Diferentes mas iguais escrita por Saffra Everdeen Mellark


Capítulo 3
É um jogo demasiado perigoso e tu não sabes como jogá-lo...


Notas iniciais do capítulo

Oii! Trago um capítulo mais picante, mais Everlark e claro que trago o nosso irresistível Finnick Odair para a salada!



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Que é que queres agora? - perguntei revirando os olhos.

—Calma Catnip, só vim falar contigo! - "tranquilizou-me" ele, parvo.

—Já te disse que é Katniss! - corrigi irritada. - E não vejo que temos para falar!

—Mas vejo eu! - respondeu.

—Bem, eu tenho de ir andando - era impressão minha ou o Finnick estava a tentar sair daqui e deixar-me sozinha com o Rapaz do Cesto?

—O quê? Mas nós íamos para casa juntos! - estava confusa, ele ia explicar-me muito bem aquela história.

—Desculpa, esqueci-me de te dizer, mas tenho um encontro! - contou e eu fiquei realmente a pensar na lata dele, a mentir-me na descarada!

—Um encontro? Mas porque é que não me avisaste? - questionei, vamos ver até onde ele consegue mentir-me.

—Porque combinei durante a aula, não te esqueças que tivemos aulas diferentes! - fazia sentido, e ele não estava a mentir-me, mesmo que tentasse eu iria descobri-lo!

—E quem é aquela que vai roubar o meu melhor amigo/irmão a tempo inteiro? - questionei curiosa e interessada com um sorriso.

—Vou sair com a Johanna, ciumenta - riu-se. - Mas não te preocupes porque volto a tempo de ir jantar contigo!

—Muito bem, mas faço questão sublinhar que não quero ser tia tão cedo assim! - humorizei.

—Concordo, eu também não quero ser tio assim tão cedo, por isso vê lá o que fazes com a minha irmã! - meteu-se na conversa o Mellark, sim o Finnick vai sair com a irmã do idiota do cesto.

—Tudo bem, também não está nos meus planos ser pai tão cedo, além do mais, acho que fazer-vos partilhar a família era um castigo demasiado duro para ambos! - gozou o Finnick, aquele ser loiro vai pagá-las! - Em tua casa às 19:30?

—Sim, em minha casa às 19:30 - confirmei.

—Então sendo assim adeus Peeta - despediu-se o Finnick.

—Adeus, juízo e nada de magoar a minha irmãzinha, senão estamos mal! - ameaçou o Peeta.

—Não vai ser preciso desentendimentos Peeta - assegurou o Finnick despreocupado.

—Eu existo! - reclamei fazendo ambos olhar para mim, e fazendo com que o Finnick caminhasse até mim.

—Eu sei baixinha, afinal és o meu docinho! - respondeu com um sorriso vindo abraçar-me e eu retribuí.

—Eu não sou baixinha! Tu é que és alto demais! - resmunguei fazendo-me de chateada.

—Vá, tenho mesmo de ir. Até já, KitKat - despede-se de mim desfazendo-se do abraço e beijando a minha bochecha.

—Até já Finn - despedi-me também sabendo que depois de ele desaparecer do meu campo de visão, teria o olhar do Mellark direcionado à minha pessoa.

—Docinho... baixinha... KitKat... Finn... miúda que me vai roubar o meu melhor amigo/irmão... ciumenta... - começou e eu interrompi-o.

—Podes-te calar e deixá-lo em paz? Podes calar-te e deixar-me em paz? - questionei aborrecida.

—Calma KitKat, só estou a comentar, além do mais ele vai sair com a minha irmãzinha querida e inocente, eu preocupo-me com os rapazes com quem ela se envolve! - que raiva que tenho daquele rapaz! - Vais dizer-me que são só amigos, ou melhor, "irmãos"?

—Podes parar já por aí Rapaz do Cesto! Primeiro KitKat é para o Finnick, não para ti! Segundo, acho que devias fingir melhor porque toda a gente sabe que a tua "querida irmãzinha querida e inocente" já dormiu com quase todos os rapazes deste colégio, se te preocupasses assim tanto como dizes nunca permitirias que isso acontecesse! Terceiro, sim eu e o Finnick somos apenas amigos! - ele era mesmo otário, já estou a começar a ficar pelos cabelos com ele!

—Já acabastes, Everdeen? Primeiro, eu chamo-me Peeta, não Rapaz do Cesto! Segundo, não tens o direito de comentar com quem a minha irmã dorme ou deixa de dormir! Terceiro, não duvides do meu instinto e da minha proteção fraternal! Quarto, é impossível nunca ter acontecido nada entre vocês, jantam juntos, dormem em casa um do outro, pelo vistos diariamente, e não aconteceu nada! - tudo o que eu insinuei é comprovado com factos verídicos e ele não é ninguém para me atirar à cara um afirmação como aquela, ainda por cima falsa e completamente distorcida.

—Realmente tens razão Mellark, eu e o Finnick frequentamos a casa um do outro regularmente, não imaginas as noites que já passamos juntos! - afirmei porque era verdade, mas sem o sentido perverso que ele via na situação. Ele sorriu maliciosamente ao ouvir isso.

—Bem me pareceu, mas tenho pena de ti, o Finnick quase nem se deve aguentar - troçou, coitadinho, o meu subconsciente ria-se tanto que quase fazia a minha consciência rir-se também, e consequentemente fazer-me rir a mim.

—Por acaso o Finn até se aguenta bem, provavelmente deve aguentar-se melhor que tu - sorri provocando-o e nesse momento o meu corpo é empurrado contra os cacifos e ele prende-me aproximando-se e mordendo o lábio inferior.

—Não sei, queres experimentar? - propôs-me, cada vez me dava mais gozo estar a passar-lhe a perna.

—Não, obrigada! Mas também duvido que consigas aguentar uma noite a comer porcarias e a ver distopias e comédias - disse sorrindo e rompendo o sorriso que tinha cara, gargalhei, soltei-me e fui-me embora a correr em direção para a casa de banho das raparigas, onde tinha a certeza que ele não entraria, enganei-me, ele entrou.

—A gozar comigo, Everdeen? Sabes que isso tem um preço a pagar, não sabes? - questionou encostando-me à parede.

—Estou cheia de medo de ti - revirei os olhos irónica.

—Devias ter medo, engraçadinha - "avisou".

—Medo de quê? O que é que me vais fazer? - questionei com uma voz sedutora.

—Não tentes jogar este jogo, é muito perigoso e tu não sabes como jogá-lo! - alertou.

—Eu não tenho receio do perigo - rebati.

Nesse momento ele beijou-me, e não sei o que me deu, eu correspondi, eu não obedecia, eu não pensava, eu só fazia. Foi um beijo feroz, parecia que estávamos a arder juntos. Ele estava a fazer-me arder, tentei soltar-me e voltar a estar sóbria, mas não sei, eu estava a ser consumida por uma chama imensa. Entretanto parámos com a imagem de uma empregada, completamente chocada a olhar para nós. Naquele momento eu já tinha as pernas entrelaçadas na cintura dele.

Voltei a mim mesma com esse barulho e tentei soltar-me. Mas ele estava a segurar-me e era mais forte que eu, portanto mesmo que me debatesse não servia de nada. Quando ela recuperou só pudemos ouvi-la dizer, ou melhor gritar uma única palavra.

—DIREÇÃO! - estávamos completamente lixados. Ela levou-nos à direção depois de ele me largar. Esperamos na sala de espera, sentados nos sofás lá existentes.

—Tu isto foi culpa tua! - eu não estava a dizer mentira nenhuma!

—Minha? Desculpa lá, quem gozou comigo e me seduziu foste tu! - acusou-me, olha o descarado!

—Só te seduzi no gozo, não era a sério! Além do mais, seduzi-te apenas porque entraste na casa de banho das raparigas, ninguém te mandou ir atrás de mim e entrar lá! - rebati.

—Ninguém te mandou corresponderes ao beijo e aprofundá-lo! Eu não te obriguei a nada, se correspondeste foi porque também querias, aliás notou-se! - visto daquele ponto a minha consciência dizia que não, mas o meu subconsciente gritava comigo e dizia-me que estas eram as consequências dos meus atos, e que ele tinha razão. - Além do mais, nunca ninguém te mandou entrelaçares as pernas à minha cintura!

—Eu não... - comecei mas ele interrompeu-me.

—Tu gostaste do beijo. Real ou não Real? - que raio de pergunta era aquela?

—Não Real. Tu gostaste do beijo. Real ou não Real? - menti, eu gostei do beijo, foi diferente dos outros que já dei, a começar pelo facto de o Finn não nos ter apanhado aos dois.

—Real. Eu gostei do beijo e sei que tu me mentiste, és demasiado orgulhosa para admitires que gostaste do beijo. Não é que eu goste de ti, porque eu não te suporto, mas eu não tenho por hábito mentir nestes casos, e a verdade é que eu gostei do beijo e tu beijas bem - confessou e eu fiquei boquiaberta.

Felizmente o diretor mandou-nos entrar naquele momento, não queria ter de continuar aquela conversa a dois. Sentámo-nos nas duas cadeiras disponíveis e ele começou a olhar para nós.

—Menina Everdeen e Menino Mellark, com que então aos beijos na casa de banho das raparigas - começou.

—Sim, já sabe, nós sabemos e pronto, vamos à parte em que nos dá um raspanete e nos deixa ir embora! - apressei eu, e quer o Mellark, quer o diretor ficaram a olhar para mim com cara de "Não disseste isso".

—Respeito Menina Everdeen! - exigiu. - Além do mais não está em posição de reclamar! Mas já que quer ir direta ao ponto, podemos saltar a parte da introdução. Como é que isso aconteceu?

—A culpa foi dele! - acusei.

—Minha? Tua! Quem me seduziu foste tu! - retorquiu indignado olhando para mim.

—Quem me beijou foste tu! - rebati.

—Quem correspondeu foste tu, por livre e espontânea vontade! - falou.

—Quem me encurralou à parede foste tu! - voltei atrás, que dizer que se tenha passado depois.

—Quem entrelaçou as pernas à minha cintura foste tu! - sinceramente eu nem sei se é verdade, mas é provável.

—Quem segurou as minhas pernas à tua cintura foste tu! - isto das acusações até estava a ser divertido, mas o diretor interrompeu.

—Quem não quer saber de detalhes sou eu! - esta teve graça. - Eu do Sr. Mellark já esperava, toda a gente sabe como é a peça, mas da Menina Everdeen é que não esperava. Esperava de queixas de mau comportamento, esperava de aulas em que adormecia, esperava que faltasse às aulas e que não fizesse os trabalhos, esperava que a Menina e o Senhor Odair se metessem em confusões, mas nunca isto! - reclamou.

—Muita calma nessa hora Snow, eu faço isso tudo, mas tem de admitir que o faço bem! E além do mais, não era eu que não devia estar na casa de banho das raparigas, era ele! - destroquei.

—Coitadinha da menina, as camaras de vigilância captaram um momento hoje em que a menina entra na casa de banho dos rapazes e é possível ouvir o que lhes diz, ninguém precisava de saber que a menina não é virgem! - nesse momento o Mellark riu e meteu-se na conversa.

—A sério? Com que então KitKat, não és assim tão santinha, nem tão inocente! Sabia que não eras propriamente freira, mas nunca pensei que não fosses virgem- ai que raiva, mas ele não espera pela demora!

—Já te disse que só o Finnick tem o direito de me chamar de KitKat, tu não és ninguém para me chamar nenhum dos diminutivos que ele usa para se referir a mim! Além do mais, Snow, se as camaras captaram as imagens em que aqui o Rapaz do Cesto leva aquelas galdérias todas para a casa de banho fazer sabe-se lá o quê, ou melhor, todos aqui nesta sala sabemos o que é que ele faz com elas lá, aliás se a conversa foi possível ser ouvida, também é possível ouvir os gemidos delas - oh yeah, ele não ia ficar ser resposta.

—E tu aí, roída de inveja, é impressão minha ou estás a ficar verde de tanta inveja? - provocou.

—Inveja, só se for com as que tu nunca beijaste, tenho pena das outras, inclusive de mim mesma, as imagens são traumatizantes! E se fiquei verde é de estar enjoada! - respondi e ele riu-se na minha cara!

—Parem já, vou chamar os vossos pais aqui! - anunciou e eu ri fazendo o Mellark e o Snow olhar para mim.

—A minha mãe está no Canadá e o meu pai não vem, está de viagem não sei onde! - despreocupei-me e desvalorizei o anúncio dele.

—Muito bem, marco uma reunião com o seu pai e quanto ao Sr. Mellark eu vou chamar os seus pais aqui! - decidiu e eu não me importei minimamente.

—Tudo bem, posso ir embora? - indaguei indelicada.

—Podem ir os dois, não me apareçam mais à frente! - reclamou e eu sai rapidamente com o Mellark atrás de mim.

—És louca? Que te deu? - perguntou.

—Tu tens mais a perder que eu, o meu pai vai fazer um drama e depois vai de viagem outra vez! - expliquei e ele levantou uma sobrancelha.

—Se isto se sabe, tu tens mais a perder que eu, ficas como mais uma conquista! - era impressão minha ou ele estava a ameaçar-me.

—Estás a ameaçar-me? - questionei furiosa.

—Não, estou a constatar factos! - afirmou.

—Nada disto se vai saber. Real ou não Real? - interroguei.

—Real - confirmou.

—Adeus Mellark - despedi-me e virei-lhe as costas saindo rapidamente e lembrando-me que no meio disto tudo já eram 17 horas e eu não tinha comido nada. Passei pela pastelaria próxima da escola e pedi um bolo e um café, comi, paguei e fui para casa.

Cheguei e a Greasy Sae estava preocupada comigo, mas tranquilizei-a dizendo que já tinha comido e que tinha ido fazer um trabalho. Fui para o meu quarto, tomei um banho e vesti o meu pijama, fiquei a ver televisão porque não estava com disposição para fazer os trabalhos que me tinham mandado. A Greasy Sae quis saber o que ia jantar, mas deixei-a ir jantar com a família e ficar com eles.

Às 19:30 ouvi a campainha tocar e encontrei a imagem de um ser loiro, alto e atraente, já de pijama vestido, era o meu melhor amigo, o meu atraente irmão Finnick Odair.

—Seja bem aparecido, nem um telefonema! - resmunguei.

—Olha só, fala a rapariga que arranjou confusão, passou a tarde na direção e nem me ligou depois a avisar! - fiquei nervosa, era impossível ele ter descoberto isso, a menos que a informação tivesse vazado.

—Como é que soubeste? - questionei preocupada.

—Johanna Mellark, chega como resposta? - fiquei mais tranquila, provavelmente soube quando a foi levar a casa.

—Johanna Mellark, chega como pergunta? - eu queria saber do encontro obviamente.

—Peeta Mellark, chega como pergunta? - maldito seja ele!

—Pizza, chega como pergunta? - desviei o assunto, se bem que sabia que não iria escapar.

—Romana, chega como resposta? - ele sabia que era a minha favorita.

—Vamos pedir? - interroguei.

—Claro, mas não penses que te escapas! - como é que eu tinha adivinhado.

—Igualmente - contra ataquei.

A pizza chegou ultra rapidamente, talvez porque eu queria adiar aquela conversa o máximo possível. Antes que ele tivesse sequer tempo de perguntar pelo que aconteceu com o Mellark, eu intervi.

—Como foi o encontro com a Johanna? - sim, não tentei sequer esconder nem a curiosidade, nem o entusiasmo, nem a esperança de ele se esquecer de me perguntar.

—Normal, só te digo que não aconteceu grande coisa, falámos apenas sobre filmes e mais sobre ambos, mas acho que não passa de uma boa amizade - revelou, eu achei que teria sido mais emocionante!

—É pena... - tentei fazer com que parecesse estar a lamentar-me, mas estava a festejar internamente, eu quero que o Finn arranje alguém, mas a Johanna não pode ser de certeza, não como ela é, uma galdéria.

—Pois, e tu KitKat? Soube que tu e o Mellark foram parar à direção! - voz de riso, alerta voz de riso!

—Sim fomos - respondi curta e direta.

—Porquê? - perguntou, que raiva, ele sabia só queria ouvir-me dizer aquilo!

—Porque... porque eu e o Mellark... nós... nós... beijamo-nos... - confessei constrangida e ele começou a rir que nem um louco.

—Sim, e como é que isso aconteceu, quero tudo pormenorizado! - que irritante, ele parece uma mulher!

—Ele começou a provocar-me usando-te e eu gozei com a cara dele, fui para a casa de banho das raparigas, onde pensei que ele não fosse entrar, mas ele foi. Eu seduzi-o e ele beijou-me, eu correspondi e... quando reparamos já eu tinha as pernas na cintura dele. Uma empregada apanhou-nos e mandou-nos à direção - contei e o Finnick ficou sem saber como reagir.

—E como foi o beijo? Tu gostaste? Ele beija bem? - que raio de perguntas, ele estava a ser demasiado bisbilhoteiro, mas se fosse ao contrário eu faria o mesmo e ele responderia, além do mais, se não lhe contar a ele, vou contar a quem?

—O beijo foi diferente dos que já dei, sei lá, eu tentei rebater-me, mas acabei por corresponder e envolvi-me no beijo, sei lá, parecia que estava consumida por uma chama, parecia que estava a arder completamente! Eu não pensava, só fazia! - contei enquanto me lembrava e mordi o lábio com as lembranças, foi tão bom!

—Parece-me que alguém aqui deu o primeiro beijo de atração e desejo da vida - afirmou seguro e eu congelei. - E parece-me a mim ou alguém gostou do beijo?

—Eu confesso que não foi mau - claro que não, foi ótimo, mas acho que ele já percebeu que sou demasiado orgulhosa para dizê-lo.

—Mas tu não me respondeste a uma coisa: Ele beija bem? - outra vez, quem o ouvisse falar diria que ele estava interessado.

—Não é mau... - desdenhei.

—Cala-te, nós sabemos que tu achaste que ele beijava muito bem, estás aí com um sorriso de orelha a orelha! - a capacidade dele para ver quando ocultava ou mentia estava cada vez melhor, ele conhecia-me cada vez melhor.

—Melhor que tu ele não beija, sim eu nunca esqueci que o meu primeiro beijo foi contigo - sim, o meu primeiro beijo foi com o Finnick, na altura éramos miudinhos, as nossas mães adoravam tirar fotos nossas em que nos estávamos a beijar, sim isso foi aos 3 anos, nós somos muito rápidos.

—Aquilo não eram bem beijos, eram selinhos que as nossas mães adoravam que déssemos para tirarem fotos, eu ainda tenho umas, a minha mãe fez questão de as guardar! - ele estava muito esquecido.

—Eu também tenho umas, mas acho que te estás a esquecer de um pequenino pormenor - falei. - O meu primeiro beijo foi contigo, e tu sabes. Tínhamos 12 anos na altura.

—Primeiro, aquilo foi um beijinho, segundo tu não esqueceste - observou.

—Não, o primeiro beijo nunca se esquece - pisquei-lhe o olho.

—O teu primeiro beijo não foi comigo, foi com o Peeta. Isso foi um beijo, o que tu e eu demos foi um beijinho, assim como todos os que deste até hoje, até beijares o Peeta - ele tinha razão de certa forma, o beijo que eu nunca foi esquecer é este, o beijo mais marcante foi este.

—Pode ser que tenhas razão, eu admito que este beijo me fez sentir de outra forma, eu senti aquilo que as raparigas falam como os sentimentos e as inseguranças do primeiro beijo. Eu juro que por momentos eu fiquei com as pernas bambas, que senti borboletas no estômago, que rapidamente foram queimadas por chamas, mas que mesmo assim existiram por míseros segundos. Eu fiquei a pensar se tinha bom hálito, se beijava bem, se ele gostou, durante um curtíssimo espaço de tempo eu pensei essas coisas todas e eu senti-me assim - declarei e o Finn sorriu-me após ter assimilado aquela informação toda.

—Tu gostas dele - afirmou e reafirmou depois de ver a minha expressão. - Sim, tu gostas do Peeta Mellark.

—Não, não gosto, eu detesto-o. O que aconteceu foi que me senti atraída por ele, mas foi coisa do momento! Não comeces a imaginar coisas do momento! - reneguei e expulsei sequer o pensamento da probabilidade e das hipóteses que isso tinha de acontecer.

—Tudo bem, mas que disse o Snow? Já sei que os pais do Mellark foram chamados à escola, mas o que te aconteceu? - perguntou preocupado.

—Vai marcar uma reunião com o meu pai, que se lixe! - desvalorizei e ele riu, típico aqui da KitKat.

A seguir ao drama todo passar, de nós comermos a pizza, vermos o "Crepúsculo: Lua Nova" e de o Finn me ouvir a apreciar os abdominais do Jacob, fomos dormir.

E não sei porquê, mas eu adormeci com imagens daquele maldito beijo na cabeça.

 

Continua...


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Notas finais do capítulo

Ui! A nossa KitKat e o nosso Finn beijaram-se?
A nossa KitKat e o Rapaz do Cesto foram apanhados, ups!
Que gostariam de ver na fic?



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