[HIATUS] Vampires Will Never Hurt You escrita por Poison Girl


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Mais um cap... Se tem alguém ainda lendo isso aqui dá um oi ou vou demorar a postar u.u



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(Edward)

Sua língua estalou no céu da boca em um ato de irritação. Lentamente ela me deu as costas lançando-me um sorriso travesso como se quisesse dizer: Você não manda em mim, olhe e aprenda. Andou mais para o meio da mesa e levantou os braços encaixando os dedos em seu cabelo negro, seus quadris começaram a balançar sensualmente de um lado para o outro, seus olhos fecharam-se e seu rosto voltou-se mais para cima como se sentisse a música em seu rosto, assim como um gostoso vento pela manhã ou os mornos raios de sol ao crepúsculo.

- Lilli, sai daí! – gritou Jeffrey encostando-se na mesa e impulsionando seu corpo para frente tentando pegar qualquer pedaço que fosse dela para puxá-la dali, porém não chegou nem perto e Lillith também não deu nenhum cabimento, eu até gostei de vê-lo sendo ignorado, mas minha diversão acabou no momento em que um turbilhão de pensamentos nada decentes a respeito da minha Lills se fez presente em minha cabeça, fazendo com que eu retomasse ao conceito inicial da minha ida ali.

- Não enche, eu quer... – disse ela tropeçando um pouco nas palavras, enquanto virava-se rapidamente na direção do idiota a qual era denominado seu amigos, Fiquei preparado para que a qualquer minuto ela pisasse nos próprios pés e caísse, porém por algum milagre divino ela apenas cambaleou logo conseguindo se manter no lugar.

Só então ela percebeu que eu continuava ali. Vi seus ombros ficarem tensos e seus pés dançantes congelarem por alguns minutos, mas assim como o rápido espanto veio ele se foi dando lugar a raiva, talvez pelo fato de que lembrou-se o porquê de estar ali com Jeffrey e Alice, quando era para eu está com ela. Seu rosto se contorceu em um visível desprezo misturado com magoa o que fez com que eu me sentisse pior, porém eu precisava me concentrar apenas em tira-la daquele lugar, depois eu daria um jeito de concertar tudo o que estraguei.

Lillith parou a minha frente e cruzou os braços sobre os seios em seguida estreitando um pouco os olhos, alguns protestos foram ouvidos, mas ela nada disse ou fez apenas concentrou seu olhar mortal em mim talvez com esperança que eu desintegrasse e sumisse de sua frente. Eu realmente não esperava que ela ficasse com tanta raiva assim, Lillith é tão meiga e compreensível que eu pensei que talvez eu pudesse ser perdoado, porém não era isto que eu via em seus olhos.

- O que diabos ainda faz aqui? – perguntou ela rispidamente.

- Vim lhe buscar. – respondi em tom obvio.

- Vai sonhando! – riu.

- Vamos embora! – exigi aproximando-me mais da mesa até meu quadril tocar nela, estiquei a mão para tentar alcançá-la, mas Lillith deu um passo atrás com confiança.

- Eu não vou.

- Vai sim!

- Você acha que pode simplesmente me dar um fora e depois quando lhe der vontade vir acabar com a minha diversão?

- Eu não lhe dei um fora!

- Ah, não, claro que não, foi apenas impressão minha. – disse ironicamente.

- Eu não vou discutir com você! – rosnei tentando em vão me controlar. Porque ela simplesmente não seguia o que eu estava dizendo? Porque ela era tão teimosa?

- Ótimo! Vá embora! – disse fazendo sinal de desdém com a mão para que eu saísse de uma vez.

Em um rápido movimento, mas ainda sim humano, estiquei-me mais sobre a mesa conseguindo segurar seu pulso, ao qual estava pousado ao lado de seu corpo, e assim a puxei dali, tomando cuidado para que ela não caísse e se machucasse.

Lillith tentou puxar seu braço, mas sem sucesso, ela fazia caretas em desgosto por sua pouca foça, mas se ela soubesse que mesmo exercendo sua máxima força ainda seria inútil talvez não estivesse nem ao menos tentando. Eu estava tão concentrado em tirara-la de lá que nem ao menos me preocupei ou me concentrei em seus pensamentos, o que me fez ficar surpreso com seu próximo ato; ela repentinamente jogou seu peso para trás sentando-se no chão com as pernas cruzando e a mão livre enfiada em cima da saia para baixar sua barra sendo assim impossível de ver sua calcinha.

“Eu venci! O idiota é fracote e agora vai embora!” pensou Lillith eufórica achando realmente que eu me daria por vencido.

Olhei irritado para a ela, a qual tinha um sorriso largo no rosto e este aumentou ainda mais quando eu soltei seu pulso. Lillith estava agindo com uma criança birrenta, então deveria ser tratada como tal.

 “Nunca pensei que dançar fosse tão bom! Muito menos que alguém como Mark Rivers fosse olhar para mim com tanto desejo.” Pensou ela e riu baixinho “Tirando a mão boba... Bem, acho que posso ficar com ele já que o Edward Idiota Cullen me dispensou!”

Arrependi-me por ter desbloqueado minha mente, não queria ter escutado aquilo, não mesmo. Trinquei meus dentes e senti um rosnado sendo formado em meu peito. A raiva que antes estava passeando por meu corpo aumentou consideravelmente a ponto de me ver procurando por Mark com um olhar matador e logo estava planejando sua morte lenta e dolorosa.

Eu começaria quebrando um dedo de cada vez de suas mãos, depois partiria para os braços e para as pernas, por fim, me saciaria com seu sangue jovial, lentamente sugaria cada partícula, uma por uma, para assim deixá-lo provar de minha fúria, quando eu notasse que ele estava arrependido por encostar suas patas imundas em minha Lillith, eu acabaria com a raça imunda daquele mortal infeliz.

Despertei de meu devaneio ao senti uma mão pequena e delicada, mas firme e forte em volta de meu braço. Desviei meu olhar para a fadinha que aparentava toda a sua delicadeza, ela estava meio curvada e seus olhos pareciam desfocados como se pudesse ver através de qualquer coisa que estivesse a sua frente, não foi difícil de notar que Alice estava tendo uma visão, vi em sua mente que se tratava da decisão idiota que eu estava tomando a respeito de Mark, isto fez com que eu repensasse em meus atos, me controlasse. Eu não podia agir como o monstro que um dia já fora, precisava raciocinar e tirar Lillith dali, tudo o que importava era apenas ela.

“Edward, não faça isso, se controle!” pensou Alice me fitando para reforçar seu pedido “Não vale a pena! Não ponha tudo a perder! Pense na Lillith.”

- Eu apenas pensei... – comecei tentando lhe explicar baixo em um tom de voz que só minha irmã pudesse escutar.

“Você decidiu!” acusou “Se não tivesse o feito eu não teria tido... A visão assustadora a qual tive.” Franziu a testa poder-se-ia ver claramente que ela estava espantada com o que vira, e foi através de sua mente que pude rever o futuro que eu estava prestes a traçar. A forma como eu estava enlouquecido, descontrolado naquelas imagens era realmente assustador, talvez fosse até pior do que nos tempos que eu matava assassinos, estupradores, pessoas más, pois eu estava fazendo isto com um mero humano que não tinha feito nenhuma atrocidade, era apenas um adolescente com seus hormônios ao qual o tornavam impulsivo.  

- Vamos embora. – falei por fim, voltando-me para Lillith que me observava confusa pelo fato de ter notado minha boca se mexer sem que ninguém estivesse falando comigo, porém eu sabia que ela não havia escutou nada.

“Porque diabos ele está falando sozinho? Além de tudo é louco?!” pensou Lillith.

É, ela havia notado sim, mas não reparara que me dirigia a Alice, mas mesmo assim seria uma cena bem estranha já que a minha pequena irmã saltitante não mexia os lábios. Eu não tinha muito o que fazer a não ser ignorar, havia muita coisa que eu via na cabeça das pessoas e ignorava. Aquilo seria fácil. Meu único desejo era tirar Lillith dali e era o que eu faria.

Baixei-me um pouco segurando novamente os pulsos dela, fazendo-a ficar surpresa por eu não ter desistido, ela realmente pensava que eu iria embora por causa do seu pequeno show infantil. Vi-a ficar ainda mais perplexa quando a puxei fazendo-a ficar de pé a minha frente.

Eu poderia muito bem tê-la jogado de uma vez em minhas costas sem precisar pô-la em pé, mas aquilo iria levantar suspeita demais, já que pelos olhos das pessoas eu não era tão forte assim. Fazendo tal gesto também tentei despistar a própria Lillith do que eu pretendia, pois se ela começasse a se debater e tentar fugir antes do tempo seria mais difícil, eu teria que agir como um humano e assim tornaria mais complicado levá-la para casa.

Eu podia ver claramente a sua agitação interior por está tão próxima a mim quase ri baixinho com seus pensamentos que estavam começando a ficar desconexos tanto pela bebida quanto por minha aproximação, decidi usar isto a meu favor.

“Droga Lillith você tem que agir de forma durona, mesmo estava meio tonta e alegre demais precisa tentar controlar isto e ignorá-lo! Saia de perto dele!” brigou consigo mesma, aquilo era realmente engraçado das poucas vezes que eu ouvi seus pensamentos as minhas partes favoritas eram as suas brigas interna. “A boca dele é tão perfeita e avermelhada.” pensou desta vez seus olhos descansando sobre meus lábios.

Aproveitei seu momento de distração e me aproximei mais, podia sentir a respiração dela beijar meu rosto como uma gostosa brisa de verão, vi-a lentamente fechar os olhos pensando que meu próximo ato seria provar de sua boca, mas isto nunca aconteceu, mesmo eu desejando muito, eu não podia.

Abaixei-me e rapidamente levei meus braços atrás de seus joelhos a empurrando para um de meus ombros, seu leve peso bateu ali e apenas assim levantei-me começando a andar pela multidão para fora daquela casa. Quando ela notou o que estava acontecendo seus pensamentos ficaram raivosos e cheios de palavrões, logo senti as pequenas mãos de Lillith bater fortemente em minhas costas, mas nada fez ali, era como uma pluma tocando o local. Os gritos vieram quando notou que eu não a soltaria por hipótese alguma, mas foram abafados pelo som alto, as pessoas estavam bêbadas de mais para notar o que acontecia ao seu redor por isto consegui sair facilmente da casa com ela sem chamar atenção.

Pude ver sua mente começar a criar perguntas sobre o porquê de que eu não sentia nada com seus murros mesmo ela aplicando uma força muito grande, isto me preocupou um pouco, porém Lillith estava bêbada não se lembraria de muita coisa no dia anterior, tal pensamento me confortou um pouco. Finalmente ela sentiu-se derrotada e apenas segurou sua saia para que ninguém visse sua calcinha, afinal de contas, a posição em que se encontrava fazia com que sua saia subisse de mais.

Finalmente havíamos chegado ao jardim e agora estava seguindo Alice para o Volvo que estava um pouco distante da casa, mais especificamente em baixo de um poste por não ter mais lugar para estacionar.

- Cullen, pode deixar que eu a levo para casa. – disse Jeffrey andando um pouco mais rápido tentando alcançar-me.

- Não, eu a levo. – falei lhe lançando um olhar um tanto ameaçador fazendo-o se encolher – Pode voltar para a festa, a partir daqui eu tomo conta da Lillith.

- Mas...

- Mas o que? – perguntei irritado virando-se bruscamente para ele e parando a sua frente. Lillith soltou uma reclamação, mas foi completamente ignorada – Você não consegue tomar conta dela durante 2 horas e agora se acha no direito de ficar com ela?! – rosnei.

- Não venha me culpar pela Lills está assim! – disse com tanta raiva quanto eu estava.  Tal sentimento estava levando aquele miserável estava enfrentando qualquer medo que antes sentia por mim.

“Homens e seus hormônios explosivos, quem os entendem?” pensou Alice rolando os olhos. Olhei de relancei para ela avisando-lhe que aquele não era o melhor momento para brincadeiras, a baixinha levantou as mãos em defesa e deu de ombros.

- Me põe no chão! – pediu Lillith recomeçando a bater nas minhas costas com mais força que antes.

“O que ele pensa que eu sou? Uma boneca de pano? Um saco de batata que pode ficar carregando por ai?” pensou ela irritada, porém eu não lhe dei ouvidos, precisava sair dali antes que eu arrancasse a cabeça daquele cretino. Virei-me então, voltando a caminhar em direção ao Volvo, esperando sair dali sem sangue em minhas mãos.

- Já vai, Lills. – falei carregando no apelido para mostrar a Jeffrey que era apenas EU e só EU que poderia chamar a MINHA Lillith assim.

- Você é fraco e patético, Cullen! – gritou Jeffrey, que continuava parado no mesmo lugar que estava.

Fraco? Patético? Quem aquele humano pensava que era para me chamar daquela forma? Ele não sabia nem um terço pelo o que eu já havia passado e ainda passava. Coloquei Lillith no chão ao lado de Alice, ela se desequilibrou um pouco, mas minha pequena irmã envolveu o braço direito pela fina cintura de Lills e a trouxe para mais perto, fazendo com que Lillith tivesse a ilusão de que conseguia se sustentar sozinha, quando na realidade era Alice que segurava todo seu peso. Apenas quando tive certeza de que minha garota ficaria bem virei-me caminhando furiosamente até Jeffrey, sobre os protestos de Alice.

- Você deveria pensar duas vezes antes de falar qualquer coisa, Depallier. – falei entre dentes, segurando Jeffrey pelo colarinho da camisa – Olhe primeiro para você antes de apontar para qualquer um.

- Edward, solte-o! – gritou Alice com medo do que poderia vir pela frente.

- VOCÊ que é fracote e patético por não conseguir se declarar para ela! VOCÊ é fracote por ter apenas essa obsessão por ela! VOCÊ é patético por depois de três anos não conseguir fazê-la o ver como algo a mais que um simples amigo!

Não precisava ser nenhum gênio, vidente ou leitor de mentes para saber de que eu me referia a Lillith, mas mesmo assim eu notei que ela havia ficado ligeiramente confusa. O álcool de certo não estava fazendo bem a minha Lills, estava deixando-a com o raciocínio lento, diferente do que realmente é. Mas já Jeffrey, a cada palavra proferida arregalava os olhos em espanto e ficava pálido.

“Como ele sabe de tudo isso? Será que está tão na cara assim?” pensou Jeffrey.

- Sim, está muito na cara! A cidade inteira já notou isto menos ela – respondi o empurrando fazendo-o cair no chão ainda mais assustado do que já se encontrava. Eu estava tão furioso que nem ao menos notei que havia respondido ao pensamento daquele irresponsável, só depois que já havia feito é que percebi, agora não tinha como voltar atrás.

Senti Alice atrás de mim prender a respiração, espantada.

“Droga, Edward! Ele vai descobrir!” pensou a baixinha.

- Vo-vo... Você... Paranormal! – gaguejou Jeffrey aterrorizado sem nem ao menos conseguir construir uma frase. Pelo menos ele chegou apenas aquela conclusão e não foi a explicação inteira.

- Agora você ira ligar para a casa da Lills e dizer para o pai dela que ela ira dormir na casa de uma amiga.

- A Lilli não vai para a sua cara, Eris não quer a sua família perto dela!

- Cala a boca, Jeffrey! Você só fala merda! – gritou Lillith. Estava bêbada, mas mesmo assim algum raciocínio passava por sua cabecinha – Vai embora! Eu não vou com você!

- Faça o que eu disse direitinho, caso contrario, ira se arrepender. – disse ameaçadoramente, quase rosnando.

- Vamos, Edward. – disse Alice colocando Lillith sentada no banco de trás do carro – Pode deixar que eu dirijo. – informou já dando a volta no automóvel com as chaves na mão, enquanto eu me aproximava do veículo, deixando um Jeffrey ainda assustado para trás.

- Ei, eu também não vou com vocês! - protestou Lillith fazendo menção de sair do Volvo, mas a impedi empurrando-a delicadamente para dentro do automóvel – Eu vou ficar na festa! – choramingou.

- Não discuta, Lills. – falei tentando manter a calma ou acabaria descontando nela. Sentei-me ao seu lado e fechei a porta, logo Alice estava dando a partida.

- Eu não quero ir para casa! – continuou a choramingar.

- Você não vai, querida. – informou Alice observando-a pelo retrovisor – Pelo menos não nesse estado.

- Então para onde eu vou? – perguntou baixo quase choros projetando um biquinho triste com seus lábios, parecendo meio desolada, era até engraçado, era como se alguém dissesse que iria abandoná-la e ela teria que se virar sozinha. O que o álcool não faz com uma pessoa, hein?!

- Para minha casa. – respondi passando a mão carinhosamente pela testa dela, retirando a franja de seus olhos. Ela estremeceu com meu toque gélido e rapidamente afastei minha mão – Desculpe. – murmurei. Ás vezes eu me esquecia completamente de que minha temperatura era mais baixa, talvez fosse pelo fato de que Bella nunca reclamou de meus toques ou se afastou deles.

- Não quero ir para lá, a Rosalie me odeia!

- Não se preocupe ela viajou com a minha mãe.

Não era de todo uma mentira, Rosalie havia ido caçar mais cedo com Esme, talvez ainda voltasse naquele dia, mas seria somente quando Lillith estivesse no décimo sono. Pelo menos era o que eu esperava, não estava com paciência para aturar as crises histéricas da minha irmã.

- Eu tenho medo dela. – sussurrou Lillith como se aquele fosse seu maior segredo, como se fosse algo muito grave para se comentar com qualquer outra pessoa. Alice apenas prendeu a risada e eu suspirei pesaroso por tê-la deixado chegar aquele ponto de embriagues.

- Realmente às vezes a Rose é de dar medo, mas ela só late, não morde. – tentei confortá-la.

- Sabe, eu nunca bebi assim. – disse recostando a cabeça no encosto do banco e observando a cidade passar. Aquela era uma má idéia ainda mais por Alice está dirigindo rápido de mais para seus olhos humanos não ficarem tontos. Vi Lillith começar a ficar pálida, ela levou a mão até a garganta passando a ponta dos dedos levemente por ali enquanto respira fundo por fim desviou o olhar para o banco do motorista tentando desviar sua atenção do que a estava enjoando – Quer dizer... Eu nunca bebi.

- Tudo tem sua primeira vez. – soltou minha irmã.

- Alice! – reclamei.

- Mas é verdade!

- Pára o carro! – pediu Lillith urgentemente – Pára o carro! – gritou quando Alice não fez o que pediu.

- Calma!

A baixinha estacionou no acostamento, não porque houvesse carros passando pela rua, pois tudo estava muito quieto e vazio por ali, mas apenas porque sabia bem o que estaria por vir e era melhor que Lillith vomitasse no mato do que no meio da estrada. Os humanos tinham o estomago muito fraco e os que vissem aquilo ali pela manhã eram capazes de repetirem o que Lillith faria. Eu concordava plenamente com a decisão que via na cabeça de minha irmã, ela tinha razão quanto a isto.

Tive apenas tempo de me curvar sobre Lillith e empurrar a porta, ela apenas enfiou a cabeça para fora deixando que o que lhe incomodasse saísse de seu estomago, arrastei-me mais para seu lado e segurei seus longos cabelos negros para não melá-los. Como previsto ela só parou quando não restava mais nada em seu estomago e quando já estava totalmente sem forçar. Eu podia ver em sua mente que ela estava sentindo-se fraca, exausta e ainda enjoada. Depois desta seção de vomito estava até com nojo de si mesma.

- Quero ir para casa me deitar, não estou bem. – choramingou Lillith voltando-se a se recostar no branco.

Inclinei-me novamente sobre ela para fechar a porta do automóvel, só então Alice deu a partida. Envolvi meus braços pela cintura de Lillith trazendo-a para mais perto, fazendo-a recostar a cabeça em meu ombro sem sentir qualquer repulsa pelo o que virá a pouco, eu já havia visto coisa pior.

- Estou nojenta, Edward. – murmurou ela fazendo menção de se afastar, mas eu a segurei firmemente perto de mim, impedindo-a.

- Não, não está. – depositei um beijo em sua testa, fazendo-a fechar os olhos.

“Que bonitinho! Vocês ficam tão lindinho juntos!” pensou Alice empolgada, fazendo com que eu revirar os olhos.

- Ed, porque você está sempre tão fresquinho? – perguntou Lillith debilmente, fazendo Alice rir.

- É impressão sua, Lills. – respondi.

- Eu quero ir para casa. – choramingou novamente sentindo as náuseas voltarem fortemente.

- Nós já estamos chegando, querida. – disse Alice.

- Porque você tem mania de me chamar de “querida”? Até parece que é mais velha! – disse segurando minha mão e entrelaçando nossos dedos. Desta vez ela não se importou pelo meu toque gélido, pude ver que isto até a agrava, talvez ela houvesse apenas se acostumado um pouco com minha temperatura ou não tivesse sido pega de surpresa.

Vi novamente nos pensamentos de Alice que ela desejava contar a verdade a Lillith, porém eu não podia permitis aquilo, não queria que ninguém desse esperança a minha Lills de que algum dia ela pudesse ser uma de nós, eu nunca permitiria que ninguém encostasse nela, não permitiria que ninguém arrancasse sua alma.

“Se ela soubesse, as coisas seriam mais fáceis não só para ela como para mim e para você assim não teríamos que inventar uma desculpa cada vez que o sol inventasse de aparecer ou até mesmo sairmos para caçar apenas quando não houvesse vampiros na cidade. Quantas e quantas vezes você deixou de ir conosco porque havia vampiros rondando por aqui e estava com medo de que eles machucassem a Lillith?” pensou Alice.

Eu olhei-a pelo retrovisor e lhe lancei um olhar nada agradável, lhe avisando para ficar quieta, pois isto nunca aconteceria.

- Alice sempre age como se fosse mais velha. – respondi apenas.


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