P.O.V. Isabel.

Manon me faz prisioneira desde criança. Ele usa meus dons para prever o resultado de batalhas e curar os seus soldados.

Vi minha chance de escapar e a agarrei. O General do exército do Rei Manon sempre fica me rondando.

Fingi estar dormindo.

—Acordei você?

Fiz que não com a cabeça.

—Sempre está acordada quando eu a vigio.

—Você nunca entrou aqui antes.

—Meu irmão jamais permitiria.

—Porque não?

—Ele a quer só pra ele.

—Eu não tenho medo de Manon.

—Nem mesmo de mim?

Neguei com a cabeça. Eu sabia o que ele estava planejando.

—Linda Princesa, você nunca mais será trancada nesta cela imunda.

—O que ele quer de mim?

—O seu coração.

Eu enfiei o prego nele e sai correndo, trancando a cela com ele dentro.

—Guardas! Guardas!

Tentei libertar Greta.

—Greta.

Mas, ela havia se tornado uma velha.

—Fuja. Fuja Princesa.

E foi o que eu fiz. Eu corri pelo Castelo até chegar ao pátio, tentei passar sem ser detectada, mas não deu certo.

—Está ali!

—Peguem-na!

—Prendam-na!

Dois passarinhos me mostraram a saída e como eu estava desesperada eu fui.

Tive que caminhar por aqueles túneis cheios de detritos, com a água batendo na cintura. Então cheguei ao lugar em que o esgoto desaguava no mar e sem ter muita escolha... pulei. Não sei quanto tempo eu nadei, mas estava sem fôlego quando finalmente consegui chegar ás pedras.

P.O.V. Amun.

Ela havia escapado. Desgraçada.

—Tragam-na de volta pra mim!

P.O.V. Isabel.

O mesmo casal de passarinhos me indicou o caminho até a praia onde um lindo garanhão branco me esperava.

Ele gentilmente permitiu que eu montasse e saiu cavalgando pela praia, passei pelo vilarejo e o lugar estava abandonado.  A miséria, a fome e a doença estavam devastando tudo.

Logo os soldados de Manon estavam em meu encalço, na entrada da Floresta negra o cavalo ficou atolado. Tentei ajudar o pobre animal, mas não pude fazer muita coisa. Os soldados se aproximavam.

—Sinto muito.

Eu disse e então corri para dentro da Floresta.

Quando eles finalmente me encontraram eu estava em um estado deplorável.

—Vós sois a Princesa Isabel?

—Depende de quem pergunta.

—Sua mãe a Rainha Renesmee, nos mandou a sua procura. Por favor.

Então eu vi a minha mãe saindo de dentre ás árvores.

—Isabel!

—Mamãe. A senhora não mudou, não envelheceu nada.

Ela me abraçou. Me cobriu com um cobertor preto.

—Vamos dar o fora daqui. Esse lugar não é bom.

Fomos caminhando até a divisa da floresta negra, tivemos que enfrentar um trol para podermos passar pela ponte e chegar á Wintterfell.

—Ta frio.

—Aqui parece que neva o tempo todo.

Eu pude finalmente me banhar, ter uma boa noite de sono. Foi tão reconfortante.

—Assim que estiver disposta podemos ir para casa. Vou mandar uma mensagem ao seu pai dizendo que finalmente a encontramos.

P.O.V. Elijah.

Acabo de receber uma mensagem da minha esposa. Depois de todos esses anos finalmente encontramos a nossa filha.

—E então?

—Ela a encontrou Niklaus. Isabel está viva e vindo pra casa.