Diferentes mas iguais escrita por Saffra Everdeen Mellark


Capítulo 1
Um dia comum




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Oi! O meu nome é Katniss Everdeen, tenho 16 anos e ando no 10º ano. O meu melhor amigo e o meu irmão é o Finnick, Finnick Odair.

Hoje acordei pelas 06:30 da manhã, escola arghh! Juro que se as aulas não acabam depressa eu explodo!

Levantei-me depois de mandar o despertador à parede, mais um para ir comprar hoje depois da escola! Fui tomar um duche, vesti-me e depois desci para tomar pequeno-almoço, já servido pela Greasy, a minha empregada que eu trato como minha avó porque me criou desde pequenina, se tenho valores foi ela que mos transferiu porque dos meus pais, valores não herdei de certeza.

Comi um torrada, bebi um copo de sumo e peguei na minha mochila, despedi-me da Greasy, fui em direção à porta e quando a abri já o Finnick estava à minha espera.

—Quem morreu hoje? - perguntou fazendo troça da minha roupa.

—Tu, em breve! - retroquei gozando com ele que ficou com cara de quem me ia matar primeiro, mas depois ignorou e brotou-lhe um grande sorriso irónico no rosto, e quando isso acontece vem bomba!

—Katniss Everdeen, tu nunca serias capaz de me matar, primeiro porque me amas e segundo porque eu matar-te-ia primeiro - gabou-se e eu bufei.

—Finnick Odair, nunca desafies uma Everdeen, esta Everdeen, estamos combinados? É que não quero ter de tomar medidas - ameacei e ele riu. Somos assim desde pequenos, brincadeiras e insultos, mas no fundo amamo-nos como só os irmãos se amam.

No caminho para a escola falamos de assuntos aleatórios, e quando demos conta já estávamos na escola. Clássico, sempre que estamos na companhia de Finnick Odair o tempo passa rápido ao cubo.

Entrámos e fomos ao cacifo, na escola estava tudo como sempre, os da equipa de basketball com as namoradas da claque, os nerds a estudarem algo que a mim me pareceu física, o que já é esquisito porque sempre que os vejo estudam matemática, e depois temos eu e o Finnick, grudados um no outro como lapas, é o costume.

Tocou a campainha e isso significava aulas secantes de debate, eu detesto aquelas aulas, o stor está constantemente a chatear-me a cabeça.

Sentei-me ao lado do Finnick, como em todas as aulas. O stor chegou, o bêbado do Haymitch, mal ele entrava na sala contaminava o ar com o seu forte cheiro a álcool, e bastava olhar para a cara dele para dizer que esteve acompanhado pelas suas amigas garrafas ontem, parece mesmo estar de ressaca!

—Bom-dia adolescentes com as hormonas a fervilhar ansiosos por saírem daqui para não vos chatear com as tretas do costume - toda a gente ficou boquiaberta com o comentário do Haymitch, já era hábito ele ter comportamentos estranhos, mas este foi mais que estranho. - Vão dizer que não é verdade? Não se querem ver livre de mim? - toda a gente se entreolhou com os olhos arregalados.

—Professor - chamou um dos alunos de trás.

—Haymitch, no meu boletim de nascimento está escrito Haymitch e não professor - e ainda deixou toda a gente mais confusa e com vontade de rir ao mesmo tempo. - Hoje a aula vai ser sobre manipulação.

—Pois eu acho que a manipulação é bastante frequente e útil no nosso dia a dia, é assim que as coisas funcionam em empresas, como se sobe? Manipulando! Como fazemos as pessoas gostarem de nós? Manipulando! Manipular acaba por ser sempre o caminho escolhido, talvez por ser o mais fácil - comentou o rapaz do basketball, o convencido do qual não me estou a lembrar do nome.

—Muito bem, Peter Mellart - elogiou o bêbado mal-cheiroso e completamente esquisito hoje.

—É Peeta, Peeta Mellark - corrigiu.

—Tanto faz! Mais alguma opinião, alguma objeção? - perguntou e eu coloquei o braço no ar para o espanto de todos aqueles que estavam presentes na aula, incluído o professor que ficou com um sorriso de "isto vai aquecer". - Wow, algum anjo vai cair do altar! A menina Katniss Everdeen está disposta a participar numa aula, na MINHA aula! Vou aproveitar, isto é tão raro como um eclipse solar!

—Ora bem, manipulação é conceito interessante! O rapaz do cesto tem toda a razão, só que não! Ele disse coisas acertadas e todos os cenários são verdadeiros, infelizmente. Nós somos o futuro e temos o mundo nas mãos, e o que é que nós estamos a dar-nos ao luxo de fazer? Continuar com o antigo sistema e não nos chatearmos, queremos que as coisas mudem e estamos constantemente a queixarmo-nos, mas o que estamos nós a fazer para mudar as coisas? Nada! é interessante não é? - falei irónica e revoltada com o comentário do rapaz do cesto mais convencido deles todos. Todos ficaram a olhar para mim, o Haymitch fez piadas e abordou com a turma os dois pontos de vista, felizmente tocou e eu saí imediatamente da sala seguida do Finnick que me olhava tão surpreendido que nem falava.

Andámos pelo corredor, a certa altura o Finnick foi à casa de banho e eu fui ao meu cacifo tirar as coisas para a próxima aula e pousar as desta que foi tão entediante e escandalizante ao mesmo tempo.

Fecho o meu cacifo, quando sou empurrada contra os mesmo de leve e dois braços são postos um de cada lado sem me darem a mínima hipótese de sair.

Quando olhei para cima fiquei calada, seria possível?

 

Continua...


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Notas finais do capítulo

Que acharam dos nossos irmãos de empréstimo? E que tal o nosso professor bêbado? Aquela aula é que estava on fire!



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