Digital World - Danger escrita por Josmo


Capítulo 9
Capítulo 9 – Jornada! A caminho do poder!


Notas iniciais do capítulo

Pronto, fiz a parte que eu tanto queria. Não é o mais desejado, mas eu queria bastante fazer isso do fim... hohoho



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O destino era claro, buscar a tal moça que faria os digimons evoluírem para que Mephistomon pudesse ser derrotado. Todos sabiam que mesmo no nível Perfeito, seria um milagre a vitória contra aquele digimon maligno, porque ele ainda pudera evoluir para um novo nível. Mesmo assim, todos dormiam tranquilamente enquanto o sol não raiava. Enquanto todos estavam tranquilos, Lucas estava inquieto no local onde estava. Ele dormia, mas seus sonhos não eram os melhores. A inexplicável ligação entre domador e digimon era tão forte que em poucos dias no mundo digital, qualquer perigo que seus parceiros corressem era terrível para o outro. E este era o perigo para Lucas, seus sonhos conturbados.

 

- Impmon... Impmon! Cadê você?! Pessoal! - Estava correndo em um lugar obscuro, o chão era uma espécie de xadrez roxo com preto, não haviam paredes, era apenas o chão infinito e um espaço negro cheio de ondas que distorciam o local, portas flutuando. - Ah, pessoal! - Era o único que estava vestindo pijamas, com os pés descalços. Seu pijama de coloração azul clara com algumas bolas de tom azul mais escuro, junto com seu cabelo bagunçado, faria com que todos rissem. Eles realmente riam, mas não era disso. - Por que vocês estão rindo? O que há de tão engraçado? - E apontavam para o garoto. Não, era acima dele. O que queriam mostrar era o que havia atrás do rapaz, seu parceiro digimon totalmente “arrebentado”. Estava todo machucado, com as luvas e o lenço que vestia rasgados, assim como aparentava sua pele. Os parceiros digimons dos companheiros de Lucas também apontavam para Impmon, chegando a chorar de rir. - Parem... Por favor, parem... - Foi quando BlackAgumon dispara sua Baby Flame em direção de Impmon, e Elecmon usa o seu Sparkling Thunder em direção do domador. - NÃO, IMPMON! - Este percebera que era um sonho, e todos o encaravam assustados, pois seus gritos haviam acordado o resto. - Ai meu Deus, era um sonho...

- O que houve, Lucas? Você nos deu um enorme dum susto, rapaz.

- Ah, eu tive um pesadelo terrível...

 

Ele contara o seu sonho para todos, que ficavam um tanto chocados com a história. Imaginavam-se no lugar dele, com seus digimons correndo perigo real, ameaçados pelos próprios companheiros. Alguns chegavam até a sentir um calafrio gelando sua espinha. Foi aí que todos olharam para o céu e percebiam que estava claro novamente, era dia no mundo digital. Todos levantam-se, dão uma “ajeitada” nas roupas e preparam-se para partir. Era cedo, o dia recém tinha começado, era o equivalente a seis horas da manhã, aproximadamente.

 

- Bem, então vamos partir! Precisamos encontrar aquela tal “guardiã do poder evolutivo”!

- “Guardiã do poder evolutivo”?

- Sim, eu que inventei o apelido. O que acharam?

- É... Interessante... - Diziam todos ao mesmo tempo, não dando muita importância para o comentário. Todos sabiam que deveriam partir, e ninguém precisava anunciar isso.

- Bem, vamos lá então! Lucas, está com a gente?

- Claro.

 

O garoto parecia estar um pouco abatido ainda por ver tais imagens na sua imaginação. Todos começavam a caminhar então em direção à trilha que ficava na saída da cidade. Quando chegavam no início, olhavam para os lados da trilha e percebiam como era se caísse de lá. O espaço era tão escuro que não se enxergava nada. Airton se aproxima, ajoelha-se em frente ao penhasco, bota a cabeça de lado para baixo e percebe como a trilha era suspensa, com finos pilares de pedra. Ele soltava um “Ow!”, para que pudesse ouvir o eco. A sua própria voz era ouvida dezenas de vezes, ficando cada vez mais fraca. O penhasco era realmente muito profundo, todos estavam surpresos e apavorados. Resolviam então andar de forma linear, para que não corressem perigo. O digimon ia na frente, com o domador atrás. Era na ordem: Guilherme, Airton, Lucas, Danillo, Juan. Uma espécie de formação, mas sem o sentido de fazê-la.

 

- Eu não quero cair lá em baixo... Cara, olha isso... Que medo.

- Para de pensar nisso, e não olha pra baixo. Isso vai te deixar com mais medo ainda, é o que dizem.

- Ok...

 

Enquanto caminhavam, podiam ser observados vários digimons voadores como: Harpymon, Pteramon, Aquilamon. Eles pareciam estar migrando, quando na verdade fugiam de algo. Algo muito distante, talvez um digimon, talvez uma ameaça natural. Não se sabia, apenas via-se os digimons fugindo. E é quando uma Harpymon para em frente a Elecmon, olhando para a face de Guilherme fixamente.

 

- Vocês não devem ir para aquele local. Coisas terríveis estão acontecendo, vocês não devem ir para lá!

- Como assim? O que acontece por lá?

- Coisas ruins acontecem! Coisas ruins!

 

Os escolhidos ficam confusos com a mensagem passada por Harpymon, mas sabiam que coisa boa não havia no fim da trilha, ou onde quer que fosse o lugar, porque dava um dia inteiro de caminhada. Diversas vezes digimons voadores paravam para alertar os escolhidos de que não era boa ideia seguir até lá, mas não eram ouvidos. Quanto mais se aproximavam, menor era a quantidade de digimons, mas o fim da trilha e a “base” onde ficava a montanha ficavam cada vez mais claras. Podia-se notar alguns riscos de uma cor mista de roxa com negro, que quase não eram percebidas. Ninguém falara nada no grupo, até porque pensavam que era sintoma do cansaço por caminhar tanto. Já havia passado pelo menos 6 horas que todos caminhavam, e é claro, faziam breves paradas para recuperar o fôlego. O fim da trilha ainda era longe, embora já avistado. Assim com o fim da trilha, os “riscos” eram mais frequentes e mais fortes, agora todos percebiam que não era coisa boa. Podia-se perceber também alguns gritos vindos do longe, mas tão fracos que não eram ouvidos pela maioria, apenas os com audição mais sensível conseguiam ouvir.

 

- Alguém consegue ouvir isso..?

- Isso o quê?

- Um som... Parecem gritos...

- Gritos? Será que existe um digimon maligno por lá?!

- Ah, não é possível... Será que não teremos um dia de folga?

- Não devemos nos preocupar com isso agora, devemos apenas seguir em frente!

- Certo.

 

Guilherme estava sendo um ótimo líder no momento, até porque ninguém mais quisera dar ordens ao resto do grupo. De qualquer modo, os gritos ficavam mais altos, os riscos tornavam-se explosões, o fim da trilha era aparente, e todos ficavam cada vez mais preocupados com o que aconteceria quando chegassem ao fim da trilha. Podiam ver alguns digimons batendo suas asas com o máximo de velocidade que pudessem para que conseguissem fugir do local, e mesmo assim, estavam assustadíssimos. Depois de mais algumas horas de desespero e terror, aproximadamente 4 horas, os escolhidos chegavam finalmente ao fim da trilha. Ninguém aguentava ficar em pé, suas pernas estavam imóveis, conseguiam apenas sentar-se no chão. Os gritos paravam, juntamente com as explosões de energia negra. Aquilo havia terminado há poucos minutos antes de chegarem. Parecia ser realmente obra de um digimon, pois explosões de energia negra não ocorrem dessa forma naturalmente.

 

- Eu não aguento mais! Quero ir pra casa, já nem quero mais ir pro Rio. Esse mundo digital tá acabando com a gente, eu quero ver a minha mãe! Sinto falta do suco que ela faz.

- Acredito que todos queremos ir para casa, mas não vamos ficar reclamando agora. Ninguém nunca viu as reportagens contando sobre outras crianças que foram para o mundo digital diversas vezes?

- Sim, eu vi... Achei fascinante, mas não acreditava que fosse verdade. Agora que estamos aqui, posso notar como isso é verídico.

- Chega, gente! Eu não aguento mais isso! Criamos laços com monstros digitais, temos que salvar um mundo que nem é nosso, e tudo cai sobre nossas costas! O pior é que realmente viramos amigos dos digimons, e se não formos embora, iremos criar laços maiores ainda. Eu não quero isso, quero apenas ir pra casa e tomar suco! - Impmon chegava a ficar com o olhar triste e as orelhas um pouco caídas ao ouvir tais duras palavras de seu domador. Parecia que ele era um fardo, e pensava em facilitar tudo, mas sabia que não era o certo a se fazer. Ninguém mais aguentava o mundo digital, mas o dever deles, e a forma de voltar ao mundo real, era destruir os inimigos que faziam mal por lá.

- Que saco, Lucas! Para de reclamar, menino chato! Se você quer chorar pra sua mãe, pode ficar aqui enquanto vamos salvar esse lugar, mas não fica reclamando!

- Ah, é mesmo? Vocês se acham os bonzões né? São os melhores, todos viram seus digimons evoluírem! E quando o meu digimon finalmente evoluiu e ficou forte, eu não conseguir ver! Se vocês se acham tão bons, se virem se mim! - Levantava-se, botava Impmon debaixo do braço, como se fosse um brinquedo, e saía correndo em direção de uma densa floresta que ficava à esquerda de onde paravam os garotos para descansar.

- Ah, ótimo. Agora ainda temos que procurar esse pirralho.

- Juan, cala a boca. Olha o que você fez. Agora além de nos preocuparmos conosco, teremos de nos preocupar em encontrar o Lucas também. Você e sua maldita boca...

- Ah, ótimo! Tudo que eu precisava! A culpa também é minha, legal.

- É sua sim, e fique quieto! Eu não vou fugir como o Lucas fez, mas posso fazer você ficar quietinho sem nem me mover.

- Ah, é mesmo? E se eu te empurrar a mão na cara, seu nerd idiota?

- CHEGA! Pocha, gente! Um parceiro foge, e vocês continuam brigando? Façam um favor a mim e a vocês próprios, calem a boca AMBOS! É o fim da briga, entenderam? Não quero ter mais ninguém discutindo por aqui. Fui claro, Juan e Danillo?

- Como quiser. Não posso fazer nada se um otário desses anda com a gente.

- Um dia eu ainda te dou um jeito, nerdzinho idiota.

- Eu disse que chega.

- Certo, certo.

 

A situação parecia estar “do jeito que o diabo gosta”. Com um discórdia no grupo, além, de um parceiro perdido, era tudo que os digimons malignos precisavam para atacar. O estranho, era que nenhum digimon aparecera por lá até o momento, nem amigo e nem inimigo. O local onde ficava a montanha era uma espécie de ilha flutuante, firmada por pilares de pedra, assim como a trilha. A situação entre o grupo dos escolhidos ficara cada vez mais tensa, porque Juan estava louco para acertar Danillo, que não suportava ficar perto de “um macaco sem cérebro”, como se referia a Juan. Nada poderia ser pior naquela hora, contando com que os dois continuassem em silêncio e não fugissem.

Todos permaneciam no mesmo lugar, apenas esperando, imaginavam que Lucas voltaria em alguns minutos.

 

- Lucas... Você não devia ter feito isso. E dá pra me botar no chão?

- Claro, claro. - Lucas botava Impmon em pé no chão, ignorando o que este falava.

- Vamos voltar, vai. Você não vai conseguir nada fugindo de seus amigos, muito menos se enfiando em uma floresta desconhecida.

- Impmon, por que você não cala a boca? Se você não quer me seguir, pode voltar. Mas eu não volto para perto daqueles idiotas tão cedo.

- Não fala assim, por favor. Você não sabe o que tá dizendo.

- Cala a boca, droga! Se você vai ficar só me enchendo o saco, pode voltar correndo pra lá e mandar me procurarem, mas eu não vou estar nesse mesmo lugar! Que droga, Impmon. Você não é obrigado a me seguir, então, pode voltar se quiser!

- Não, eu vou ficar com você... Mesmo que minha vontade seja chamar todos para onde estamos...

- Ótimo.


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Notas finais do capítulo

Preview: O membro perdido!



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