Muitas pessoas dizem que, para alguém gostar de você, você não deve gostar muito dessa pessoa. Ela discorda. Pensa que todos tem algo a oferecer, mesmo que seja um coração partido, então trata as pessoas como gostaria que a tratassem.  E de repente se pega amando cada particularidade daquele ser que chegou como quem não quer nada, mas acabou levando tudo. Inclusive seu coração. Porém, ela gosta de imaginar que, dentro de si, tem um estoque. Que, assim que aquele for levado, será substituído, permitindo que ela ame novamente.

Então, ela sempre se permite. Algumas vezes quebra a cara no início, outras no meio e talvez até no fim.

Fim.

Sempre viu certa poesia nessa palavra. Afinal, fim também é início. Se algo acaba, outra coisa começa.

E apesar dos inúmeros corações substituídos e de tanta cara quebrada, que quase não se conserta mais, acredita que um dia alguém a aceitará com todas as rachaduras dos tombos anteriores.

Afinal, se ela não acreditar, quem o fará?