Era um dia calmo na boa e velha Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Alguns alunos iam para o salão principal participar do almoço, enquanto outros estavam a sombra dos estudos.

O mais curioso que ocorria naquela tarde era que o Diretor andava apressado por entre os vários alunos. Ele segurava dois livros, de aparência boa. Seus olhos mexiam vagamente por trás dos oclinhos meia-lua, enquanto pedia desculpa por esbarrar em alguns ombros.

Sua capa branca esvoaçava entre os corredores, enquanto ele refletia sobre aquele acontecimento inédito. A carta estava endereçada à seis pessoas, duas delas Dumbledore achou estremamente curioso.

Foi quando avistou alguns alunos que um sorriso apareceu. A jovem, ruiva de cabelos acaju, discutia com um garoto de cabelos negros bagunçados. A medida que os gritos aumentavam, dois jovens que estavam acompanhando os mesmos tinham feições diferenciadas.

O primeiro tinha o rosto divertido, e murmurava piadas de mal gosto. O segundo parecia está em uma luta consigo mesmo sobre achar aquilo engraçado ou intervir.

— Senhores. - Dumbledore chamou-os. Eles pararam imediatamente e o olharam assustados. O Diretor tinha uma feição divertida. - Preciso dos quatro em minha sala.

E sem dizer absolutamente nada, saiu a procura dos outros dois estudantes que deveriam está presentes. Foi em direção as Masmorras, encontrando um deles. Severo Snape estava indo para a fora, e ficou bastante surpreso com a presença do Diretor.

— Senhor Snape, me acompanhe. - disse Dumbledore. Severo assentiu confuso, enquanto seguia o diretor.

Alguns murmúrios eram ouvidos, e Dumbledore finalmente sorriu aliviado por encontrar o último aluno. Régulos Black estava ajeitando alguns livros, e ficou muito surpreso com a visita inesperada.

— Senhor Black, acompanhe-me. - disse Alvo.

Os dois sonserinos se analisaram, e acompanharam o velho senhor.

Foi quando todos, quase ao mesmo tempo chegaram a gárgula, que a confusão invadiu seus olhares. Sirius e Régulos se encararam, cada um demonstrando um desgosto falso, para manter as aparências. Lily fitou com certa arrogância James, que deu os ombros. Provavelmente a ruiva de olhos esmeraldas pensava que os Marotos haviam feito algo a Severo.

O Snape simplismente se perguntava o que estava fazendo ali, enquanto Remus também se fazia perguntas. O Diretor sempre fora imprevisível.

Entraram na sala, e foi quando Sirius abriu a boca para falar.

— O que fazemos aqui? Eu juro que dessa vez foi culpa do Peter. - disse ele rapidamente. Severo e Régulos rolaram os olhos, e Dumbledore os estudou.

— Garanto que esteja falando a verdade, - começou Alvo. - mas não os trouxe aqui para castigá-los. Hoje, eu recebi uma carta curiosa, endereçada a vocês. Já testei todos os meios de que poderia ser perigoso, e afinal, era apenas um papel.

Dumbledore retirou a carta do bolso e entregou a Lily, que estava mais próxima dele. A ruiva crispou os lábios, realmente havia seu nome e de todos naquela carta.

— Creio que deva ler. - sugeriu Dumbledore. Lily assentiu, abrindo. A tensão era vista na sala, e então a ruiva disse as palavras em voz alta:

Para alguns, essa carta seria apenas um papel vazio, mas vendo que estão a lendo, todos estão presentes.

Junto da carta, há dois livros, um com a capa vermelha, e outro com a capa verde.

Dumbledore esticou os dois livros para os jovens, que os contemplaram. Lily coçou a garganta para continuar sua leitura.

Vou explicar tudo da forma mais simples possível. Prestem atenção.

Esses dois livros contam histórias estremamentes diferentes. O primeiro, cujo capa é vermelha, contará as constantes batalhas de um bruxo, e como ele derrotou Voldemort. Sua história exigiu perdas e muitas mortes, por isso escolhir essa cor para representar sua história. Peço que tentem entender o lado do mesmo. O livro pode ser de aspecto pequeno, pois ele será uma base. Não haverá nada muito grande.

Todos pararam de respirar por um momento. Quem seria esse tal bruxo? Os pensamentos de todos iam a mil. Severo e Régulos pensavam em como haviam derrotado Voldemort, mas aparentemente ninguém ali ligava. Lily então continuou sua leitura.

O segundo livro falará de uma geração alegre e feliz. Com a leitura do primeiro, o segundo livro estará em constantes mudanças, desde ao aparecimentos de novas pessoas, ao avivamento de outras. Depende de vocês, e seus pensamentos. Escolhir a cor verde, que simboliza e esperança, cujo as pessoas tiveram para tudo ocorrer.

Suspiros aliviados ocuparam o local. Os únicos que ainda não entendiam muito bem eram os dois sonserinos na sala.

Por isso peço que não julgue absolutamente ninguém durante a leitura. O primeiro conterá pequenos resumos da vida do menino, e o segundo será mais detalhado.

O segundo livro só poderá ser lido com uma condição: Deverão ouvir o resumo do início do primeiro livro, que será falado por um amiga, cujo chegará pouco depois do término da carta. Ela explicará todo o resto a vocês, e assim saberão sobre o que o futuro lhes aguarda.

Um grande abraço,

T.L

Lily parou, e encarou todos na sala. O que estava havendo ali afinal? Remus se mexeu desconfortável, enquanto fitava Sirius e James.

— Quem é esse tal, T.L? - Régulos perguntou derrepente. - Isso tudo é perda de tempo!

Mas ele mal disse isso e uma luz invadiu a sala. Uma garota de olhos verdes escuros, cabelos loiros e sorriso divertido surgiu no local. Ela olhava tudo ali curiosa, e sorriu mais ainda vendo as pessoas a sua frente.

— Oi gente! - a garota disse gratuitamente, enquanto saltitava para perto deles. Assim que avistou Dumbledore, aparatou, parando na frente do Diretor e o agarrando pela cintura. - Ai meu Merlinzinho! Eu te amo Tio Dumby!

James e Sirius riram da animação da garota, que contemplava Dumbledore com certa adoração. O velho riu, achando graça naquilo.

— Oh! Eu fico lisonjeado, mas poderia me soltar? - perguntou ele rindo divertido. - Suponho que seja a amiga que vai ler para nós.

— Sou eu mesma. - disse ela, se soltando do Diretor. Ela saltitou por entre a sala, feliz da vida. - Eu vou precisar ler para toda a Hogwarts, foi o que o T.L disse, podemos fazer isso no salão principal e... - ela se virou e deu um grito. - SEVERO SNAPE!

A garota aparatou na frente do sonserino, dando-lhe um susto e o fazendo capotar para trás. Severo foi derrubado pela menina, que o encarava com um sorrisinho adorável, enquanto piscava os olhos.

— Oi coisa fofa! - disse ela alegre, enquanto tinha seu rosto quase grudado no de Snape.

— Quer sair de cima de mim? - reclamou ele, e ela juntou suas testas ainda sorrindo.

— Estou bem aqui. - disse. Ouviu-se alguém pigarrear, e a garota solta o sonserino. - Desculpe Tio Dumby. Eu me empolguei.

— Eu fico surpreso por ter se empolgado com o Ranhoso. - resmungou Sirius, que sempre teve certa atenção do público feminino.

— Ele é perfeito! Amo caras maus. - disse ela sorrindo. - Hey, cadê os livros?

Remus ainda observava a garota misteriosa com um rosto franzido. Como ela conseguia aparatar dentro de Hogwarts?

— Desculpe...? - ele chamou-a. A garota se virou para ele e sorriu.

— Diga, Remusco. - falou ela divertida. Remus sentiu suas bochechas esquentarem, mas ignorou.

— Como consegue aparatar em Hogwarts? - perguntou. Ela sorriu abobada, parecendo gostar de responder aquela pergunta.

— Eu tenho permição, pois sou a herdeira dos quatro fundadores. É super legal, não? - disse animada, enquanto pegava o livro de capa vermelha. - Sinceramente, eu sei essa história de cabeça para baixo, não preciso disso.

E fez o objeto desaparecer. Ela se virou para Dumbledore e sorriu animada.

— Quando começamos a nossa leitura? E se eu for ficar em algum dormitório, me deixe o mais próximo do Snapezinho ali. - falou ela, fazendo Severo rolar os olhos e Dumbledore assentir de maneira risonha. - Ah! A propósito, meu nome é Alexandra, mas me chamem de Lexi.