Emilia & Bernardo.. Nova história escrita por Tah Madeira


Capítulo 94
Capítulo 94




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Emília

Ainda não tinha engolido aquela situação do parque, sabia que Lívia não tinha mentindo ou se enganado,  não via a oportunidade de falar com Malu,  mas convenientemente naquele mesmo dia viajou, voltando só agora alguns dias depois para essa importante festa da empresa, que ela era obrigada ir junto a Bernardo.

–Linda, como sempre- perdida em pensamentos nem percebeu ele chegando e a abraçando por trás,  encosta a cabeça nele,  sentindo a barba rala  dele a arranhar sua nuca, arrepiando seu carpo, ele abraça ela forte.

– Se continuarmos assim vamos nos atrasar.- Ela diz, mas querendo muito ficar ali, assim abraçada a ele.

–Então vamos? - ele a solta e pega em sua mão.

– Espera Bernardo- ela prende o passo, fazendo-o voltar até ela, sentindo uma necessidade estranha de lhe falar.

– Sim Emília.

– Eu te amo, te amo muito- ela lhe diz olhando bem em seus olhos, parecia que a tanto tempo ela não falava isso, ele passa delicadamente a mão no rosto dela, quem o vê de longe, com essa barba, gestos meio brusco, e voz as vezes alta demais, não imagina o quão gentil e delicado ele pode ser.

–Eu também te amo, jamais esqueça disso,  te amo tanto e a tanto tempo que nem consigo mais pensar em mim sem antes pensar em você.

Ele seca uma lágrima que caí,  ela abraça ele o mais forte que consegue, a custo ela lhe solta, se não fosse algo tão importante essa festa teria desistido de ir, não sabia explicar, mas tudo que queria era ficar em casa, naquele quarto com o marido.

–Vamos- é ela que se solta dele, lhe dá a mão e sai a caminhar.

Bernardo

Depois do incidente no parque as coisas estavam um pouco estranha,  ele e Emília não tinham brigado, mas a sentia distante, como se a qualquer momento algo  fosse acontecer, mas na presença das crianças estava tudo normal, o que aconteceu com Lívia não a afetou, para ela foi mais uma brincadeira que não deu certo, uma lição aprendida, era noite da festa da empresa, todos sócios e funcionários presente, Emília  não esta muito a vontade de ir, mas sabe que é importante, ele olha para o lado ela, esta lindamente vestida maquiada, mas com o olhar perdido.

–Esta tudo bem Emília-  parece que ela nem lhe ouviu,  ele pega gentilmente a mão dela, que esta fria, um dos sinais que ela esta nervosa, ela vira para ele- Esta tudo bem ?- ele repete

– Ainda queria ter trazido um segurança.

–Seria estranho chegarmos a festa com seguranças, não acha?

– Não, não acho,  o nome já diz “segurança”, pra se achar e se sentir seguro. - ele ri dela, pra quebrar a tensão ele a abraça.

–Hoje eu serei teu segurança particular só seu- e beija seu rosto, arrancado um sorriso dela.

–Chegamos senhor - avisa o motorista descendo do carro e abrindo a porta para o casal, ao descer Emília parece outra, segura de si, um sorriso lindo, olhar cativante, quem a vê ali agora nem imagina o tremor que ela esta sentindo.

O espaço onde esta localizado  a festa é um lugar bonito sofisticado, uma área estritamente comercial,  com pouca ou quase nenhuma residência a vista,  mas era movimentado por ser localizado em uma via importante da cidade, e pela festa ali dada o movimento era maior, no local a música ja tocava baixo ainda, talvez esperando por ele, não tinha nenhuma preocupação com a organização deixava tudo a cargo de uma excelente equipe, que a anos trabalhava para ele, é uma festa de comemoração pela boa fase que a empresa apresenta,  as últimas negociações tinham sido desgastantes mas precisas para o crescimento dos negócios,  todos mereciam esta comemoração.

Ao entrar é logo cumprimentado por colegas e funcionárias.

– Esta tudo muito bonito, Bernardo, como sempre -diz ela.

Emília

Logo ela perde ele para os negócios,  é uma típica festa, ela se coloca em um canto, como pouco participa desses eventos não há ninguém com quem ela deve conversar. Volta e meia Bernardo aparece ao seu lado, mas não por muito tempo, então como a anos atrás, em uma outra festa, há um burburinho e  ela vê Malu entrando, linda e provocante em um vestido vermelho escuro,  bem maquiada, sorrindo chamando a atenção de todos,  por ser uma das sócias, assim como Bernardo  logo é engolida pela multidão, posando, conversando, em um dado momento ela e Bernardo estão juntos conversando com outras pessoas e poderiam perfeitamente passar por um casal, uma ponta de ciúme começa a lhe corroer, bebe uma taça de champanhe atrás da outra, um tempo depois sente necessidade de um pouco de ar, ao levantar tem uma leve tontura,  mas consegue sair do salão sem dar vexame e com sua taça na mão, já na varanda longe do ambiente da festa, da musica alta, tenta colocar os pensamentos em ordem, mas sente a bebida começar a fazer efeito e bagunçar sua cabeça, está de costa para a porta de acesso quando ouve a música alta e em seguida baixa de novo, sinal de que a porta foi aberta,  nem se tivesse sonhado tinha sido tão proposital o encontro, Malu para ao seu lado  e Emília finge não ver ela, mas a velha Malu esta de volta, sem Bernardo por perto não precisa manter o disfarce.

– Oi Emília, ainda não consegui te cumprimentar, como vai.

– Não precisa de teatro comigo Malu.

– Teatro nenhum querida, só queria saber como vai você.

–Não tenho paciência para você dá licença. -Emília sai de perto, quando vai abrir a porta Malu lhe chama e  diz

– Emília pode ficar e desfrutar sua taça- alcaça para ela abre a porta e sai, deixando Emília que ja esta um pouco mais confusa, ela senta em um banco próximo,  se perguntando onde andará o marido e mais  quando tempo tem de ficar ali, a champanhe logo acaba decide que já esta na hora de ir embora com ou sem Bernardo,  ao levantar a tontura é maior, não lembrava de ter bebido tanto, com um pouco mais de dificuldade conaegue levantar e entrar,  a vista um pouco embaçada, a música muito alta, anda com um pouco de dificuldade, sente uma mão em seu braço, o perfume ela consegue distinguir,  sentiu ele a pouco na varanda, era Malu.

– Emília esta tudo bem querida?

– Preciso achar Bernardo. - ela consegue dizer e mesmo a contra gosto se apoia na outra.

– sim vamos- Malu a segura e vai abrindo caminho na muldidão, quase no meio da pista, Malu diz ao seu ouvido- O que eu queria perguntar mesmo ali na varanda e se Lívia estava bem, depois de subir na árvore,  avisei a ela que era alto.

Emília olha para ela que tem um sorriso nos lábios.

– O quê disse?

– Perguntei se sua pirralha esta bem depois que mandei ela subir na árvore.

Emília não tinha certeza se tinha ouvido bem da primeira vez, mas na segunda seu instinto falou mais rápido tem um sonoro tapa em Malu,  que estranhamente não reagiu,  colocou a mão rosto, o anel dela fez um leve corte no rosto de Malu, algumas pessoas próximo se afastaram, olhando a situação.

– Emília o que deu em você

– Se você se aproximar mais uma vez da minha filha eu mato você.

–Emília. ..Emília-  Malu tira a mão do rosto vê o sangue, grita e começa a chorar , sendo aparanda por algum funcionário.

Emília sai cambaleando tentando encontrar Bernardo,  mas não o vê, acaba encontrando uma porta, achando que um ar iria lhe fazer bem, sai, sendo logo em seguida puxada por um par mãos que vestem luvas,  com o puxão a bebida faz seu efeito a deixando mais tonta, sente as pernas falharem, a  vista escurecer,  quando pensa em gritar tudo se apaga.


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