Já estava um pouco tarde quando cheguei em casa, meus pais já estavam lá e fiquei um bom tempo fora.

—Allie onde você se meteu? Minha mãe perguntou-me, ele revirava alguma coisa no forno.

—Estava no parque, fui tomar um pouco de ar fresco, respondi.

—Espero que seja só isso, ela disse colocando as luvas para puxar a forma que devia estar numa temperatura bem alta.

—Foi só isso, falei.

—Não queremos ver você metida em problemas, meu pai mexia o café com uma colher, que já estava tirando a minha paciência, o café já devia estar gelado.

—Eu sei, disse enquanto subia para o meu quarto.

—Não demore o jantar já está quase pronto, minha mãe gritou, peguei meu celular, era estranho não haver nenhuma mensagem do Kentin, ele não mandava mensagens todos os dias, mas, também não ficava tantas horas sem dar sinal de vida, tentei ligar algumas vezes, mais só dava caixa postal.

Desci para jantar e logo depois fui dormir, algo estava me deixava inquieta, resolvi esperar até amanhã para esclarecer minha dúvidas.

Levantei muito mais cedo do que o habitual por causa dos barulhos em minha casa, um voz chorosa e desesperada vinha do andar de baixo, ainda de pijama pulei da cama e fui até a porta do meu quarto, conferi as horas no relógio ainda eram 4 da manhã, quem estaria lá?

Voltei para a janela do meu quarto, havia um carro parado do lado de fora, era meio familiar, depois de alguns segundos me dei conta que era o carro dos pais do Kentin, não tinha visto mais em uma conversa o kentin havia falado sobre este carro.

Agora alguém batia a porta do meu quarto, como estava acordada abri.

—Allie se troque rapidamente e desça precisamos falar com você? Minha mãe disse desesperada.

—O que foi? Porque o carro dos pais do Kentin está aqui? Perguntei me desesperando, até então meus pais nunca haviam ouvido falar do Kentin.

—Você o conhece? Minha mãe perguntou-me.

—Sim, o que aconteceu? Perguntei novamente.

—Se arrume e venha, não temos tempo, minha mãe disse, corri até o closet e peguei o primeiro vestido que encontrei, passei as mãos no cabelo e desci rapidamente.

—O que foi? Perguntei enquanto descia as escadas correndo. Meu pai estava sentado num sofá e os pais do Kentin estavam no outro, a mãe dele chorava muito e o pai estava desesperado.

—Eles estão aqui porque o Kentin desapareceu você por acaso o conhece? Ou sabe de alguma coisa? Meu pai perguntou, ele também estava preocupado.

—O Kentin sumiu, como? Ele estava no colégio hoje, respondi preocupada, parece que um teto havia desabado sobre mim.

—Desde que acabou as aulas ele não apareceu em casa, já fomos até a escola, os lugares favoritos dele e nada, fizemos um boletim na policia, mas eles só começam a procurar depois de 24 horas, a mãe dele estava chorando muito.

—Eu Não o vi depois das aulas, falei desesperada.

—Ele não te disse nada? O pai dele perguntou-me.

—Ele estava normal, apesar de ter se aborrecido um pouco com o representante mas não foi nada que ele conseguiu resolver, depois assistimos todas as aulas, eu fui embora e ele seguiu o caminho de sempre, respondi ainda incrédula sobre o que estava acontecendo.

—Você foi a primeira pessoa que pensamos em procurar, até então ele só falou que você era amiga dele e que a tinha a conhecido no colégio militar, pensamos que ele estivesse aqui, o pai do Kentin disse.

—Será que ele está bem? A mãe do kentin estava inconsolável.

—Vem vamos continuar procurando, o pai do Kentin a levou até a porta.

—Obrigado por tudo, vamos continuar procurando, ele disse.

—Se descobrirem alguma coisa me avisem, eu vou tentar ligar, ou saber de alguma coisa, falei, eles foram em direção ao carro e foram embora, subi correndo até o quarto para ligar para  a primeira pessoa que pensei que pudesse me ajudar, Castiel.