As lendas de heróis sagrados escrita por MrSakamaki


Capítulo 2
A crise de Elyos


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal!!
Postando o capítulo número 2 da fanfic!
Como prometido toda sexta-feira terão novos capítulos
eu agradeço as 22 visualizações que tem até o momento e obrigado à todos!!



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Já se passavam das onze da noite, em um pequeno vilarejo, distante do centro de Arquimídia, quase todos já haviam adormecido, mas haviam aqueles que preferiam a noite para sair.

Um pequeno grupo de cinco jovens garotos caminhavam pelas ruas com intuito de se divertirem de algum modo.

— Vamos até a montanhas para observar o céu noturno. - sugeriu um deles.

— Boa ideia, vamos até lá! - concordou outro.

Os cinco seguiram para a região afastada do vilarejo, para perto das altas montanhas de Arquimídia, porém o que não sabiam é que estavam sendo observados o tempo todo, por alguém morrendo de sede pelos seus sangues quentes e apetitosos.

Assim que chegaram em seu destino pararam para observar o céu. E em poucos segundos um deles estava caído no chão com sua cabeça separada do corpo.

— O que é isso?! - um falou apavorado.

— Hans?! - outro perguntou para o amigo já morto. - O que foi isso? - e foi a última pergunta que fez em sua vida, pois o sangue que vinha do esôfago já escorria pela boca.

Logo outros dois também já transbordavam de sangue. A última vítima estava caída no chão olhando tudo sem entender, perplexa, atormentada. E pôde observar o assassino parado, iluminado pelo prateado da Lua, bem na sua frente.

Era um homem que aparentava seus dezoito anos, no auge de sua força, beleza e juventude. A luz da noite reforçava mais sua pele pálida e sua aparência apática de cabelo preto e olhos azuis, apenas o fitava sem expressão no rosto.

— Por… - já nem conseguia falar de tanto medo. - Por que fez isso? - perguntou aos prantos em meio suas lágrimas.

— Porque sinto sede. - dito isso o assassino fincou a ponta de sua espada, que era uma espécie de katana chamada Muramasa, no peito do jovem que gritou de dor. - Ele acordou, preciso me alimentar.

— Q-Quem é você? - quase já sem forças para qualquer coisa, ciente de sua morte certa, foi a última coisa que disse.

— Eu sou… Uno. - por fim terminou seu trabalho, manchando o pé da montanha com o sangue da tristeza e do desespero de suas vítimas.

Distante dali, na Dimensão Mágica em Elyos, lar dos Asmodianos, na nobre mansão dos Von Crimson River, onde se encontrava uma das nobres de Elyos, Rey.

— O que quer dizer com ele foi liberto e não sobrou sequer um soldado vivo? - perguntou brava. - Haviam soldados de Rank A na prisão. Eram milhares, como isso aconteceu? - estava impaciente pelo incidente na Ponte Infernal.

Rey é uma asmodiana. Também pertence a uma das famílias mais nobres e prestigiadas das Tribos Demoníacas, os Von Crimson River. Sofisticada e culta, herdou as poderosas habilidades mágicas de sua família e as desenvolveu de forma incrível, ganhando grande controle sobre a gravidade. Além disso, desenvolveu um poder bastante especial, sendo capaz de invocar outras criaturas das trevas para lhe obedecer. Sempre protegida por seu mordomo James, que atende a todas as suas vontades, é uma garota esnobe e convencida, muito elogiada por seu povo graças ao seu domínio sobre a magia.

— Senhorita eu… - antes de terminar a frase James foi interrompido.

— Exijo falar com o Ministro da Guerra! - gritou a garota enfurecida. - Como ele permite que algo assim aconteça?!

— Como eu dizia, Senhorita o Ministro da Guerra também foi morto. - explicou o mordomo.

— O que?! - reagiu perplexa.

— Não só ele e os soldados como todo o prédio ministerial foi destruído, e todos os Asmodianos presentes foram dizimados. - concluiu.

— Quem teria semelhante poder? - sentou em uma das cadeiras da sala de jantar pensativa.

— E além disso, também fui informado que foi o próprio Ministro que libertou o prisioneiro. - acrescentou James.

— Isso é impossível! - bateu forte contra a mesa. - Ele era um servo de confiança! E também por que ele mesmo libertaria aquele monstro pessoalmente sabendo que iria morrer? - perguntou-se enquanto tomava um gole de sua bebida em uma taça servida por James. - Não faz sentido. Se foi ele mesmo quem fez isso estava sendo controlado, ou foi pressionado. Seja como for, alguém bem maior está por trás disso, e esse alguém quis dar uma imagem de traição de meus homens, mas isso já está totalmente descartado. Temos dois grandes problemas agora, James.

— E quais são Senhorita? - indagou.

— O primeiro é que precisamos descobrir o mais rápido possível quem poderia ser tão insano de querer Sieghart livre e porquê. E são duas as opções de resposta. A primeira, algum humano idiota que de alguma forma suja invadiu minha segurança. A segunda, a família Terr pode estar relacionada à isso, o que nos leva ao segundo problema. Com uma notícia dessas, o clã dos Terr terão várias justificativas para que eu não seja a soberana de Elyos, e que Veigas seja colocado em meu lugar. É algo que não pode ocorrer em hipótese alguma! - esbravejou quebrando a taça com seus punhos.

— A Senhorita tem toda razão. Mas o que pretende fazer? - começou a recolher os pedaços de vidros espalhados pela mesa.

— Chame a tecnomaga. - ordenou.

— Sim minha senhora. - James saiu da sala em busca do cumprimento de sua ordem.

Após alguns minutos de espera, o fiel mordomo e a tecnomaga, de pele branca, olhos heterocrômicos, e de uma expressão que não exibia nenhum sentimento, apenas frieza, entraram na sala de jantar.

— Aqui está a senhora Onette, Senhorita. - apresentou James.

A senhora Onette na verdade era Mari Ming Onette. Uma misteriosa sobrevivente da terra de Calnat, que desapareceu misteriosamente após uma explosão, Mari perdeu a memória, porém tem um grande conhecimento de combinar tecnologia avançada com magia. Não é capaz de revelar seus pensamentos para as pessoas ao seu redor já que ela ficou sozinha por tanto tempo. Mas para aqueles por quem ela estiver interessada ou aqueles que ela gostar, ela indiretamente mostra seus sentimentos agindo discretamente e sendo gentil. Ela normalmente não fala muito e parece que ela está presa em seus pensamentos, mas ela conversa quando se trata de uma coisa que ela gosta. Quando ela gosta de algo, ela não consegue se livrar disso por um bom tempo. Encontrada por Rey que achou suas habilidades útil em seu poderio e a fez parte de sua equipe oferecendo em troca uma biblioteca mágica asmodiana de conhecimento quase ilimitado.

— O que deseja? - perguntou indiferente olhando para jovem nobre.

— Acredito que já saiba do recente escândalo que houve na Ponte Infernal. - falou após tomar outro gole de sua bebida. - Preciso do Android imediatamente para destruir o fugitivo. - ordenou.

— Não será possível. Ele já possui vida, mas não está pronto para um adversário como esse. - explicou. - Ainda não foi testado em uma batalha real.

— James, pegue a arma.

— Sim, Senhorita. - o mordomo se dirigiu para fora da sala e voltou com uma grande espada verde em mãos que ressoava uma enorme energia. - Aqui está. - deu nas mãos de Mari.

— Isso é… - disse Mari um pouco surpresa.

— A espada demoníaca Grandark. - Rey concluiu a frase. - Sua criação parece extremamente forte pelo que observei. Se Grandark aceitar ele como seu dono será extremamente poderoso e útil nas forças militares dos Von Crimson River. - disse sorrindo. - Quando a espada o possuir poderá enfrentar diversos inimigos poderosos.

— Pois bem. Farei como deseja. E mais uma coisa. - disse Mari.

— Diga.

— Quero permissão para provocar uma batalha real no mundo dos humanos para um último teste. - pediu.

— Permissão concedida. Então darei uma missão a você. Vá a Terra de Prata, encontre uma garota de cabelos rosas chama Amy Plie. É uma pirralha que está ganhando cada vez mais fama e agora anunciou que irá banir o mal que os Asmodianos podem causar em sua terra. - a nobre falava com um ódio aparente. - Não a mate, traga-a como refém, assim mostrarei o poder dos Asmodianos aos humanos. Se foram eles que libertaram Sieghart, iniciarei uma guerra e irei exterminar toda a raça humana do Universo, logo será óbvio que sou a mais indicada a ser a soberana de Elyos. - terminou com uma risada soberba e confiante.

— Você quer mandar um Android atrás de Sieghart?! Me dê a permissão imediatamente para ir até o mundo dos humanos e destruí-lo. Fui eu quem o selei naquele lugar! - entrava de repente um Asmodiano furioso após a saída de Mari.

— Como ousa entrar e falar assim com a Senhorita seu moleque?! - James foi irritado até ele. - Senhor Burning Canyon, peça desculpas agora!

— Silêncio James! - respondeu ele irritado.

— Qual motivo da agitação Dio? Eu irei dar uma chance a minha nova criação, Zero Zephyrum. - disse Rey convencida de seu projeto.

— Você está brincando?! - resmungou. - Estamos falando de Sieghart! Aquele homem é extremamente poderoso. É imortal, entende isso? Tive que torturá-lo durante meses para poder usar os selos. Vinte selos se selamento da alma dos mais poderosos de Elyos para mantê-lo totalmente inconsciente! Como quer que os Terr percam dessa maneira?

— Dio mantenha a calma! - foi a vez dela de gritar. - Tenho certeza que a energia dele aumentou após 5 anos, mas com o Android portando a Grandark podemos mudar isso, assim seu trabalho será mais fácil. - explicou mais paciente. - Não posso arriscar nenhuma falha. Não temos conhecimento de quem é nosso inimigo, se por algum acaso você morresse, estaria tudo acabado para nós, e os Terr dominariam Elyos para sempre.

— Tsc… E o que pretende fazer? - perguntou vendo que não havia saída.

— Tentar fazer com que o inimigo se revele a nós. Se for mesmo um humano, quando começar o massacre da raça ele irá aparecer.

— E se for um humano que não se importe com isso? Ou o clã dos Terr? - indagou. - Vai estar colaborando com o inimigo. - o argumento fez com que Rey ficasse pensativa.

— Então nesse caso por hora vamos apenas acompanhar os passos de Sieghart em silêncio. - sugeriu um pouco receosa. - Espero que Cazeaje não esteja relacionado a isso. Porque está desempenhando um grande papel mantendo os idiotas do Reino de Canaban ocupados, é melhor que não saibam de nada. - agora falava preocupada.

— Quais são as ordens? - perguntou Dio ansioso.

— Saiba a localização de Sieghart, pela quantidade de energia que está emanando não será difícil encontrá-lo considerando o ódio que está sentindo pelos humanos. - a nobre começava a rir debochada. - Humanos tolos, o culparam pela destruição de Calnat enquanto lutava contra você, quando fui eu mesma a responsável por incendiar tudo com a Esfera Flamejante e ficar com a sobrevivente para ser nossa serva.

— Você é muito má. - sorriu Dio. - É isso que me atrai em mulheres.

— Pare com essa atitude desrespeitosa para com a Senhorita! - advertiu James.

— James silêncio. - ordenou Rey.

— Se Cazeaje tiver mesmo traído você? Como devo agir?

— Mate. - sorriu novamente.

— Tudo bem. Estou partindo imediatamente.

E assim Dio saiu da mansão. Dio é um habitante da Dimensão Mágica de Elyos, desconhecida por quase todos os humanos, dominada por criaturas demoníacas e energias arcanas. Membro da raça conhecida como Asmodiana, seu povo é dividido entre várias Tribos Demoníacas que disputam o poder. Seu comportamento pode parecer rude e egoísta, ou até mesmo um pouco selvagem para algumas pessoas, mas deve se levar em conta que é muito difícil compreendê-lo se usados os valores humanos como base de comparação, já que a moral e os atos da sua raça são bem diferentes.

Sendo melhor amigo de infância de Rey se tornou seu soldado mais poderoso, sendo nomeado o Príncipe das Trevas, uma patente militar criada somente para ele em vista da admiração de Rey por ele.

— Senhorita. O chefe dos Terr, Veigas, convocou uma reunião de urgência imediata. - informou James.

— Como esperado. Bem vamos lá ver se foi ele quer libertou o imortal. - disse se levantando e indo em direção ao local da reunião.

Pelo continente de Ellia tudo era devastado pela fúria incontrolável de Sieghart. Estava fazendo um grande massacre de pessoas inocentes provocando incômodo no governante local que enviou soldados para convocá-lo a seu castelo.

Aceitando o pedido após saber de quem se tratava, Sieghart entra na sala do trono e fica frente a frente com um rapaz um pouco mais baixo que ele, parecia ter 16 anos e estava com uma vestimenta nobre e uma longa capa branca nas costas, sentado em seu trono sorrindo para o indomável.

— Olá Sieghart! - pronunciou-se. - Vejo que despertou.

— Cazeaje. - adivinhou Sieg. - O que quer?

— Primeiro que se vista melhor. - disse Cazeaje, a rainha das trevas, que se tornou um espírto maligno. - Tome isso. - visto que Sieghart vestia apenas uma vestimenta branca simples como a de antigos gregos, o rei lhe entregou uma vestimenta negra e uma capa também negra.

— Hm. - nada mais disse, apenas se vestiu.

— E isso também. - o rei falou entregando a espada que outrora pertencia ao guerreiro.

— Depois de todos esses benefícios, o que vai querer? - perguntou sarcástico.

— Que indelicado de sua parte pensar assim de mim. - levantou-se de seu trono e chegou próximo ao rapaz. - Você quer destruir Canaban não é?

— Claro. - respondeu frio.

— Eu já comecei a devastá-los, mas sua ajuda será bem vinda.

— Então foi você que me tirou da prisão?

— Não. Posso garantir. Saio poucas vezes do palácio. O hospedeiro está me rejeitando ultimamente. - explicou.

— De quem é o corpo? - perguntava Sieg curioso.

— Um mestiço de humano com a raça dos haros. Se chama Lass. Desde criança eu o encontrei e o seduzi para que pudesse se tornar meu hospedeiro, mas ele era resistente demais. Eu o queria por ter uma alma poderosa, então destruí toda sua família e ele cedeu a minha presença.

— Compreendo. - disse olhando por uma das grandes janelas.

— Estou fraco para combater agora, não posso permitir que Canaban me descubra. Estão fazendo missões de recrutas pelo que soube de meu informante. - sentou-se novamente em seu trono. - não faço ideia de quem teria despertado você, os asmodianos devem ter entrado em pânico.

— Pretendo acabar com eles também. - acrescentou.

— Apenas chame atenção do povo de Canaban. Isso fará com que entrem em pânico já que uma de suas melhores equipes se encontra fora do reino, meu espião irá neutralizar todos e então minhas tropas invadirão o reino e tomarei o controle. - sorriu confiante.

— Faça como quiser, só irei retribuir o favor pela espada e as roupas não ache que serei seu aliado. - disse saindo da sala do trono.

— Já não acho mesmo, tolo! - o rei riu confiante. - O príncipe das trevas vai adorar saber que encontrei Sieghart. Com a energia que está usando nem vai notar que a espada está com um encantamento que vai sugar todo seu espírito de luta.

No continente de Vermécia nas imensas florestas que haviam por lá, nosso grupo de heróis estava a procura de novos guerreiros como ordenado. Para evitas desavenças entre Ronan e Elesis, foi designado que a Capitã Edel, uma Rank A de Canaban, os acompanhasse.

Todos caminhavam tranquilos em sua jornada, quando de repente sentiram suas pernas perderem os movimentos, exceto a capitã.

— O que significa isso? - disse Elesis sem força.

— Ryan! - Edel chamou, e um druída surgiu de trás das árvores.

— Sim. - respondeu ele cabisbaixo.

— Elimine os quatro com seu poderoso machado e eu não farei mal a seu povo. - ordenou friamente.

— Como quiser. - então Ryan levantou seu machado para começar os assassinatos.

 

Continua….


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Notas finais do capítulo

Então o que acharam?! Espero que tenham gostado.
Favoritem, comentem, isso ajuda muito



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