Coletânea de Contos da Alma escrita por EliminatorVenom
Notas iniciais do capítulo
Olá pessoal, como vão?
O primeiro "capítulo"/história desta coletânea é uma coleção de três poemas: O Deus (Um poema criado por mim, pensado aleatoriamente enquanto eu estudava, levemente inspirado por Demonbane. A ideia se desenvolveu por alguns dias em minha cabeça, até eu escrevê-la), O Viajante (Ideia que pipocou na minha cabeça agorinha, inspirada por Avôhai) e Chuva ao Entardecer (Apareceu recentemente, uma semana atrás, acho).
Espero que gostem!
[O DEUS]
Água, terra, fogo;
Ar, luz e trevas;
Tudo é obra do deus;
O deus das lendas;
O deus da salvação;
Ao qual damos oferendas.
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Acima de toda a criação;
Um deus de aço observa;
No vácuo sem dimensões;
Onde até a luz parece lerda;
O que um deus faria em tal lugar?
Ora, ele apenas espera.
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Um deus de infinitas dimensões;
Rei de infinitos mundos;
Infinitas almas;
Unidas em um único grito mudo;
A lendária hoste;
Do criador de tudo.
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E ele espera o apocalipse;
Para travar a última batalha;
Contra o Fim;
Para derramar uma última lágrima;
Pelo assassinato deste mundo;
E pela destruição, ecoa o lamenta duma alma.
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Uma última luta;
Um último mundo;
Um último deus;
O universo de luto;
Pela morte do deus;
Pelo fim de tudo.
[CHUVA AO ENTARDECER]
O sol cruza os céus;
Sente-se o vento vindouro;
As gotas, que caem contínua e suavemente;
Ao caírem no chão, clamam um coro;
E na luminosidade do sol;
Elas se tingem em tons de ouro.
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Muitos vêem a chuva;
Como as lágrimas dos deuses;
E os trovões como lamentos;
Passam-se meses;
Antes de novamente se ver;
Um espetáculo destes.
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Os raios de sol tornam;
As nuvens chamejantes;
O brilho parece quase divino;
Atraindo o olhar dos cavaleiros andantes;
Dos ricos, dos pobres;
Dos homens fixos e dos viajantes.
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O céu se torna róseo;
Alaranjado, amarelado e avermelhado;
Um matiz de cores inesquecíveis;
De um entardecer iluminado;
Os olhos enchem-se de lágrimas;
Quando se lembram daquele brilho amado.
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Mas o sol deve continuar sua jornada;
E todos sabem que a beleza logo irá acabar;
A tarde se vai, as nuvens escurecem;
Mas todos sabem que a chuva irá continuar;
Um a despedida gélida do sol;
E uma antecipação lunar.
[O VIAJANTE]
Por longas estradas;
O viajante andarilho caminha;
Sua jornada é longa;
E se abastece com parafina, pólvora e linha;
Uma faca em seu cinto, e em seu ombro;
Descansa a sua carabina.
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Olheiras de cansaço;
Uma barba por aparar;
Mochila de couro;
Sem família por zelar;
O viajante sabe;
Que não pode parar.
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Suas cicatrizes recontam;
Todas as aventuras do andarilho;
Rios e cachoeiras foram atravessados;
Em pântanos dos quais saía como maltrapilho;
Um autêntico caçador;
Abatendo presas com um único tiro;
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O viajante vive;
Em uma eterna solidão;
Sentado á beira de sua fogueira;
E comendo um pedaço de pão;
Relembra de sua vida passada;
Com uma imensurável paixão.
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A melancolia o abate;
Mas a fogueira ele tem de apagar;
Afinal, ele sabe;
Que a viagem deve continuar;
Para fugir da melancolia;
Ele não pode parar.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
E aí, o que acharam?
Eu não me acho um bom poeta, mas eu pessoalmente gostei o suficiente desses poemas para publicá-los. Espero que sejam bons o suficiente para vocês também.
Os vejo no próximo capítulo.