Never Let Me Go, Peter II escrita por Barbs


Capítulo 1
Tia May


Notas iniciais do capítulo

Capítulo um! Espero que gostem!



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Maya apertava a mão de Peter firmemente. Ele percebeu, mas não quis falar nada sobre o ocorrido, sabia que a namorada estava nervosa e por não saber muito bem como agir naquela situação constrangedora resolveu ficar quieto ao invés de dar apoio e suporte, mas também estava nervoso.

Ela vestia uma calça de cintura alta preta – o que, na opinião do jovem Peter a deixava bem mais elegante e bem vestida que o normal – um salto alto e uma blusa de cetim. Estava parecendo mais velha do que era, mas queria apenas parecer apresentável para a tia do rapaz, uma tia que ele considerava uma mãe. Ela arrumou o cabelo ruivo e a franja de lado enquanto Peter a fitava esperando a confirmação de Maya para poder tocar a campainha de sua própria casa. Foram ordens de sua Tia May.

Ele mantinha suas mãos no bolso da calça azul marinho jeans, seu cabelo estava bagunçado do mesmo modo de sempre e ele estava com um casaco preto – novo – que teve que usar por pressão de Tia May, que acabou cedendo depois de fazerem um acordo sobre usar o terno, ou alguma roupa com aquela jaqueta. A resposta era bem óbvia: ele não escolheu o terno. Não porque não gostava de usar terno...

Ele apenas odiava.

Não achava que ficava bem de terno e tinha medo de Maya gargalhar de si com o terno e até mesmo sair correndo para fora de sua casa após vê-lo de terno e gravata como o agente Coulson. Balançou a cabeça mandando embora os pensamentos negativos porque ela já estava junto dele e não tinha sequer rido.

— O que está esperando? – ela perguntou com um pequeno sorriso no rosto.

— Han... – ele coçou a nuca – nada – riu em seguida – está pronta?

Ela balançou a cabeça sorrindo para ele.

— Tudo bem – ele virou de frente para a porta tocando a campainha.

O sonoro ding dong ecoou pela casa e rapidamente a maçaneta da porta se abriu. Peter se assustou um pouco, mas tentou parecer tranquilo. Sabia que sua tia estava esperando o casal perto da porta. Deu um fraco sorriso segurando a risada fitando o chão, porém, sem prestar atenção alguma na direção em que estava olhando. Sua tia abriu a porta e deu um sorriso enorme olhando para o sobrinho e em seguida para a namorada dele.

— Olá! – ela disse simpática olhando para Maya – sou May, a tia do Peter.

— Olá Tia May – ela disse soltando a mão do namorado – sou Maya.

Tia May abraçou Maya com um sorriso e olhou o sobrinho por cima do ombro da garota. Assim que se soltaram ela abraçou Peter dizendo que os dois deveriam entrar antes que o jantar esfriasse.

Desde que Peter e Maya começaram a namorar, depois de assumirem o que sentiam um pelo o outro, era a primeira vez que Maya conhecia a Tia de Peter que ele tanto falava. Peter também falava bastante de Maya com Tia May, falava bem de uma para a outra na esperança – e em oração – de se darem bem. Mas ele sabia que tudo daria certo, não tinha como sua Tia May não gostar de Maya e de Maya não gostar de sua Tia May.

Ele fechou a porta.

Tia May estava parada perto da mesa e Peter apenas a fitou surpreso. Nunca tinha visto tanta comida junta naquela mesa em algum outro dia que não fosse ação de graças. Estendeu a mão para Maya se sentar ao seu lado e puxou a cadeira para a garota mostrando – e esbanjando – seu cavalheirismo para Tia May. Ela sorriu como se estivesse dizendo “isso mesmo, Peter”.

A comida já estava servida e parecia quente, o silêncio pairava sobre a mesa enquanto o barulho dos garfos tilintando de leve no prato de porcelana branca preenchia todo o som na casa de Peter. Sua tia resolveu puxar algum assunto antes que Maya fosse embora para casa sem nem saber quem realmente era a tia de Peter.

— Então, Maya – tia May sorriu sem mostrar os dentes e segurando o garfo na mão direita – o que você faz?

— Han... – ela gaguejou pensando em algo – estudo apenas.

— Ah, mas você já está na faculdade, certo?

Peter engoliu seu pedaço de carneiro lentamente de tão seca que sua garganta havia ficado. Pedia mentalmente para que a Tia não começasse com as perguntas que afastavam qualquer pessoa de sua casa e até mesmo dele.

— Sim – ela respondeu dando um fraco sorriso.

— E você faz faculdade de que? – tia May perguntou colocando um pedaço de carne na boca.

— Medicina – ela respondeu impulsivamente.

Peter parou com o garfo na mão a fitando um tanto assustado, a única coisa que passava por sua cabeça era: “Medicina? De onde você tirou isso?”.

— Oh, que interessante! – ela sorriu – você e Peter se conheceram onde?

— Quando levei Harry para o hospital – Peter respondeu pela garota engolindo um pouco da comida – ela estava lá e então... Chamei ela para sair.

— Estava em um estágio – ela completou sorrindo.

Tia May apenas sorriu assentindo em silêncio e todos voltaram a comer, o celular de Maya chamou e ela pediu licença saindo rapidamente para o banheiro, fechou a porta rapidamente atendendo a ligação da S.H.I.E.L.D.

— Tia May, sei o que a senhora está fazendo – Peter sussurrou sentado á mesa.

— Não estou fazendo nada, querido – ela sorriu tranquila – apenas quero saber mais sobre ela.

— Ela é ótima! – ele disse – isso não é tudo?

— Quantos anos ela tem?

— Vinte – ele respondeu – por quê?

— Porque ela parece mais velha – tia May deu de ombros mastigando um bom pedaço de carne – mas, tudo bem, ela será médica, então – deu de ombros em seguida.

— Então o que? – Peter perguntou após engolir uma garfada.

— Ela pode cuidar de mim quando for para a cama – tia May riu.

— Não fala bobeira, tia May – Peter disse pegando seu copo de suco – ela é legal, não é?

— Você sabe... Ela é sua namorada e vou te apoiar.

— Mas...? – Peter induziu-a a concluir a frase.

— Mas nada, Peter – ela disse sorrindo – coma.

Peter ficou em silêncio enquanto degustava sua comida. Maya voltou do banheiro pedindo desculpas e falando que tinha um caso urgente para atender.

— Sou estagiária, sabem como é – ela riu sem graça – precisam de mim o tempo todo, porque estão ocupados demais com suas futilidades ou preguiça.

— Ah, que pena, querida – tia May se lamentou – mas vá, é seu trabalho!

Peter ficou de pé engolindo o último pedaço de carne que iria mastigar – Te levo até a esquina.

— May, foi um prazer te conhecer – Maya disse indo até ela – obrigada pelo jantar, estava delicioso.

— Espero que possa aproveitar mais da próxima vez.

Maya sorriu balançando a cabeça, acenou para a senhora simpática que ficava sozinha à mesa saboreando sua comida. Peter abiu a porta para Maya e a acompanhou até a esquina, sabia que não era algo de algum hospital, provavelmente era a S.H.I.E.L.D. ou algo realmente importante da vida de Maya, mas como ela não tinha família, a primeira hipótese ainda conseguia ser maior.

Foram caminhando em silêncio até a esquina, Peter com as mãos no bolso da calça jeans e Maya apenas fitando o chão de braços cruzados na altura dos seios. Não sabia muito bem o que dizer, sabia que tinha sido um desastre, que tinha mentido para a tia dele, mas não podia simplesmente dizer que era uma agente secreta da S.H.I.E.L.D., não fazia sentido nenhum, além da tia de Peter achar que ela era extremamente perigosa para ele, já que não sabia nada sobre os poderes de Peter.

— Desculpa...

— Medicina...?

Os dois falaram juntos, Peter fez a pergunta e automaticamente, sem sequer saber, Maya a respondeu.

— Não veio nada mais em minha mente.

Ele deu um fraco sorriso, o que parecia mais uma careta.

— Não podia simplesmente dizer que sou uma agente ultrassecreta da S.H.I.E.L.D.

— Tudo bem – ele segurou a mão direita de Maya entrelaçando os dedos – você fez certo.

Ela sorriu lhe dando um fraco selinho.

— Não era uma ligação do seu hospital, era? – ele perguntou rindo.

— Não – ela riu em seguida – era Fury, ele disse que não estava conseguindo entrar em contato com você, e expliquei que está sem celular.

— Não especificou, não é?

— Não – ela balançou a cabeça negativamente – não contei que seu celular caiu no rio enquanto lutava com um vilão.

Ele coçou a nuca com a outra mão – Obrigado.

— Não precisa me agradecer – ela sorria – ele disse que tem uma ameaça no centro de Nova York, que vai precisar de nós dois porque somos os únicos agentes disponíveis no momento.

— Não estávamos disponíveis – ele revirou os olhos bufando.

— Tentei falar isso com Fury, mas ele não quis nem escutar.

— Sei como ele é – Peter disse – tudo bem... Tenho que voltar para casa, dentro de uma hora te vejo na S.H.I.E.L.D.

— Tudo bem – ela sorriu.

— Vem aqui.

Ele então a beijou, foi um beijo demorado e em sincronia, com direito a arrepios e sorrisos entre o beijo. Estavam completamente apaixonados.


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Notas finais do capítulo

E então, curtiram? Espero que continuem gostando, acompanhando e que comentem!! Beijão!



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