Quase como Romeu e Julieta. escrita por Bee


Capítulo 1
Único.


Notas iniciais do capítulo

Ei amores, leitores conhecidos e novos possíveis leitores, aqui quem vos fala é a autora dessa crueldade, Bee. Eu queria falar um monte de baboseiras sobre como a inspiração surgiu, mas ela veio do nada, e eu só escrevi freneticamente (e esqueci meu namorado por alguns bons minutos) e saiu isso, então perdão.
Talvez um pouco da inspiração tenha vindo da minha conversa com a minha amiga Hermione (sim, Luísa, das nossas conversas malucas). Principalmente da nossa conversa de quando Ronald foi para Las Vegas e casou a Tiffany depois de encher a cara, pois é, e dormiu na casinha do cachorro. E sim tem "Batata, Ronald", porque eu amei isso.
Todas as nossas conversas um dia vão se tornar fanfics, eu prometo.

Então, chega de maluquice, e boa leitura se alguém ler.



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Rose tremia. Scorpius estava tão nervoso quanto ela. Todos sabiam do ódio que as famílias deles compartilhavam entre si. Ronald e Hermione, Rose sabia muito bem, odiavam o Malfoy mais do que qualquer coisa por conta do que ele fez ao mundo da magia. Além do fato do Malfoy até os dias atuais não aceitar completamente nascidos trouxas. E Draco não gostava dos Weasley por não fazerem parte do circulo social ao qual a família é apropriada.

E por isso foi um choque quando os filhos de famílias rivais deram uma de Romeu e Julieta e se apaixonaram perdidamente desde que se conheceram. Não que não houvessem sinais o suficiente para as duas famílias, Scorpius só sabia falar de sua amiga morena. Rose por sua vez não escondeu da mãe as fotos de seu melhor amigo. Hermione pediu que a filha não comentasse com o pai até que o momento oportuno chegasse.

E quando esse momento chegou foi horrível. Rose nas férias de verão de seu sexto ano havia saído com Albus e mais alguns colegas para tomar umas cervejas amanteigadas. E Scorpius decidiu leva-la até em casa depois mais tarde, e com uma certa resistência dela, a levou, e encontrou um Ronald totalmente exaltado, e de robe, na porta da casa com sua varinha em punho.

— Rose Jean Granger Weasley. – ele disse lentamente quando viu os olhos morenos da filha se arregalarem como nunca.

— Papai! – ela quase gritou alarmada – O que o senhor está fazendo aqui fora? Não deveria estar descansando? Amanhã você levanta cedo, não é mesmo?

— Quem é esse, Rose? – ele perguntou, sua voz próxima a um grito – Não precisa nem dizer. Cabelo loiro descolorido. Roupas pretas em um dia de calor. Cara de esnobe. Ele é o doninha Junior, não é Rose? Não havia te dito para não se aproximar desse.

— Perdão, senhor. Mas eu não sou parecido com o que você conhece do meu pai. Ele mudou bastante depois da guerra. – Scorpius falou calmamente, com sua voz metálica levemente arrastada – Eu sou muito amigo da sua filha, e espero que o senhor não tenha problemas com isso.

— Amigo da minha filha? Um doninha? – Ronald falou alto, alarmado, desesperado. Seu vizinho Harry havia saído para fora para ver o motivo de seu cunhado estar gritando. – Saia da minha vista, Malfoy. E nunca mais fale com a minha filha, ou eu vou te estuporar.

— Ronald, por favor. – Hermione também havia descido e agarrado o marido pelo braço. Harry veio ajuda-la e segurava o amigo que se debatia para ir atrás do pobre garoto.

— Desculpa. – Rose pediu alarmada e triste com o olhar que o amigo a lançou.

Scorpius somente deu de ombros e então aparatou dali. Ele não havia ficado triste com a amiga, mas não esperava ser tratado daquele jeito pelo pai dela. Mas sempre ouvira sua mãe contar das coisas que seu pai aprontou, e ele meio que entendeu o ruivo e seu ódio dos Malfoys.

— Papai, você acabou com a minha amizade com ele. – Rose gritou chorosa para o pai, e subiu correndo para seu quarto.

— Batata, Ronald, batata. – Hermione falou lentamente para o marido quando entrou novamente e subiu atrás da filha.

“Batata” era um código que o casal tinha. Sempre que Ronald agia como um idiota ou fazia uma besteira enorme, o que não era raro para ele, ela usava essa palavra. Mas essa palavra vinha se tornando uma palavra muito comum para os dois.

Não tinha sido tão diferente quando Rose havia ido a casa dos Malfoy alguns meses mais tarde, para o jantar de Natal, agora o relacionamento havia evoluído, eles eram um pouco mais que amigos e um pouco menos que namorados. Era o meio termo perigoso onde muitos relacionamentos implodem no que é chamado friendzone. E por isso era importante para Scorpius que tudo saísse perfeitamente como o planejado.

Ele apresentaria Rose para seus pais como uma amiga muito especial da escola. Sua mãe aceitaria fácil por saber dos sentimentos que ele nutre pela morena e seria cordial como um Greengrass é ensinado a ser. Seu pai demoraria a aceitar, mas logo iria perceber que Rose era uma pessoa incrível e inteligente, além de ser bonita.

Mas o universo não girou a favor de Scorpius naquela noite. Como sua mãe estava doente e de cama, ela não poderia controlar o marido como sempre fazia. E Draco Malfoy podia ser muito imprevisível naquele momento.

Rose estava adorável e era muito educada, conversava sobre os artefatos de arte e os quadros das gerações anteriores que agora estavam enfeitando a casa do pai de Scorpius. E falava perfeitamente como a dama que era. Mas seu pai não a olhava nos olhos, nem a dirigia uma palavra. Quando Rose estava pronta para ir embora, Scorpius respirou cansado, a noite havia sido um fracasso.

— Scorpius, você não vai oferecer nem uma bebida para sua amiga sangue ruim? – Draco falou cansadamente tomando um longo gole de uísque.

— Por Merlin, pai. Ela não é sangue-ruim. – Scorpius disse alarmado.

— Tudo bem, Scorpius. Eu só vou embora. Obrigada pela hospitalidade, Senhor Malfoy. Tchau, Scorpius. – Rose disse calçando suas luvas rapidamente e se dirigindo para fora dos portões da mansão.

— Não quer que eu vá com você? – Scorpius tentou, mas a garota deu de ombros e aparatou. – Pai, por que você disse isso? – ele ralhou com o pai.

— É força de um velho hábito, filho. Ela parece com a mãe dela, e sendo assim, não consegui evitar. – Draco disse como se aquilo fosse obvio.

— Qual o problema? Ela é minha amiga.

— Ela não pertence ao circulo social da nossa família, filho. Ela não é a Margo, ou a Katheryn. – disse o loiro levemente calvo sentado na sua poltrona preta. Margo Zabini, era a filha mais nova do melhor amigo de Draco, Blás, ele tinha então um filho, Rodrick. E Katheryn era a filha de Pansy.

— Mas eu não gosto de nenhuma delas, papai. – Scorpius brigou – Eu gosto da Rose, e pouco me importo com os círculos sociais, para mim que eles se explodam.

Rose não se assustou com a reação do pai de Scorpius. Ela sabia que velhas concepções não morriam. E esse era o maior problema entre os Capuleto-Weasley, e os Montecchio-Malfoy. Os dois lados tinham concepções pré-estabelecidas e imutáveis de outro. Rose desde que nasceu ouviu a história de como o jovem Malfoy torturava sua pobre mãe por ela ter nascido trouxa, e de como seu pai a defendeu certa vez e cuspiu lesmas por horas a fio.

Scorpius ouvia desde que nasceu que um Malfoy tem lugar pré-estabelecido na sociedade, mas que esse lugar aos poucos não está sendo respeitado. Seu pai tentou apagar a velha amargura depois de ter sido salvo por Harry Potter, mas havia um quê em sua postura que ainda o lembrava do velho Lucius Malfoy.

A situação piorou quando Rose foi apresentar seu namorado ao pai. Não que o problema fosse estritamente Scorpius ser um Malfoy. O maior problema para Ronald era o fato de Scorpius ser o namorado de sua pequena filha. Ela não deveria namorar, pelo menos não aos olhos de Ronald Bilius Weasley.

— Rose, o que esse garoto está fazendo na minha casa? – ele perguntou levantando os olhos do Profeta Diário, ele sempre lia a sessão de esportes, para ver se seu time estava saindo do fundo do poço finalmente. Aparentemente, esse era um passo complicado para eles.

— Papaizinho. – ela falou docemente se aproximando do pai – Lembra que eu falei que eu ia trazer meu namorado para o senhor conhecer? – ela falava afavelmente acariciando a cabeça de seu paizinho. – Então, eu e Scorpius estamos namorando. – o loiro sorriu forçadamente, ele sabia que o pior estava por vir naquele momento.

— Ronald, você estuporou o pobre garoto. Batata! – Hermione gritou desesperada ao ver o jovem Scorpius caído no chão da sala, ela havia saído do seu escritório quando ouviu o baque alto que deu na sala.

Rose chorava no corpo do namorado e ajudou sua mãe a levantar o garoto com um aceno de varinha e coloca-lo no sofá. – Mamãe, eu contei ao papai que eu estava namorando o Scorpius e ele estuporou ele. O papai estuporou meu namorado.

— Seu pai é um babaca e com certeza está arrependido. E se não estiver, mais tarde ele vai estar. – Hermione olhou para o marido.

— Não estou. Ele me olhou com um sorriso cínico, não gostei desse garoto. – Ronald voltou a ler seu jornal.

— Sinto muito pelo meu marido, Scorpius. – Hermione sorriu para o jovem a sua frente enquanto entregava uma bebida a ele, algo que o fizesse se recuperar da dor de cabeça. Ela logo se sentou no braço da poltrona do marido enquanto Rose se sentava ao lado do namorado e segurava a mão dele.

— Tudo bem, senhora Weasley. – Scorpius sorriu, aquele velho sorriso sedutor que usava com Rose. – A casa de vocês é adorável por dentro. Vejo que são grandes fãs do Chudley Cannons, eu adoro esse time, apesar de eles estarem meio para baixo. – Scorpius disse com um sorriso enorme.

— Isso é verdade, não é, Ronald? – Hermione tirou o jornal da frente do marido.

— É. – ele respondeu.

— Ronald é um grande fã dos CC. O quarto dele quando namorávamos era todo laranja por causa desse time, até hoje tenho arrepios. – Hermione contou divertida, e todos riram, exceto Ronald.

Não demorou muito tempo para o pai de Rose descobrir que na verdade Scorpius não era tão ruim quando ele achava. Mas Scorpius com certeza não era a pessoa mais querida por Ronald. Todos os momentos que estavam juntos, Ronald fingia que era um dos interrogatórios de seu trabalho e isso deixava o mais jovem preocupado e ansioso, o que sempre resultava em um confrontamento por conta do nervosismo.

Quando Rose voltou a casa dos Malfoy a situação não melhorou muito. Apesar das tentativas constantes de Astória, que era um doce de mulher, Draco não interagia com a namorada do seu filho. E quando interagia ele sempre dizia algo rude.

— Seus pais trabalham no que? – Astória perguntou animadamente, ela gostava dos pais de Rose, eles tinham um bom relacionamento no Ministério. Ela sabia no que ambos trabalhavam, mas queria que Draco conversasse.

— Minha mãe trabalha no Departamento de Execução das Leis da Magia, e meu pai é Auror. – Rose respondeu sorridente para sua sogra.

— Trabalhos incríveis, não é, Drac?

— É? Sempre achei que o brutamontes do Ronald ia trabalhar com algo assim. Vivia apontando a varinha e ameaçando meio mundo. – Draco revirou os olhos, e Scorpius encarou a mãe desesperado.

— Não ligue para o Draco, Rose querida, ele é meio antiquado como quase tudo nessa casa.

— Exceto pela senhora, Senhora Malfoy. – Rose sorriu simpática e completamente conquistadora para a mulher adorável a sua frente.

— Que garota adorável.

— O que você acha dos trouxas, garota? – Draco perguntou sem qualquer emoção na voz.

— Eu gosto, metade da minha família é trouxa, não tem como eu ignorar esse fato. – Rose respondeu sem pensar duas vezes.

— Você também é simpatizante dos trouxas, Scorpius?

— Claro, papai. Assim como a mamãe me ensinou.

— Draco, se atualize, não estamos mais em 1900. – Astória disse séria para ele.

Rose acabou indo embora alguns minutos mais tarde, Scorpius continuou alarmado pela maneira que seu pai agia, aquilo era inaceitável.

E chegamos ao inicio dessa narrativa. Rose tremia. Scorpius estava tão nervoso quanto ela. Eles iriam noivar naquela noite, e seria o primeiro momento de muitos em que os Capuleto-Weasley e os Montecchio-Malfoy estariam juntos em um mesmo ambiente desde que a guerra havia acabado.

E não eram só os pais de Scorpius Montecchio que estariam lá, mas também seu avô preconceituoso, mas muito amado, Lucius. E não eram apenas os pais de Rose Capuleto que ali estaria confraternizando naquele momento de felicidade, mas também o avô dela trouxa, além do avô que apoiava os trouxas.

O circo estava montado. E era hora do show.

Eles observaram a família de Rose em um lado do salão e a pequena parcela da família e amigos de Scorpius agrupados em um canto afastado. Scorpius pediu a atenção de todos como um galante mestre de cerimonio do circo. E tentava chamar a atenção de todos para a mágica que ocorreria a seguir.

Rose falou docemente para sua plateia que eles estavam noivando, um alerta geral. E então ela tremeu mais ainda ao ver o olhar de seu pai. Scorpius não aguentou de medo ao ver o rosto de seu pai se contorcer.

— Você vai casar com ela, Scorpius? – Draco vociferou do meio da plateia, o que era para ser um jantar calmo se tornou em um verdadeiro picadeiro de circo naquele momento.

— Qual o problema da minha filhinha casa com seu filho, Doninha? – Ronald gritou para o loiro, mas então percebendo o que disse gritou para a filha – Rose Weasley, quem te deu permissão para casar com esse moleque doninha Junior?

Lucius Malfoy ficou chocado e ajudou o filho na discussão. E como era de se esperar, logo o que era para ser uma comemoração familiar se tornou numa briga desesperada. Rose havia desistido, ela se sentou na sua cadeira, e deu de ombros. Scorpius percebeu que não tinha muito o que fazer e se sentou também.

— Bom, acho que temos que nos acostumar, as festas de família serão assim. – Scorpius sorriu para a sua noiva, e então eles brindaram com um copo de água, apenas observando a discussão que se estendia ao redor.

— Ao que parece é isso que acontece quando nós não morremos no final, Romeu.


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Notas finais do capítulo

E AI, ALGUÉM LEU? ALGUÉM LEU E GOSTOU? ALGUÉM LEU E ODIOU? EU ACEITO CRITICAS CONSTRUTIVAS, NEGATIVAS E ATÉ NEUTRAS. ACEITO TUDO, contanto que vocês comentem, gracinhas.
Me contem o que acharam, por favor, I beg you please. Comentem, é fácil e barato e deixa alguém sorrindo boba. Verdade, vocês não vem meu sorriso quando eu leio comentários.

Ah, e antes de vocês partirem na jornada atrás do anel que unirá essas duas famílias, dêem uma passada na minha fanfic (LONGA) Last Breath, é legal, melosa, e chorosa, e Lily e Hugo. Aqui o link: https://fanfiction.com.br/historia/669535/Last_Breath/. I beg you please, don't forget the review. Eu to cantando Adele, sorry for that, agora comente.

Beijo grande com sabor de sonho de valsa, amor (Ginny) Bee.



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