Heróis escrita por Thomaz Moreira


Capítulo 2
II - Os Patriotas


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas, sim começou, oficialmente esse é o primeiro capítulo! Espero que gostem. E por favor comentem ^^ Casou não tenham entendido algo ou até mesmo para me corrigir, podem comentar :) Obrigado pela atenção



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19 de Março de 2019

Black Lake

Andrew assiste a um programa de televisão. Está muito bem acomodado, sentado num sofá enquanto devora alguns pedaços de pizza.

Tirou a camiseta de seu uniforme que tem um “P” no peito um pouco grande dando destaque na cor amarela. A cor principal da camiseta é um azul nem tão escuro. Há também uma faixa na vertical, pegando do peito direito, junto ao “P”, até a cintura. Joga a camiseta no chão já completamente confortado.

Na televisão, ele assiste uma entrevista. Uma daquelas no estilo “Talk Show”, muito bem humorada. Uma apresentadora entrevista Wander. Um dos mais populares Patriotas. E Andrew assiste tudo enquanto come mais alguns pedaços.

         Wander é um garoto muito humorado e sarcástico. Possui olhos azuis, pele clara, cabelos escuros, curtos e bem penteados. Seu sorriso é conquistador. Ele usa uma camiseta semelhante a de Andrew, com uma jaqueta de couro por cima. Suas calças são pretas e bem confortáveis com alguns bolsos. Sua máscara cobre apenas os seus olhos de forma horizontal. Ele encara de bom humor todas as perguntas feitas pela entrevistadora Marley.

— Então Wander, aqui vem uma. Você pode nos dizer como é viver com cada Patriota? — Ela pergunta, deixando os convidados do seu programa curiosos.

         Sem muito pensar, ele leva tudo na esportiva. E aceita.

— Claro.

— Bom, vamos começar com o mais antigo de todos. ExoHand. O que você pode nos dizer sobre ele? — Ela pergunta se aproximando um pouco mais do garoto.

— Okay, vamos lá. — Ele pensa no que falar. — ExoHand... ele é legal. Tem o seu jeito misterioso e brutal as vezes. O ruim de conviver com ele, é que quando ele está de mau humor, ou seja sempre, ele vai ser grosso com todo mundo. — Ele ri. — Antes de entrar para a equipe, ele era um vigilante bastante conhecido na cidade de Black Lake. O homem que usa uma armadura de exoesqueleto e armas de fogo para combater os seus inimigos. Ele era tipo o morcego, só que ele matava. Agora, mudou sua política, junto com todos nós.

— Interessante. — Ela ri junto com a plateia. — A próxima, é a Viper. O que você pode dizer sobre ela?

— Viper, o que dizer sobre aquela mulher ruiva que eu nem amo? — Pergunta retoricamente com um fundo de sarcasmo. — Ela é bem misteriosa. No estilo “Eu faço parte da equipe, mas não se metam nas minhas coisas.” Eu acho os poderes dela bem legais. Ela pode controlar animais, mas nunca faz isso. Viper sempre achou isso errado. Ela, prefere convencer os animais a lutarem ao seu favor apenas conversando com eles. — Faz uma pausa. — Não sei se é pelo fato dela ser degeneradora, ou não, mas os olhos verdes dela são muito atraentes. Com certeza a mulher mais bonita do grupo. Mas também é a única. — Novamente brinca. — O ruim, é que ninguém lá pode comer carne quando ela estiver por perto. Não preciso explicar o porquê, não é? Mas ela usa uma jaqueta de couro, que por mais que não seja couro de verdade, eu ainda acho hipócrita. Mas está bem. Estilo é estilo...

— Faz sentido. Viper, adotou esse método de protetora de animais. Se tornando também um símbolo de luta para os veganos.

— É, ela é bem chatinha às vezes. — Ele cochicha.

         Todos ali riem, admirando o garoto.

— Sobre Firefall? O que podemos saber sobre aquele homem musculoso e bastante poderoso? Como eu amo aquele corte de cabelo militar e olhos castanhos. — Ela se exalta.

         Wander olha para a entrevistadora com um olhar de desconfiado. E um pouco de nojo.

— Nossa. — Ele fica sem palavras e um pouco envergonhado. — Está bem, né? — Ele se recupera. — Pois é, aquele cara é meio estranho. Ele é legal. Mas foi bizarro o jeito que ele conseguiu ativar os seus poderes. Até uma certa idade, ele não sabia que era degenerador. Foi depois que ele foi raptado e sofreu alguns experimentos, que os seus poderes foram liberados. Ele banca o certinho do grupo. E também como todos já sabem aqui. Foi por várias vezes capa de revistas famosas como, o homem mais sexy do mundo. O que eu acho bizarro, mas está bem. Ele pode controlar o fogo, como o nome já sugere. Mas ele também possui uma espada que quando entra em contato com suas mãos, ela começa a se alimentar da energia do fogo gerada pelo corpo dele. Se tornando assim uma espada de fogo muito mais poderosa do que uma comum. Difícil de entender, não é? Nem eu tenho paciência para entender. Quando ele tenta me explicar, eu mando ele calar a boca.

         As pessoas riem novamente.

— Esse aqui é um caso misterioso. Seu nome é The Dubstep Guy. — Nesse momento, Andrew pira quando escuta esse nome.

         Começa a gritar para toda a casa chamando sua mãe. A mesma desce as escadas correndo pensando ser algo urgente. Está carregando consigo uma camiseta dos Patriotas de Andrew, uma agulha e uma linha de costura.

— O que foi?! — Ela pergunta desesperada.

— Eles estão falando de mim! Olha lá! — Ele aponta para a televisão.

         Wander parece estar elogiando Dubstep Guy. Falando da amizade entre os dois. Mas logo começa a fazer algumas piadas.

— Ele está mais para estagiário do que membro mesmo, sabe? — Wander ri. — Mas falando sério, ele é uma grande ajuda. Mesmo, nunca estando conosco e servindo como reforços.

         Nesse momento, Andrew pira começando a comemorar pelos elogios. Sua mãe olha tudo aquilo remexendo os olhos. Volta a subir as escadas ignorando tudo aquilo.

— E quanto a você? — Pergunta a entrevistadora.

— Bem, acho que vocês me conhecem já. Eu sou uma alienígena. Vim de um planeta chamado Wikilawa, cujo nome é mais bizarro do que o próprio povo. Eu estou pagando um castigo, a sentença é ter uma vida humana. E vocês sabem... — Ele enrola.

— E por que você recebeu esse castigo? — Ela pergunta.

— Digamos que eu fiz algumas coisinhas em outros planetas, que os povos não gostaram muito...

▲▲▲

        É tarde. Um homem corre entre os becos molhados de um dos bairros mais perigosos da cidade de Black Lake. Usa um boné, uma camiseta regata branca um pouco suja. Uma calça jeans azul e um par de sapatos um pouco rasgados de cor marrom.

        O homem carrega consigo uma bolsa não pertencente a ele. A bolsa é de uma mulher que teria sido covardemente assaltada alguns minutos atrás.

        Ele está tentando despistar os policiais que estão na cola dele. Mas consegue ouvir os passos na água dos policias correndo e procurando por ele.

        Uma situação muito tensa para aquele homem. Ele chega no fim do beco. Não possui saída, e é pouco largo para fazer qualquer volta. Ele sente que os policiais já estão por perto. Então saca sua arma apontando para a frente, apenas esperando por um tira surgir.

        Ele vê a silhueta dos primeiros policias surgindo. São oito ao todo. Estão todos armados e agora que também avistaram o bandido andam devagar para não assustar o mesmo.

— Você sabe que não precisa acabar assim... — Diz um dos policiais puxando algemas de sua cintura.

— Cala a boca, todos vocês! Ou eu atiro!

        No muro atrás do bandido que cobre a saída alguém parece estar sentado como um gato esperando pela presa. O muro, por mais que esteja muito acabado, ainda é bastante alto. Tendo mais de dois metros de altura. E o bandido, nem os policiais conseguiram perceber que alguém estava ali.

— Você não vai atirar não. — Diz uma voz feminina vinda do alto do muro.

        O bandido olha para o alto muito assustado e tremendo as mãos. Sua respiração tremula deixa nítido que ele está sem preparo algum.

— Você, desperdiçou 5 tiros apenas assustando aquela mulher lá atrás para pegar a bolsa dela. O que foi bastante burro e chamou atenção dos policias e de mim. Caso não tenha percebido, são 8 policiais e eu, Viper. Mesmo que você tenha mais sete balas, o que eu duvido muito, ainda vão sobrar 2 de nós. Tenho certeza que essas balas não são de clitorium, então. Quando você terminar aí, vai acordar num hospital com todos os seus braços quebrados e sem memória alguma do que aconteceu.

        O reflexo da luz do sol bate na mulher. Mostrando como ela é. Usa uma jaqueta preta de couro sintético fechada com um único zíper e sem bolsos. Sua calça também é de couro sintético, fazendo jus ao título de protetora de animais. Usa máscaras que cobre seus olhos e nariz também de cor preta.

        Antes que o bandido pudesse pensar em algo para fugir. Viper dá uma pirueta no ar parando na frente do mesmo. Assustando até os policiais, que aliviados por ter uma Patriota atrás do bandido também, se sentem mais a vontade.

— Francamente, por que vocês ainda tentam? — Ela exclama. — Por que ainda existem bandidos. Hoje nós temos: Policias, marinha, exército, Os Patriotas e até a Liga da Justiça, mas ainda sim tem gente que pensa que ser bandido em tempos como esse é lucrativo.

        Viper usa sua flexibilidade para acertar um chute muito bem dado no rosto do bandido distraído e com medo. A arma que ele antes segurava, agora cai no chão. Facilitando o trabalho dos policiais.

        Ela deixa o local usando técnicas de Parkour para escalar o muro e subir entre os prédios.

— Acho que você vem com a gente agora... — Um dos policiais se aproxima do bandido com as algemas prontas para prendê-lo.

— Esses vigilantes e heróis realmente facilitaram o nosso trabalho... — Comenta um dos policiais.

▲▲▲

        É o último ano escolar de Arthur. Tudo estaria acontecendo rápido demais. Faltava apenas um mês para acabar as aulas. O baile já estava marcado. E ele não teria conseguido nenhuma acompanhante.

        Alguns anos atrás ele revelou para algumas pessoas o seu maior segredo. Revelou para Wander que ele é um degenerador capaz de controlar o gelo. Tudo isso aconteceu por causa de uma invasão na escola que acabou resultando na morte de algumas crianças. Para se defender Arthur decidiu usar os seus poderes. Ele mostrou para a única pessoa que ele considerava seu amigo as habilidades que ele possui.

        Mas ainda sim guarda em segredo para ninguém saber, Ele tem medo de como os outros podem reagir com tudo isso. Ele já é mal visto pelas outras pessoas pelo simples fato de ter uma mãe prostituta e um pai bêbado. Ele não tem nojo de sua mãe, mas tem medo do que as outras pessoas possam falar caso descubram que ele é um degenerador. Várias pessoas já sabem que sua mãe é uma prostituta, e a maioria delas zombaram do garoto por isso.

        Controlar o gelo não é a única habilidade do garoto. Sua beleza é outro dom que veio com ele. É incrivelmente bonito. Possui cabelos loiros e penteado social um pouco parecido com militar. Olhos extremamente azuis e uma pele branca. A maioria das garotas da escola dele, já sentiram alguma coisa pelo garoto. Algumas já até chegaram a falar com ele. Mas ele sempre recusou coisas por medo.

        Por várias vezes ele já tentou se matar. Nunca se viu encaixado na sociedade e sempre se isolou do mundo. Ele sente como se algo muito grande fosse o destino dele, mas esse algo nunca chega.

        Todos os sábados Wander vai até a casa dele para os dois treinarem um pouco de luta. Wander usa sua identidade secreta como Roby, para que os outros não encham o saco dos dois. É o único momento em que Arthur pode realmente se abrir para alguém.

        No último sábado, Roby e Arthur treinaram normalmente debaixo de uma grande árvore num lugar afastado de todo mundo, apenas com natureza. Após o longo treino, Arthur sentiu que precisava contar um segredo para Wander. Mas acabou desistindo, deixando curioso o alienígena.

        E na última noite, ele teve um sonho estranho. No sonho ele estava vendo duas pessoas, um menino e uma menina. Ele não conseguia enxergar a aparência dos dois. Mas conseguia ouvir a voz deles que diziam:

“Arthur, você precisa nos procurar. Nós precisamos de você...”

▲▲▲

20 de Março

Brasil, Nova Esperança.

Sede dos seguidores do Khallium

        Numa sala num dos últimos andares do prédio mais protegido do Brasil. Um homem está em frente a um enorme servidor. O mesmo está prestes a ser ligado.

        O homem que possui uma tatuagem no pescoço e é careca aperta no botão para ligar o mesmo. E manda uma mensagem de voz para o seu líder.

— Senhor, o servidor está ligado.

— Ótimo... — Responde uma voz máscula do outro lado da linha.


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Notas finais do capítulo

E então pessoas? O que acharam? Espero que tenham gostado. Esse capítulo foi mais para apresentar os personagens. Tanto que a parte da entrevista foi feita justamente para isso. Comentem por favor, isso me ajuda demais. Qualquer dúvida, sugestão ou correção. Pode me chamar ^^ Obrigado e tenham um bom dia :)



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