Entre Irmãs escrita por Cristabel Fraser, Paty Everllark


Capítulo 17
Mãos de um milhão de dólares


Notas iniciais do capítulo

Boa noite beldades, mais uma vez peço-lhes mil desculpas pela demora, poxa gente é tantas coisinhas aqui e ali e quando vamos ver não escrevemos nada... Agradecemos o carinho de cada uma leitora que tem nos acompanhado e comentado. Bem, este é um POV do Peeta, infelizmente não está tão grande como os anteriores, mas foi feito de coração. Esperemos que gostem... boa leitura.

Ps: Lu.... surprise...



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 Pov. Peeta

 

Eu me encontrava no vestuário me trocando depois de realizar uma cirurgia, que durou pouco mais de seis horas. Eu sabia dos riscos e as consequências, fui sincero com a família. Mas, tudo que me disseram era que queriam o filho, custasse e o que custasse. Eram uma família bem de vida. Donos de algumas fábricas e através de algumas indicações chegaram até a mim com um diagnóstico quase que irreversível, segundo o especialista anterior. Tive duras semanas de total entrega a pesquisas, relacionadas aquele tipo de tumor que geralmente, poderia causar uma rápida morte, devido a um edema cerebral, ou hipertensão intracraniana. Mas enfim, tudo ocorrera dentro dos padrões normais. No fim, a família já ia assinando um cheque especial com um valor de US$ 1 milhões.

— Johanna, não posso aceitar essa grana, qualquer um de vocês seria capaz de realizar esta cirurgia.

Assim que saí do vestuário, ela me aguardava para almoçarmos e depois fazermos as rondas.

— Não meu amigo, você é o melhor deste hospital e já foi indicado três vezes para o cargo de diretor geral, mas reluta e nem sei o motivo.

— Olhe, vai por mim, é muita responsabilidade ser diretor deste hospital.

— Tá bem, não vou discutir isso com o doutor das mãos de um milhão de dólares. – Ela riu, não tendo consciência do quão mal estava me sentindo pela família querer me dar esse valor, pela cirurgia que acabara de realizar. – Sabe, Mellark temos que comemorar – disse passando o braço direito sobre meus ombros.

— Jô, faço esse tipo de procedimento todos os dias, não sou especial...

— Ah, você é sim, especial. Tão especial que adoraria te levar para a UCLA.

— Não posso ir, sou casado, lembra?

— Como se essa sua aliança enorme não me lembrasse todos os dias – revirou seus olhos castanhos. – Pode levá-la, acho que consigo uma vaga para ela lá também. – Minha amiga era hilariante com suas ideias.

— E, o Derek, onde ele fica nessa história?

— Mellark, não começa. Você sabe que sou muito desprendida. Derek jamais aceitaria ir para a Califórnia comigo. Ele tem os filhos aqui, e não faria esse sacrifico por mim.

— Então quer dizer que nem comunicou a ele?

— Não, e nem vou.

— Jô...

— Esquece isso, Peeta!

Acabei deixando o assunto morrer. Jô nunca fora presa a sentimentos ligados a vida pessoal, sempre dizia que o amor era estranho, em compensação dava a vida pelos pacientes.

 

⊱━━━━━━⊱✿⊰━━━━━━⊰

 

Já era tarde quando resolvi deitar, mas o telefone me obrigou a novamente me pôr de pé.

— Alô?

— Peeta, que bom ouvir sua voz, pensei que poderia não estar em casa.

— Katniss, que surpresa...

— Pois é, eu disse que ligaria caso você não o fizesse.— Realmente ela disse isso em nosso último encontro quando a vi tão frágil.

— Sinto muito, estive na correria.

— Tudo bem, perdoo essa, afinal dei um bolo em você, não é?— Me senti um tanto sem graça, porém ela não levou em conta. – Estou ligando para saber se, não quer remarcar o jantar. Prim já fez a primeira sessão e na segunda-feira, fará a outra, e gostaria de levá-la para ver a família. Daí pensei em me redimir com você e tentar um jantar. O que acha?

— Ok. Novamente vou preparar tudo, mas aviso que depois dessa, não haverá outra oportunidade.

— Nossa que homem mais difícil. Adoro um desafio, Mellark. Até segunda à noite... Estou ansiosa.

— Eu também.

Notei que queríamos dizer algo mais, talvez, que sentíamos falta um do outro, mas por hora, ficamos somente nisso.

Ao tentar voltar a dormir, meu cérebro parecia não querer descansar. Um turbilhão de coisas esmiuçava meus neurônios, e lá estava a imagem da morena de olhar tempestuoso invadindo minha mente.

Por mais que eu tentasse me concentrar em Daphne, já não conseguia tão facilmente como antes. Era como se ela própria estivesse conspirando para eu seguir com minha vida. Sobretudo, sabia que minha esposa estava guardada, como uma joia valiosa no fundo de um baú em meu coração.

 

⊱━━━━━━⊱✿⊰━━━━━━⊰

 

Finalmente o dia marcado por Katniss havia chego e assim que saí da oficina, corri para casa e preparei tudo minuciosamente. Por último fiz a barba, tomei banho, vesti a camisa azul clara, que comprei especialmente para este encontro, e arrumei o cabelo. Desci para a sala e fiquei pouco tempo divagando, com o olhar compenetrado na mesa posta. Logo escutei batidas na porta e assim que abri lá estava ela, em um lindo e sexy vestido vermelho escuro.

— Não sei se me preocupo por ter deixado você sem palavras, mas gostaria de entrar – disse, ela sem delongas.

— Ah, claro... a propósito, você está magnifica. Eu nem me arrumei direito. – Dei de ombros sem graça. Ela deu alguns passos e avançou capturando meus lábios.

— Pra mim você está perfeito, mas acho que após o jantar essas roupas não farão diferença alguma – sussurrou com os lábios  encostados aos meus.

— Então venha. – A puxei para dentro e assim que seus olhos notaram a arrumação da mesa, pareceu impressionada.

— Minha nossa, você é um homem muito romântico... não me lembro de ter um jantar me aguardando assim há tempo.

— Só quis tentar te agradar. – A abracei por trás e descansei minha cabeça em seu ombro absorvendo seu cheiro, e a mesma se estremeceu.

— E, conseguiu...

Puxei a cadeira para ela e abri o vinho que trouxera, segundo minha convidada, era o mínimo depois da tentativa do nosso primeiro jantar.

— Como sua irmã está? – perguntei eventualmente durante o jantar.

— Por enquanto parece estar respondendo bem ao tratamento - suspirou antes de continuar. - Pelo menos é o que o oncologista diz. Mas, e você... como tem passado?

— Ah, bem... eu acho.

— O serviço na oficina não tem aumentado?

— Não entendi? – sorri sem jeito.

— Nenhuma garota tem levado o carro... dizendo que os freios estão com problemas, ou o alternador com defeito... talvez? – Ela desenhava pontos imagináveis com as pontas de seus dedos, sobre as costas da minha mão, e estes iam subindo pelo meu braço.

— Ciúmes? – inqueri.

— Eu deveria ter?

Um silêncio agradável pairou por segundos antes de afirmar:

Não. Se antes de me abordar no bar eu já não era alguém que uma mulher precisava ter ciúmes, imagine agora.

— Como consegue ser tão sedutor assim? Eu poderia simplesmente estar me apaixonando por você, sabia?

Já tínhamos terminado nossa refeição, a sobremesa que esperasse, pois, minha resistência caía por terra quando ela estava próxima a mim. Pensando nisto, me levantei recolhendo a garrafa e as duas taças de vinho, lhe estendi a mão que prontamente aceitou e subimos para o quarto.

— Você é uma bela mulher, Katniss – admiti, enlaçando meus braços entorno de sua cintura e puxando-a para mais perto.

— E, o que mais? – choramingou.

— Incrível. Forte. Sedutora. Encantadora... – enumerei enquanto distribuía suaves beijos na região de seu tórax.

— São muitos adjetivos, Sr. Mellark – gemeu estremecida sob meu toque.

— Tantos que não caberiam em 196 páginas...

— Chega de falar...

Num rompante ela me empurrou em direção a cama, a qual caí sentado. Katniss subiu o vestido até seus quadris e se sentou em meu colo ladeando as pernas. Não foi sacrifício algum abrir o zíper do belíssimo vestido e depois o que restava. Nem tão pouco ela se esforçou tirando as peças do meu corpo. Passamos a noite dando um ao outro o que não pudemos em nosso último encontro e foi assim madrugada a dentro.

 

⊱━━━━━━⊱✿⊰━━━━━━⊰

 

— Nunca me perdoarei, Johanna...

As lágrimas caíam sem permissão.

— Pare com isso, Peeta. Não pode ficar se martirizando pelo resto da sua vida.

— Eu a matei...

— Você acabou com o sofrimento dela. Se eu soubesse que fosse ficar assim, teria conversado com ela e dito daquele programa da Suíça.

A encarei tentando achar algum vestígio de brincadeira, mas ela tinha o semblante sério.

— Nunca permitiria ela ir para lá.

— Ela poderia deixar por escrito que preferiria a eutanásia, ao invés de se definhar em uma UTI. Que droga, Peeta! Pare de se lamentar. – Senti meus ombros chacoalharem quando ela, com sua força bruta, tentava me atear à realidade.

A verdade era que, de nada adiantava ter “as mãos de um milhão de dólares” se não pude salvar a pessoa que mais amava na vida.

— Vamos comigo para a Califórnia, Peeta? O julgamento acabou. Você está livre...

— Livre para quê, Johanna? Para matar mais alguém?

— Não seu idiota para afogar suas mágoas no trabalho. Fazendo pesquisas e ajudando a salvar vidas. Pessoas necessitam da nossa ajuda para terem pelos menos um pouco de sobrevida.

— Este homem de quem fala morreu junto de Daphne.

— Você é mesmo um idiota, Mellark! Um dia vai ver a verdade estampada bem na sua frente.

Dei as costas não me importando com mais nada. Desfiz de todas as belas roupas que tinha. Peguei uma mochila e joguei dentro uma calça jeans, uma de sarja, três camisetas e minha jaqueta de couro e saí sem rumo pelo mundo. Sabia que se ficasse acabaria com o pouco que restou.


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Notas finais do capítulo

Bem, tanto o início quanto o final foi uma lembrança, percebe-se pela escrita estar em itálico, então tudo irá se revelando ao longo, como disse essa é uma reescrita. Ainnnnn sinto tanta angústia em deixa-los tristes emocionalmente com os capítulo, queria fazer algo mais comédia para aplacar isso, veremos no futuro se consigo este feito rss... bem, meninas é isso tenham todos uma ótima semana e nos vemos nos comentários. Beijos...



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