Nova Missão : Sweet amoris escrita por Lioness707


Capítulo 12
Nova missão: ...uma dolorosa lembrança...


Notas iniciais do capítulo

Ola pessoal.
:3 Lio-chan esta aqui mais uma vez e deseja a todos uma ótima leitura :3



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As provas do dia acabaram rápido, consegui responde-las com facilidade e também conversei com os professores e eles deixaram-me fazer uma segunda chamada junto com outros alunos que também faltaram as provas.

Estava no pátio, sentada no banco jogando.

          Nova mensagem.

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                                  Sim

RafaSoldier: Dae maninha como esta?

Sarah:3: boa tarde oni-chan, estou melhor obrigada ^^

RafaSoldier: que bom :3

RafaSoldier:Você pode vir aqui na loja? Quero falar um pouco com você.

Sarah:3: claro as provas acabaram por hoje, estarei ai em 30 minutos.

RafaSoldier: ok : )

...Acho que eu deveria avisar ao Armin qu-”

—Sarah!

—Kyahhh – Alguém me abraçava por trás fortemente.

­-Calma, não quis assustá-la – Armin me soltou e eu me virei vendo-o sorrir.

—...só fui pega desprevenida... – Agarrei as orelinhas do capuz. – E... não me assustei...

—claro que não ^^ ,vamos não se esconda assim. – Ele pegou minhas mãos e beijou-as, o que só me fez ficar mais envergonhada.

—Ar...armin... estamos na escola.

—? E daí?

—... eu ainda... não me acostumei... com a ideia...

—Você se importa se todos ficarem sabendo sobre nós?

—Não... não é isso... eu... só-

Armin me calou com o toque de seus lábios, o que me fez derreter um pouco, só não desmaiei, porque ele ainda segurava minha mão.

—Acalme-se pequena. - Sua voz estava tão calma e seu rosto sereno.

—Seu... rosto é muito lindo... – “... muito diferente do meu...”

—queria poder elogiá-la da mesma forma.

—algum dia...

—Promete?

—Prom-

— EU SABIA!!!

— Kyahhh!!! – Pulei assustada com o grito de Alexy, e acabei me soltando do Armin.

—Eu.Não.Acredito. – Lyliane e Rosalya estavam com um brilho nos olhos.

Há quanto tempo vocês estão juntos?

— Vocês já se beijaram?

—Dã Lyli-chan é claro que sim, não viu agora pouco?

—Eu não consegui ver nada com vocês na minha frente.

“...eles não param de tagarelar...”

—Vocês querem calar a boca!!! – Armin estava todo vermelho.

—^^ não precisa ficara assim mano, só estamos felizes por vocês dois.

— Tá,mas o colégio todo não precisa ficar sabendo.

“com eles gritando desta forma acho que até o oni-chan sabe... ... AAAAA EU ESQUECI ;-; Oni-chan”

—Ah... me desculpa, mas eu tenho que ir. – Peguei minha mochila e fui andando até a entrada do colégio.

—pode parar ai mocinha – Rosa ficou na minha frente – Você e o geek ali têm muito a que explicar.

“eu ... também sou geek ¬¬”

—A Rosa tem razão, você não vai escapar assim tão facilmente Sarah-chan :3

—Mas... eu tenho que encontrar com Rafa-oni-chan agora ;-;

—Isso não é desculpa.

—Ei parem com tudo isso – Armin veio até mim – Deixem ela ir.

—Não estamos fazendo por mal.

—Esta... tudo... bem, eu só explique mal as... coisas...

—? – Todos pareciam confusos.

—Rafa-oni-chan pediu pra ir a loja dele, para falarmos um pouco sobre minha apresentação do show de talentos.

—Você podia ter falado desde o começo Sarah-chan :3

“Vocês... não paravam de gritar ‘-‘...”

—Se é assim – Armin levantou meu rosto - Não o deixe esperando. – E me beijou uma segunda vez aquele dia. Eu retribuo prontamente.

—Kawaiii – Disseram os três nos abraçando.

—pa-parem com isso – Tanto eu quanto Armin, estávamos corados.

Alexy, Rosa e Lyli não fizeram menção de soltar, pelo contrario só nos apertaram ainda mais, o que fez com que meu rosto ficasse colado ao de Armin.

Eu tentei rir da situação, mas logo notei que Armin me olhava fixamente, Ele parecia surpreso, levei alguns segundos para entender que graças aquele abraço meu capuz não fez diferença e ele podia me ver por de baixo dele.

Senti o abraço afrouxar aproveitei para sair dali.

—M-e me de-desculpa, eu... tenho que ir agora.

— ok ^^ até depois Sarah-chan.

Sai dali antes que alguém fala-se mais alguma coisa.

“eles nem percebera  que Armin me viu... mas... Armin... conseguiu me ver..., mas ele me olhava diretamente... será que viu algo além dos meus olhos...? Será que... viu as marcas?”

“ ;-;”

...

...

Cheguei à loja de games e encontrei com Rafael no balcão de entrada.

—Finalmente você cegou, irmã.

—Olá... oni-chan.

—Finalmente você chegou. – Senti alguém atrás de mim.

“Essa voz...”

Virei rapidamente e senti a alegria tomar conta de mim.

—Thomas !!! – Pulei em cima dele com tanta força que nós quase caímos, minha sorte que Thomas tem um reflexo incrível.

—Há quanto tempo sarinha ^^ - Disse afagando minha cabeça.

— O que você esta fazendo aqui? Pensei que iria viajar ontem. Nossa que saudades de você Thomas-kun :3 – Disse apertando ele ainda mais. Naquele ponto meu capuz já estava caído sobre meus ombros e pude ver seu rosto perfeitamente.

Ele tinha um corte de cabelo parecido com o de Rafael, tinha uma franja grande, mas que não chegava a cobrir seus olhos, o cabelo era arrepiado só que era um pouco mais curto em relação aos do Oni-chan, tinha cabelos pretos que combinavam perfeitamente com seu rosto branco e seus olhos verdes. Ele ainda tinha o piercing no lábio inferior o que o deixava com um ar mais jovem apesar de seus 32 anos.

—Sarinha eu preciso respirar ^^’ – Larguei-o e me voltei para Rafa-oni-chan que ria da situação.

—Por favor irmã não quero ficar viúvo tão cedo.

—Gomen :3, mas sério Thomas-kun pensei que estava em Nova York neste momento.

—Eu ia, mas não pude recusar ao pedido de meu amado Rafa de vê-la se apresentar neste final de semana.

—Você vai? – Meus olhos brilharam de alegria.— mas... você teve que cancelar...?

—Não se sinta culpada, minha pequena neko :3, eu sinceramente fico feliz, já não agüentava mais aqueles americanos sem senso de moda... – Ele massageava as temporas num tom de desaprovação.

—E, além disso, Sara-chan, eu sabia que você recusaria se apresentar sem esconder essas cicatrizes. – Rafael colocou os dedos sobre minha face onde estavam as cicatrizes.

—Apesar de eu achá-las muito significativas, mostra que você é forte – Thomas falava sinceramente.

Thomas mais do que ninguém sabia o que havia acontecido comigo... afinal foi ele quem cuidou de mim quando eu mais precisava... não que ele senti-se pena... mas porque já sentiu na pele tudo o que eu passei... Medo, insegurança, ódio... posso dizer que em história nós nos completamos, sentimos a dor um do outro... mas, diferente de mim, ele encontrou seu ponto de equilíbrio.

Olhei para os dois na minha frente com um sorriso no rosto.

? O que foi Sarinha?

—... nada... só fico feliz em ver que vocês tão felizes juntos.

—Nós? E você pequena? Algum rapaz? Não me esconda nada em.

—!!! – Arregalei os olhos meio nervosa ainda. —“ agora que lembrei... alguma hora eles vão descobrir... então porque já não falar agora...”

—E então? – Thomas estava com um sorriso travesso.

­-bem... t-tem um sim... n-nós com-começamos a namorar ontem... – Já estava toda vermelha naquele ponto.

—Ah então minha pequena irmã se abriu com um rapaz ^^

—Como se você já não soube quem é, Oni-chan – Fuzilei-o com o olhar ainda corada.

—hein eu? Mas como eu poderia saber irmã? – Disse sarcasticamente.

—NÃO SE FAÇA DE INOCENTE.

— A então a minha querida Sarinha esta dando em cima de um garoto, mas que malandrinha em pequena neko.

Os dois estavam me deixando totalmente constrangida.

—Estamos brincando Sarah-chan – Disseram juntos e logo me deram um grande abraço.

Eu sabia que eles não faziam por mal, apenas queriam que eu sorrisse e esquece-se da dor. Posso dizer que funcionava.

“Nunca entendi a mim mesma, por me sentir sozinha se tenho os dois. Talvez por que eles não estivessem presentes a todo tempo? Mas não egoísmo da minha parte? Quero dizer eles tem suas vidas...e para falar a verdade eu nunca cheguei a retribuí-los por todo amor e carinho que eles me proporcionaram... eu também não estou retribuindo ao meus amigos e ao armin todos os sentimentos que eles me proporcionaram em tão pouco tempo...”

—Mas então Sara? Esse rapaz já viu você? Ou você esta se escondendo atrás desde capuz até agora? – Thomas e Rafael se afastaram um pouco e esperaram minha resposta.

Lembrei da expressão que Armin teve há alguns minutos ao ver meu rosto.

“... ele merece saber... mas...” – Abaixei meus olhos.

— eu... não sei como mostrar... não sei como falar a ele...

—Pois devia – Agora foi Rafael a falar – Armin se importa e quanto mais você esconder dele, pior será quando ele descobrir.

—...Mas.. e se... ele me odiar?

—Hã? Odiar? Por que ele faria uma coisa dessas?

—Não odiar... droga eu não acho a palavra... certa...

—Você diz aceitar? – Olhei Thomas por um momento quando ele disse e meu silêncio fez ele entender que era essa a resposta.

—Olha Sarah, se esse rapaz gosta de você, acredito que ele não vai fugir de você por causa dessas marcas, no máximo vai querer saber o que aconteceu.

—Esse... é meu medo... Thomas... ele descobrir o que eu fiz...

—... – Ele deu um longo suspiro.

Thomas sabia que eu me sentia culpada ao que aconteceu com meus pais, mas ele sempre me dizia que a culpa não era minha, depois que eu falei a ele... depois que ele me salvou...

...

...

FlashBack on:

Eu corria daquele lugar terrível, corria mesmo com aquele vento gelado estivesse triturando meus ossos, por mais que minhas pernas desejassem parar e que os cortes no corpo ardessem.

Ainda tinha a sensação da faca rasgando sua carne, de todo aquele sangue se espalhando por mim e se misturando com o que caia dos cortes do meu corpo. Suas palavras ainda estavam na minha cabeça.

—Viva minha pequena.

“por...que.. mamãe...”

“!!!”

Eu tropecei em uma pedra que estava escondida sob a neve que agora estava manchada de vermelho.

Eu não tinha forçar para levantar, eu não queria levantar.

“...eu... os matei... mamãe... papai...”

Fiquei ali deixando meu sangue e o sangue de minha mãe se espalhar pela neve, enquanto sentia o mínimo de calor do meu corpo ir embora. Achei que iria morrer ali, era o que eu merecia, por ser, desobediente e estúpida.

...

Não sei quanto tempo se passou e antes que pudesse atingir completamente a inconsciência, pude ouvir alguém se aproximar e o calor envolver meu corpo.

...

...

  

Acordei sentindo dores pelo corpo todo, era difícil abrir os olhos, pois estava muito claro. Me remexi um pouco por baixo dos cobertores.

“Mas... espera... onde eu estou?”

Depois de me acostumar com a luz ambiente, eu abri meus olhos. O local não parecia um leito de hospital, muito menos minha casa. Eu estava em um quarto decorado com alguns moveis que lembravam ao barroco. As paredes eram brancas e havia uma janela ao lado da cama.

Tentei me levantar, mas meu corpo ardia com o movimento. No mesmo momento ouvi alguns passos e logo um rapaz alto de cabelos negros estava ao meu lado.

—Vejo que acordou. – Disse se ajoelhando ao lado da cama.— consegue se levantar?

Fiz um sinal negativo com a cabeça.

—Consegue falar? Qual seu nome? – Seu tom de voz era calmo.

—Sa...Sar..ah

—Meu nome é Thomas – Ele deu um pequeno sorriso – Eu encontrei você jogada na neve então trouxe você para minha casa.

“Para casa dele?... quantos dias devem ter se passado e quão longe eu estou de minha casa...”

—Qu-quan...to – Falar era difícil minha garganta doía com o movimento.

—Quanto tempo esta aqui?

Concordei em um movimento.

—Faz duas semanas que você esta desacordada... você teve febre nos primeiros dias e perdeu muito sangue. Você ficou no hospital até dois dias atrás, mas eu pedi para que me deixassem trazê-la pra casa.

—Po..por...que...?

—Achei que seria melhor você acordar em um local mais calmo e aconchegante, do que num leito de hospital. Eles tentaram entrar em contato com seus pais ou qualquer parente, mas não conseguiram, por isso fiquei como responsável legal por você.

Lembrei novamente daquele momento, as risadas frias dos estupradores, os gritos suplicantes dos meus pais para que eles me deixassem e depois do ultimo suspiro da minha mãe no meu colo.

—Ei sara? Esta tudo bem?

Lagrimas escorriam, mas só pelo olho direito do meu rosto, pois o olho esquerdo estava com um curativo, escondendo o corte feito por um dos estupradores.

 -Calma... vai ficar tudo bem... irei encontrar seus pais – ele tentava me acalmar, mas eu sabia que isso não iria funcionar.

—Me..us p-pais... es-estam... mor..tos...

—O que? – Sua expressão mudou rapidamente.

—E-eles... morr-eram... por min...nha culpa... eu.. os ma...tei...

Sua expressão era de espanto, ele me olhava fixamente ainda não acreditando do que ouvia.

—Mas...como?

—... – Tentei explicar a situação, mas comecei a tossir por causa da garganta seca. Em menos de um minuto ele já me ajudava com um copo com água e minha garganta ficou melhor já consegui falar um pouco mais.

—Na... noite em que você me encontrou, era meu aniversario... eu e meus pais estávamos voltando... da minha festa... a pé... eu decidi ir na frente... porque queria brincar um pouco mais na neve... minha... mãe disse para eu ficar por perto...mas eu não dei ouvidos... – Parei e pedi um pouco mais de água.

—Obrigada... bem... eu deveria tê-la escutado... eu ouvi alguns passos atrás de mim enquanto brincava e logo... uma senti grande dor e ouvi um grito... ... Acordei com as mãos amarradas... e com o rosto sangrando... meus pais estavam logo na minha frente... na mesma situação – Comecei a chorar... não suportava falar daquilo, mas Thomas apenas seco-as. Então decidi continuar... eu estava em sua casa e ele merecia saber.

—... Apareceram dois bandidos... que me puxaram pelos...cabelos... e começaram a... – As lagrimas voltaram, mas novamente Thomas as secou. Ele acenou para mim, com uma expressão de dor, como se disse-se que já tivesse entendido o que aconteceu. – Minha... mãe gritou para eles pararem e meu pai também dizendo que daria...tudo para que ele parassem...

Mais um momento de silencio e logo continuei.

—minhas... roupas já estavam rasgadas naquele...momento e eu estava coberta de sangue... mas antes que eles...me...bem...invadissem... meu pai mesmo com as mãos atadas... conseguiu investir contra eles... neste tempo eu consegui me soltar das cordas que já estavam frouxas nas minhas... mãos... papai... ficou brigando com eles... tempo o suficiente...para que eu pegasse uma faca que eles deixaram cair no chão... e soltei minha mãe...

—...ela disse que era para eu fugir... que buscasse ajuda...mas eu não queria sair dali sem eles... sem meus pais...não tinha muito mais tempo.... como eu não obedecia... ela... investiu contra mim... em um abraço... e puxando minha mão com a faca contra seu peito... disse mais um vez para... eu fugir... que deixa-se eles ali... para que eu vivesse...

Derramei-me em lagrimas, e desta vez Thomas não tentou secá-las, apenas me envolveu num abraço caloroso e deixou-me chorar em seu peito o resto do dia.

FlashBack off


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Notas finais do capítulo

Bjss da Lio-chan



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