Crazy boarding escrita por Cindehella


Capítulo 2
O deus das tretas é destronado


Notas iniciais do capítulo

Olá, terráqueos, vim em paz ╮( ̄▽ ̄)╭
Adorei os comentários, foram lindos ♥
Leiam com carinho, beijinhos ˙▽˙



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Kuroko soltou um suspiro baixo enquanto olhava o companheiro de quarto, e amor platônico, jogar basquete. Desde que havia perdido para Aomine, há umas 3 horas arás, o garoto não havia parado nem um segundo de treinar.

—Você devia descansar um pouco, Kagami-kun. –Kuroko disse “aparecendo magicamente” ao lado do ruivo.

Kagami, que não conseguia ver nada além da bola e da cesta, ao ouvir a voz suave do colega ao seu lado, tomou um enorme susto, errando a jogada que fez, se desequilibrando, caindo um belo tombo e soltando um gritinho nada másculo, é, vergonhoso.

Kuroko soltou uma risada baixa e disfarçada, Kagami levantou-se o mais rápido que pode e quase perdeu o equilíbrio novamente, mas conseguiu se equilibrar e firmar-se no chão, coçou a nuca envergonhado e encarou o amigo.

—O que você disse, Kuroko? –Perguntou, ainda embaraçado pelo gritinho feminino que soltou.

—Que você deveria fazer uma pausa. –Kuroko repetiu, repreendendo o colega sem alterar seu tom de voz.

—Mas eu acabei de começar. –Kagami protestou, girando a bola em sem dedo indicador.

—Você já está treinando há três horas, Kagami-kun. –Kuroko respondeu, em um suspiro.

—Que? –Kagami arregalou os olhos surpreso, deixando a bola cair de seu dedo e ir de encontro ao chão. –Eu ‘tava tão concentrado... Nem vi o tempo passar.

—Sei disso. –Kuroko concordou. –Se você se concentrasse tanto assim nas aulas teria notas muito boas.

—Está insinuando que minhas notas são baixas? –Semicerrou os olhos e cruzou os braços.

—Você ao menos sabe o que insinuar significa ou é mais uma das palavras que você ouviu o Midorima-kun falar e decidiu repetir para parecer que seu intelecto é superior? –Kurorko peguntou, arqueando as sobrancelhas. Kagami tinha a mania de ouvir as palavras difíceis que Midorima usava e repeti-las para parecer mais inteligente, mas na maioria das vezes ele nem sabia o que significava.

—É... Tanto faz. –Respondeu, suspirando derrotado, ele não sabia o que “insinuar” significava.

O Taiga abaixou-se para pegar a bola, que antes havia caído de seu dedo, ato que permitiu a Kuroko ter uma bela visão da bunda de Kagami. O azulado sentiu seu rosto esquentar e desviou o olhar no momento em que Kagami levantou-se.

—Que? –Perguntou ao ver o rosto de Kuroko vermelho, mas logo deu de ombros, possivelmente era só o calor.

O ruivo começou a andar até o vestiário, para se trocar, com Kuroko ao seu enlaço, mas parou, quase no meio do caminho, ao perceber algo.

—Você disse que eu fiquei lá três horas lá, né? –Kagami questionou e ao ver Kuroko assentir positivamente continuou. –Você ficou lá todo esse tempo? Comigo?

—Sim. –Kuroko respondeu normalmente, sem alterar seu tom, mesmo que internamente estivesse um tanto nervoso, Kagami era lerdo e nunca havia percebido os sentimentos de Kuroko para com ele mas mesmo com a menor menção de algo que poderia denunciar Kuroko o menino já se desesperava internamente.

—Por que? –Questionou, colocando a mão na nuca, envergonhado.

—Gosto de ver você treinar. –Kuroko respondeu, simples e antes que Kagami questionasse mais uma vez se adiantou e completou. –Ver você tão concentrado, brilhando tanto, me faz amar ainda mais o basquete, aumenta minha força de vontade. Você me deixa mais forte, Kagami-kun.

Kagami desviou o olhar, totalmente constrangido e surpreso. Não estava acostumado a ouvir palavras tão doces, estava mais habituado a xingamentos ou repreensões, por isso era difícil encontrar as palavras certas para agradecer seu companheiro de quarto e melhor amigo.

Levantou o olhar, a fim de agradecer Kuroko, mas deteve-se ao ver um vulto loiro, com uma certa fragrância feminina, passar correndo por entre eles, se escondendo atrás de Kuroko, o que era um pouco patético já que a coisa loira era pelo menos um palmo maior que o azulado.

—O que aconteceu, Kise-kun? –Perguntou Kurorko, aparentemente sem se importar de ser feito de escudo pelo loiro. Kise apoiou as mãos no joelho, tentando recuperar o folego.

—Aominecchi que me matar. –Respondeu, desesperado.

—Tá, cadê a novidade? –Kagami perguntou, entediado. –Ele quer te matar umas dez vezes por dia, no mínimo.

—Olhando por esse lado. –Kise sussurrou, fazendo uma cara de pensativo. Kuroko, provavelmente, também diria algo mas foi interrompido por um berro.

—ESPERO QUE JÁ TENHA SEU CAIXÃO. –Aomine vinha correndo, a toda velocidade, exalando um ar violento.

—Kurokocchi. –Kise choramingou e abraçou-se a Kuroko, começando a rezar baixinho.

—Aomine-kun. –Kuroko disse em tom ríspido, esticando o braço em um sinal de pare, fazendo Aomine parar quase imediatamente sua corrida pelo sangue de Kise.

—Fica na tua, Tetsu, meu assunto é com a loira ali. –Apontou para Kise, que provavelmente já havia urinado nas calças. –Passa para cá.

—A única coisa que eu passarei a você será um sermão. –Kuroko respondeu, autoritário.

—‘Issae, Kuroko, bota a moral na parada. –Kagami disse animado.

—Calado, Kagami-kun. –Kuroko respondeu, repreensivo. Desviou o olhar de Kagami e se voltou para Aomine. –O que aconteceu, exatamente?

—Resumindo, a loira deficiente ali... –Aomine começou e apontou para Kise mas foi cortada pelos protestos do loiro.

—Ei, eu não sou deficiente!

—Vai ficar se me interromper de novo. –Aomine retrucou de forma sombria, Kise se encolheu e voltou a rezar. –A coisa loira ali disse que eu ‘tava de TPM, dá pra acreditar?

—Você perseguiu ele pelo colégio todo o ameaçando de morte apenas porque ele disse que você estava de TPM? –Kuroko questionou e Aomine confirmou. –É dá para acreditar sim.

—Ui, essa doeu, hein? –Kagami disse, divertido.

—Eu já não mandei você ficar quieto, Kagami-kun? –Kuroko questionou, levemente irritado.

—Sim, senhor. –Kagami respondeu e abaixou a cabeça.

—Olha só, parece que alguém se ferrou. –Aomine cantarolou.

—Sim, você. –Kuroko respondu, serio. –Você chegou a encostar, de forma violenta, no Kise-kun?

—Não. –Aomine respondeu, um pouco assustado pela mudança repentina de personalidade de Kuroko.

—Bom...-Kuroko murmurou e coçou seu queixo, pensativo. –Vocês vão se resolver.

—Finalmente. –Aomine comemorou e esticou seus braços para tentar pegar Kise, que tentou correr mas foi segurado por Kuroko.

—Não desse jeito. –Kuroko suspirou,

—Como então? –Kise perguntou, se manifestando pela primeira vez desde a chegada de Aomine.

—Aomine-kun, Kise-kun te ofendeu, certo? –Kuroko perguntou e antes mesmo dele concordar, continuou. –Então, você também ofenderá ele, assim ficaram quites.

—Parece justo. –Aomine murmurou, coçando seu queixo.

—Com tanto que ele não quebre nenhum dos meus ossos, eu concordo. –Kise deu de ombros, já estava acostumado a ser xingado por Aomine mesmo, um a menos ou um a mais não fariam muita diferença.

—Faça seu insulto, Aomine-kun. –Kuroko falou.

—É teu momento de brilhar, manda a ver, esculacha essa loira, faz ela chorar, cortar os pulsos, se suicidar...-Kagami se empolgo e levou um olhar torto de Kuroko, o que o fez se calar imediatamente.

Aomine respirou fundo e sorriu maldosamente, se preparando para soltar o maior insulto já ouvido naquele internato mas no momento em que abriu a boca, como uma reação instantânea, todos os palavrões, insultos, ofensas e humilhações que conhecia, e acreditem não eram poucos, simplesmente sumiram. Sua mente estava em um branco total, arregalou os olhos e fechou e abriu a boca várias vezes, sentiu o olhar dos amigos questionador dos amigos e, um tanto enraivecido e envergonhado, soltou a única coisa que conseguiu lembrar.

—Loira bicha.

—Que decepção. –Kagami murmurou, frustrado, completamente desolado, ele esperava muito mais do deus das tretas.

Até mesmo Kuroko parecia um tanto decepcionado, balançou a cabeça em negativo mas não se atreveu a dizer nada.

—Você ‘ta bem, Aominecchi? –Kise perguntou, preocupado.

—‘To. –Respondeu com brusquidão.

—Sim, caralho, mas que merda. –Respondeu irritado.

“Ah, que maravilha.” Começou uma discussão mental. “Agora essas bosta de palavrão volta, valeu ai, universo, que me odeia. ‘Cê ta de sacanagem comigo, né, ‘mermão? Aposto que é porque eu sou preto, né? Isso é racismo, sabia? ‘Vo mete um puta processo em você, vai se preparando ai, porque eu vou chamar meus advogado na Alemanha e tu vai ta fudido.”

—Oe, Aominecchi? –Kise estralou os dedos na cara de Aomine, que ainda estava em transe, discutindo com o universo. –Ih, gente, ele quebrou.

—Quebrou nada, só deu lag. –Kagami respondeu, balançando os ombros. –É só dá um chute que resolve.

—Resolve a crise das empresas funerárias, né? –Aomine disse despertando. –Porque se você me der um chute é pra lá que você vai. Se valoriza sua vida é melhor manter as perninhas ai.

—Nossa, que agressividade toda é essa, meu jovem? –Kagami questionou, colocando a mão no peito, fingindo-se.

—Vou te mostrar a agressividade... –Ameaçou ir na direção de Kagami mas foi parado por Kuroko. –Isso defende tua princesa, Tetsu, seu escavopinto.

Kurorko fez uma cara de “que?” e Kagami lhe mostrou o dedo do meio.

—Você está com tanta raiva porque não conseguiu xingar o Kise-kun de forma adequada. –Kuroko comentou, sem se ofender. –Não precisa ficar assim, você pode tentar xingar ele novamente, dessa vez certo.

—Não quero. –Aomine respondeu, cruzando os braços, virando o rosto e fazendo um bico.

—Parabéns, Kurokocchi. –Kise disse, batendo palmas de forma irônica. –Fez ele chorar.

—O que? –Kuroko perguntou, estreitando os olhos.

—Garotas na TPM são mais sensíveis, tenha mais cuidado na hora de escolher suas palavras. –Kise completou, usando um tom que professores usam na hora de ensinar algo as crianças.

—Quer saber? Foda-se. Você ‘ta morto. –Aomine disse e começou a perseguir Kise, que ao perceber a intenção assassina de Aomine saiu em disparada.

Ignorou os protesto pacifistas de Kuroko e a animação de Kagami por finalmente haver uma briga descente ali.


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Notas finais do capítulo

E aí, minna? O que acharam? >ω<
Sua opinião é muito importante para mim c: Expresse-a, por favor ^^
Não tenho mais o que dizer, tchauzinho, meus amores, muito beijos brilhosos a todos



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