Meu nome é Emma Swan, tenho 23 anos, apaixonada por fotos e música, prazer.

Há certo tempo as coisas não andam como o planejado. Nada anda como o planejado. Nem mesmo o planejado. Confuso? Bem vindo à minha vida.

Eu sou estudante de artes em uma das melhores universidades do país, Colorado College.

Passei minha infância aqui com meus pais, antes de tudo virar uma bagunça com o divórcio vulgo meu pior pesadelo. Para uma garotinha de 5 anos que sempre recebeu amor, carinho e todo aquele excesso de coisas que uma criança ganha dos pais de primeira viagem, de uma hora pra outra, sua mãe vem e diz: "Querida, o papai vai ter que se mudar por um tempo, ok?" Ok! Nós vamos juntos mesmo, nos sempre vamos né? Né?! Errado! Dessa vez não fomos juntos, aliás, quem não foi junto foi minha mãe.

Meu pai e eu nos mudamos para Seattle e lá passei o resto da minha infância e adolescência. Quando cheguei aos 17 decidi voltar. Minha mãe fazia falta. O primeiros anos foram os piores da minha vida. Eu não entendia o que estava acontecendo, só entendia que minha mãe não estava mais ali, preparando meu café da manhã ou até mesmo me dando bronca, nada! Meu pai me contou que mamãe tinha encontrado um "novo amor" e resolveu ser feliz com ele, mas e eu? Ela não podia ser feliz, comigo, meu pai e seu novo amor? Inocência é a coisa mais bonita em uma criança, ah como é.

Enfim, voltei.

Mamãe me acolheu como toda boa mãe, exceto pela parte do boa. Não reclamo pelo divórcio, reclamo por mim. Ela foi uma mãe ausente. Acho que não doeria ela sair um pouco do lado desse cara e ir me visitar, poxa, foram 12 anos!

Quando cheguei me deparei com um garotinho, sentando de pernas cruzadas no tapete da sala me encarando.

— Henry, conheça Emma, sua irmã. - Mamãe o chamou sorrindo, com um aceno de mão. O garoto chegou quieto, cabeça baixa.

— Eai garoto. - Estiquei minha mão para ele e nada. Esperei até que ele batesse, foram os 10 segundos mais longos que já vivi.

Me acomodei na casa.

Archie era até que um cara legal, bom ouvinte, deve ser por isso que minha mãe se casou com ele, ela não para de falar e ele não para de ouvir.

Aos meus 18 resolvi que sairia de lá, precisava do meu espaço, aquela casa estava cheia demais.

Aluguei um pequeno apartamento com o dinheiro que tinha em um trabalho na lanchonete da avó de uma amiga minha, Ruby.

Ruby era uma garota rebelde e aventureira, cheia de amigos, inclusive, foi ela quem me apresentou todos que tenho até hoje, entre eles: Killian, Mary e Jefferson. Killian, o gay. Mary, a futura professora. Jefferson, o chapeleiro - Demos esse apelido pelo seu sonho em ser estilista. Todos tinham uma profissão definida, menos eu. Não, a profissão de Killian não era "gay", ele apenas não tinha uma profissão pelo fato se ser bancado pelos pais.

Conheci Ruby em uma festa que foi dada pela filha de uma empresária riquíssima, Regina Mills era seu nome. Forte, né? Cora Mills era a dona da Mills Empire, uma empresa multinacional de modelos, também conhecida por estar sempre nos sites de fofoca, a maior parte delas causada por Zelena e Belle, filhas de Cora que sempre saiam pegando alguém por aí e acabavam parando em tais. Nunca ouvi falar dessa tal Regina, entrei na festa porque a porta estava aberta e nem rosto da mulher eu conhecia ou seja, se a visse nem um autógrafo eu teria.

Ruby chegou até mim bêbada e me puxou pra dançar, fui de bom grado. Quando voltamos até a mesa lá estavam os amigos dela, preocupados em não deixa - lá sair sozinha por antecedentes nada bons.

— Meu nome é Swan, Emma Swan. - Estiquei a mão para Killian.

— Adorei seu nome, patinha - Sorriu - Sou Killian Jones, mas pode me chamar de Rainha.

— Não liga pra ele, ele não sabe disfarçar o gay. - Um rapaz me falou revirando os olhos e rindo em seguida, o acompanhei na risada.

— Meu amor eu não quero disfarçar que eu sou gay, eu quero é que todo mundo saiba. - Killian falou quase gritando em seu tom mais afeminado possível.

— Meu nome é Jefferson Page. - Acenei rindo. - Essa é Mary Margaret White. - Apresentou uma garota de cabeça baixa, vestida com trajes casuais que ajeitou seus óculos ao subir o olhar para mim.

Conversamos um pouco mais enquanto observávamos Ruby completamente bêbada, esparramada na cadeira.

— Emma, foi bom te conhecer mas preciso levar essa louca pra casa. Nos vemos mais tarde? - Jefferson me disse já colando Ruby em seus braços.

— Claro. - Ri com a forma desengonçada que mantinha ela em pé.

— Até mais, patinha - Killian passou por mim rebolando e Mary sumiu a frente como um risco.

A partir desse dia nos tornamos grandes amigos e eles me ajudaram nas dificuldades da minha vida, que não foram poucas.