Big Daddy escrita por Danny Stan


Capítulo 3
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Olá, meus queridos, como estão?
Espero que estejam todos muito bem. Aproveitem!



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Barcelona, Espanha

POV’s Stiles Stilinski 

Aquele dia tinha absolutamente tudo para ser perfeito. O calor do sol batia nas minhas costas, me aquecendo, duas belas deusas espanholas dormiam ao meu lado. Meu caso atual estava me rendendo milhões. Tudo ia de vento em popa, exceto o meu sono. Droga! O meu sono é sagrado. Desde ás seis da manhã estava tentando lidar com aquela barulheira toda, mas já haviam se passado horas e ela continuava a me perturbar. Eu sabia o que estava acontecendo, ela me aborrecia propositalmente. No rádio tocava alguma música chilena horrível, ela cantava junto — Jesus, que mulherzinha desafinada — ainda por cima fazia questão de bater a vassoura nos móveis, era exatamente assim que a minha ex demonstrava sua raiva, menos pela parte da vassoura. Creio que Lydia nunca tocou em uma.

Me dei por vencido. Levantei e caminhei até o banheiro. Talvez uma ducha gelada em meio aquele calorão me fizesse melhorar o humor. Não fez. Quando sai, as duas visitantes continuavam emaranhadas nos lençóis completamente apagadas, eu já começava a duvidar se estavam dormindo mesmo ou se já tinham partido dessa para melhor. Nunca vi alguém que bebesse tanto como elas. Pelo menos eram as capas da playboy do mês, então que se dane se são duas alcoólatras.

— Certo, Consuelo. Você conseguiu, estou acordado e irritado. Cadê o meu café? — disse, entrando na sala de estar. As janelas estavam escancaradas e uma ventania jogava todas as cortinas por sobre os móveis e por mim, também — Dá para fechar essas janelas?

Como era de se esperar, ela me ignorou e continuou a cantar junto com Júlio Iglesias. Não importava em que país eu me metesse, sempre acabava cercado de mulheres problemáticas. A única do sexo feminino que não me causava dor de cabeça era May, só que eu só a veria no mês que vem, sendo assim teria de suportar a perturbação das demais por enquanto. Meu terapeuta disse que eu tinha de ter paciência com Consuelo e foi o que eu fiz.

Peguei o controle do som sob o sofá, o desliguei e me voltei pacientemente para a minha empregada, que me encarava com um olhar bastante irritado.

— Minha querida Consuelinho, estamos tendo um problema de comunicação... de novo. — juntei as mãos em súplica — Pode parar de me irritar todo santo dia?

Pareci o mais firme e determinado dos homens por fora, porém quando aquela baixinha rechonchuda jogou a vassoura no chão e avançou em minha direção eu tive certeza de que seria assassinado. A furiosa espanhola botou as mãos na cintura e bufou:

— Bem, isso depende. O senhor pode parar de trazer vagabundas para cá?

— Elas não são... — gaguejei, ofendido — Vagabundas.

— Ah, não?! — ela inclinou a cabeça para o lado, indicando que eu virasse.

— Cariño, ¿qué es? — inquiriu, Lupita, uma das modelos que haviam me acompanhado na noite passada.

O problema era bem simples: A maravilhosa top morena, com um belo corpo, escultural mesmo, estava nua na minha sala. Na frente da minha empregada. Nem quero imaginar se May ainda estivesse aqui. O.k nova regra: Verificar se as minhas namoradas têm consciência de que não devem ficar andando peladas pelo meu apartamento.

— Querida, ¿qué hay de un equipo? — arranquei o avental de Consuelo e o pus em frente ao corpo de Lupita, ela negou com a cabeça. Eba! Arranjei uma nudista. — El amor, tengo que ir a trabajar. También es necesario para volver al hotel

— Pero tan pronto? — gemeu em seu idioma tão sensual, se estivesse sozinho não as dispensaria tão cedo.

— Lo siento, pero hay que ir — insisti e ela enfim compreendeu. A carranca hostil de Consuelo não a intimidou, ela me puxou pela gola da camisa e mordeu meu lábio inferior — Pero nada impide que volver más tarde.

— Con mucho gusto. — Lupita sorriu e refez seu caminho, ignorando o fato do avental não cobrir a parte de trás.

— E ainda diz que não é vagabunda. — mal ouvi suas palavras, estava concentrado demais na magnifica visão que sumiu em meu corredor — Ainda bem que a ferinha não estava aqui, imagine só, logo a fera mãe saberia e viria até aqui esganá-lo.

— É, hoje foi nosso dia de sorte, meu amor. Agora me traga meu café, certo? — suspirei, exausto. Não tinha nem sequer um minuto sentado quando o celular tocou me fazendo dar um pulo da poltrona. Tudo o que eu queria era um minuto de paz, será que isso é querer demais?

— Stilinski, estou com um seríssimo problema. — gritou Danny do outro lado da linha. Piorando ainda mais a minha enxaqueca, lá vem a ressaca.

— O que foi? — falei, secamente.

— Se lembra daquele caso dos Peterson, de três anos atrás. — detalhou inutilmente. Era óbvio que eu me lembrava do caso que me levou ao topo no mundo dos advogados.

— Acho que lembro. — ironizei, ainda mais ranzinza.

— No meu caso atual estou tendo sérios problemas, os Fosters, ela quer o divórcio, alegando o adultério da parte dele. Típico. O problema é que do outro lado está o marido, com o Hale ele está usando o seu argumento de anos atrás para justificar a traição. — meu sangue ferveu, então aquele brutamontes idiota estava se aproveitando da minha genialidade e a usando contra um amigo meu.   

— Ou seja ele alega que o senhor Foster, procurou consolo em outra mulher porque a sua própria passou a rejeitá-lo após a gravidez. — conclui, andando pela sala, enfurecido — Precisará provar o contrário.

— Como? Isso é impossível! Ainda mais depois do que você fez, seu caso foi excepcional, até mesmo a Lydia admitiu que era um fato verídico. No próprio tribunal, na frente do Juiz. Se lembra?

— Como eu poderia me esquecer, ela começou a gritar, me chamando de galinha e tacou um sapato em mim. O salto quinze, ainda sinto os pontos doerem. — cocei a cabeça, eles ainda doíam de verdade — Encontre alguém que desminta...

— Eu tentei, pensei em ir atrás da Lydia, mas o Derek conseguiu uma declaração dela primeiro e.... — aquele breve silêncio me causou um arrepio na espinha — eu não sei se é verdade, porém ele espalhou para todo mundo no escritório....

— Espalhou o que? — já estava impaciente.

— Ele transou com a Lydia, Stiles. — meu mundo caiu. Beleza, eu não estou com a Lydia há três anos, dormi com umas cem mulheres nesse período, só que todo mundo sabia o quanto eu odiava o Derek, dormir com ele tinha sido um golpe muito, muito, muito baixo — Ele disse que não foi a primeira vez, na verdade ele andou comentando que... é meio que o.... pai da May.

— Aquele filho da puta disse o que? — gritei, completamente fora de mim, as três mulheres da casa apareceram assustadas diante de mim, as ignorei — Como ele ousa? A May é minha, M-I-N-H-A. Aquele desgraçado infeliz! Eu não o perdoarei por falar do meu anjinho.

— E ficar com a Lydia. — completou Danny, com uma risadinha idiota.

— Isso não tem nada haver. Quer saber, Danny, eu vou te ajudar com isso. Eu vou atrás da Lydia e vou provar que esse argumento não tem fundamento. Vou provar que ela ainda pode ser louca por mim e de quebra vou convencê-la a dizer para todo mundo que Derek Hale é ruim de cama. Até mais. — respirei aliviado, eu estava disposto a uma bela vingança. Olhei as três a minha frente. Merda, como se não bastasse Lupita, Erica a outra mulher também estava pelada.

— Eso es una mierda, envié pones un traje y desaparecen. — bravejei exasperado, passando direto por elas e seguindo até o meu quarto, sendo acompanhado por Consuelo, a empregada do mal — E o que você quer?

Displicente! — murmurou, tirando um envelope do bolso — Chegou uma mensagem da pequena ferinha. — ela me entregou e eu rapidamente rasguei o envelope e abri a carta.

Querido, Papai

Sei que deve estar esperando pelas notícias habituais, do tipo: Estou fazendo todas as refeições do dia, meu cabelo cresceu, minhas notas estão ótimas; é claro o mais importante, nenhum garoto ousou se aproximar de mim. 

Bem, dada as informações obrigatórias vamos direto ao assunto. Mamãe está morrendo, exatamente, mesmo depois do divórcio sobrou um restinho de coração dentro dela. Porém o Jackson fez questão de exterminá-lo há duas semanas atrás.

Sabe, acho que ela até lidaria bem com a situação se não fosse pelo fato dele estar saindo com uma bonitona que trabalha com ele. O pior é que os dois são os padrinhos no casamento da tia Allison e está em cima demais para que um dos dois desista. Ela está à beira de uma crise de nervos e eu não sei o que fazer. 

Afinal sou uma garota de apenas O-I-T-O anos. Você é o único que pode nos ajudar. Socorro!!!

                             Te amo, papai.

                                                          M.Stilinski.

Isso. May, eu te amo. Você acabou de me dar a desculpa perfeita para voltar para Beacon Hills. Assim, não haveriam suspeitas, eu seria simplesmente um pai amoroso e preocupado com o bem-estar da filha que foi visitá-la com o intuito de cuidar dela e me certificar de sua segurança. Perfeito.

— Ótimo, Consuelo, prepare as minhas malas. Estou voltando para Beacon Hills agora.


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