Wanheda Scream escrita por Leonardo Franco


Capítulo 9
Cativeiro


Notas iniciais do capítulo

Antes de tudo, feliz aniversário Gi! ♥
Desculpem a demora, amo vocês



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/682620/chapter/9

Brenda entrou no hospital em meio a dezenas de pessoas que tentavam desesperadamente sair, e por um momento ela achou que seria pisoteada. Quando finalmente o fluxo de pessoas diminuiu, ela pegou seu celular e começou a enviar mensagens para Geovanna, mas logo parou, quando a encontrou correndo em sua direção.

— O que é que está rolando aqui? – Brenda perguntou. – Esse povo ficou doido, foi?

— A detetive Sandy foi assassinada aqui no hospital, louca, esqueceu? Para de falar merda.

— Eita Geovanna, que grosseria!

— Sim, vai se fuder, e a polícia acredita que o assassino ainda está aqui dentro!

— Eita Geovanna vezes dois!

— Para, por favor. A polícia foi embora, mas a Giovanna quer todos os envolvidos na recepção, agora – Geovanna disse, e saiu andando, sem esperar por Brenda, que ficou observando ela ir por alguns segundos, enquanto ela ia rebolando pelo corredor vazio.

Brenda olhou para trás, para a entrada principal do hospital, que agora já estava deserta, e um calafrio percorreu seu corpo. Ela sabia que ia dar merda, mas entrou mesmo assim. Ela viu Geovanna entrar em uma sala no final do corredor, então ela a seguiu. Lá estavam MP, Alan, Glayson, Yury, Giovanna, a enfermeira Loany e Max, com seu filho.

— Alguém seria capaz de me explicar – começou Brenda, assim que entrou na sala – O que demônios vocês ainda estão fazendo aqui??? Se o assassino daquela detetive continua no hospital, esse seria o último lugar que deveríamos estar agora!

— Não, nós devemos ficar aqui e encontrá-lo – Giovanna falou.

— Você nem parece ser da polícia, parece mais uma sonsa burra – disse Geovanna, apoiando Brenda.

— Olha, vocês podem ir se quiserem, mas eu vou ficar aqui – Giovanna retrucou, sentando-se em uma cadeira. Brenda foi até Max.

— Max, vai pra casa. Você não deveria ficar aqui depois do que aconteceu. – Brenda olhou para o bebê, e sentiu uma pontada de tristeza ao lembrar de Ste.

— Tudo bem... Esse lugar já está me dando pânico, de qualquer modo – ele falou, dirigindo-se a saída. Brenda sentiu-se melhor no momento em que ele saiu. Ela não aguentaria se, depois de Ste, Max ou o bebê morressem também.

— Agora, a MP eu entendo. O Caio pode estar em algum lugar por aqui, e tal, e o Alan ta com você. Certo. Mas e você, Glayson, o que ta fazendo aqui?

Antes que ele pudesse responder, um barulho metálico o interrompeu, vindo da porta. Todos olharam assustados na direção do som, e uma cortina de fumaça entrou na sala. As pessoas que estavam mais próxima da entrada começaram a tossir, e algumas caíram no chão. Brenda correu para a parede mais afastada da porta e começou a gritar que nem louca, enquanto via seus amigos desmaiarem. Ela sentiu os efeitos da fumaça no seu corpo, e caiu de joelhos. Logo depois ela viu um vulto passando pela porta, e ouviu essa mesma pessoa sussurrando repetidas vezes:

“Sinto muito.”

“Eu sinto muito.”

“Eu não queria...”

Brenda olhou para cima antes de fechar os olhos, a tempo de ver o rosto da pessoa.

Era Paulo.

###

Brenda tentou se mexer antes de abrir os olhos, sem sucesso. Ela sentiu suas mãos presas em alguma coisa acima de sua cabeça, e sentiu o pânico tomar conta de si. Ela abriu os olhos, e viu que estava em uma sala escura, sem nenhuma janela, e o cheiro era horrível. Ela tentou gritar, mas logo depois percebeu que tinha alguma coisa sobre sua boca. Ela sentiu o suor frio escorrer pelo seu pescoço, sem saber o que fazer. Só então ela percebeu as outras pessoas que estavam ali.

Geovanna estava bem na sua frente, na mesma posição: sentada no chão, com as mãos presas acima da cabeça; ela ainda estava desacordada. Glayson também estava ali, deitado sobre uma mesa, com os pés e as mãos cobertas de fita, impossibilitando-o de se mover. A situação mais crítica era, sem dúvida, a de Giovanna, que estava pendurada de cabeça para baixo logo acima de Glayson.

Geovanna abriu os olhos, assustada, e começou a tentar se soltar. Ela encarava Brenda desesperadamente, enquanto as duas tentavam se comunicar. Finalmente Brenda conseguiu remover a fita de sua boca.

— Ai meu cu, onde a gente tá? – ela gritou. Geovanna murmurou alguma coisa – Ah, é, foi mal, não tem como você responder. Empurra a fita com a língua que ela sai. – Geovanna cuspiu a fita e berrou.

— Caralho, que porra é essa? Cadê todo mundo? Quem colocou a gente aqui? GLAYSON ACORDA. VOCÊ TAMBÉM, MOÇA DA POLÍCIA!

— Para de gritar, por favor. Você vai atrair o assassino pra cá.

— Brenda??? – elas ouviram um grito vindo de algum lugar além da porta.

— Quem tá aí?

— Sou eu, MP! Brenda, o Caio ta aqui! Eu não sei se ele ta vivo, ele não se mexe...

— MP, quem mais tá aí? – Brenda perguntou.

— Eu, o Caio, o Alan e o Paulo – ela respondeu.

— Sai de perto do Paulo – Brenda rspondeu, exasperada – Ele que nos trouxe pra cá, eu o vi no hospital!

— Você tem certeza? – MP gritou de volta – Ele está desacordado também, e está amarrado de cabeça para baixo.

— Ele deve estar fingindo... Você está presa também?

— Estou... Brenda, eu estou com medo... – Brenda também estava, mas não admitiu nem para si mesma. Ela olhou para Ge, sem saber o que fazer.

— Quem está faltando? – Ge perguntou.

— Como assim? – Brenda respondeu.

— De todas as pessoas que estavam no hospital, quem está faltando?

— O Max, mas ele deve ter escapado... A Loany, aquela enfermeira, sabe? E o Yury. Será que um deles é o assassino? – Brenda perguntou, preocupada.

— Acho que não – Ge respondeu – Ainda tem o Jacobs, que foi para a cadeia. Pode ser que ele tenha escapado, não sei. Mas não acho que seja um de nós.

Um ruído alto cortou a fala de Geovanna, um som indescritível, e vários ruídos foram somando ao barulho, até que Brenda achou que sua cabeça ia explodir. Ela ouviu Geovanna gritar, e as pessoas no outro quarto também, então ela gritou junto.

E do nada o som parou. A única coisa que restou foi um zunido, que Brenda não sabia se ecoava apenas dentro da sua cabeça ou no ambiente todo. Então, uma única frase começou a se repetir várias vezes.

“Nada de policiais.”

Ela pensou um pouco sobre o que isso significava, e logo depois olhou para Giovanna, desesperada, a tempo de ver um vulto entrar no quarto e acertar a policial com um machado, dividindo sua cabeça ao meio.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gi esse foi meu presente de niver pra você! Sorry ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Wanheda Scream" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.