One-Shots: Imaginação Assassina escrita por Gustavo Ganark


Capítulo 1
Imaginação Assassina: A Origem


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem desse conto de terror. Boa leitura.



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Meu nome é Lord e eu me tornei um assassino. Eu odeio todos que me torturaram e finalmente consegui uma maneira de matar um por um. Eu sinto o poder percorrendo as minhas veias. Eu sinto o ar batendo nas árvores. A vibração do universo também me vibra. Eu vou assassinar todos.

Parte 1: O Poder da Imaginação

Eu estava em casa, em um belo dia normal de uma pessoa que sofria maus tratos na escola. Mesmo eu falando para os meus pais o que acontecia na escola, eles não queriam me tirar por ser um colégio de difícil acesso, onde apenas ficam os melhores.

Balela! Tinha um grupinho de seis pessoas que me faziam odiar esse fator: Fernanda, Valéria, Gustavo, Jack, Renata e Diogo. Esse grupinho sempre me pegava no final do recreio e me pediam o que eu tinha comprado, já que eu conseguia comprar apenas quando não tinha mais ninguém na fila. Se eu não tivesse nada, a pancadaria comia solta... em mim.

Eu desci as escadas de casa com a mochila nas costas. Era um dia de aula normal e previsível. Segunda-feira. Aulas de matemática, física e educação física. Eu era um aluno bom em quesito nota e comportamento dentro da sala de aula, mesmo querendo matar alguns professores que não sabiam ensinar direito.

Tomei o café de forma bem rápida, eu estava um pouco atrasado, já que no sábado eu acordava tarde, dormia tarde e prejudicava consequentemente a minha noite de domingo—segunda.

Minha mãe e eu montamos no carro e fomos direto para escola. Ela aproveitou e me perguntou mais sobre os alunos que me faziam mal. Já que aquilo não ia virar porra nenhuma, eu soltei um “deixa quieto’’.

O carro estava na rodovia, a qual a gente deveria percorrer todo santo dia de aula. Depois de vinte minutos já estava na frente da escola. Minha mãe me deixou e me beijou, desejando-me uma boa aula.

Eu reparei aquele bando de gente retardada conversando com outras pessoas. Para que isso? Se quer conversar chama em uma rede social e não na escola. Lá a única relação deveria ser professor—aluno.

Entrei no portão e PUFT! Levei uma rasteira. Era Fernanda, uma gorda imensa de cabelo preto maria Chiquinha e de vestido branco com listras vermelhas. Uma ogra:

— Já preparou o seu dinheiro para a gente comer no recreio, pivete? – perguntou Fernanda.

Eu olhei para ela e ignorei. A tia do portão chegou e me levantou, dando uma bronca naquele burucutu. Eu agradeci ela e lhe dei um abraço. Fazia o falso para poder ser salvo mais vezes, mas mesmo assim ela nem estava por perto quando eu apanhava.

Todos entraram na sala de aula e me deu uma vontade imensa de ir no banheiro. Chegando lá, estavam Jack e Diogo. Os dois meninos mais fortes e famosos da escola, mas, para mim, dois nojentos covardes que só sabiam me esperar no banheiro para eu levar a maior surra da vida. E foi dito e feito: foi a pior surra da minha vida. Cheguei a cuspir sangue no espelho e ter o joelho todo ralado. Meu cabelo estava todo para cima e eles zombaram de mim.

Eu deveria estar mais preparado para a surra. Como um vírus que sempre presente em um corpo vivo faz ele criar anticorpos. E eu não tinha criado ainda, porque aquilo tudo doeu.

Eu olhei para os olhos verdes de Jack e desejei a sua morte, mas antes disso eu senti uma coisa em meu corpo, uma fúria em forma de algo que eu nunca senti antes. Eu apenas pisquei e o pescoço de Jack começou a inchar. Diogo, preocupado, começou a chacoalhar o amigo. E eu assistindo aquela cena interessante de camarote.

Jack saiu para fora do banheiro e eu continuei lá dentro, rindo sozinho de uma forma demoníaca. Resultado do teatro: deu merda para o Jack. O pescoço dele inchou, inchou e explodiu, manchando o pátio com um sangue bem vermelhinho e ralé.

De dentro do banheiro escutei a gritaria toda. Era a primeira vez que eu tinha usado o poder da minha imaginação.

Parte 2: Escola Interditada

Depois do “acidente” de Jack, a escola fechou as portas por uma semana.

Eu já estava em casa, na frente do computador, vendo aquelas filmagens da câmera da escola viajar em todos os sites de jornalismo do país. Eu comecei a girar pela cadeira, planejando a morte de cada um dos vilões da história.

Eu tinha planejado fazer com que os outros cinco membros restantes daquele grupinho chorocoxô fossem à escola, mesmo ela estando interditada. Era uma boa hora para eu testar o poder da minha imaginação. Às vezes eu ter imaginado a morte de Jack, que tinha me batido, e ele realmente ter morrido seria apenas uma coincidência.

Tranquei a porta do meu quarto e preparei todo um ritual. Nada satânico, não. Peguei um lençol branco e estendi no chão. Se realmente a minha imaginação tivesse tal poder, de eu poder criar ou forjar algo que eu quisesse, ali apareceria o celular do Jack.

A luz começou a piscar e no centro do lençol o celular apareceu, com inúmeras mensagens de luto. Como se ele fosse ler. Idiotice. Peguei o aparelho e mandei uma mensagem no grupinho que eles tinham, passando-me por um parente dele que queria fazer uma homenagem na escola. Todos, burros como são, nem questionaram nada. Já marcaram de imediato um horário e que por sinal foi muito fácil de orquestrar planejamentos: meia-noite.

Nem liguei para a tolice alheia. Confirmei o ato e com o lençol estendido eu consegui fazer aparecer uma enorme faca serrada, uma corda e uma pistola com doze balas. Eu me vingaria de todos naquela mesma noite. De todos os cinco.

Sai de casa de fininho, já estava no horário da falsa homenagem. Com minha mochila nas costas e a minha máscara totalmente branca com apenas furo nos olhos, eu consegui sair de casa sem alertar os meus pais e minha irmã.

Eu olhei o horizonte e vi um problema: como chegar na escola?

Fechei os olhos, me concentrei e quando eu os abri, já estava na sala da diretora. Que... foda! Eu podia fazer o que eu quisesse! Seria muito fácil bater palma e estourar todos os retardados que logo estariam ali, mas eu não vi graça nenhuma. Eles não sofreriam e era isso que eu queria ver: sofrimento.

Parte 3: Primeira Vítima da Noite

Na sala da diretora existiam um painel de vigilância, onde existiam inúmeros monitores. Isso me permitia ver vários pontos daquele colégio imenso ao mesmo tempo – maravilha para os meus planos.

Não demorou muito para que os imbecis chegassem. Eu tinha mandado na mensagem que o portão não estava aberto, pois o guarda perdeu a chave. E por minha sorte, o guarda estava de folga então não tinha ninguém no colégio. Para vocês terem uma noção, eles pularam o muro. Só de eu fazer isso, no papel deles, já imaginaria algo errado.

Eu olhei aquela gorda tomando toda a câmera. Sorri de uma maneira calmante e estalei os dedos, iniciando a brincadeira. Quando todos estavam dentro do colégio, eu tranquei todas as portas com o meu pensamento. Era só eu imaginar e pronto.

— Está trancado, aqui! – gritou Valéria, a loira bonita da turma. – Quem fez isso? Quem trancou?

Fui eu, sua louca.

Uma vez essa Valéria me iludiu, falando que queria me encontrar na saída. Eu, inocente, fui na dela e quando cheguei lá fui banhado por fezes de vaca. Além disso, um vídeo dessa cena percorreu toda a escola. Foi um desastre. Por sorte as pessoas esqueceram aquilo em uma semana, já que um vídeo pornográfico da mesma percorreu a escola e repercutiu nas mídias das outras escolas dos arredores.

Eles estavam perdidos. Não tinha ninguém nos corredores além deles, então se separaram, facilitando o meu trabalho. Peguei a minha faca serrada e fui atrás da minha primeira vítima: Valéria.

Ela estava perambulando no refeitório enquanto eu estava debaixo de uma mesa, esperando por um momento certo para iniciar um ataque furtivo. Ela se sentou, cansada, e pegou o celular na mão. Eu fiz o vídeo de eu sendo sujado de bosta reproduzir no celular dela. Ela estranhou aquilo aparecer do nada, mas começou a dar uma risada que me irritou profundamente.

Eu olhei a minha faca e pensei comigo: “É agora!’’

Saí de baixo da mesa e fui atrás dela. Segurei a boca dela para ela não gritar e com a faca serrada comecei a perfurar suas costas. O banheiro estava ali perto, então entrei levei ela lá dentro e ao mesmo tempo não parava de esfaqueá-la.

Eu joguei ela no chão, ainda estava viva, mas se rastejando. Eu tirei a minha máscara e mostrei para ela quem eu realmente era. Sem acreditar, ela entrou em um dos boxes ali dentro e trancou. Eu dei uma risada para mim mesmo e eu fiz a porta desaparecer. Ela gritou, mas eu fiz o som não ecoar, ficando apenas ali dentro daquele banheiro. Eu apontei para o cabelo dela e... sumiu. Estava carequinha. Assustada, ela tentou me golpear com um tapa, mas eu dei um passo para trás e vi ela caindo, sem forças.

Eu pensei em judiar mais, só que não deu tempo. A fossa de sangue sinalizou sua morte.

Parte 4: Silêncio

Gustavo estava andando normalmente com sua lanterna. Eu tinha apagado as luzes após matar Valéria. Ele estava procurando pelos outros, mas o que achou foi um aviso na parede, escrito “Chegou a minha vez”. Ele estranhou e quando olhou para trás, eu apareci, fazendo um sinal de silencio com a mão. Mirei a pistola para o rosto dele e apontei para a sala da diretora. Quando ele entrou lá, eu tranquei a porta novamente e com minha força imaginária consegui o imobilizar e o prender na cadeira. Agora ele vigiaria a morte de todos os seus colegas, afinal, foi ele quem deu a ideia de fazer todas as falcatruas contra minha pessoa. Amarrei a corda na boca dele. Não queria ouvir um piu.

Coloquei na imagem de Valéria morta, de barriga para baixo sobre seu próprio sangue e com os furos nas costas. Ele ficou assustado, de imediato, e tentou se safar da cadeira, mas ele estava algemado, amarrado com fita isolante e amordaçado com corda. Não tinha escapatória.

Peguei uma cadeira e sentei ao seu lado. Peguei o seu celular e tirei fotos dele mesmo naquela situação toda e mandei para todos os alunos do colégio, que sempre perguntavam a mesma coisa: “Que brincadeira é essa? ”

Naquele momento eu comecei a gargalhar e dei um soco bem forte no rosto de Gustavo, fazendo um corte embaixo do olho. Depois eu analisei as câmeras e decidi quem seria o próximo.

Parte 5: Piscina de Sangue

Fernanda, a gorda, estava na ala de natação. Estava mexendo naquela água toda com os pés banhados de banha. A única luz que tinha ali era as da piscina, dentro dela.

Eu estava perto da porta que dava acesso à essa ala. Abri bem devagar e vi que Fernanda estava de costas. Entrei, tranquei e sentei em uma cadeira que estava há uns dez metros de distância. Eu estava vendo a imensa brincar com seu habitat natural.

Eu tive uma ideia genial e ela foi bem fácil de ser executada. Fiz com que a água da piscina se tornasse sangue e partes dos corpos de Valéria e Jack aparecessem ali, todos separados um dos outros.

Valéria gritou de medo e pavor. Suas pernas estavam sujas de sangue e ela tentou com todo aquele peso correr dali, mas eu apareci bem em sua frente. Foi apenas um empurrãozinho para a baleia entrar no mar de sangue, na piscina.

Ela tentou nadar, mas era a pior aluna de natação, então a coincidência do local e da vítima foi quem a matou. Ela engoliu tanto sangue que o seu corpo rejeitou e ela afundou sangue à baixo vomitando tudo o que tinha comido.

E o melhor de tudo? Gustavo estava assistindo tudo, chorando de desespero.

Parte 6: Como Bola de Basquete

Para a sorte de Renata e Diogo, ambos se encontraram e questionaram onde estariam os outros, já que a escola estava muito silenciosa. Foi aí que eu apareci.

Os dois me olharam e se perguntaram: “Quem está usando essa máscara? Era Gustavo querendo nos assustar? ”

A minha resposta foi tirar a máscara e sorrir para os dois. Eles ficaram aliviados, já que achavam que poderiam me bater ali. Também, ficaram se perguntando quem tinha me chamado para aquela suposta homenagem.

— Fernanda e Valéria estão mortos. Se vocês quiserem ver se isso realmente é verdade, vão à piscina. Estão todos dentro da mesma, desmembrados, inclusive Jack.

Os dois riram da minha cara, mas eu dei meia volta e entrei em uma sala de aula qualquer. Curiosos para saber o que alguém estava tramando, foram até a piscina e se depararam com a mesma cena de Fernanda.

Diogo e Renata gritaram de medo e a garota vomitou ali mesmo. Diogo era mais forte. E quem apareceu ali para mostrar quem tinha feito tudo aquilo? Eu mesmo.

Furioso e com sede de justiça, Diogo pegou um banco que tinha ali e arremessou contra a mim. Quando o banco ia me acertar, troquei de lugar com Renata. Resumindo, antes de me atingir ela apareceu no meu lugar e foi atingida, desmaiando.

Diogo começou a tremer de nervosismo e saiu correndo. Eu fiquei ali, parado, olhando Renata e deixando Diogo correr. Eu sabia que ela não estava morta, mas não queria matar ela naquele momento.

Fui atrás de Diogo, que ficou escondido no salão de esportes atrás do suporte de bolas de basquete. Aí que me veio a ideia. Ele foi levitado por mim e quando eu achei que ele estava bem certinho em cima da cesta de basquete, comecei a subir e descer ele, tentando o encestar.

Era nítido que ele não entraria tão fácil, então aumentei a intensidade das “jogadas” e eu via cortes sendo feitos em seu corpo. Quando ele conseguiu entrar, escutei seus ossos sendo quebrados de longe. Fiquei feliz.

Parte 7: Final

Renata acordou e viu que eu não estava por perto, então tentou ligar para a polícia, mas não conseguiu. A bateria de seu celular estava esgotada.

Amedrontada, ela saiu correndo pelos corredores e viu o brilho das telas do painel de vigilância iluminando a sala da direção, então ela entrou e se deparou com Gustavo, que estava preso. Rapidamente ela conseguiu o soltar, mas eu cheguei a tempo:

— Vocês dois são os últimos. Querem uma morte lenta ou rápida? – eu perguntei, apontando a arma para os dois.

— Vai se ferrar, seu maldito! – gritou Renata, quebrando uma cadeira em minhas costas. A mesma onde Gustavo estava preso.

Mesmo com todo o meu poder de imaginação, eu tinha um corpo fraco, então eu desmaiei naquele momento. Oportunidade para eles me matarem, mas preferiram desbloquear os portões usando o painel e fugir da escola.

Depois de uma hora eu acordei com a sirene da polícia. Eu deveria sair dali o mais rápido possível, mas a dor nas minhas costas era tão grande que eu mal conseguia andar direito. Então eu me imaginei deitado em minha cama, em casa. Assim aconteceu. Quando os policiais arrombaram a porta da direção eu já não estava mais lá, muito menos as gravações feitas pelas câmeras.


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Notas finais do capítulo

Gostou? Comente e recomende para outras pessoas. Muito obrigado. Ganark.



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