A garota acordou num susto. Ela não estava em seu quarto. Não mesmo. Ela viu um desenho, simples, ele tinha desenhando ela. Ela olhou ao redor. Ela sentia seu cheiro, como uma droga, e ela tinha se viciado nessa droga.

 Ela se vestiu e foi ate seu quarto. Sim, ela morava com ele, ela está de férias, tinha acabado de completar quinze anos, fazia dois meses. Ela se jogou na sua cama. Ela não queria que aquilo acontecesse, mas ela se lembrava de cada toque, e de cada suspiro. Ela estava apaixonada por ele, e tinha medo disso. De se entregar, mas ela fez isso bêbada. Ela sorriu irônica para ela mesma, ela estava ferrada. O medo cosumindo ela aos poucos.

 Seu celular tocou:

 - Já acordou ou eu te acordei? – perguntou a voz, ele.

 - Já estou acordada, onde está todo mundo?

 - Na praia, vem aqui – responde ele, com certeza sorrindo com malicia.

 Ela suspirou isso não podia acontecendo, não mesmo.

 - Vou ficar aqui, quero ficar um pouco sozinha – responde.

 Uma voz surgir.

 - Pensar que vai se livrar fácil de me assim? – questionou ela.

 A sua melhor amiga, pelo menos de São Francisco, ela não podia magoa sua amiga.

 - Até logo – diz ela e desligar.

 Em seguida, ligou a sua vó, precisava de ajuda. Assim que sua avó atendeu ela falou:

 - Quero voltar, agora.

 Ela não iria fazer ninguém sofrer. Mas sentiria falta de tudo. Ela fez suas malas, e escreveu uma carta curta a ele. Com apenas duas palavras: Sinto muito. E chamou o táxi.

                                                           * * *

 - Não, eu não quero – afirma ela para sua prima. – Eu só quero voltar para minha vida, a minha verdadeira vida.

 Sua prima revirou os olhos não acreditando nas palavras.

 - Fala sério, tem que ter mais um motivo. Só me fala! – pedi.

 - Tudo bem, eu vou conseguir voltar para Itália com meus próprios métodos – responde ela a sua prima saindo do quarto.

 Ela ia voltar para Itália, nem que isso custasse sua sanidade. Sua prima ficou para trás sem entender nada.