                           ***

O som dos grilos ainda preenchia a noite e o frio estava invadindo a casa. A garota se espreguiça e olha para o outro lado da cama vendo Roman de olhos fechados coberto pelo lençol. Ela sorri, levantando-se e indo até o espelho presente no quarto de Warner, procurando ajeitar os cabelos e limpando os olhos enquanto segurava o lençol que cobria o seu corpo.

Assim que tentou tirar a cara de sono de seu rosto ela volta para a cama, deitando de lado. Roman se mexe e a abraça enquanto ele beijava seu pescoço e sussurrava em seu ouvido.

— Você é uma péssima atriz, Zoey Starling. – Fala ele referindo-se ao fato dela fingir dormir. Ela arrepia-se com a voz rouca dele.

— Então você estava acordado? – Ela fala sem jeito.

— Uhum. – Murmura ele enquanto beija delicadamente o ombro da garota. – Acho que acordei há uma hora, não sei ao certo. Aliás, eu já mencionei que não ligo quando vejo você acordar. – Fala ele beijando sua testa.

— Eu sei, é que... – Fala ela ainda não o encarando. – Só queria arrumar meu cabelo.

Roman gargalha.

— É? – Ela se vira para ele, os rostos bem próximos. – Pois gosto dele exatamente como é. Eu diria até que está evitando meu olhar esta noite. – Declara ele, a fazendo ficar com um pouco de vergonha.

— Seu cabelo está bagunçado também. –Diz ela sorrindo. – Mas eu gostei. – Fala ela acariciando o peitoral de Warner.

— Claro, foi você que fez essa bagunça. – Diz ele. – Você bagunçou muita coisa na minha vida, eu diria Zoey Starling.

— Seria uma mentira se eu dissesse que você não bagunçou a minha também. – Ele sorri para ela de um jeito maliciosamente. – Sabe que Barney descobriu sobre nós dois e mesmo assim você o deixou viver. – Fala ela. Roman para de sorri.

— Não é uma escolha minha, até parece que me deixaria fazer alguma coisa com ele, embora eu quase tenha feito.

Zoey apoia a cabeça na mão, o encarando depois.

— Mesmo assim não o fez. – Analisa ela. – Mesmo sabendo que eu poderia ligar para o FBI e dizer tudo, aceitando os conselhos de seu ex-enfermeiro.

Warner fecha os olhos.

— Roman...

— Nunca vou forçar você a ficar comigo. Se quisesse que eu fosse embora, se essa fosse sua decisão eu teria ido embora, ido para longe de você. – Fala ele, evitando encará-la.

A garota sorri, tocando o queixo dele, o fazendo a encarar.

— Roman, eu...

A garota queria dizer o que sentia, porém acabou apenas o beijando. Tinha medo de admitir. Ele corresponde e não exigiu que ela completasse a frase. Ela sorri entre o beijo.

— Até esqueço do que tenho que fazer.

Ele faz careta.

— E o que seria?

Ela suspira, deitando a cabeça no travesseiro.

— Basicamente vou ter meu título suspenso se não achar uma prova contra Mason.

Roman vai até o pescoço dela o beijando e tocando o corpo da garota.

— Você já tem, Barney deu a você. – Diz ele entre os beijos e toques.

— Não é tão simples assim. – Fala ela com dificuldade, devido aos carinhos. Roman sorri, evidentemente gostando da reação da garota.

— Ainda temos tempo um tempo antes de você ter que se preocupar com o Mason. – Ela encara Roman que tentava tirar lençol do corpo dela.

— Você está me ouvindo pelo menos?

Ele sorri, resmungando enquanto apoiava seu corpo e encostava sua cabeça na cabeceira da cama.

— Ótimo. – ela se senta também.

— Pode soltar o lençol se quiser, depois eu tiro o meu e toda a sua preocupação some hoje á noite. Eu posso garantir. – Zoey fica envergonhada.

— Eu vou considerar, mas antes... – Ela suspira. – Temos que reavaliar a situação. Não são só pistas de que Mason está por trás disso, eu preciso dizer quem é o perseguidor.

Roman passa a mão no rosto pensativo.

— Mason compra o FBI e dentro do FBI existem pessoas próximas a você, incluindo Raeken. – Ela nega com a cabeça. – Não negue, é uma possibilidade. Afinal já descartamos o Barney da lista, não é?

— Eu já pensei nessa possibilidade e não, não é ele. Eu quase cheguei a acusá-lo, mas eu não acho que possa ser ele. – Warner sorri. – Roman nem pense nisso!

— As pessoas possuem um lado que você não conhece Zoey. – Ele diz. – Só estou dizendo que você pode está confiando na pessoa errada.

— Vamos realmente ter essa conversa, sério? Roman estou confiando em você e ... – Ele deposita um beijo nela.

— Eu entendo aonde quer chegar, Starling. – Fala ele fazendo bico. – Só bom...- Ele acaricia o rosto dela. – Não quero discutir com você outra vez. Eu não quero falar sobre o Mason. – Diz ele a puxando para si de forma rápida. A garota sorri.

— Mas é necessário. – Ela suspira, olhando as pintinhas em seu rosto. Ela toca o rosto dele, o fazendo fechar os olhos. – Então hoje eu posso fazer isso?

Roman morde o lábio, sorrindo charmosamente, enquanto a encarava.

— Acredito que sim. – Ela segue com toques indo até os ombros dele, os braços e tocando em seu peitoral depois. – Está me provocando, Starling.

— Eu adoro seu sorriso! – Fala ela espontaneamente. Warner por sua vez fica surpreso. – Quer dizer, eu gosto daquele sorriso. – Ela toca nos lábios dele. – Aquele que você só faz para mim!

Ele toca a boca da agente com seu dedo polegar.

— Posso fazer uma lista das coisas que só faço com você e por você Zoey. – Ela o encara, sem saber o que dizer. A respiração de ambos começa a acelerar.

— Então, você descobriu o que sente por mim? – Ele gargalha.

— Acredito que sim, talvez. É confuso. – Ele direciona o olhar para as pernas da garota. – Não sei colocar em palavras. – Ele volta o olhar para ela.

— Você é bom com as palavras.

Roman morde o lábio inferior.

— E você? Descobriu o que sente em relação a mim? Por que arriscar a sua sanidade por mim?

Zoey toca novamente nas adoradas pintinhas, falando em seguida.

— Conto assim que me contar.

Roman toca na mão da garota que estava em seu rosto, a puxando para ainda mais perto dele.

—Sorte sua eu adorar fazer acordos com você. - Zoey encosta seu nariz no dele. – Não me arrependo de ter lhe respondido na Eichen House.

— Cogitou não me responder? – Pergunta ela olhando para os olhos âmbar dele.

— Só durante uns segundos. – Ela morde o lábio. – Então eu me levantei da cama e bom, qualquer resistência que eu poderia ter acabou no instante que olhei para você.

— Já disse para não me olhar assim. – Ele continua a encara-lá. – Pare Roman.

Ele gargalha, colocando uma mexa do cabelo dela atrás da orelha.

— O que achou de mim assim que me viu? – Zoey faz uma careta, pensativa e pigarreando antes de responder. Nunca tinha admitido ou falado para ele o quanto o achava bonito.

— Eu não sei ao certo. Não era o que eu esperava que fosse.

Ele faz um biquinho.

— Ah é? – Os lábios dele vão em direção ao pescoço dela.

— Está me distraindo. – Ela diz, um pouco sem ar, enquanto Roman a deitada na cama.

— Faço isso incrivelmente bem, Zoey. – Fala ele indo em direção a sua boca. Ela corresponde o beijo com vontade, tocando em suas costas e deixando que Roman tirasse o lençol que a cobria.

                                        ***

Zoey acorda e verifica que já era de manhã. Ao olhar o relógio que marcava 07:00 da manhã constata que era cedo. Warner não estava na cama, mas suas roupas ainda estavam no chão, o que indicava que ele tinha acordado a pouco tempo. O barulho do chuveiro vindo do banheiro indicava que ela estava certa. Starling sai da cama, vestindo a camisa social branca de Roman. A garota olha para todo o quarto e curiosa começa a observar com mais cuidado as coisas que ali tinham. Ela vê algumas partituras presentes ali e presta mais atenção nas pinturas. Ela sabia que estava sendo invasiva mas mesmo assim decidi abrir a gaveta da escrivaninha. Pincéis de todos os tipos, tintas e lápis apropriados para desenhar estavam guardados ali juntamente com uma caixinha de música prateada.

Assim que a garota a abre ela pôde ver uma bailarina dançando ao som de uma música lenta e doce que tocava.A melodia acompanhava o som dos pássaros e do vento quanto batia nas árvores presentes da na casa do lago. A agente sorri com aquilo.

— Puxa! – Diz ela encantada, ainda sorrindo.

Zoey se vira ao escutar a voz de Roman falando:

— Eu pintaria você exatamente como está agora.

A garota fica vermelha com a declaração dele. Warner estava de braços cruzados, apenas de toalha presa em sua cintura, cabelo molhados, dando um sorriso maldoso.

— Ei...Oi. – Fala ela o encarando, ajeitando discretamente seus cabelos.

— Sempre pensei em você vestindo alguma roupa minha e Deus! – Ele diz se aproximando. – É ainda mais encantadora do que pensei. – Zoey agora tinha seu corpo entre ele e a escrivaninha.

— Roman. – Ela o adverte, o rosto em brasas.

Ele sorri.

— Só vou pegar minha camisa. – Fala ele abrindo uma outra gaveta. – A não ser que você prefira me devolver essa que está vestindo nesse exato momento.

A garota fica sem jeito.

— Por que ainda fica desse jeito? Não tem motivos para se envergonhar.

— Eu sei. – Diz ela. Roman pega sua cintura.

— Então pare, por favor. – Diz ele sorrindo e em seguida a beijando.

— Eu preciso de um minuto. – Diz ela interrompendo o beijo, pegando suas roupas do chão e entrando no banheiro.

                                            ***

Após fazer sua higiene matinal e se trocar, Starling sai do quarto de Roman. Ela começa a o procurar pela casa e finalmente o vê sentado á mesa, avaliando os pertences dele que estavam com Barney.

Warner vestia uma camisa de mangas compridas marrom escura e calça jeans. Seu cabelo já estava seco.

— Espero que você tenha dormido bem ontem à noite, agente especial. – Diz ele sarcasticamente.

Ela cruza os braços, o encarando.

— Eu tentei dormir ao contrário de você. – Declara Zoey, agora mexendo nos arquivos e fotos. – O que está procurando?

— Talvez uma evidência do seu perseguidor. – Responde ele ainda olhando para os objetos dispostos pela mesa.

— Mas são seus pertences, tem até sua roupa aqui. – Constata ela observando melhor aquilo tudo.

— É, tem.

Roman levanta-se buscando e entregando um copo de café para a garota. Ela aceita.

— Obrigada.

Warner senta novamente agora também bebendo café em seu próprio copo.

— Alguma conclusão? – Indaga ela. Roman fica pensativo antes de se pronunciar.

— Barney apenas vendia minhas coisas para Mason. Mas até onde você sabia, meus pertences não estavam com ele.

Zoey o encara.

— Roman, o que você está querendo dizer?

Ele se levanta.

— Você disse que alguém falou com você, alguém deu um ultimato de que você precisa ter as provas.

Ela assente.

— Foi uma reunião. Foi lá que eu descobri que Barney estava com os objetos. Foi quando ...

Ela pausa. Uma expressão de surpresa surge em sua face.

— Krendler. Paul Krendler mencionou isso. Mas isso pode não ser nada.

— Mas não quer dizer que ele não esteja envolvido. E se for um truque? Uma jogada? E se eles apenas estejam garantindo que Barney fale no tribunal, fale sobre nós dois assim que apresentar essas provas?

— Então o que sugere? Que eu não fale sobre o Barney? Posso perder meu título! Roman!

— E se perguntarem para o Barney? Está pronta para ser presa Zoey? – A agente coloca as mãos no rosto.

— Pode até ser o Paul Krendler, mas isso é só uma suposição Roman. O cara veio de outra cidade, não existe essa possibilidade dele sair por ai colocar um capuz e começar a me perseguir.

— Sempre existe a possibilidade e sabe disso.

Starling olha para o visor do seu celular.

— Atrasada? – Ela dá de ombros.

— Eles não me querem lá. Nunca quiseram mesmo. – Diz ela indo até a varanda, olhando o lago a sua frente.

— Realmente se importa com o FBI ou é só um desejo de infância onde prova seu valor para um pai que nunca vai reconhecer esse valor?

— Está me avaliando? Sério?

Ele sorri, se aproximando e segurando o rosto da garota.

— Você é ótima no que faz.  Mas Zoey, não é isso que você realmente quer ou é? Ficou presa ao FBI. Alguém sempre vigia sua vida, você não tem a liberdade que tanto sonhou, que você tanto quis!

— O que você realmente quer me dizer Roman? – Pergunta ela olhando para ele.

Warner lembra das passagens e de como gostaria de pedir para ela ir embora com ele.

— Eu só... – Roman hesita por um instante. – Existe um mundo inteiro esperando por você Zoey.

Starling não compreende as reais intenções de Warner ditas naquelas palavras.

— E existe a realidade. Existe um homem que quer me machucar e machucar você, talvez até matar! Mas antes ele prefere fazer joguinhos sádicos e nos fazer acreditar que estávamos no controle da situação.

— Então ontem foi fantasia, é isso?

Zoey suspira, colocando as mãos no rosto.

— Não, não. Claro que não ... – Ele a interrompe.

— Se tiver sido me avise, por favor.

Roman anda até a sala para longe dela.

— Roman. – Ela vai até ele. – Eu não quis dizer aquilo. Eu, eu só estou assustada, ok?

Ela toca nas mãos dele.

— Por favor, eu não quero brigar com você. Não de novo.

Warner a encara. Ele respira fundo e toca no rosto dela.

— Então o que foi? Foi só uma distração para fugir as sua realidade? Da sua verdadeira vida?

Foi então que pele primeira vez Starling o puxa para um beijo. Ela coloca suas mãos em volta do pescoço de Roman, ficando na ponta dos pés para alcançar a boca dele.

Ainda sem fôlego os dois se encaram.

— Foi a melhor noite que eu tive. E sobre você Roman, o que eu sinto por você é a coisa mais real que já senti. O que eu sinto é real! Você é real e eu também e eu não sei parar isso que estou sentindo. Nunca soube parar e com certeza nunca vou parar de sentir.

Zoey diz aquelas palavras assustada consigo mesma. Tinha se declarado para alguém pela primeira vez em toda sua vida. Agora não tinha volta. A garota então encosta seu rosto no peito dele e Roman a abraça, um pouco mais à vontade do que da última vez.

Roman beija a testa da garota, olhando na direção da varanda, olhando para o lago á sua frente.

                                           ***

Paul Krendler chega á sua residência e encontra um recado na sua secretária eletrônica. Ao atender escuta a voz de Mason Verger.

"Espero que tenha tempo para nossas negociações na quarta ás 15:00 horas."


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Notas finais do capítulo

E aí que acharam? Aguardamos os comentários! Se avistarem qualquer erro de gramática ou coerência podem nos avisar. Ás vezes na hora de escrever os erros passam desapercebidos, então nos avisem. Até a próxima! Bjus, Lili ♥



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