Corações Partidos escrita por Anieper


Capítulo 1
Capítulo 1




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Eu estava olhando para a janela no salão comunal da Grifinória. Era meia-noite, então todos já estavam deitados. Finalmente tomo minha decisão. Iria conta para Hermione o que sentia por ela. Iria conta para ela que é apaixonado por ela que a amo. Eu não sabia se ela sentia o mesmo, mas mesmo assim vou contar o que estou sentindo. Desde do terceiro ano, eu sentia meu coração bater mais forte toda vez que a via, mas por causa de Sirius e pensar que poderia ser morto a qualquer momento, eu achei melhor não conta nada. Depois veio o torneio, e com aquela loucura toda não pude contar nada, mas agora estava livre. Bom, não completamente, mas mesmo assim, até agora nada de potencialmente mortal tinha acontecido ainda, e eu iria contar.

Na verdade, já tinha tentado contar isso para ela várias vezes, mas sempre algo atrapalhava. Por isso achei que se pedisse para ela me encontra quando todos já estivesse dormindo seria melhor.

— Harry? – escutei a voz dela.

— Oi. – eu disse me virando para ela sorrindo. – Obrigado por te vindo.

— Não foi nada. – ela disse vindo até mim. – O que foi? Está com algum problema?

— Não. Eu queria falar outra coisa com você. – eu disse nervoso. – Certo, vamos lá. Eu vou direto ao ponto. Eu te amo. Sempre te amei e sempre vou te amar. Sei que somos amigos, que você nunca deu sinal que gostasse de mim de um modo diferente do que isso, e que você pensa que sou com um irmão para você. Mas eu tinha que falar isso para você. Tinha que tirar isso do meu peito. Falar tudo o que estou sentindo. Eu te amo e sempre, sempre mesmo vou te amar. Você é a coisa mais importante que tenho. Uma grande amiga, sempre esteve ao meu lado e sempre me ajudou, mesmo quando estava errado ou ia atrás da pior saída, você esteve ao meu lado. Por isso te amo.

Ficamos em silêncio por um tempo. Hermione olhava para mim sem falar nada. Eu já esperava por isso. Sabia que ela provavelmente não gostava de mim desse modo, mas mesmo assim tinha que contar para ela.

— Harry... Eu... – ela olhou para mim depois para as escadas. – Eu e Ron estamos namorando.

— Eu... Eu... Entendo. – falei sentindo uma lágrima querendo descer Meu coração estava gritando que não entendia. – Sinto muito. Não deveria ter falado nada.

— A culpa não é sua. – ela disse pegando minha mão. – A gente deveria ter contado antes. Não deveríamos ter esperado tanto tempo. Se tivéssemos contando antes isso não teria acontecido.

— O que                quer dizer com isso? – perguntei confuso. – Quanto tempo faz que vocês estão namorando? Alguns dias? Semanas, talvez? E por que vocês não me contaram? Eu ficaria feliz em saber assim que começaram o relacionamento de vocês. Afinal, são meus melhores amigos.

— Dois anos. Começamos a namorar depois que ele saiu da enfermaria depois da mordida de Sirius. – ela disse se aproximando de mim, quando soltei a mão dela. – Íamos contar, eu juro, apenas não surgia o momento. Todas ás vezes que íamos conversa com você alguém chegava, ou você tinha que ir. Eu sinto muito.

Dei um passo para trás como se tivesse acabado de levar um soco. Dois anos. Dois anos namorando e eles não falaram nada. Eu não sabia se me sentia traído, magoado, sem chão, confuso, apunhalado pelas costas ou o que... Eu apenas sabia que sentia meu coração se despedaçando. Dois anos e nada. Merlin, eu tinha contado para Ron que era apaixonado por ela. Que a amava e que queria conquista ela. E ele nunca me contou. Nunca disse que eles estavam juntos. Ele tinha me escutado falando horas e mais horas em como me sentia, e nunca tinha dito nada. Eu sabia que eu planejava contar como me sentia em relação a ela e mesmo assim, não disse nada. Senti o mundo girar.

— Harry... – ela disse tentando me tocar.

— Não me toque. – falei me afastando. – Você... Ele... Vocês...

— Harry, te juro, que íamos te contar. Apenas não era o momento certo.

— E quando seria o momento certo, Hermione? Quando nós formássemos? Quando fossem se casar? Quando entrasse em trabalho de parto quando seu primeiro filho fosse nascer? – perguntei olhando para ela. – Esquece. Esquece tudo o que eu te disse, esquece que eu disse alguma coisa. Esquece que algum dia fomos amigos. Esqueça que me conhece. Não é como se você se importasse, mesmo.

Passei por ela e sair pelo retrato da Mulher Gorda correndo enquanto ela me chamava. Sabia que estava quebrando as regras, mas mesmo assim, não liguei. Sair do castelo e passei a andar pelos jardins. Estava chovendo desse hoje à tarde. Até o treino de Quadribol foi em baixo de chuva. Assim que coloquei o pé do lado de fora começou a chover mais forte. Corri para o mais longe possível do castelo, queria sumi. Parei quando estava perto do lago negro e me deitei no chão sentido uma forte dor no peito. Sentindo como se meu coração estivesse se partindo em mil pedaços. Como se tudo dentro de mim estivesse morto. Como se toda a vida que ainda tinha, tinham sido arrancada de mim.

Fiquei algum tempo ali, tomando banho de chuva, esperando que ela lavasse toda a dor que eu estava sentindo. Quando finalmente decidi voltar para o dormitório já era duas da manhã. Passei pelo retrato da Mulher Gorda. Em outra situação, ela teria brigado comigo, mas acho que estava tão mal, que ela nada disse, apenas olhou para mim com os olhos tristes e abriu a passagem. Fui para o meu dormitório tentando segurar as lágrimas que teimavam em cair. Me joguei na cama e deixei as lágrimas descerem. Como eles puderam fazer isso comigo? Por que não me contaram? Ron... como ele pode? Ele sabia o que eu sentia, mas mesmo assim não falou nada. Fechei as cortinas e fiquei ali. Passei o resto da madrugada chorando até minhas lágrimas secarem. Quando amanheceu, escutei os meninos falando, mas não dei bola. Não liguei. Apenas continuei deitado.

— Harry? – escutei Ron me chamando. – Você não sai para a aula?

Me encolhi na cama. Senti uma raiva queimando dentro de mim, um sentimento de traição, mas nada disse.

— Acho que ele não está ai. – Simas falou. – Ele nunca dorme assim, e só fecha a cortina quando saiu do dormitório e está com a cama bagunçada.

— Verdade. – Ron disse. – Vamos descer, então.

Escutei eles saindo do quarto. Pensei em ir para as aulas, mas não queria vê-lo. Fiquei mais um tempo na cama, até que finalmente decidi me levantar. Sentia todo meu corpo doendo, me arrastei até o banheiro, tomei banho e coloquei uma roupa qualquer. Depois voltei para o quarto. Sequei o colchão que ainda estava molhado por te me deitado com as roupas encharcadas e arrumei a cama.

— Atchim. – espirei quando fui colocar comida para Edwiges. – Atchim.  Atchim.  Atchim.  Atchim.  Droga. – disse assoando o nariz.

Senti minha garganta queimando. Me sentei na minha cama. Ótimo, tinha mesmo que levar um fora, descobri que meus melhores amigos estão namorando pelas minhas costas a dois anos, tinha que gripar, agora só falta Voldemort aparecer para me dizer oi. Me joguei de costas na cama. Minha cabeça começou a doer. Não sei quanto tempo fiquei ali, olhando para cima, tossindo e sentindo o quarto rodar. Tossi tanto que vomitei. Depois de limpar tudo cheguei à conclusão que tinha que ir para a enfermaria. Me levantei e me arrastei para fora do dormitório. Nunca pensei que o Salão Comunal ficava tão longe da ala hospitalar.

— Senhor Potter, o que o senhor está fazendo aqui? Não deveria estar em aula? – Madame Pomfrey perguntou quando me viu.

— Eu... Não... Estou... – senti minhas pernas cederem e cai de joelhos no chão.

— Potter. – Madame Pomfrey me chamou vindo correndo até mim. – Me conte, o que aconteceu?

— Chuva, ontem, gripe. – sussurrei sentiu o mundo girar a minha volta.

— Tudo bem. Deite aqui. – ela disse me ajudando a deitar na cama.

Ela se afastou um pouco de mim e voltou com um pote na mão. Ela me entregou e me mandou beber enquanto me examinava. Assim que sentir a poção descer pela minha garganta senti que estava com sono e meus olhos começaram a pesar. Em pouco tempo estava dormindo.


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