Quem sou eu? escrita por KuroiInu


Capítulo 11
Décimo Primeiro


Notas iniciais do capítulo

Cara, eu achei que conseguiria terminar essa parte da história dos antecessores nesse capítulo... Como eu estava enganada, para aquelas que gostaram vai ter mais um capítulo com a história da princesa e meu querido ladrão. Como sempre espero que gostem.



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Ladybug corria e saltava pelos telhados das casas adorando a sensação de liberdade que estava tendo, vestindo aquela roupa ela sentia que poderia fazer tudo e como Tikki dissera ela sentia que podia salvar sua cidade, ela correu para a catedral da cidade e a escalou ficando no topo da construção olhando para a cidade, pendurada pelo fio do seu ioiô até que ouviu.

— Está uma linda noite não é mesmo? – Pega de surpresa a mesma quase cai mas é segurada pela cintura pelo outro ser, a sensação de ter uma mão a tocando naquela área a deixava um pouco desconfortável pois não era normal alguém toca-la com tanta casualidade mas ela não tinha vontade de se soltar um forte elo com aquela pessoa a fazia olha-lo diretamente nos olhos e ver uma íris de um lindo tom azulado o qual ela nunca tinha visto.

— Q-quem é você? – Balbuciou ela encantada pelo garoto, era evidente que seus cabelos eram castanhos e sua pele morena um tanto exótica para a jovem, mas sua aparência só fazia destacar os olhos os quais ela não parava de encarar isso fez um sorriso surgir nos lábios do garoto.

— Hum... Acho que pode me chamar de... Chat Noir. E você? Como posso chama-la? – Ainda perdida ela demorou para responde-lo, o que o jovem achou graça e brincou. – O gato comeu sua língua linda donzela? Pois não lembro de tê-lo feito, tão pouco ter conhecido uma donzela como você. – Disse aproximando o rosto ao dela que imediatamente se afastou virando o rosto e falando sem jeito.

— D..desculpe, mas nenhum gato de rua jamais se aproximou de mim o suficiente para ter nada. – Disse se desvinculando dele e ficando a se segurar no ioiô. – Pode me chamar de Ladybug, C – h – a – t – N – o – i – r. – Falou o nome dele lentamente para provocá-lo aproximando e passando o dedo de seu peitoral e subindo pelo pescoço fazendo um breve carinho abaixo do queixo do mesmo que dessa vez ele ficou desconsertado como ato dela.

— Então é uma donzela difícil eu vejo, mas isso não diminui meu interesse querida Ladybug. Espero que possamos trabalhar bem juntos de hoje em diante contra o mal e que me desculpe se no meu caminho eu pego pequenas coisas de valor. – Disse ele mostrando um saco cheio de joias e outras coisas de valores.

— O que?! Você está usando seu poder para roubar?! Como pode? – Falou tentando pegar o saco de joias que logo saiu de seu alcance quando o garoto subiu e ficou equilibrado na ponta da cruz do telhado da catedral.

— Oras, my Lady! Como você mesmo insinuou eu sou um gato de rua. E o que eles fazem quando veem algo do que gostam a sua frente? – Ela não falou nada apenas o olhava com descredito. – Exatamente isso que você pensa eles roubam! E tente entender não são todos que podem ter banhos com pétalas de rosas, alguns tomam banho frio e eu não faço isso por mim faço para ajudar aqueles que nada tem, então tire esse olhar horrível do seu rosto perfeito. – Surpresa com as palavras dele ela tenta rebater.

— Eu sei que algumas pessoas da cidade sofrem por causa dos impostos do rei, mas é algo necessário! Estamos em guerra! E-e como sabe que tomei banho com pétalas de rosas? – Novamente ele colocar um sorriso malandro no rosto olhando para ela de cima.

— Eu posso sentir seu cheiro e como as joaninhas ao qual seu nome se refere adora flores, hahaha! Mas... Ainda é uma joaninha iludida, a guerra já acabou o reino está em falência e nosso querido rei ainda quer viver em regalias enquanto seu povo morre de fome, pense nisso e investigue mais e depois discutimos outro dia, até lá. – Disse ele e caiu para trás assustando a jovem que logo subiu onde ele estava para ver se o mesmo tinha caído e se machucado mas a única coisa que acontecera foi que os olhos da princesa foram abertos em relação as ações de seu pai.

Ladybug depois de experimentar sua agilidade e encontrar com o garoto volta para seu quarto no alto do castelo sem que ninguém a veja e se destransforma caindo na cama e Tikki surge ao flutuando ao seu lado.

— Meu Deus! Como aquele garoto é irrite!

— Ele te irrita mais ainda sim te deixou balançada.

— N...não foi isso... É que ele era bem diferente das pessoas que eu encontro...

— Hahahaha! Você pode estar se apaixonando.

— O que? Isso nunca! Eu vou dormir! E amanhã averiguar sobre o que ele falou o que quer que meu pai esteja fazendo eu vou dar um jeito.

— Tudo bem, eu estarei com você. Boa noite.

— Boa noite Tikki.

Depois do seu primeiro encontro com Chat Noir a Princesa realmente começou a investigar mais sobre seu pai e o que descobriu é que o gato falava a verdade e atualmente o rei estava em uma batalha interna para capturar um grupo de rebeldes que estavam roubando o dinheiro dos impostos, sem demorar muito a Princesa associou o jovem Chat Noir a aquele grupo de alguma forma e como companheira dele ela pensou em ajuda-los a ir contra seu pai.

Assim quando o primeiro vilão possuído apareceu logo ambos heróis apareceram para derrota-lo e depois de fazê-lo antes de cada um ir para um lado Ladybug segura na mão de Chat e aproxima de sua orelha ou onde ela acha que ficava pois a transformação dele escondia sua orelha e deixava em relevo as de gato.

— Hoje a meia noite na porta lateral da ala leste do castelo vai ver uma luz pendurada na porta, vá encontrar uma jovem que vai ajudar seu grupo com informações se assim quiser. – Ela disse a ele e saiu saltando para onde quer que ele retornasse. Já Chat demorou um pouco para associar aquele acontecido, mas sorriu saindo saltando pelos telhados, Para quem visse suas roupas eram bem normais para um homem, todas em tons de preto com alguns detalhes em peculiares, como o guiso como fecho do pescoço e a calda que saia da parte traseira de seu sinto, como Ladybug sua roupa tinha capa, mas a dele era acrescida com um capuz.

O garoto volta ao seu esconderijo na floresta e encontra seus amigos todos felizes com os ganhos que receberam enquanto ele estava na forma de Chat Noir, todos cantavam e dançavam alegres.

— Com Chat Noir nos ajudando logo poderemos vencer o Rei!! Hahaha!

Ouvir aquela frase mexeu um pouco com ele, pois aquela noite ele iria ter que ir até o castelo encontrar a garota que Ladybug dissera, ele não sabia o porquê mas estava nervo em encontrar com a garota. Com o cair da noite transformado em Chat Noir ele foi até o local de encontro e esperou escondido em uma árvore o sinal de luz na porta certa, tinha tantas que era difícil saber em qual ela iria sair. Por fim avistou uma porta se abrindo e uma mão colocando ali uma lamparina, então aquela era a porta rapidamente ele desce da árvore e vai a porta batendo.

A Princesa usou de toda a confiança que tinha em sua empregada para que ela concordasse com o encontro daquela noite, assim que conseguiu foi ao local e colocou a lamparina na porta, se escondendo em um capuz para não ser reconhecida e logo voltando para o lado de dentro esperando até que ouviu alguém bater e assim que abriu deu de cara com Chat Noir ela sentiu seu coração acelerar para quase sair pela boca ou então parar.

— Então, a Senhorita é quem vai me dar informações sigilosas? – a jovem demorou-se novamente em responder até que por fim disse.

— S-sim, Ladybug que te deu o recado?

— Ela em pessoa, estou aos seus serviços. Prazer em conhece-la, pode me chamar de Chat Noir, minha donzela. – Disse o mesmo fazendo reverencia e segurando a mão da jovem levando os lábios dando-lhe um suave beijo nas costas da mão, enquanto a olhava nos olhos. Sem jeito ela cora tirando a mão assim que ele a libertava.

— O...Obrigada, mas estou aqui para lhe passar informações. – Diferente de quando estava como Ladybug ela se sentia vulnerável a aquele rapaz, mas não podia se deixar abalar agora, tinha uma missão.

— E quais seriam essas? Minha doce donzela.

— O rei, ele está montando uma guarda para capturar os rebeldes..

— Isso nós já sabemos, o que mais? – Falou ele se aproximando dela e a puxando para fora do lugar pela cintura.

— V-vocês sabem... Mas sabem que vai ser uma armadilha o próximo carregamento? – Disse ficando mais vermelha a cada segundo que ficava perto dele. Ele a ouvia e cada vez que olhava nos olhos dela mas seu rosto ainda estava um pouco escurecido pelo capuz, ele se sentia tentado a provoca-la e assim fazia, ele a observava com curiosidades mas sua atenção ficava nos olhos, olhos os quais eram castanhos mais com um pequeno tom de verde envolta da pupila, como se olhar de mais o hipnotizasse e como feitiço ele aproximava ainda mais o rosto ao dela sussurrando sobre seus lábios.

— Isso nós não sabíamos. Onde vai estar o carregamento verdadeiro? – A proximidade dele fazia o coração dela acelerar e a sensação do calor do hálito dele vir de encontro a sua boca a deixava de pernas bambas.

— Va...vai pegar uma outra rota... entre a floresta... eu... eu...

— Você? – Perguntou dele tocando a ponta do nariz ao dela. Enquanto a mesma segurava seu capuz para não cair e tentava falar.

— Te..tenho um mapa.

— Um mapa que leva ao tesouro, algo que um gatuno como eu não iria resistir em explorar, não? – Falou segurando uma das mãos dela que segurava o capuz a fazendo soltar um lado e depois o outro de forma lenta para então sob a luz da lua e olhar a donzela que o tentava, sorriu ao observar melhor o rosto dela, com sardas espalhadas sobre as bochechas e o nariz, pele clara e reluzente, cabelos loiros como fios de ouro e o cheiro... O cheiro de pétalas de rosas.

— Eu... creio que não... – Ela falou ficando imóvel assim que seu rosto estava exposto a ele, que tomava uma expressão como se ela não pudesse esconder mais nada dele e de seus olhos.

— Está certa, nenhum tesouro me escapa, M – y – L – a – d – y. – Ele falou em um tom rouco e baixo a abraçando e cortando mais o espaço entre eles e soletrando a última parte como um sinal do que descobrira, para depois se desvincular da mesma, erguendo o mapa frente aos lábios que esboçavam um sorriso travesso e seguia para a noite, deixando a jovem só e desnorteada enquanto voltava para seu quarto.

— O que foi isso...

— O que, Princesa?

— Chat Noir, Tikki. Ele... – Ela falou colocando a mão sobre os lábios ainda com a sensação do hálito dele mas sem o beijo que por um momento ela desejou que tivesse acontecido.

— Ele o que? – Tikki pergunta sorrindo entendendo o que se passava com a garota, não era a primeira vez que isso acontecia e provavelmente não seria a última.

— Ele foi um completo atirado! Ele me tocou indevidamente e de forma i-intima de novo!

— E isso te incomodou?

— Sim! Ele nem sabia que era eu a Ladybug e me tratou da mesma forma. Ainda por cima usou o “my lady” como eu fiz quando...

— O que? – Perguntou Tikki curiosa.

— Ele sabe que sou eu!

— Como ele pode saber, Princesa? Você não falou né?

— Eu não disse, mas quando foi se despedir ele fez como eu fiz no nosso primeiro encontro.

— Às vezes ele estava só te provocando e parece que conseguiu.

— Não! Não conseguiu eu não estou provocada. – Protestou a princesa, mas depois daquela noite, em todas a outras as quais se encontrou com Chat ela sempre voltava irritada para o quarto e com o rosto tão vermelho como um tomate, Tikki se divertia em ver aquilo, pois sabia o que devia estar acontecendo com a jovem Princesa já que até mesmo após as batalhas Chat Noir conseguia arrumar um momento para provoca-la e deixa-la desconsertada, por mais que recebesse advertências sobre isso.

Chat Noir depois daquele dia que obteve informações para seus amigos ele passava boa parte de suas noites observando o castelo, pois sabia que sua Lady estava lá dentro em algum lugar, provavelmente irritada com as provocações que ele não resistia em fazer, desde o momento que a olhara naquela catedral seu coração ficara mexido por ela e a primeira noite que a encontrara para obter informações ele não teria notado que era ela se não fosse pelo seu cheiro, que não importava onde passasse ou quem conhecesse, mesmo da nobreza nenhuma mulher tinha o mesmo cheiro que ela.

Entendam naquela época poucas pessoas mantinham sua higiene constante usavam muito de perfumes para camuflar o cheiro da falta de banho, mas a Lady de Chat Noir tinha sua higiene em dia sempre estava com aquele cheiro de pétalas de rosas, o que atraia o jovem de muitas formas, ela era única e por essa razão ele visitou muitas jovens nobres do reino, nobres porque ele sabia que uma serva não poderia se banhar todos os dias só podia ser alguém com riquezas assim ele ia em todas a casas de nobres e depois de nenhuma delas ser sua Lady só restava uma única jovem para visitar aquela que vivia no castelo.

E depois de muito pensar o que faria para encontrá-la ele fez a coisa mais arriscada que poderia fazer ele tomou o lugar de um dos guardas que a acompanhavam e um dia em que ela estava no jardim como sempre fazia ele foi até ela.

— Bom dia, Princesa. – Disse ficando em pé e aposto ao lado da jovem. Ela por sua vez nem o olhou apenas continuou a ler o livro como sempre fazia naquele horário.

— Bom dia, soldado. A que devo sua visita? Mensagem do meu pai?

— Pelo contrário, My Lady. Vim apenas por você. – Disse ele se ajoelhando diante dela e pegando sua mão novamente e lhe dando o conhecido beijo, a fitando nos olhos como sempre fazia. Ela ao ouvi-lo pronunciar aquelas duas últimas palavras parou de ler e o olhou logo ficando com o rosto corado.

— I-identifique-se. – Falou gaguejando um pouco, já sabendo da resposta em seu coração.

— Eu sou seu gato e capacho. Sou aquele que a acompanha de dia e de noite em suas batalhas, sou seu gato de rua que rouba dos ricos e dá aos pobres, quem sou eu, my Lady? – Ele sorriu ainda segurando sua mão. Um pouco surpresa e perplexa ela consegue falar.

— Chat Noir.

— Esperta como sempre, my Lady. – Falou se levantando e ficando frente a mesma agora tocando suavemente a bochecha colocando alguns fios de seu cabelo atrás da orelha da mesma aproximando seu rosto ao dela sussurrando. – Eu sei o seu segredo. – Disse e roubou-lhe um beijo que para ela pareceu demorar minutos.


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Notas finais do capítulo

Agora é o de sempre, peço para me avisarem se tiver algum erro no capítulo e que deixem suas opiniões. Mas quero acrescentar que esses capítulos dos Antecessores eu estou me inspirando na história do Robin Hood, eu sei que a história dele se passa na Inglaterra, mas eu gosto muito da história dele e achei que cairia certinho para o que eu queria como inspiração. Realmente espero que tenham gostado, provavelmente o próximo capítulo vai ser o ultimo contando a história dos antecessores e assim voltarei para nossos queridos Adrien e Marinette.

Beijinhos! =^w^=