Void escrita por Lilindy


Capítulo 17
Capítulo 14 - Halloween


Notas iniciais do capítulo

Hello!!! Hello!!! Oie pessoas!!! Gente, voltamos!!! Mil desculpas gente, como vocês sabem, estávamos muito ocupadas com nossos estudos, principalmente eu (lili). Mas agora estamos mais livre e podemos voltar a postar como antes!!! Como sempre queremos agradecer os comentários de Elaine, Mih e a nossa mais nova leitora Jéssica Dixon, seja bem-vinda amore!! Nathy e Apenas Lorena, sentimos falta de vocês meninas! Enfim, pra compensar nosso sumiço temos um capítulo bemmm grande pra vcs! Nos vemos lá embaixo!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/684091/chapter/17

 

 

 

Ainda confusa sobre tudo o que aconteceu, Zoey andava de um lado para o outro na sala de espera do consultório do doutor Valeck, o primeiro psiquiatra a avaliar Warner. Ela não queria está ali, parecia errado,uma invasão na vida da pessoa que ela estava se envolvendo. Mas o que ela poderia fazer?

Sua verdadeira paixão era a psicologia, o seu emprego era o que ela sempre almejava. Mas desde que conheceu Roman, a garota se questionava cada vez mais o fato de está no FBI.

— Zoey? – Theo a chama, a encarando. – Você está bem?

Ela para de andar, interrompendo o ciclo vicioso em que estava pressa. Zoey direciona o olhar para o agente, mexendo as mãos, ainda inquieta.

— Você não parece bem, estava muito agitada. Por acaso bebeu café demais? – Raeken sorri, claramente brincando com ela. Mas a garota não fez o mesmo.

— Não, não. Eu só... – Ela suspira. – Não acho que visitar o psiquiatra ajudará em alguma coisa.

— Foram ordens, temos que cumprir.

Um silêncio forma-se depois das palavras de Raeken, porém  não dura muito, pois Theo faz questão de quebrá-lo.

— Acredita que o Halloween já está chegando? – Pergunta ele, apontando para a porta do consultório de Valeck, onde uma decoração típica estava pendurada. A garota dá de ombros.

— Bom, eu notei hoje que as abóboras estão espalhadas em toda parte da cidade. – Comenta ela.

— Já foi a alguma festa de Halloween? – Zoey faz que sim com a cabeça.

— Em Beacon Hills, mas não era nada tão grande como aqui. A Allison sempre me fazia ir para as festa. Isso aconteceu até meus 16 anos, espera, não, foi até meus 20. Todos os anos usávamos uma fantasia nova. E você?

— Ah, sim.  Já fui á várias festas, ás vezes ia até sem fantasia, era divertido. – Diz ele sorrindo.

— Não é muito minha praia. – Zoey desvia do assunto, lembrando de Roman e da noite anterior.

— Você anda meio estranha, desconfiada. – Raeken volta a analisá-la, a fazendo o encarar.

— Alguém anda me perseguindo, qual reação você esperava vê, Theo?

 A agente Starling mente sobre o real motivo da sua mudança de comportamento, ela ainda olhava para o rosto dele quando percebe uma coisa.

— Você não acredita, não é?

— Eu não disse isso. – Argumenta ele. Zoey ri sem humor. – Eu só acho que quem está por detrás disso é o Warner.

— Isso é impossível, Theo !!! – Starling eleva um pouco o tom de voz, fazendo o agente a encarar, a expressão de estranhamento na face dele.

— Nada é impossível, Zoey! Por que insiste em dizer que não é ele? Que não existe essa possibilidade?

— Não faz parte do perfil dele! – Diz ela, arrependida do que disse. – De qualquer forma, você não acredita. – Afirma ela, com o tom de voz mais calmo agora.

Theo percebe o descontentamento na voz de Zoey e tenta consertar as coisas, porém Starling rapidamente se dirigi a sala do doutor Valeck quando a secretária anuncia que o doutor os esperava.

A garota avista o tal doutor Valeck, um homem alto, de cabelos grisalhos, cara de poucos amigos e um sorriso cínico no rosto.

— Ora, ora, ora, ao o que devo o prazer da presença da agente especial Zoey Starling aqui no meu consultório?

A garota o cumprimenta já desconfortável e desconfiada.

— Boa tarde, doutor Valeck.

— Senhor. – Theo repete o gesto da agente assim que entra na sala. – Agradecemos a cooperação.

— Imagine. Sentem-se. Vamos, vamos. – O doutor gesticula com as mãos, apontando para as cadeiras. – Querem alguma coisa? Café? Água? Chá? – Valeck estendia uma bandeja com todas as bebidas que ele havia citado enquanto perguntava.

— Não, obrigada. – Zoey se pronuncia, inquieta, demonstrando pouco interesse em está ali.

Raeken pigarreia um pouco, percebendo o desconforto dela, pegando uma xícara de porcelana com café dentro logo depois. Ele toma a palavra.

— Bom, doutor queríamos ouvir suas palavras e entender um pouco mais sobre o estado mental de Roman Warner.

O doutor sorri, muito interessado com aquilo.

— Claro, claro. Warner... psicopata no estágio 3. Sabem o que isso significa?

— Ele mata.

Fala Zoey no automático, sendo curta e grossa, sem se importar com os termos técnicos. Estava desconfortável, querendo sair do local. Mas não poderia fazer isso, o que falaria para Theo? Que de repente falar sobre Roman era desconfortante? Isso sério no mínimo suspeito.

— Ah sim, temos uma entendida no assunto por aqui. – O doutor direciona o olhar para ela. – Roman é bastante enigmático, eu diria. No período de avaliação ele quase não falou. Sabe, foi preciso muitas observações.

— O que aconteceu? Como ele se tornou um assassino? – Pergunta Theo.

— Tudo começou com a morte dos pais. O luto, a negação o fizeram não superar o trauma. Também acredito que a falta de uma psicoterapia tenha adiantado o estágio que já se agravava.

Valek sorri para Raeken antes de continuar.

— Psicopatas não possuem e não sentem culpa, agente. Não ligam para a moral. É como se o seu superego¹ não funcionasse. Eles não se importam com ninguém.

O agente Raeken prestava atenção nas palavras do tal doutor, tentando entender tudo aquilo. Já Zoey engole em seco, pensando em todas as palavras ditas ali. E quanto a tudo que Roman tinha falado para ela? Aquilo tudo era mentira? Manipulação para que ele conseguisse o que queria? O psiquiatra direciona o olhar para Starling.

— Ainda é intrigante saber o porquê dele ser tão aberto para você, agente. Quero dizer, olhem.

Ele entrega para os dois as fixas com os relatórios das observações de Roman.

— Ele não falava com ninguém e checou até machucar dois funcionários.

Valeck falava enquanto os dois agentes abriam e observavam as fotos e liam os papéis. Zoey olhava para uma das fotos, a grande quantidade de sangue presente no cenário da fotografia a fazia respirar fundo. Era com esse homem que ela tinha passado a noite anterior? Ela não parecia ser assim, não mais. O homem na foto possuía um olhar maquiavélico, vazio, sem piedade, bem diferente da noite passada, onde ela via um olhar maravilhado, até feliz.

Starling coloca a foto de volta ao seu lugar, não queria vê-la, não mais. A fotografia a deixava em dúvida, por que ela estava com ele?

                                                     ***

O turno dobrado tinha sido cansativo. Ela e Theo haviam voltado do consultório e agora o relatório tinha ficado por sua conta. Starling preparou o documento rapidamente e entregou para Craford. Agora estava em sua sala, arrumando as coisas em sua bolsa, se preparando para sair do departamento. Até que Raeken entra, sendo ignorado por Zoey que se dirige a porta.

— Zoey. – Theo segura seu braço, estava suado, vestindo as roupas de treino, provavelmente estava na academia do departamento. – Precisamos conversar, quer dizer, eu preciso conversar com você.

— Deveria conversar com a Malia ou com qualquer outro agente em que você acredite, com licença. – Ela se fasta e tenta passar pela porta, mas Theo continua.

— Por favor, Zoey!

A garota para, suspira, voltando sua atenção para ele, cruzando os braços e esperando e Theo se pronunciasse.

— Eu não queria dizer que eu não acredito em você, é que você anda estranha e claramente está acontecendo alguma coisa. Eu não quero invadir seu espaço, de verdade, eu juro. Mas se está nervosa por causa desse tal perseguidor, eu estou disposto a encontrá-lo com você. Só que você precisa abraçar a idéia que pode ser o Warner.

Starling fecha os olhos, racionando. Não era ele. “Não pode ser o Roman!” pensa ela.

— Eu preciso ir. – Diz ela. Theo continua.

— Me desculpe, ok? Só diga que não está brava comigo.

Zoey faz uma careta diante as palavras dele.

— Theo, não estou brava. É só que você é meu amigo e eu esperava mais apoio, só isso. Apenas isso.

— Você tem, sempre vai ter. – Diz Raeken, se aproximando e tocando o queixo da garota. Ela por sua vez tira delicadamente os dedos do amigo do seu rosto.

— Qual é o problema de tentar me dá uma chance, Zoey? – Diz Theo depois da ação dela, fazendo a garota se assustar. A conversa tinha passado para esse tema outra vez?

— Não tem nenhum problema com você, Theo! Eu só não sinto... – Ela para um pouco e depois continua. – Não desse jeito. Já falamos sobre isso.

Theo se aproxima mais e segura o rosto da garota com as duas mãos.

— Eu sei. Mas eu também disse que não iria parar de tentar. – Diz ele, a olhando nos olhos.

— Deveria, deveria mesmo. – Starling tenta tirar as mãos dele de seu rosto. – Theo, por favor. – Pede ela, educadamente. Não quero magoar você.

Ele desiste, assentindo,libertando o rosto da garota e logo em seguida tirando algo do seu bolso, um convite, ao que parecia. Ele entrega para ela.

— De qualquer forma, meus alunos vão comemorar o Halloween dando uma festa amanhã à noite. Sinta-se convidada.

Após essas palavras, Theo sai da sala.

“Que ótimo” pensa ela. Tinha magoado um dos poucos amigos que tinha feito em Nova York. Zoey dá uma olhada para o papel em suas mãos, o guardando em sua bolsa.

                                                       ***

Roman aguardava silenciosamente no quarto de Zoey a chegada da garota. Como de costume, ele havia entrado pela janela do quarto da garota. Starling sempre fechava tudo da casa, até as janelas. Mas o que era uma janela fechada para Roman Warner? Agora no escuro, Warner a aguardava.

O psicopata escuta o som do carro sendo estacionado, logo ela subiria. Ele estava ansioso, como sempre ficava quando ela estava por perto. Zoey tinha tido pela manhã a palavra logo, será que isso significava algumas horas depois? Pensava ele enquanto a porta branca do quarto era aberta. Era ela.

Ao acender a luz, Zoey toma um susto.

— Droga! – Resmunga ela, colocando o cabelo para trás da orelha depois de se recuperar do espanto. Roman logo se levanta, indo na direção dela, depositando suas mãos no rosto da garota.

— Não pude permanecer longe, contei cada hora dede do momento que você me mandou pular da janela.

Ela arrepia-se como sempre acontecia quando ele falava daquele jeito. Seu coração acelera ao sentir o beijo dele mais uma vez. A garota deixa a bolsa cair no chão acidentalmente.

— Uau! – Ele sorri cinicamente. – Era só dizer que também sentiu minha falta.

Ela revira os olhos, abaixando-se para pegar a bolsa para colocá-la na cômoda. A garota volta seu olhar para ele, que agora parecia bem irritado.

— Roman?

Ela continua o encarando. Warner vestia uma camisa vermelha, calça jeans preta e um casaco da mesma cor, passava uma de suas mãos pelo queixo e segurava um pequeno pedaço de papel, um cartão, na outra mão. Seu olhar de irritação era bem evidente.

— Foi visitar o Dr. Valek?

Ela engole em seco. Roman segurava um dos cartões que o psiquiatra havia entregado para ela e Theo antes dos dois saírem do consultório. Na hora, Starling tinha jogado no bolso da frente de sua bolsa sem dá muita importância, não tinha percebido que havia deixado o zíper aberto e agora o papel estava nas mãos de Warner.

— Deixe me adivinhar. – Continua Roman. – Theo Raeken também estava lá?

— O que esperava? Que eu negasse obedecer meu chefe? Roman,é o meu trabalho! Simplesmente eu não tive escolha.

Ele sorri nervosa e sarcasticamente, começando a andar de um lado para o outro no local.

— Aposto que acreditou nele, não é? O que ele disse sobre minha avaliação? – Pergunta ele, Zoey não compreendia sua mudança de humor.

— Por que está tão irritado? Eu não entendo! Roman, eu não tive escolha!

Warner bate em uma das paredes do quarto dela, fazendo a garota se assustar.

— Aquele homem não sabe nada sobre mim! Nada!

— Ele não contou nada muito específico. – Warner ainda continuava andando pelo cômodo, estava muito nervoso. – Pare com isso, Roman! – Pedia ela, de repente lembrando-se das fotos que viu no consultório. – Para!

— Ele encheu sua cabeça, não foi? Aposto que ele mostrou fotos e também minhas fixas. – Fala ele, com o tom de voz um pouco elevado.

— É ele mostrou. Mas eu não entendo sua reação, isso não muda nada para mim!

— Eu queria ter contado para você! Queria que você ouvisse minha versão. – Dizia ele com a voz no tom normal dessa vez. – Aposto que o Raeken concordou com tudo, aposto que ele te fez ir.

— O que ele tem haver com isso tudo? Você sempre o coloca entre nós dois, mas é você que não conta nada para mim! Como quer que acredite em você?

Roman tinha uma expressão de indignação na face.

— Acha que a nova morte foi culpa minha? – Warner balança a cabeça negativamente. – Não acredita em mim?

— Eu confio em você! Estou arriscando tudo o que tenho por você, Roman! Você quer outra prova de confiança? – Agora, era Zoey que estava indignada.

— Não, eu só... – Ele tenta se aproximar dela.

— Só o quê? – Ela o encara, magoada. – O quê, Roman?

— Só não quero perder você! Eu não posso perder você! Não posso deixar que eles tirem você de mim, não aceito! Não quero que eles façam achar que eu... – Warner se aproxima mais dela, esticando a mão para tocar seu rosto, ela se afasta, negando o carinho.

— Zoey? – Ela engole o choro. – Zoey?!

— Quero que saia! Não quero que fique aqui. – Roman a encara. – Estou pedindo educadamente.

Ela aponta para a janela.

— Se é isso que você quer Starling, é isso que irei fazer.

— Ótimo! – A garota estava prestes a chorar, quando ele lança mais um olhar para ela, Roman parecia desesperado e preocupado.

— Eu não queria lhe magoar, Zoey. Eu... – Ela vira o rosto, evitando seu olhar.

— Mas você magoou! Você estragou a noite, agora eu peço que saia!

Ele assente e vai em direção e vai em direção a janela, pulando logo depois. Starling a fecha, revoltada e magoada. Então era assim? Era assim que era uma briga? Sempre doía desse jeito? Zoey permitisse chorar.

Ela lembra da expressão de raiva dele, ele tinha falado aquelas coisas, insinuado que ela era influenciável, era isso? Que ela não estava confiando nele? Aquilo doía e muito! Starling apenas deita na cama, chorando. Não queria que a noite tivesse acabado daquele jeito, tão triste, tão ruim. Ela agarra seu ursinho de pelúcia azul e pensa nele, em seu rosto cheio de pintinhas, no sorriso. Ela ainda queria a presença dele ali. Será que conseguiria dormir? Conseguiria ficar sem ele?

                                            ***

Roman bate no volante do carro em que estava uma, duas, três vezes. O que tinha feito? Tinha depositado toda sua frustração na única pessoa que importava para ele! E foi tudo tão impulsivo que ele só se deu conta que a tinha ferido quando viu as lágrimas formando-se nos olhos dela. Warner odiava o fato de que era ele que as tinha provocado. Ela não merecia! Ele havia destruído a noite, assim como Starling tinha dito! Roman direciona o olhos para a janela Do quarto de Zoey, vendo a luz do cômodo se apagar. Ela realmente não queria falar com ele, porém Warner não pretendia deixar as coisas daquele jeito. Ele as consertaria.

                                                      ***

Zoey não tinha conseguido dormir muito bem, nem mesmo seus headphones tocando suas músicas preferidas ajudaram. Para piorar, seu rosto, principalmente seus olhos, estavam inchados devido ao choro.

A garota se levanta da cama, pega seu celular e liga para a mãe que logo atende.

— Querida, você ligando, que surpresa! Não sabe o quanto estou feliz!— Zoey, suspira, ouvindo as palavras da mãe enquanto arrumava sua bolsa de trabalho.

— Zo?

— Estou aqui. Eu liguei porque, bom, eu acho que só precisava ouvir sua voz, só isso.

— Sua voz está tão triste, alguma coisa aconteceu?

Zoey queria contar, queria dizer que havia brigado com... o que exatamente Roman era para ela? Seu namorado? E mesmo que você, o que ela diria para sua mãe? Que tinha conhecido alguém? Que agora estava namorando? Isso geraria mais e mais perguntas e com certeza Rachel desaprovaria a sua escolha de partido. Na verdade, quem em sã consciência aprovaria?

— Nada, eu só queria ouvir sua voz hoje e também lhe desejar feliz Halloween.

—Filha, eu sei que está triste, dá para perceber em sua voz. E também posso senti que está com medo. Quero que saiba que pode me contar qualquer coisa.

Starling sorri com aquilo, um sorriso fraco e desanimado, claro que ela não poderia contar sobre Roman. A garota penteia rapidamente seus cabelos e fala:

Mãe, eu te amo, mas estou atrasada, preciso ir! Só uma coisa, dê os doces para as crianças hoje, não seja má.

Starling se despede da mãe, se abre a porta de sua casa, saindo e andando em direção ao seu carro. Já dentro do veículo, a garota encosta sua cabeça no banco do motorista, fechando os olhos.

— Seja forte! Você nunca precisou passar por isso, Zoey. Não é agora que irá passar.

Ela liga o carro, fingindo para si mesma que Roman não a havia abalado.

                                           ***

Todo o departamento estava decorado, abóboras, morcegos, teias de aranha e outros apetrechos característicos da data estavam agora presentes na recepção. A agente ficava a par das notícias do dia enquanto esperava o café ficar na cafeteira.

— Sério Malia, não seja teimosa! Você adora essas festas, apenas vá.

Zoey escuta a voz de Theo um pouco distante de onde estava, logo em seguida Malia aparece no local.

— Ora, ora, chegando mais cedo. – Comenta Tate. Zoey resolve ficar calada. – Então, gostou da decoração? Achei sua cara, bem assustador, eu diria.

Malia sorri para Starling, a garota estranha tal comportamento.

— Impressão minha ou está sendo simpática, Malia? Será que vim para o lugar errado? – Pergunta Zoey, sarcástica.

— É dia de Todos os Santos e eu, bom... – Ela pigarreia, olhando Starling de cima. Tate era bem mais alta que Zoey. – Desculpe por falar da sua família, foi horrível e eu não queria ser tão terrível assim.

— Theo pediu para você falar isso?

— Não, não. Eu meio que, bom... Não estou dizendo que tenhamos que ser amigas, mas não se fala da família.

Zoey assenti um pouco desconfiada, mas assenti.

—É, não se fala da família.

Tate olha para a recepção decorada.

— Então, você vai para a festa do...

— Do dia de Todos os Santos vulgo Halloween? – completa Malia.

— É, isso. Halloween.

— Sempre vou e você vai?

Zoey morde o lábio, em outras circunstâncias saberia como passaria a noite, ela estaria com Roman. Porém os dois haviam brigado, ele tinha colocado todos os outros problemas na frente dos dois. O pior, ele tinha insinuado que ela não confiava nele.

— O Raeken quer muito que você vá. Sério, ele até deu um convite para você, não foi? – Pergunta Malia, interrompendo os pensamentos da garota.

— Sim, ele deu. Mas eu achei que...

— Os convites são para os parentes e amigos dos alunos, nós agentes não podemos pegar um.

— Ele meio que roubou o convite? – Zoey pergunta surpresa. – Deus!

—É, meio que isso. Não o decepcione novata. Se eu fosse você, eu iria para essa festa. Raeken não faz esse tipo de coisa por qualquer um.

Malia pega algumas papeladas e sai andando departamento adentro, deixando Zoey pensativa, se sentindo mal com tudo aquilo. Precisava falar com Theo imediatamente.

                                                ***

Em Beacon Hills, Allison decorava sua fantasia de chapeuzinho vermelho com ajuda de Lydia e Kira.

— Esse ano não vamos ter a Zo aqui, deveríamos ficar em casa. – Fala Kira, dando uma olhada em seu snapchat, como fazia constantemente.

— Claro que não! Ela agora está em Nova York, imagine quantas festas ela pode ir? O Halloween deve ser incrível lá! – Fala Lydia, mexendo em seus cabelos.

— E quem sabe ela não vai com o Theo? – Fala Allison, batendo palmas, animada como sempre.

— Ela não gosta dele. – Diz Yukimura. – Parem de fantasiar, quer dizer, já tentamos, mas ela parece não está afim dele.

— Tipo, a situação deles não é como a sua e o Scott? – Pergunta Lydia, sorrindo. – A propósito, ele vai para a festa?

— Vai. – Diz ela, envergonhada.

—Então, você dois estão namorando? – Pergunta Allison.

—Quase isso, eu acho, espero.

Allison olha para Lydia.

— Viu? Lydia, você precisa realmente de um par, urgentemente.

— Ah cala a boca!

A ruiva joga uma almofada em Allison, fazendo-a cair na gargalhada.

                                                ***

Zoey bate na porta da sala onde Theo estava, ele a abre, voltando a se sentar e voltando a olhar os documentos espalhados na mesa.

— Theo, eu... – Começa Zoey. – Bom, eu sei que ontem eu agi mal, mesmo quando você veio se desculpar e também tem a questão de que você, bom, você...

— Eu tentei beijar você. É, eu sei. E não pense que não estou envergonhado com isso. – Ele a encara. – Geralmente não tenho problemas com essas coisas.

— Bom, não vamos falar sobre isso, tudo bem? A questão é que você é um amigo para mim e seria péssimo se não nos falássemos mais.

— Eu sei, tudo bem.

Ela retira o convite do bolso e mostra para Theo.

— Onde será a festa mesmo? – Pergunta Zoey, tentando melhorar aquela situação e se reconciliar com ele. Theo sorrri, surpreso.

— Malia tem algo haver com isso?

Zoey dá de ombros.

— Eu realmente acredito que ela realmente gosta do dia de Todos os Santos, e estranhamente ela me pediu desculpas.

— Ah finalmente! Bom, que tal eu passar na sua casa para te buscar?

Zoey pensa um pouco, assentindo depois.

— Tudo bem.

                                              ***

As horas passam e Zoey agora se encontrava observando suas duas fantasias que a garota havia usado em outras festas. Starling encarava uma fantasia de abelha acompanhada de uma tiara representando as duas anteninhas e uma fantasia de enfermeira. Qual seria a menos velha e menos ridícula? Por fim decidiu escolher a roupa de enfermeira.

A garota vai até o banheiro se trocar, logo depois, após pentear seus longos cabelos, ela coloca os itens  que faltavam para completar sua fantasia, um pequeno chapéu branco característico das enfermeiras e meias e sapatos brancos. Zoey de frente para o espelho analisa seu rosto inchado devido a noite de lágrimas que passou e automaticamente seus pensamentos se voltam para ele.

— Chega! Você vai a uma festa e vai se divertir! Sem drama e sem Roman!

Ela morde o lábio com seu último pensamento. “Esse era o grande problema”  pensa a garota. Afinal, o que Roman diria se estivesse em um lugar como aquele em que Zoey estava prestes a ir? Será que ele iria para um lugar assim? Será que ele sairia com ela para um lugar desses se fosse possível?

Starling respira fundo, procurando esquecer aquilo tudo, focando sua atenção no batom vermelho que estava passando.

— Chega de ser sonhadora e infantil. – Diz a garota para si mesmo.

Sua atenção se direciona para o celular quando o mesmo vibra, sinalizando uma nova mensagem. Era Allison, tinha acabado de mandar fotos dela e das meninas.

“Noite das Garotas!”

Starling sorri, Allison havia mandado fotos dela, de Kira e Lydia fantasiadas. Allison de chapeuzinho vermelho, Lydia de princesa e Kira de pirata.

“PS: Estamos com saudades! Te amamos !”

Zoey respondeu o mesmo, com certeza ela amava suas amigas. A garota até pensou em mandar uma foto dela fantasiada, mas assim que viu a foto da Argent com o Isaac vestido de caçador, ela decide apenas mandar um emoji de coração como resposta.

Aquilo a faz refleti novamente sobre sua situação. Nunca poderia tirar uma foto dela e Warner juntos. Ela resolve deixar o celular de lado, pegando o rímel para terminar sua preparação, tentando se distrair. Por fim, ela passa perfume e guarda a maquiagem em seu armário. Starling para, olhando para a cama. Ele poderia está lá.

                                            ***

Roman permanecia no carro, pensando nas melhores palavras que poderia dizer para Zoey. Ele queria vê-la, não suportava está longe dela, muito menos daquele jeito. Warner resolve sair do carro, porém antes que pudesse fazer tal ato, ele avista outro veículo estacionando em frente a casa de Starling, buzinando logo depois.

Warner aperta as mãos uma nas outras, mantendo-as inquietas constantemente. Ele a vê, linda, fantasiada de enfermeira, cumprimentando o agente Raeken. Roman respira fundo duas vezes, não suportava a ideia dela entrando no carro dele, não suportava a idéia dela estar com ele.

O psicopata bate no volante, mordendo o lábio inferior. A raiva, o ciúme crescente em sua mente. Ele liga o carro e segue o veículo do agente. Não a deixaria perto dele, nunca! Ela era dele, só dele!

                                          ***

Malia segurava seu celular em uma mão e orientava os alunos e os convidados até a entrada da escola que havia disponibilizado o local para os estudantes do departamento. Tate estava vestida com sua fantasia de bruxa, usava um espartilho roxo, uma saia com altura um pouco acima do joelho e o clássico chapéu de bruxa, igualmente roxos. O batom preto e a maquiagem pesada  e as botas de canos alto pretas completavam a caracterização.

A agente vê Theo e Zoey entrando no local, ela acena e os dois vão ao encontro dela. Theo não estava fantasiado e Zoey, bom, estava gloriosa como na maioria das vezes, sendo ela a única que não percebia isso.

— Raeken, você me disse que viria de pirata! – Ele sorri.

— Eu enganei você! Como está o movimento? – Tate dá de ombros.

— A maioria da academia está aqui. Alguns menores estão aqui, mas eles são convidados, então...

Enquanto Malia falava, Zoey se sentia diminuída. Tate conseguia ser imponente até fantasiada.

— Está linda, Tate! – Diz Theo, beijando a testa da amiga. – Agora vamos. Vamos entrar. – Diz ele para as duas.

                                          ***

Zoey pôde ouvir a musica ecoando pela entrada do colégio, que, aliás, estava bem decorado para a decoração.

— Então, esse evento também é um evento de caridade? 

Pergunta ela para Theo, falando alto devido à música eletrônica alta. A garota tinha ouvido falar sobre o assunto em algum lugar do departamento e agora queria tirar a dúvida. Raeken faz que sim com a cabeça, a respondendo.

— Sim, todos os anos o FBI arrecada dinheiro para o Hospital Central  de Nova York. Incentivamos isso na academia.

Alguns alunos passam por eles, uns fantasiados de vampiros, outros de monstros. Adolescentes também estavam no meio.

Os dois chegam até a quadra do colégio, que para o evento foi transformada em uma pista de dança. Zoey vê Malia já se mexendo de acordo com o ritmo da música, Starling não estava acostumada a vê-la daquele jeito.

— Ela consegue ser divertida. – Diz Raeken.

— Ela me odeia. – Fala a garota, como se dissesse aquilo pela primeira vez.

Theo pega uma bebida, gargalhando com a afirmação dela.

— Isso é bem provável, mas ela entende que eu e você somos amigos.

Starling assente, vendo Malia dançando na pista.

— Tem certeza que não daria uma chance a ela? –Theo a encara.

— O que fez você vim? Quer dizer, não parecia afim de está aqui quando te entreguei o convite.

Zoey morde o lábio. Não poderia dizer que o motivo era um psicopata.

— Eu precisava vim. – Responde ela por fim.

Raeken assente, bebendo mais uma dose. Zoey faz uma careta.

— Poderia ir um pouco mais devagar? Sério, Theo.

— Relaxe, Zoey!

Diz ele, tirando o casaco, bebendo mais um pouco, indo até Malia dançar com a amiga.

Starling fecha os olhos quando percebe que uma das músicas favoritas dela e das meninas estava tocando.

— Bella Vitta!! – Cantarola a garota.

A jovem agente dá de cara com uma garçonete um pouco mais velha que ela lhe servindo uma dose de bebida.

— Eu não pedi. Desculpa, mas acho que você se enganou.

— Eu sei querida.  Mas você com certeza precisa, por que para negar aquele cara ali, você deve estar pensando em outro.

Zoey fica sem graça com aquilo, afinal, ela estava certa. Starling aceita a bebida, não queria fazer desfeita. Finalmente tinha encontrado alguém para conversar sobre o assunto, ainda que ela não pudesse dizer tudo.

A música Ma Chérie toca, embalando a noite de Halloween.

— Está tão visível assim? – A agente pergunta a garçonete loiro do bar improvisado ali na quadra. A mulher gargalha com a pergunta da garota.

— Muito. Só espero que ele seja tão bonito quanto ele. – Diz a loira, apontando para Raeken. Zoey faz que sim com a cabeça, afinal, de fato Roman era incrivelmente bonito para ela.

— Bom, então deixo você recusar o agente Raeken. Só hoje.

Zoey sorri. Ficando confusa logo depois.

— Mas ele não nada para que eu recusasse certo? – A garçonete gargalha, Starling com certeza não era boa nesses assuntos. – Ok, isso é um sinal bem ruim. – Diz Zoey.

— Ele estava esperando você dá alguma brecha, o que não foi o caso. – Explica a loira.

— Eu não quis ser rude, quer dizer, eu só não queria está aqui. Bom, talvez quisesse, mas com outra pessoa.

— Por acaso brigou com essa pessoa? – Zoey toma outra dose.

— Sim, ele me deixou estressada e magoada ao mesmo tempo. Eu, eu não sei o que fazer e agora estou numa conversa de bar, que ótimo!

— Não se preocupe, cedo ou tarde isso acontece. Mas esse tal cavaleiro errante, como ele faz você se sentir?

Zoey olha para a pista de dança. Com Roman ela até poderia encarar o medo de dançar em público.

— Incrivelmente bem.

A garçonete loira sorri.

— O que eu faço? Quero dizer, aqui não parece tão divertido sem ele.

— Eu tentaria ligar para ele e fazê-lo vim para essa festa. Sabe, acredite em mim, é só uma briga. Garota me escuta, quando é real não dá pra fugir disso. Quer saber mais, se ele gosta mesmo de você,eu não duvido que ele possa vir até aqui para ver você.

Outras pessoas se dirigia para o bar, exigindo a atenção da garçonete.

— Bem, pense nisso. – Diz a loira, se afastando um pouco por causa dos outros convidados.

— Ei! – Zoey a chama, fazendo a mulher se virar para olhá-la. – Obrigada!

A moça loira pisca o loiro direito para Zoey. A garota volta sua atenção para a pista, Malia e Theo ainda estavam dançando. Parecia até uma dupla profissional dançando ao som da música Holiday do Akon. Aquela visão a faz pensar nela tentando fazer o mesmo, com certeza ela pareceria um ganso desengonçado.

Starling resolve sair da quadra. Desviando das pessoas enquanto procurava um lugar mais calmo, queria respirar um pouco e talvez pudesse se sentir melhor com o fato de Roman não está ali com ela. A trilha sonora da noite muda e Amazing de INNA começar a tocar. Em meio a isso tudo a agente olha para trás, estava com uma sensação estranha. Ela sentia está sendo seguida por alguém, porém ela continua seu caminho até a saída. A sensação continuava, era constante, a fazendo olha novamente para trás, esbarrando consequentemente em um vampiro, sujando sua roupa branca com sangue falso que escorria da fantasia dele.

— Desculpa! – Ela grita em meio a alta música. O vampiro apenas volta a dançar e beber, ignorando-a. – Ótimo! – Resmunga Starling.

O refrão ecoava pelos corredores enquanto Zoey ainda se direciona a saída. A garota estava meio perdida em meio a todas aquelas pessoas, até que ela avista a palavra saída escrita acima de uma porta localizada ao fundo da quadra.

A música muda novamente, Amazing também de INNA toca. A garota abre a porta e finalmente sente o ar fresco da noite. O som ainda era alto do lado de fora, porém o ambiente estava mais tranqüilo e espaçoso. Ela avista um dos ônibus escolares estacionado, a letra de Amazing, uma das músicas presentes na playlist eletrônica de Zoey, fazia a garota cantarolar.

Ela caminha um pouco pelo local vazio, ainda sussurrando a letra.

— When you like that ...

O vento sopra forte, enquanto Starling tentava limpar sua fantasia. Porém a situação só piorava, o sangue falso parecia difícil de tirar e tinha um cheiro estranho, enjoativo.

— Eca! – Resmunga ela, endireitando o chapeuzinho branco com uma cruz vermelha no meio em sua cabeça.

— Deveria ter ido vestida desse jeito quando foi me visitar na Eichen na primeira vez.

Zoey vira-se rapidamente para encara Roman, de braços cruzados sobre o peito, a expressão séria, porém linda, a camisa azul e a calça bege só o destacavam isso.

— O que faz aqui? Eu não quero ver você!

Ela vira-se novamente indo para o lado oposto. A mágoa havia retornado. Roman a segue, inconformado com a rejeição.

— É só temos um mal entendido que você sai com ele?

— Qual é seu problema? Agora escolhe com quem devo andar? – Pergunta ela, ainda andando sem olhar para trás.

— Zoey? Zoey?  - Ele anda de forma rápida e se coloca a frente dela. – Ei, eu tenho muito o que dizer. Mas por favor, podemos fazer isso em outro lugar?

Ela ri, sem humor nenhum.

— Vai embora Roman!

Os dois agora andavam entre dois ônibus escolares presentes ali, Warner segura delicadamente o braço da garota, a impedindo de sair do corredor que os ônibus formavam. Ela o encara.

— O quê da frase anterior você não entendeu?

— Não entendo o fato de você está com ele e não comigo.

Uma expressão de indignação surge na face de Starling.

— Você me magoou, não confiou em mim, insinuou que eu não estava acreditando em você e é tudo isso que você vem me falar?!

— Não, não. – Ele solta o braço dela, apoiando-se em um dos ônibus com a mão esquerda. – Eu sei que não devia ter agido da maneira que agi, especialmente por ser você, a única pessoa no mundo que eu nunca pretendia magoar, ferir, fazer chorar ou enganar. – Diz ele, a encarando.

— Mas você fez isso, Roman. Você... – Ela pausa. – Me senti péssima assim que você saiu, foi a pior sensação do mundo! Você parecia bravo comigo, me culpando, me deixando assustada!

Roman se aproxima dela, a segurando pela cintura. O cheiro, e a respiração dele faziam Zoey esquecer até mesmo onde estava.

— Me perdoe, eu estou tentando ser melhor, ser o homem que você precisa e merece. Eu estou dando o meu melhor, porque você é a melhor coisa que já aconteceu comigo.

Warner acariciava o rosto e os cabelos da garota.

— Seu rosto, seu cheiro, você, você por completo é o que eu preciso. Dói não ter você, dói ver você com ele, dói não te ter em meus braços e dói você me afastar. Só diga que me perdoa. Zoey, por favor, não me negue.

Roman sussurrava cada palavra de um jeito hipnótico, Zoey fecha os olhos absorvendo aquilo e aos poucos a raiva ia se dissipando. Warner ainda tinha as mãos na cintura da garota, a encarando com os olhos âmbar que imploravam por uma reconciliação. Os dois estavam bem mais perto um do outro, isso fazia Zoey querer esquecer tudo só para poder beijá-lo ali mesmo.

— Não, não! – Ela se afasta dele. – Você acha que só porque veio até aqui e acaba de dizer essas coisas, acha que por causa disso tudo está resolvido?

Warner ainda a encarava, passando uma de suas mãos pelo queixo, estava pensativo.

— Podemos sair daqui, eu tenho mais para dizer.

— Tipo o quê? – Pergunta ela, o olhando com a expressão de irritação em seu rosto. Porém apesar daquilo tudo, a garota tinha uma enorme vontade de o abraçar, contudo, estava tentando disfarçar ao máximo.

— Quero estar com você, Zoey. – Começa ele. – Assim que me pediu para ir embora eu, eu não soube o que fazer! Sempre tive o controle das coisas, mas agora claramente é você que tem! Não consegui dormir, não como naquele dia. Starling, eu preciso de você! Eu fui um tolo em insinuar que você não confiava em mim.

Zoey morde o lábio vermelho, os olhos já lacrimejados. Warner andava ao seu encontro, se aproximando e tocando o rosto dela com suas duas grandes mãos.

— Não suportaria se me pedisse para ir embora outra vez.

— As pessoas podem te ver aqui, o quê você estava pensando? – Pergunta ela com a voz tão baixa que parecia um sussurro.

— Eu não poderia deixar você aqui, não poderia deixar de vim e lhe pedir perdão.

Roman e Zoey estavam prestes a se beijarem.

— Você me perdoa, Zoey?

— Nunca, nunca mais ouse ... – Ela não completa sua frase, apenas toca no rosto dele.

— Não irei, não irei. – Disse ele sorrindo, prestes a encostar os lábios na boca vermelha da garota.

Até que ela se vira, engolindo em seco a ver uma pessoa ali, os encarando, vestida de ghostface, segurando uma faca de verdade.

— Fique atrás de mim. – Ordena Warner, colocando-se na frente da garota, encarando a figura que agora andava ao encontro deles.

Zoey permanecia parada, encarando os fatos. Agora alguém com certeza sabia sobre os dois e essa pessoa provavelmente era quem também estava a perseguindo.

— Corra. – Fala Roman.

— Não, eu sei me defender.

— Exatamente por isso. Chame o FBI.

— E você? Roman... – Ele lança seu olhar para ela.

— Apenas vá, Zoey!

O ghostface corre na direção em que os dois estavam e Starling corre de volta a quadra, procurando por Theo e Malia, abrindo caminho entre as pessoas,pegando o distintivo e a arma dentro de sua pequena bolsa.

— FBI! FBI! Saiam da frente! – Os convidados assustados, gritavam ao observar a garota armada. – Raeken! Malia!

A música continuava a tocar enquanto Zoey saia da quadra e se direciona para outro local da escola.

                                                 ***

— Droga Roman, cadê você? – Fala ela em um sussurro, enquanto procurava em um dos corredores do colégio cheio de armários, tirando os fios de cabelo do rosto, passando uma das mãos na testa, estava cansada e preocupada.

O local estava vazio e escuro, decorado com morcegos de borracha e máscaras de todos os personagens clássicos do horror. Starling encontrava-se sozinha, se perguntando como Theo e Malia tinha sumido do nada de uma hora pra outra.

— Malia? Theo?

A voz da garota ecoava no corredor escuro que parecia não ter fim. Foi então que, depois de alguns segundos um barulho estridente chega aos seus ouvidos. Ela olha para trás apenas para se deparar com o ghostface passando a faca contra o metal dos armários enquanto andava de encontro a ela.

— FBI! 

Ela aponta a arma para o desconhecido que por sua vez mostra o objeto cortante agora melado de sangue, fazendo a garota ficar boquiaberta.

— ROMAN! O QUE VOCÊ FEZ?! O QUE VOCÊ FEZ COM ELE?!  - Grita Satrling, apontando para a tal pessoa fantasiada que se aproximava, divertindo-se com aquilo tudo.

— Responda seu desgraçado! Responda agora!

A agente se prepara para atirar, até que a porta que dava acesso ao corredor abre e várias pessoas entram, gritando, com as expressões de pânico em suas faces, enchendo o local. Zoey corre na direção do ghostface, que aproveitava o local cheio para fugir. Ela acelera os passos, com a arma em sua mão direita.

— Saiam! Saiam! FBI! Saiam, agora!

A agente Starling sabia que isso não daria em nada, porém ainda continuava a correr e de repente ela se vê parada no estacionamento, onde alunos gritavam sobre uma pessoa ter sido assassinada na quadra.

O coração da garota acelera, um nome surgindo em sua mente: Roman. E se fosse a tal pessoa fosse ele? Starling resolve voltar para a quadra e dessa vez a música tinha cessado. Ela vê Theo e Malia acalmando e tirando as pessoas da pista de dança. Zoey corre até eles desesperada.

— Já chamamos o resto do pessoal, vamos isolar o local, Zoey. – Theo a informa. Contudo, ela só descansou quando pôde verificar o corpo.

Ela vê a tal pessoa, não era Roman, era o vampiro que Zoey esbarrou momentos atrás. Zoey fecha os olhos e em seguida encara os dois agentes, a olhavam um pouco espantados.

— Zoey, está sabendo de alguma coisa? O que você sabe? Fala! – Fala Malia, claramente abalada e irritada com a situação, no entanto ela ainda mantinha sua postura imponente.

— Alguém me perseguiu hoje e acho que foi a mesma pessoa que está e seguindo e eu, eu tenho quase certeza e...

— Zoey, até onde sabemos pode ter sido qualquer um, até mesmo o Roman.

— Theo!

Zoey o encara, atordoada, não era qualquer, muito menos Roman. Que alias, agora podia está sei lá onde ou até mesmo morto! Esse pensamento faz a garota quase cair no chão. Ela sabia, era o tal homem da estrada, só podia!

                                        ***

Jack Craford encarava os três agentes, principalmente para Zoey depois que ela revelou sua versão sobre o misterioso homem na estrada e os acontecimentos da noite.

— Ghostface? Um homem na estrada? Starling,tem ideia de como isso parece loucura?

— Senhor, eu sei como isso soa, mas eu apontei minha arma para ele, eu o vi!

— Sem outra testemunha não podemos afirmar nada, até pode ter sido um jovem brincando com você!

— Não senhor. Não foi!

Craford ainda a encarava enquanto endireitava seus óculos no rosto.

— Temos Roman Warner a solta, um assassino psicopata. E você me vem com essa teoria de existir um tal perseguidor? Starling, pelo amor de Deus!

— E quanto a Mason Verger? Senhor, por favor. O senhor tem que considerar as possibilidades!

— Não, Starling. Lembre-se que você revelou que bebeu um pouco.

— Isso não muda meu julgamento!

— Claro que muda!

— Theo? Malia?

Zoey olha para os dois como que pedindo ajuda, porém nenhum deles parecia acreditar nela. Ela então volta a encarar o chefe, procurando esconder a raiva que estava sentindo.

— Está dispensada, Starling. Malia e Theo ficarão aqui.

A garota indignada tira o pequeno chapéu de cima de sua cabeça e caminha em direção oposta a eles, indo até o local onde ela encontrou Roman pela última vez.

Ao chegar ao lugar, Zoey vê pingos de sangue no chão.

— Droga, droga!

Onde será que ele estava? A agente olha para os lados, tentando pensar em um lugar em que Warner poderia estar. A preocupação só aumentava, fazendo Starling ir até a parte mais afastada do estacionamento. Baldes, restos de canos espalhados e alguns arbustos preenchiam o lugar.

Andando um pouco mais, Zoey avista um carro. Será que seria do tal perseguidor? Pensando nisso ela pega sua arma e aproxima-se sorrateiramente do veículo.

— Espero que não me multe por estacionar aqui, Starling.

A voz de Roman a faz girar o corpo para poder vê-lo. Ele estava ali, na sua frente, parecia está bem.

— Roman! – Starling apressa os passos, caminhando para mais perto dele. – Eu achei que... eu vi sangue na faca  dele e no chão do estacionamento e... – As palavras saiam apressadamente de sua boca. A garota guarda a arma.

— Estou bem, estou bem.

Ela suspira, o encarando. Queria tanto abraçá-lo, porém não o fez.

— Só preciso ir até o carro. – Fala ele com certa dificuldade, parecendo estar com dor.

Warner caminha até o veículo azul. Starling nota que as mãos do psicopata estão sujas de sangue.

— Espera, espera. Ei! – Zoey puxa o braço esquerdo dele, fazendo Roman gemer de dor. Ela observa que a parte do ombro da camisa estava suja de sangue, na verdade estava encharcada.

— Essa é sua definição de bem? – Pergunta ela, franzinho o ceno.

— É algo com que eu posso lidar, aliás, já fiz pior que isso!

— Não importa! Não vai dirigir assim. As chaves, me dê as chaves. – Zoey estende a mão, esperando que ele lhe desse o que ela pediu.

Roman sorri de um jeito charmoso antes de falar.

— Não. Volte para seu esquadrão de elite que agora deve estar na frente desse colégio idiota. Eu cuido de mim, Starling.

Ela cruza os braços, semicerrando os olhos.

— Não! As chaves, Warner! – Fala Zoey, imitando o jeito de Roman falar.

— Roman. – Ele a corrigi. A garota dá de ombros. – Starling, volte! – Ela permaneceu com os braços cruzados.

— Se quer que eu vá, vai ter que me levar até os policiais. É isso mesmo que deseja?

Ele morde o lábio, sorrindo sem vontade depois.

— Teimosa!

Warner dá as chaves para ela. Zoey se anda e entra no carro, Roman faz menção de se sentar no banco do carona ao lado dela, porém ela o fuzila com os olhos.

— O quê?

— Acha mesmo que vamos passar pela cidade com você sentado ao meu lado enquanto dirigindo? Ainda mais assim, sangrando?

Warner fecha a porta da frente do carro com força, abrindo a porta do banco de trás.

— Abaixe-se. – Pede ela, ligando o carro e indo rumo a sua casa.

                                         ***

Starling estava entretida com o trânsito até ouvir Roman falar.

— Gostei das meias, mas não deveria ter vestido elas hoje. – Zoey revira os olhos com o comentário. Warner continua. – Deixe-me adivinhar, ninguém acreditou em você, não foi?

— Não, disseram que eu precisava de uma testemunha.

— Uma testemunha, hum, deixe-me ver... Você tem uma testemunha, que por acaso sou eu! Que irônico! Intrigante e irônico! – Diz Roman, que geme de dor ao sentir um pequeno impacto assim que o carro para. O psicopata estava deitado no banco de trás quando vê Zoey abrindo a porta.

— É, você é uma testemunha. – Diz ela, oferecendo a mão para ajudar-lo a se levantar e sair do carro.

Roman aceita e segura a pequena mão da agente.

— Desculpe, sujei suas mãos de sangue Starling.

A garota o apoiava o braço direito dele em seu ombro o levando para a porta dos fundos da casa dela. Ela abre e entra no local, ligando as luzes do corredor e a da cozinha. Roman se apóia na bancada do local, fechando os olhos, claramente sentindo uma dor forte.

— Certo,certo. – Diz ela.

A garota sobre as escadas, entra no banheiro e pega seu kit de primeiros socorros. Ao sair do banheiro, vai em direção á uma das gavetas de sua cômoda e pega uma agulha. Ela desce as escadas e volta até a cozinha branca, colocando as coisas sobre a bancada.

— Foi a faca dele, não foi? – Ele assente, fingindo não sentir nada.

— Me passe o álcool e a agulha, eu dou os pontos. – Pede Warner.

— Não, não! Você não consegue nem andar direito, quanto mais dá os pontos sozinho. Deixe me ver o corte, preciso saber a profundidade.

— Mediana Starling. Me passe a gaze, a agulha e o álcool, por favor. – Ela o encara, indignada.

— Você me magoa, me pede para deixar você sozinho com uma pessoa armada e depois não quer que eu te ajude?! Nem pensar Roman, não irei entregar, deixe-me ajudar você!

Ele a encara, assentindo logo depois.

— Ótimo! – Zoey volta sua atenção para o kit.

— Sorte sua está linda agora e persuasiva também.

Starling vira-se para ele. Pigarreando e um pouco envergonhada, ela fala:

— Preciso que tire a camisa, por favor.

Roman morde o lábio, a olhando com sua cara cínica.

— Eu tiraria, mas, bom, meu ombro dói bastante, Zoey.

— Você ta de brincadeira, não é?!

— Não, claro que não! Até porque eu nunca negaria á você um pedido desses. Mas, bom, realmente está doendo.

— Não, tire você mesmo.

Ele revira os olhos e depois tenta tirar a camisa, gemendo de dor enquanto fazia tal ato.

— Ok, ok!

Starling o ajuda a tirar o que faltava da camisa, percebendo que o corte no ombro ainda sangrava, além de existir um pequeno ferimento na mão de Warner. Ela pega o algodão e molha com álcool.

— Isso vai doer. – Avisa ela.

— Passei por coisa pior. – Diz Roman, naturalmente.

Zoey passa o algodão no corte, Roman faz uma careta de dor, fechando os olhos, sem emitir nenhuma palavra. A garota continua a limpeza do ferimento, o deixando o mais limpo possível. Em meio a isso ela acaba reparando no físico dele, não reparar era meio que impossível naquele momento.

— Bom, eu não acho que o corte precise de muitos pontos. Vou tentar ser rápida com isso.

Ele assente, esperando pacientemente até ela acabar, passar o iodo no corte e colocar a gaze por cima.

— Chega a ser engraçado você está fantasiada assim agora. – Diz Warner sorrindo. Starling sorri também, ainda que desconfortável com aquilo.

— Ainda falta sua mão, deixe-me ver.

Ele estende a mão ferida.

— Deixo você ver o que quiser Zoey. – Diz ele, o jeito cínico havia voltado.

— Roman!

O rosto de Zoey torna-se vermelho como uma pimenta, a garota com certeza estava com muita vergonha. Enquanto cuidava da mão dele, inevitavelmente  Zoey acaba olhando para o peito despido dele. Roman tinha pintinhas espalhadas pelo corpo, que, aliás, não era nem tão forte, nem tão magro,era apenas bonito. Os ombros grandes eram proporcionais a sua altura. A garota desvia o olhar ao notar que sua análise estava óbvia demais, decidindo voltar sua atenção para a mão machucada.

— Pode olhar. – Ele comenta, acariciando o rosto da garota com a mão que estava livre.

— Poderia ter morrido. – Diz ela, o encarando. Warner dá um riso

—É, mas você estaria aqui, viva.

— Grande consolo.

Ela termina de limpar o ferimento da mão apenas para continua a falar depois.

— Você faz as coisas sem pensar nas consequências!

— Que consequências?

Zoey o encara brava.

— Ei, estou aqui com você não estou? Até levaria outra facada se fosse para você bancar a enfermeira outra vez. – Diz ele, maliciosamente.

— Não brinque com essas coisas Roman!

— Não estou.

Ela desvia o rosto, porém Roman pega seu queixo, a fazendo olhar para ele de novo. Agora ambos se encaravam.

— Obrigada, de novo.

Warner aponta a própria boca, Zoey sorri sem graça.

— Está me torturando a noite toda com essa roupa e esse batom. Acho que mereço pelo menos isso. – Ela assente, mas logo resolve falar.

— Disse que já passou por coisa pior e claramente não gosta quando o chamo apenas de Warner. Eu queria saber o porquê. E por que de tentar me impedir de cuidar de você e ficou surpreso quando fiz carinho em seu rosto no outro dia. Eu preciso saber, quero conhecer você.

— Eu sei, é que... – Roman a olha, o rosto da garota suplicando respostas. -Tudo bem, tudo bem. Só me deixe fazer uma coisa, uma única coisa e saberei que nós dois estamos bem.

Ela faz que sim e Roman a beija avidamente. Zoey corresponde, estava com saudades. A garota estava receosa sobre tocar as costas descobertas do psicopata, então pega as pequenas mãos dela as coloca sobre suas costas.

Warner abraça a cintura de Starling, ele parecia bem distraído e não parava de beijá-la.

Zoey só percebe que estava sendo carregada por Roman subindo as escadas quando vê a cozinha do alto.

— Roman... – Ela tentava falar em meio aos beijos.

— Sim? – Pergunta ele sem fôlego, chegando ao quarto dela e a colocando na cama. O coração de Zoey começa a martelar e Warner passou a beijar o pescoço dela.

— Ei, ei. – Ela fala com a voz fraca, enquanto Roman fazia carinhos no rosto dela. Starling corresponde o beijo que veio em seguida, tocando os ombros e costas dele, o fazendo sorri e acariciar a face dela.

— Você é linda! – Diz ele, depositando um longo beijo, ambos continuaram assim até o celular de Zoey começar a tocar. – Não precisa atender. – Ele sussurra no ouvido dela. – Fica.

— É, é minha mãe. – Diz ela ao olhar para o visor do celular. – Claro que preciso atender.

Ele faz bico, não querendo que ela saísse dali.

— Shiu, shiu. – Pede ela antes de se levantar e atender a ligação da mãe.

Oi mãe!— Fala Zoey, animada demais.

Filha? Nossa ainda bem que está melhor. Você parecia péssima de manhã! Eu fiquei tão preocupada com você!

Zoey volta seu olhar para Roman, que a encarava cinicamente enquanto tirava os sapatos e cinto.

— Não! Não! – Ela fala, um pouco alto.

— Quê?— Sua mãe pergunta. – Não o quê, Zo?

Roman deita novamente na cama da garota, o sorriso em seu rosto. Zoey vira de costas.

Não, não fique preocupada mãe. Não precisa, sério.

Ah, bem, não estou mais. Filha?

— Sim, mãe?

— Você subiu as escadas correndo de novo? Porque você parece sem fôlego.

Zoey faz uma careta de espanto, apavorada com a pergunta da mãe. A garota sente as mãos de Roman tirando os longos cabelos castanhos de cima do pescoço dela, beijando-o em seguida.

— Para. – Pede ela.

Parar? Parar o quê, filha?

Zoey empurra Warner para longe dela.

— Foi a tv mãe. Estou assistindo um seriado, sabe como é. Enfim, olha, eu to ótima! Conversar com você me deu energia para fazer o dia ficar melhor, mãe!— Diz ela, mudando de assunto.

— Ok filha. Então, ligue para mim depois.

Isso, eu ligo sim. Agora vou tomar banho, beijos.

— Beijos.

Starling desliga o celular, encarando Roman.

— Não me olhe assim. Volta para cama, por favor. – Ela coloca o celular em cima da cômoda e volta a encará-lo. – O que posso dizer, nós estávamos nos reconciliando ao nosso modo. – Diz ele, com uma cara cínica.

— Foi minha mãe no celular Roman! Foi constrangedor! – Ele revira os olhos.

— Não estávamos fazendo nada constrangedor, não ainda. – Warner segura a cintura da garota quando ela se aproximou. – Aliás, está me provocando com essa roupa.

— Pensei que fosse mais o batom. – Diz ela enquanto ele limpava a boca suja do batom vermelho dela. – Sabe que me deve respostas, Roman. Sei que está tentando me distrair, não pense que não notei.

— Teimosa! – Diz ele, sentando-se na cama, enquanto ela o encarava de pé na frente dele. – Tudo bem, o que quer saber?

Ela morde o lábio, pensando na pergunta, pigarreando um pouco antes de perguntar:

— O que aconteceu com seus pais?.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

1 - Superego : É a parte que age contra o id, representando os pensamentos morais e éticos civilizados.
Então pessoas, o que acharam do capítulo? Como o título sugere, era para ele ser postado no dia do halloween, mas não deu e postamos ele hoje.
Gostaríamos de fazer umas perguntas sobre a fic:
— O que vocês estão achando sobre o relacionamento de Roman e Zoey? Estão gostando, gostariam de opinar alguma coisa? Nos digam.
— Vocês gostam de capítulos grandes assim ou acham muito cansativo?
— Depois de Roman e Zoey, qual o personagem que vocês mais gostam?
Qualquer erro ortográfico ou outra coisa, podem nos dizer. A gente se vê nos comentários. Até o próximo capítulo!
Bjus, Lili ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Void" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.