Dummkopf escrita por Mikaeru Senpai


Capítulo 1
Honestidade Italiana


Notas iniciais do capítulo

Espero que vocês gostem. Ah! Quem colocou as tags na fanfic foi o Itália, então espero que entendam. q



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Era um dia importante, era um dia para se esforçar. Sabia que haveria reuniões cansativas e que seria um dia pesado, então deveria dar o melhor que pudesse para que tudo em seu poder saísse bem. 

Espreguiçou-se sentindo os lençóis escorregarem pela sua pele, sensação agradável de que não abria mão, e rolou até ficar com a barriga para baixo. De alguma forma olhou em volta, mesmo que seus olhos costumassem ficar fechados, e suspirou. 

 –  Veee~

Itália sentou na cama macia bocejou com toda preguiça de que dispunha, mas se esforçou para levantar logo. Esforçou-se para sair da cama e andou até o banheiro onde tomou seu demorado banho. Tudo ia bem, fazia apenas duas horas que acordara, ainda devia ser uma hora da tarde, então tudo estava bem. 

Vestiu seu uniforme azul e penteou o cabelo. Saltitou alegremente até o lugar em que podia realmente ser útil: a cozinha. 

Precisava dar o seu melhor. Preparou a massa, esmagou e temperou os tomates, usou água e verduras frescas. Levou um bom tempo, mas finalmente conseguira terminar sua pasta. Então pegou batatas e fez como Alemanha o ensinara. Descascou as batatas, preparou as linguiças e fez o currywurst que o melhor amigo tanto gostava. 

Aproveitou toda a sua disposição e caprichou o máximo que pôde. Japão estava com questões internas no momento, então não deveria voltar até o final da semana. Itália ficou aliviado, não conseguia fazer aquele arroz pegajoso de forma alguma e Japão sempre dava um jeito de não experimentar. 

Aproveitou que ainda tinha algum tempo e pegou o gato que costumava passear por lá no colo. Ele era gordo, macio e temperamental, mas fazia barulhos adoráveis e costumava entreter Itália quando este estava só.

 –  Vee~

 –  Meow!

 –  Veeeee~

 –  ... MEOW.

 –  Veeeeeeeeee~

O problema daquele gato era ser tão rápido. No momento em que Itália ouviu a porta o gato o arranhou tão rápido que nem percebeu. Sentiu a macia pele de seu rosto arder e um pouco de sangue escorrer quando o gato pulou e fugiu pela porta recém-aberta. 

Itália tremeu ao erguer a mão em direção ao rosto por medo de doer mais e apenas começou a chorar. Interrompeu brevemente ao sentir a conhecida - e pesada - mão sobre seu ombro.

 –  Itália, o que você fez? Para de chorar, ei, deixa eu ver!

 –  Doitsu, Doitsu! - Choramingou - O gatinho... Ele me venceu... 

 –  Você tem que parar de provocar esse gato, Itália.

Como sempre, a voz dele era firme e ele parecia irritado, mas Itália sabia que estava preocupado, apenas se expressava muito mal. Como ele mesmo às vezes. Alemanha foi até o banheiro e voltou com um quite de primeiros-socorros em mãos, já preparando água oxigenada e algodão para limpar o pequeno machucado no rosto do pequeno Itália. 

 –  Você tem que parar de chorar, suas lágrimas vão piorar o machucado! - Falou claramente aborrecido.

 –  V-vão? - Por incrível que pareça, dizer que ficaria pior de fato piorou a situação. Por medo de piorar Itália começou a chorar mais, e por saber que isso pioraria o choro tomou ar de culpa e continuou ainda pior que antes. 

 –  ... Verdammt. *

Usando um algodão para conter as lágrimas do menor, e outro para limpar o machucado (arrancando do ferido exclamações de dor em meio aos soluços tristonhos), Alemanha conseguiu enfim fazer um curativo. Suspirou cansado encarando o garoto com seus olhos azuis e então afagou seus cabelos com a mão direita. Era um caso perdido. 

—  D-desculpa, o gato era mais forte! - Choramingou.

— ... 

Suspirou ainda mais pesadamente que antes, apenas repetindo o gesto de afagar os cabelos escuros de Itália. Puxou o garoto e, desajeitadamente, o abraçou mantendo o afago. O menor quase sumia em seus braços e se ajeitava confortavelmente ali, era agradável. 

—  Já foi. Pare de aborrecer aquela droga de gato, Itália. 

—  T-tá bom... - Abraçou Alemanha de volta ainda choroso - Eu fiz pasta... E aquela coisa de linguiça que você me ensinou... 

—  Fez? Então vamos comer, Itália. 

Veneziano olhou para cima e viu o maior sorrir brevemente antes que sua expressão se forçasse de volta àquela emburrada de sempre. Riu mais animado perdendo a vontade de chorar e levantou, abrindo os olhos âmbares para o alemão. 

—  Doitsu, Doitsu, você é o melhor e eu amo você! 

Não sabia se era pela surpresa de ver o italiano com os olhos abertos ou pelo que dissera, mas o maior ficou com o rosto vermelho e levantou abruptamente segurando o menor pela parte de trás do casaco azul para que o erguesse e carregasse até a cozinha. 

—  Você fala coisas estranhas Itália! - Rosnou, mas parou ainda com o garoto suspenso no ar e o aproximou de seu rosto, dando um breve beijo em sua testa - Mas eu também amo você, dummkopf. 


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Notas finais do capítulo

Isso ai, bem boba e sem sal, mas com carinho :3



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