Entre Irmãs escrita por Cristabel Fraser, Paty Everllark


Capítulo 26
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Bel: Boa noite queridos leitores eis aqui o último capítulo de EI, espero de coração que gostem, e não fiquem tristes porque virá muitas e muitas novidades por aí. Não posso revelar de imediato o que é, mas tenho certeza que tocará vocês tanto quanto EI tocou. Quero agradecer a todas que comentaram, favoritaram e recomendaram, cada um de vocês foi essencial para a construção e crescimento de EI. Mais uma vez peço perdão pelo tempo que ela ficou bloqueada e não podia postá-la, acreditem não foi por maldade, mas cá estamos, no fim. E devo agradecer de coração a Paty, essa minha querida coautora e amiga, talvez se não fosse por ela pessoal eu com certeza demoraria muito mais pra concluir EI, ela chegou em um momento único pra me dar essa força. Portanto ela e eu dedicamos esse epílogo a todas vocês minhas queridas que sempre esteve desse lado aí nos dando força, poderíamos citar vários nomes que fez com que EI não morresse, mas eu não daria conta de escrever todos os nomes e detestaria deixar alguém para traz. Aqui tem um recadinho da Paty também...

Paty: Oieee lindezas, Paty na área.
É com muita alegria e uma pontinha de tristeza que me despeço hoje de EI.
Alegria por ter tido a oportunidade de participar desse projeto incrível chamado Entre Irmãs, uma fanfic que sempre fui fã.

Sou grata a Belzinha pelo convite para ajudá-la por aqui, em especial pelo presente que foi interagir com cada um de vocês.

E tristeza, pois como diz o velho ditado: Tudo que é bom dura pouco.
Sou grata a todos pelo carinho, incentivo e acolhimento que manifestaram comigo desde minha primeira postagem. Valeu mesmo, por tudo galerinha.

A Bel fica meu obrigado especial:
Amiga, que essa seja a primeira de muitas histórias juntas. obrigada pelo convite e principalmente confiança.

Beijos, boa leitura.



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Pov. Katniss

 

A vida é cheia de surpresas, umas boas e outras nem tanto. Olhando para minha vida agora poderia dizer que no mínimo é milagroso o que aconteceu. Talvez a Katniss de quase cinco anos atrás gargalharia, se alguém dissesse a ela que sua vida seria assim algum dia, mas a pura realidade era essa.

Depois do milagre que vi acontecer com minha irmã passei a acreditar em uma nova vida, em um recomeço. Aquela vida de advogar na área de divórcios não me pertencia mais. Delly, minha sócia se assustou quando disse que deixaria meu cargo, mas pudera, naquela época era a rainha do gelo e da negação. Para mim o lema “felizes para sempre” não existia.

Mas o destino tinha outros planos e certa noite esbarrei-me com um homem alto, loiro e flagelado, desde então tudo mudou. Não imaginava que um dia ele seria meu marido e pai dos meus queridos filhos. Meus filhos que tanto amo e dedico boa parte do meu tempo a eles.

O meu arranjo com minha irmã deu certo, e com uma diferença de dois meses, nossos filhos vieram ao mundo. Matt – que não sei dizer se parece mais com a Prim ou com o Cato – fará quatro anos no próximo mês, ele e Becky são a felicidade dos dois, assim como Stephanie e Nicholas é a nossa.  Minha irmã é só alegria e orgulho agora que o filho insiste em querer cantar com o pai.

A vida com toda certeza é feita de surpresas.

— Pronto meu amor só falta mais uma colherada para terminar seu jantar.

Tata... tata...— Meu garoto, em sua fala de bebê, bateu as pequenas e gorduchas mãozinhas no suporte do cadeirão.

— O papai já vai chegar meu lindinho, agora coma o restinho do seu jantar – fiz um aviãozinho e Nick abriu a boca sem protestar.

— Mamãe terminei meu desenho. Será que a prima Becky vai gostar? – Stephanie levantou de sua mesinha toda saltitante e veio me mostrar o desenho que pintava.

— Está lindo, princesa. Tenho certeza que Becky irá adorar. Ela ama borboletas. – Minha filha sorriu para mim e quando escutou a maçaneta da porta se movimentar, arregalou aqueles belos olhos que herdou do pai e saiu correndo em direção da mesma.

— Oi princesa do papai, estava com saudades, sabia? – Meu marido a pegou nos braços e começou a distribuir beijos por todo seu rostinho.

— Eu também estava com saudades, papai – disse ela apertando o pai pelo pescoço. – Quer ver o desenho que pintei para a Becky? – perguntou toda animada enquanto eu dava um pouco de água para meu pequeno.

— Sim, eu adoraria ver seu desenho – respondeu Peeta se aproximando de mim tendo ela ainda em seus braços. – Boa noite bela esposa. – Cumprimentou ele ao se inclinar um pouco e me dar um selinho.

— Boa noite, belo marido. – Sorrimos e logo Nick começou a dar gritinhos de onde estava sentado e estendeu os bracinhos para o pai.

— Nossa, tem alguém aqui que quer o papai também! – Ele depositou o jaleco que carregava em um dos braços sobre a bancada da cozinha, e levantando o suporte do cadeirão - onde nosso garotinho de um ano e um mês se encontrava – nem precisou estender o braço para pegá-lo, pois praticamente Nick pulou para se segurar nele.

— Up! – Nick deu um gritinho e nós rimos. Agora os irmãos disputavam os braços do pai.

Recolhi o pratinho e os talheres que estava dando o jantar para meu caçula e fui até a pia deixando tudo lá. Comecei a escutar alguns gritinhos e risadas altas e quando parei na entrada da sala os vi montado nas costas de Peeta.

Abracei meu próprio corpo admirando-os por um tempo, na divertida brincadeira.

Era incrível o que a vida tinha a nos oferecer.

Hoje trabalhava em casa passando informações para pessoas com tumores cerebrais. Tudo o que vivi ao lado de Prim serviu para algo e queria de alguma forma poder ajudar as pessoas a não desistirem, mesmo que o diagnóstico fosse complicado e impossível.

Meu marido conseguiu enxergar, o que nenhum outro médico viu nos exames da minha irmã e, isso foi fundamental. Prim teve uma chance e devo isso a ele e a equipe que o ajudou.

— Mamãe vem brincar conosco. – Stephanie me chamou e me juntei a eles no tapete da sala.

Mais tarde Peeta colocou nossa filha para dormir, enquanto eu coloquei nosso caçula. Stephanie puxou os cabelos loiros e os olhos são tão azuis quanto aos do pai. Já Nicholas tinha o cabelo castanho como os meus, mas os olhos também puxaram aos de Peeta. Eu não me importava com isso, pois significava que tinham uma genética bem forte e ninguém podia negar que eram nossos filhos.

— Eles são incríveis, não são, amor? – Enquanto esquentava nosso jantar, Peeta me abraçou por trás. – Mas é o que mais gosto de fazer na vida. Passar o tempo que posso ao lado deles e de você. – Seus lábios em minha nuca me fizeram arrepiar.

Me virei ficando de frente para ele e passei meus braços em volta de seu pescoço e com isso ele me puxou mais para si colando nossos corpos.

— Também é o que mais amo nessa vida e não trocaria nada disso, nem se me oferecessem milhões, bilhões ou trilhões de dólares. – Ele toma meus lábios em um caloroso beijo. – Nada do que temos é pagável.

— Eu te amo... Agora quero saber se podemos jantar logo, porque tenho que levar minha mulher para cama, sabe... – disse ele todo galante e não resisti em dar-lhe um aperto contra meu corpo e sentir todo esse amor que sentíamos um pelo outro.

— Se for assim, vamos jantar agora mesmo. – Peeta roubo-me mais um beijo antes de pegar dois pratos e talheres no armário.

Após o jantar tomamos um rápido banho e meu marido sussurrou em meu ouvido enquanto eu abria minha gaveta de lingerie, que não precisava fazer o esforço de me vestir, pois só iria dar trabalho para ele tirar.

Sorri quando ele me deitou com o mesmo carinho de sempre.

— Conseguiu trabalhar hoje? – pergunta quando eu estava aconchegada em seus braços.

— Sim, depois que coloquei Nick para dormir na parte da manhã. – Senti seus lábios beijarem o topo da minha cabeça. – Prim me ligou a tarde.

— Sério? E como eles estão?

— Estão bem, e Becky está com boas referências para a faculdade. – Peeta se remexeu e segurou meu queixo para encara-lo.

— Mas a Becky tem mais um ano no colegial, antes de entrar para a faculdade – observou.

— Eu sei, mas a Prim quer deixar ela fazer as escolhas, e Becky quer cursar medicina em alguma universidade por aqui.

— Uau! Estamos envelhecendo, ou é impressão minha?

— Que velhos, amor. Só temos 38 anos...

— Quase 39. – Me corta.

— Que seja, mas o fato é que ela cresceu rápido demais e está empolgadíssima de nos encontrar lá nas férias.

— Ah, sim as férias. Eu conversei com o pessoal do hospital e consegui duas semanas.

— Será ótimo. Podemos aproveitar bastante. Haymitch avisou que o serviço de limpar o lago é seu.

— Ah, claro farei isso com todo o prazer, depois que você estiver lá dentro comigo. – Ele gargalhou enquanto me apertava contra si.

— Prim disse que quase todos os chalés estão com as reservas programadas e que o nosso já está reservado.

— Já disse o quanto amo a cunhada que tenho?

— Algumas vezes, mas tem que dizer isso a ela, querido.

Conversamos por um tempo e só posso dizer que Peeta era um outro homem. Ele sorria com mais frequência e com isso me fazia sorrir. As crianças o adoram e nem preciso dizer o quão pai babão ele é.

Minha cunhada dizia sempre que o irmão mudou drasticamente, e vez em quando me ligava. E passávamos um tempo contamos anedotas sobre o que passamos desde que nos conhecemos.

— E os coelhos que nasceram? – Peeta perguntou, pois sabia o quanto nossa filha ama coelhos e quando Prim avisou a ela que nascera um monte, Stephanie surtou e disse que não via a hora de poder abraçar alguns “coelhinhos fofinhos” essa foi a expressão que ela usou.

— Disse que já estão bem grandinhos, só aguardando a chegada da nossa pequena.

— Ah, meu Deus nem quero ver o estoque de cenouras que teremos de comprar para essa viagem. – Peeta fez uma voz de desespero e logo em seguida riu, sei o quanto amava ver os filhos felizes e supridos nas necessidades que precisassem.

— Sabe o que estou louca para ver agora? – Me levantei e sentei em sua virilha.

— Posso imaginar, mas quero ouvir você dizer – murmurou fazendo com que sua voz grave soasse um tanto rouca, consequentemente reanimando meu corpo ainda mais.

— Eu quero que você faça amor mais uma vez comigo – declarei colocando certa sensualidade em minha voz.

— Seu pedido é uma ordem.

Minha terapeuta dizia que eu negava enxergar a realidade, e ela estava certa. Aquilo que eu disse, em uma sessão, que não me interessava pela vida familiar era a mais absurda mentira. Acho que havia criado um certo tipo de muro ao meu redor, mas depois que tudo foi acontecendo, percebi que o que mais necessitava era sim de uma família. E hoje não os trocaria por aquela vida solitária.

Tenho exatamente tudo o que mais preciso.

 

FIM

 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do desfecho e adoraríamos que cada uma deixasse um último comentário aqui dizendo o que achou? Fãs THG SEMPRE... Beijos muitos beijos...



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