15/12/2015 às 9:00.

    Meu primeiro dia de férias, finalmente. Depois de ficar em recuperação em química, física e matemática, podemos perceber que exatas não é meu forte, eu estava de férias.. Eu poderia estar feliz com esse começo de férias, porém, eu sabia que assim que o ano acabasse eu estaria me mudando para o outro lado da cidade, indo passar meu último ano escolar com meu pai.

    Desci as escadas de casa, minha mãe já havia saído para o trabalho, peguei as chaves em cima da mesinha da sala e fui em busca de um lugar para tomar café.

    Eu iria morar com meu pai, pelo motivo que minha mãe recebeu uma proposta de trabalho na Inglaterra, que iria pagar quase o quadruplo de seu salário. Porém, ela não poderia me levar nesse primeiro ano com ela. Até porque, ela não sabe se vai conseguir se adaptar lá. Então, ela iria me deixar morando com meu pai, minha madrasta e o filho dela, que já esta na faculdade e continua morando na casa de meu pai. Nunca conheci o garoto, porém deve ser um idiota.

    Avistei a cafeteria perto de minha casa e entrei na mesma. Fiz meu pedido.

    Bom, ainda não me apresentei, que indelicadeza. Meu nome é Alyssa Muniz de Andrade, mas prefiro só Alyssa Muniz. Tenho dezesseis anos, em alguns messes dezessete, estou indo para o último ano escolar e não sei o que cursar na faculdade. Meus cabelos são médios e ruivos natural e tenho olhos castanhos.

    O atendente me entregou o café e eu passei no caixa para pagar. Mas, como eu sou um mula desastrada, assim que paguei me virei para a saída e não percebi um garoto de um metro e oitenta que estava na fila para pagar seu pedido, esbarrei no garoto derramando todo meu café nele, ou melhor, em sua camiseta.

    ― Ficou maluca garota? ― O garoto, que aparentava ter seus dezenove anos perguntou.

    ― Desculpa. Eu não vi você. ― Falei.

    ― Não me viu? ― Ele riu. ― Era mais fácil eu não ter te visto nanica.

    ― Você me chamou de que?

    ― Nanica.

    ― Você que é um poste garoto, se enxerga. ― Falei e continuei meu caminho para saída.

    ― O que eu faço com essa mancha, ruiva? ― Ele perguntou, e eu me virei para responde-lo.                        

            ― Já ouvi falar em maquina de lavar? Ela lava as roupas que estão sujas, é bem útil ter uma em casa. ― Dei uma piscada para ele e me virei para saída.

    ― Quando te encontrar vou cobrar uma camiseta nova. ― Falou, fazendo - me parar e virar de novo para ele.

    ― E quem disse que vamos nos ver de novo? ― Ele apenas sorriu e se virou para pagar seu café.

    Sorri para as costas do garoto e voltei para casa.