..e acaba num musical mostrando a Dança do Maxixe! escrita por Doc Yewll


Capítulo 7
E acaba num musical mostrando a dança do maxixe!!


Notas iniciais do capítulo

Obrigada a todos ! Os personagens reconheciveis não me pertencem!!, mas a gente se divertiu bastanbte!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/682332/chapter/7

 

7.– E acaba num musical mostrando a dança do maxixe!!

Capítulo sétimo

Tomando um banho rápido, e colocando apenas uma calça larga e uma camiseta, ela pega seu pacote de medicamento, senta no chão de sua sala e o desenrola.le acaricia cada objeto particularmente sagrado, se posiciona e decidido a encontrar seu guia animal.

 

As ruas estavam vazias, ele ainda se lembrava, dos negros mascates gritando para vender as mercadorias de seus tabuleiros,  dos senhores de cartola, das damas em seus vestidos compridos, e enormes chapéus, e os velhos soldados moribundos pedindo esmola para poderem se embebedar,  mas agora tudo estava deserto.

 

Chakotay continua reconhece a fachada  do Teatro Imperial do Rio de Janeiro, um piano tocava uma melodia linda e triste, ela guiava o caminho e ele hipnotizado pelo sons daquele instrumento Lentamente foi se aproximando da bela mulata forte, e decidida que ele tinha conhecido de relance na sua última vez na Terra.

https://www.youtube.com/watch? v=-geYCQ_X9sk



Ele reverentemente escuta a composição até o final, ao som do seu aplauso a jovem senhora se virou num sorriso. Era muito estranho um espírito, que não era de seu povo, se manifestar assim.



— Oras, porque demorou tanto, sabes a quanto tempo espero? Eu compus essa canção quando observei  o jeito que a capitã olhou para o senhor, quando estavas machucado, onde ela está? Ela se afastou para a beirada do banco do piano e deu uma batida para ele se sentar.



— Linda canção — disse ele com os olhos mareados. — Mas, ela se foi, Dona Chiquinha. — completou e sem que pudesse conter mais, quebrou chorando, ela o acolheu em seu colo de forma maternal, o que era estranho pois ela era mais nova que ele.



— Calma, calma, às vezes ela só precisa de um motivo para voltar. Diga a ela...ela pode ser uma capitã, mas continua sendo uma mulher, você tem que tomar a iniciativa.



Chakotay achou engraçado aquela visão tão atrasada e romântica do papel da mulher num relacionamento, porém, se calou.

 

O despertador começou a chiar, puxando-o de volta. Ele dormiu no chão. Com seus músculos reclamando o seu mal trato, vestiu o uniforme rapidamente e foi em direção a enfermaria,  chegou a tempo de ver a comemoração da equipe médica ao dispensar o último tripulante de seu confinamento congelado, mas seus olhos logo se dirigiram para a mulher que ele amava , na cama.

 

— Relatório!

 

— Continua o mesmo comandante, e temo em dizer que a cada hora que passa mais difícil dela retornar —explicou o Doutor, com seriedade e todos os outros liberados



— Então me dêem licença.



Quando a enfermaria ficou vazia e silenciosa, só com os sons do aparelhos de monitoramento, ele puxou uma cadeira, e sentou-se ao lado dela arrumando um fio de cabelo que estava solto.



— Olha, chegamos em casa. Tem uma festa no holodeck esperando só por você, não vá decepcionar a tripulação; sabe, eles precisam de você. preciso de você, volta pra  mim, eu te amo. — Ele pegou nas mãos dela, e as beijou delicadamente, as lágrima caiam silenciosas, ele descansou sua cabeça ao lado de sua cama para esconder suas emoções e dormiu.

O médico,que estava observando tudo, balançou a cabeça em resignação, e saindo de seu escritório  o cobriu.

 

Um tempo depois.



Ela  acordou, demorou para perceber onde estava sentiu um peso em seu estômago,  sem olhar já sabia quem era, levantou os olhos e encontrou o Doutor sorrindo amplamente! Ela



Ele estava vindo rapidamente, mas a capitã fez sinal para não acordar Chakotay. Ela não poderia levantar com ele deitado sobre sua barriga, mas a essa altura do campeonato nada disso importava.

 

— Relatório!!!



— Todos estão acordados e em saúde perfeita a senhora é a última.tenho que fazer alguns procedimentos, já te dispenso, a tripulação ficará eufórica…



Com a conversa, Chakotay acordou e a olhou ainda meio confuso de sono.



— Cap..Kathryn, você voltou?— sussurrou,  ele a olhava com tanta ternura e ela devolvia seu olhar com tamanha intensidade que o Doutor acabou o que tinha que fazer e com um aceno de cabeça saiu para não se intrometer mais que o necessário.

 

— Eu tinha que voltar, tinha que saber se aquilo que você me falou. é verdade .

 

Ele tentou responder, mas como as palavras se negaram a sair ele apenas a beijou...

 

No Theatro Francez Alcazar holográfico

.

 

— Como vocês conseguiam andar com todos esses panos? — reclama Bellana, enquanto tenta se sentar numa das cadeiras do lindo salão de baile que fora decorado nos os mínimos detalhes por  Tom, os homens com suas cartolas e as mulheres com seus lindos vestidos de baile caídos aos ombros.

]

 

— O salão está muito bonito,Tom — disse Samantha bebendo uma taça de champagne. Ela estava linda, com um modesto vestido sem decote bege claro e seus cabelos arrumados de forma elegante.

— A representação não é exata — disse Sete no seu vestido com dois tons de vermelho, e um lindo coque francês.

 

— Como você pode saber, nem esteve lá — resmungou B’ellana em defesa de do trabalho de seu namorado.

 

— Nem você tenente, nem você…

 

— Oras parem com isso vocês meninas, vai começar o show - resmungou o Doutor.



No palco, um quinteto,  composto por clarineta, flauta, cavaco, violão de sete cordas e pandeiro,  um cantor, e uma cantora todos com roupas de época. E uma representação holográfica de Chiquinha Gonzaga, que ficava ao piano, toda feliz e faceira.



Quando a capitão entrou no salão nos braços de seu primeiro oficial, todos aplaudiram e comemoram, finalmente eles tinham motivo para festejar..



A música alegre enchia o ambiente enquanto todos esvaziavam as taças. Comandante Pinheiro e a  alferes Mhirnal também foram convidados, assim como os oficiais médicos, que trabalharam duro para que todos estivessem ali. Dançarinos holográficos se misturavam aos oficiais no meio do baile. Num momento Chiquinha se levanta, e pede a palavra.



Essa melodia que é muito especial para mim, eu queria  dedicá-la a Madame Catherine O'Donnell; ela se chama Lua Branca.



Todos olharam para Tom que também não entendeu nada, ele veio e desculpando.



— Não sei como isso aconteceu Capitão, eu não a programei para...espere que música é essa? Com certeza eu não a coloquei no repertório.



— Veja o que aconteceu, peça ajuda.  — Ele saiu correndo atrás da ajuda de B’ellana quando  a capitã segurou no seu braço e completou. — A última vez que  hologramas resolveram ter vida própria a coisa ficou feia,



Chakotay estava chocado, era a canção que Chiquinha tinha feito pra Kathryn em sua visão, isso era impossível.



— O que há com você, Comandante?

 

— Na minha visão, ela mostra essa melodia, diz que fez pra você e aconselha-me a declarar que te amo.

 

—Bom conselho, mas isso é impossível Chakotay, o Tom sabia da sua visão?



— Não! Nunca, eu sou muito reservado com essas coisas

.

 

A música acabou e enquanto todos aplaudiam, a maestrina veio diretamente até eles. Kathryn apertou um pouco mais forte o bíceps de Chakotay e sorriu.



— Amei a melodia, obrigada

.

 

— Obrigada vosmecê, por me salvar, o espetáculo ficou ruim, mas era meio fraquinho mesmo.



— Como você sabe...você é só um holograma.



— `É disso que chamam hoje em dia? — disse sorrindo Dona Chiquinha. — Bem independente eu vim me despedir.  



Ela se virou para Chakotay e perguntou:



— Pelo que vejo você disse a ela. — Ele sorriu em afirmação. — Desejo que  sejam felizes, — E sumiu em uma mancha brilhante.



Alguns minutos depois, Paris e B’ellana vieram prestar contas ao capitão.



— Capitão, eu não sei o que aconteceu, e não programei a música e nem o holograma para  nos reconhecer ou lembrar da nossa visita a Terra!



— E tem mais, o holograma de Chiquinha Gonzaga não poderia estar funcionando suas sub rotinas estão em conflito. Era impossível ela ter aparecido

.

 

— Capitão tem coisas que não são para ser explicadas — sussurrou docemente Chakotay.

Ele segurou em seus ombros, e se aproximando de milimetro a milimetro.



— Senão estou correndo o  risco de me tornar uma niilista e perder o gosto pela vida? — disse ela com um quase sorriso, malicioso.



B”ellana cruzou os braços seu peito.



—- Sério Tom, eles esqueceram que estamos aqui, é melhor sairmos agora — disse ela  puxando o piloto pelo braço.



— Eu não posso te dar uma explicação lógica, mas  a maestrina me aconselhou a lhe dizer que eu te amo— disse ele tão perto que o calor de seu hálito lhe causou deliciosos arrepios. Ela agarrou  a lapela de seu casaco e o trouxe para ainda mais perto, e sussurrou no canto de sua boca.



— E seguindo sua voz,  achei meu caminho para casa.



Nada mais precisava ser falado que não pudesse ser dito com um beijo.

FIM!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Niilismo é uma doutrina filosófica que indica um pessimismo e ceticismo extremos perante qualquer situação ou realidade possível. Consiste na negação de todos os princípios religiosos, políticos e sociais.
niilista ( aquele que adota essa doutrina ou ponto de vista) ~
fonte https://www.significados.com.br/niilismo/



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "..e acaba num musical mostrando a Dança do Maxixe!" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.