Meu coração é teu... escrita por Rayh Bennett


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Baseada na oneshot "A perfeição é você": https://fanfiction.com.br/historia/679542/A_perfeicao_E_Voce

História composta em três capítulos.


Boa leitura.



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O tempo é muito lento para os que esperam
Muito rápido para os que têm medo
Muito longo para os que lamentam
Muito curto para os que festejam
Mas, para os que amam, o tempo é eterno.”

(Henry Van Dyke)

 

 

 

Bella encolhe quando ele se vira pra ela.

“Por quê?” Edward indaga, engolindo com dificuldade. “As coisas estão indo muito bem. Por que isso agora?”

“As coisas estão...” Seus olhos evitam os dele. “Estão ficando confusas. Isso tudo está errado. Não deveria ser assim.”

“E como deveria ser? Diga-me!?” Andando até ela, ele segura em seus braços e a balança para que o olhe. “O que há de errado com o que temos?”

“O fato de que não temos nada faz isso errado!” Bella murmura entredentes. “Você disse que me amava, mas, estava todo sorrisos para cima daquela loira aguada e ordinária, que está praticamente pelada em um almoço em família.” Edward franze o cenho e um sorriso ilumina seu rosto ao perceber que Bella está com ciúmes dele. “E por quê está rindo seu idiota?”

“Em primeiro lugar: Tanya não daria em cima de mim, se você estivesse ao meu lado e assumisse de uma vez por todas o que somos.” Bella abre a boca para replicar, dizer-lhe que Tanya não respeita nem um padre, mas o olhar penetrante que ele lhe dar, a faz ficar em silêncio. “Em segundo lugar: eu só estava sendo educado. É um almoço em família, Tanya é afilhada de meus pais, não posso simplesmente destratá-la.” Segura o rosto dela e a mira intensamente. “Em terceiro lugar: Tanya poderia estar nua, que nada mudaria. A única mulher que quero e desejo é uma morena baixinha, de olhos castanhos, com lábios venenosamente rosados e deliciosos e um corpo cheio de curvas que me deixa louco.” Beija o canto da boca dela, apertando-a contra seu corpo.

Bella tenta se livrar de seus braços, mas ele não a solta. Pelo contrário, enterra uma mão nos cabelos dela, fazendo-a arfar.

“Eu não posso fazer isso.” Ele percebe o tremor na voz dela.

“Não. Você não quer lutar pelo que temos, pelo que podemos ser.” Ele a encara sombriamente. “Tem uma grande diferença. Você pode me afastar o quanto quiser e pode ignorar o que está na sua cara, mas, se acha que eu vou deixar você mentir para mim, está enganada.”

Edward está cansado desse jogo de gato e rato. Por que é tão difícil Isabella aceitar os sentimentos que há entre os dois? Como uma das melhores advogadas de Washington consegue ser tão obtusa e incrédula quanto a algo visível a qualquer um?

“Por que faz isso Edward?” A voz dela está embargada e o coração dele se enche de angústia ao ver os olhos castanhos repletos de lágrimas. “Por que continua insistindo em alguém que não o merece?”

“Porque eu te amo. Por que você é a mulher da minha vida.” Encosta sua testa na dela. “Eu soube que era você desde o primeiro momento em que nos esbarramos naquele hospital. Você sabe que sou capaz de fazer qualquer coisa para vê-la feliz. Você é meu tudo.”

“Eu... Eu preciso pensar, Edward.” O bolo em sua garganta a sufoca, mesmo doendo, ela precisa de espaço, pois não consegue pensar, tendo-o tão perto. “Eu preciso de tempo.” Ela o afasta e dessa vez ele a deixa ir. “Não me procure, por favor.”

Ele não consegue olhar pra ela agora, porque sabe que deixará evidente a dor em seu rosto e Bella se sente pior que um monstro.



(…)



Ela tem muito em que pensar.

Ele não liga, não aparece, não manda mais mensagens, não surge mais em seu escritório para almoçarem juntos, ou para levá-la para casa.

Uma semana e ela sente como se sua vida estivesse desmoronando novamente.

Ela está em casa, sentada em frente a mesa coberta de documentos de um caso importante. Ela não consegue se dedicar totalmente a eles. Ao invés disso, inclina-se para trás e gira distraidamente na cadeira, olhando para o teto sem pensar em nada e em tudo ao mesmo tempo. Ela está pensando nos dias e nas muitas noites que haviam passado juntos. Não só no sexo, mas nas risadas, na alegria, na sensação de conforto e segurança que ela tinha na presença dele. E infernos! Ela sente falta de tudo isso. É como se faltasse uma parte dela e sabe exatamente qual é. Mas não está disposta a ceder, não está disposta a passar por tudo de novo e… tentar.

Então por que sente um aperto forte no peito e na garganta ao pensar na mínima possibilidade de Edward a esquecer? E se aparecer alguém que não tenha medo de relacionamentos e conquiste o lugar dela na vida dele?

É quando ela está sentada sozinha, com o vazio, os olhos doloridos e vermelhos por causa das lágrimas - que ela se recusa a admitir que havia derramado por um homem - que a realidade a atinge duramente.

Todo esse tempo, que ela passou evitando qualquer possibilidade de uma relação por medo, Edward fazia exatamente o contrário. Quando ela se afastava, ele corria atrás e a abraçava. Inúmeras vezes. Surpreendendo-a e a conquistando de diversas formas. Ele nunca a pressionou por mais do que ela fosse capaz de oferecer; porque ele havia aceitado as coisas como estavam. Porque ele estava disposto a esperar que ela percebesse o que estava bem diante de seus olhos.

Não era só sexo. Nunca foi. Não quando Edward Cullen, pouco a pouco, infiltrou-se em cada pedacinho de sua vida, tomando conta de cada célula de seu corpo e, consequentemente, derrubando todas as defesas que a protegiam de tudo aquilo que ela mais temia: o amor.

 

 


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Notas finais do capítulo

Tenho quase certeza que vocês vão se apaixonar por esse Edward tanto quanto eu já estou.

Beijinhos de luz.