Forever Bechloe escrita por Patricia Avelar


Capítulo 31
Time to wake up


Notas iniciais do capítulo

Gente atrasei o capitulo de quinta e sabado, me perdoem, machuquei minha mão e to escrevendo com muita mas muita dificuldade, lembrando que eu tambem faço faculdade então ta um parto a vida,rs. Mas me perdoem, vocês sabem que eu odeio fazer vocês sofrerem, então segue abaixo algumas boas e más noticias.

Primeiro as más noticias, o próximo capitulo sera o penultimo capitulo, e depois adivinhem sera o ultimo, óbvio que por conta disso o capitulo vai ser grandão, por que eu quero fechar tudo bonitinho. Amanha eu ja posto o próximo, e quinta ja finalizo, vou fazer um a mais que será o epilogo que conta o que ta acontecendo depois né, adoro.

Segundo vem as noticias que eu acho que são boas, depois de muito me pedirem, escreverei uma segunda temporada, marcarei com vocês a data de estréia e se vocês acham legal eu continuar nesse link dessa historia ou se eu faço um outro com o titulo da segunda temporada, o que acham? É isso gatinhas e gatões, obrigada por todo apoio ao longo desse ultimo mês, amo vocês ♥



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Beca

 

Voltei ao trabalho, todos os dias passava no hospital e conversava com Chloe, falava de como o meu dia tinha sido, o que tinha acontecido entre outras coisas, ela ainda estava em coma, mas eu gostava de imaginar que de alguma forma me escutava, depois ia para casa e ficava com as meninas, Jesse e Stacie tinham razão elas também precisavam de mim. As Bellas visitavam Chloe ao longo do dia, cada uma a sua maneira atualizava a ruiva do que estava acontecendo, Emily contava sobre os campeonatos que estavam surgindo, Stacie falava sobre um cara que ela havia conhecido e pelo que eu entendia ela estava apaixonada por ele, o que para Stacie era novidade ja que ela era do tipo de apega e não se apega, Amy falava de comida, e assim seguia, todas reservavam um tempo com ela, nenhuma das meninas havia virado as costas para a ruiva, éramos uma família e assim seriamos assim até o final. Eu não estava feliz é verdade, mas com certeza eu estava melhor que antes, me forçava a ver o melhor em toda aquela situação e eu não perderia a fé que um dia Chloe acordaria e que finalmente ficariamos juntas.

Naquela manhã fui mais cedo para o trabalho, tinha muita coisa acumulada dos dias que eu havia faltado, coloquei os meus fones de ouvido e mexi no bracelete que eu tinha comprado para dar para Chloe na nossa apresentação de defesa do campeonato, mas que eu não cheguei a entregar para ela com toda a confusão que havia acontecido com Jesse, e que levei para Inglaterra, mas lá também não lembrei de entregar, agora eu não o tirava do braço, era uma parte da ruiva que estava sempre comigo, e então comecei a fazer as mixagens das campanhas que haviam sido designadas para mim.

Fiquei absorta naquilo durante um bom tempo, mas confesso que não saberia dizer quanto, e então senti alguém tocar no meu braço.

— Beca. Olhei para trás e meu chefe me encarava, depois que eu voltei para o trabalho ele não havia mais errado o meu nome, acho que compreendia que eu não estava num bom momento e voltaria a errar meu nome quando achasse que eu já estaria bem para isso. - Já deu o seu horário de almoço, vá comer alguma coisa, não quero ninguém passando mal aqui.

— Eu estou quase terminando. Falei tentando soar positiva – Deixei muito trabalho acumulado, e não quero que dê problema na campanha por causa disso. Aquilo era só uma parte da verdade, eu também gostava de ficar trabalhando com as músicas, esquecia um pouco da realidade que estava vivendo, meu chefe parecia entender isso também.

— Fica tranquila, com eles eu me entendo. Ele me olhou e tinha um sorriso no rosto. – Eu poderia ter colocado outra pessoa no seu lugar Beca, mas sabe porque eu não o fiz? Ele me perguntou e eu fiz que não com a cabeça, eu confesso que por vezes me perguntei por que ele não havia feito aquilo. – Por que você aqui é a melhor no que faz, e logo logo vai ter que ir embora por que aqui vai ser pequeno para você garota, então trabalhe muito, mas não se esqueça de descansar, você merece.

Olhei para ele e sorri, ele tinha feito da minha vida o inferno no ultimo ano mas ele queria o meu melhor, me senti grata no fim das contas, quando fui falar algo, senti meu celular tocar, olhei para ele que fez sinal para que eu atendesse.

—Alô. Falei distraida nem havia visto quem estava me ligando.

—Alô Beca. Era o pai de Chloe no telefone. – Preciso que você venha para cá agora Beca, só posso dizer isso. Senti meu coração parar por um momento, ele desligou o telefone, meu chefe provavelmente percebeu a minha reação.

—Será que eu posso...

 Tentei dizer que precisava sair, mas eu ainda estava em choque, o medo era evidente na minha voz.

— Vá logo Beca. Ele disse por fim, e eu corri como se a minha dependesse disso, e na verdade ela realmente dependia. Enquanto eu corria em direção ao hospital milhares de coisas passavam pela minha cabeça, Chloe teria acordado? Ou o pior havia acontecido? Só de pensar naquilo senti lágrimas escorrerem pelo meu rosto, ela não poderia me deixar, não agora, não era justo. Cheguei no hospital e corri em direção ao quarto de Chloe, e quando entrei senti o meu chão todo estremecer, a ruiva estava sentada na cama me encarando com um sorriso.

 

Chloe

 

Não saberia dizer realmente o que eu pensei quando me joguei na frente daquele carro e tirei Jesse do caminho, foi tudo tão rápido, eu só sabia que devia fazer isso e o fiz, depois tudo ficou tão confuso, senti Beca se aproximar de mim enquanto eu estava no chão ela falava coisas que eu não conseguia escutar, em tão tudo foi se distanciando, e eu fiquei numa escuridão total.

Me sentia presa no meu corpo, em um silencio sepulcral e não conseguiria dizer a quanto tempo estava ali, não sabia se estava morta, e se estivesse queria poder me apresentar com as meninas mais uma vez, queria beijar Beca mais uma vez, mais uma única vez ja iria me bastar, se soubesse que era a última vez me esforçaria em tentar lembrar cada segundo.  Então eu escutei vozes conhecidas, cantando para mim, eu não estava sozinha afinal, mas não reconheci a voz de Beca, e depois que a música terminou entrei novamente no silencio que tanto me amedrontava, será que eu ficaria ali para sempre?

O tempo não era mais mensurável, não sabia quanto tempo eu estava na escuridão, mas escutei a voz de Beca, e ela estava cantado para mim, parecia estar chorando, mas sua voz não perdia a beleza que eu tanto amava, queria poder abraça-la, mas não tinha controle sobre o meu corpo, então resolvi me concentrar em sua voz o tempo que eu pudesse, escutei claramente as ultimas palavras da minha pequena.

— Meu amor obrigada por me amar, eu te amo também com todas as minhas forças, eu sei que eu vivo sem você Chlo, mas eu não quero então lute por nós, prometo que vou me esforçar aqui também, não vou desistir da gente.

Escutei Beca dizer aquilo, e depois entrei num silencio novamente, mas dessa vez eu não achei ruim, não entendia o que ela queria dizer quando dizia para eu lutar, o que eu precisava fazer para sair de onde eu estava, e a pergunta mais importante que rondava minha cabeça era, onde eu estava realmente? Repetia as palavras de Beca na minha mente como um Mantra, ela me amava, e precisava do meu esforço, eu não podia desistir, de algum modo precisava acordar. Então depois de algumas horas, dias, anos, não sei, eu consegui abrir os meus olhos, a priore a claridade me incomodou, depois senti minha visão se acostumar, eu estava em um quarto de hospital, olhei para o lado e tinha alguém sentado numa cadeira ao lado da cama que eu estava, quando percebi quem era não consegui segurar meu espanto.

— Pai? Falei aquilo bem mais assustada que deveria, e com o meu grito ele caiu da cadeira e me olhou espantado, depois de alguns segundos ele se jogou em mim chorando.

— Minha filha, eu não acredito que você acordou. Ele falava aquilo ao meio de lágrimas e beijos que distribuía em todo o meu rosto, mas eu não conseguia ter reação, ele percebeu a minha confusão, se afastou um pouco para me dar espaço. – Me desculpa, eu não acredito que você acordou, eu não consegui me conter. Falou abaixando a cabeça, eu sabia o por que meu pai estava daquele jeito, ele achava que eu ainda o culpava por aquilo tudo que aconteceu no passado.

—Pai vem aqui. Ele voltou a se aproximar, e eu segurei em suas mãos. – Apesar de eu não entender nada do que esteja acontecendo. Falei e sorri para ele que retribuiu, eu e ele tínhamos o mesmo sorriso. – Eu fico feliz que esteja aqui comigo. Eu estava sendo sincera, tudo que eu sempre quis foi voltar a falar com o meu pai, mas sabia que ele não estava pronto. – Mas o que exatamente aconteceu?

—Filha por mais que eu queira te contar, preciso chamar o médico para ele ver se você está bem. Se aproximou e beijou a minha testa, igual ele fazia quando eu era pequena e ele vinha me por para dormir. – Já volto. E saiu do quarto, minutos depois apareceu com o médico e diversas enfermeiras, que fizeram vários testes e exames, e me disseram que eu ficaria ainda no hospital por mais uma semana para que pudessem acompanhar a minha melhora, pelo que eu entendi eu havia ficado em coma no último mês, eu havia quebrado algumas costelas, e quando eu me mexi senti mesmo que era algo que ainda incomodava, quando saíram fiquei novamente sozinha com o meu pai.

— Pai você pode ligar para Beca e para as meninas virem para cá. Ele assentiu. – Mas por favor não conte para elas que eu acordei, só peça para virem para o hospital. Ele riu e ligou, primeiro para Beca, e depois para Stacie. – Pai agora você pode me contar o que eu perdi. Ele sorriu para mim e começou a me contar, de como encontrou as meninas no hospital de como já as conheciam, eu me surpreendia conforme ele ia falando, comecei a chorar quando descobri que ele sempre havia me acompanhado, e ele chorou também quando eu disse que eu não tinha magoa dele, que eu o amava, ele continuou me contando de todos que me visitaram, de como Beca ficou mal, meu coração se apertou em tê-la feito passar por tudo aquilo, depois de um tempo meu pai havia me contado tudo.

— Nossa eu perdi bastante coisa né. Falei sorrindo.

— Um pouco filha, mas você recupera fácil, o importante é que você voltou para nós, e eu nunca mais vou deixa-la.

— Eu sei que não pai. Nos abraçamos mais uma vez, então olhei para meu pai que estava mais magro, com olheiras, provavelmente foi de quase não sair do hospital. -Pai você já tomou café hoje.  Pelo silencio que se instalou a resposta óbvia era que não. -Por favor pai, vai comer algo. Percebi que ele não queria sair dali e me deixar sozinha. – Por favor pai, te garanto que não vou a lugar nenhum. Falei a última parte rindo, ele me repreendeu com o olhar mas riu também e saiu para tomar café. Enquanto fiquei sozinha, tentei me situar de tudo que meu pai havia me contado, quando escutei um barulho de alguém entrando, Beca estava vermelha, provavelmente havia vindo correndo, percebi que ela prendeu a respiração ao me ver, e eu dei o meu melhor sorriso para ela, o que o futuro nos reservaria eu não saberia dizer, mas eu sabia que estarias juntas nessa.


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Notas finais do capítulo

Comentem amores....