Emilia & Bernardo.. Nova história escrita por Tah Madeira


Capítulo 63
Capítulo 63




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*Bernardo*

O detetive ligou pouco antes do almoço, dizendo ter novidades, mais que depressa ele vai ao se encontro, uma hora depois Bernardo esta de volta em seu carro dirigindo, com os relatórios queimando em seu colo, cabeça que a todo instante pensando no que ouviu.

“ Lívia pai desconhecido”

“Emília Navone, reside na Argentina”

“Voltou para o Brasil com a filha de um ano e meio”

“Mora a quase  a alguns anos na cidade”

“Proprietária da livraria”

Ela esteve esse tempo todo tão perto, esses anos todo ela visitava o pai, e nunca o procurou,  nem  um telefone, uma carta,  nenhuma consideração por ele,  e o pior Beth sempre soube,  mas isto é outra história.

A menina é filha dele,  e ela nunca disse,  fugiu grávida, não lhe deu o direito nem de saber da gestação, ser pai novamente era o que  ele mais queria e Emília  tirou dele. 

Ele chega em frente da casa de Emília, fica um tempo sentado observando pensando se desce ou não, sabe que esta de cabeça quente, mas também sabe que não irá sossegar até por os olhos sobre ela,  enfim desce, com passo decididos vai até a porta e toca a campainha.

Ela abre sem olhar, esta mexendo algo, esta toda branca com pó pela cara e pela roupa, nem parece a mesma mulher, esta mais linda, como é possível, assim suja e  bagunçada e ainda linda, ele por segundos pensa que os anos não passou e que ela não o abandonou, por segundos é só a mulher que ele ama e que está de volta, Emília  diz algo que ele não ouve, então ela vira todo o corpo para ele,  e o que carrega vai ao chão fazendo um barulho o trazendo para a realidade.

 

—Emília - ele diz, como de fato trazendo a presença dela para a realidade, querendo acreditar que ela esta ali,  que não é um sonho ou uma ilusão. 


O encontro entre eles é tenso, ele não acredita quando ela diz que Lívia não é filha dele, quando tudo aponta o contrário,  que a menina   é sua e dela,  ela tenta se esquivar dele, foge de suas perguntas ou da respostas evasivas,  ele perde a paciência, e raivoso a segura  pelos ombros bem no momento em que Lívia entra, ela fica assustada pela cena, ele sente vergonha, não é assim que ele queria que ela o visse pela primeira vez, ele se recompõe enquanto Emília conversa com a menina,  que sai de mãos dadas com uma moça, Bernardo tenta mais uma vez falar com Emília, mas ao ver que ela também esta perdendo o controle, ao lhe atirar um vaso ele prefere ir embora.


Ao sair da casa dela ele liga para o detetive, tem uma rápida conversa  e faz um pedido, sabendo que vai ser rapidamente atendido desliga e vai para a casa, as imagens do encontro com a mulher e a filha não sai de sua mente,  misto de alegria e triste,  vontade de gritar e chorar,  está confuso,  para o carro por uns minutos, mais calmo decide ir para casa, chegando lá ele vai direto falar com  Beth que esta em seu quarto arrumando as malas.


— Beth como você pode?- ele é direto,  por vê-la fazendo as malas sabe que ela e Emília já  se falaram. 
— Eu simplesmente não podia falar.— Beth não tem coragem de olhar em seus olhos e continua a arruamar suas coisas. 
— Como não? Você mais que ninguém  acompanhou meu sofrimento, meu pesar,  minha tristeza,  minhas busca por notícias dela,e esse tempo todo você sabia dela, onde estava e sabia que ela tem uma filha minha e nunca me disse nada.
— Eu sinto muito mas não podia falar.

— Como não?

— Porque não podia me meter, e se em algum momento eu falasse sobre ela para você, ela poderia de fato sumir, e eu não teria notícias dela.

— Porque ela foi embora?

— Desculpas mas deve perguntar para ela senhor Bernardo.

— Droga o que me escondem.

— Senhor eu não posso responder as perguntas no lugar dela, eu fiz o que podia, cuide de vocês por ela e cuidei dela para vocês, manter o segredo de você  fez ela confiar em mim e juro que se soubesse por um minuto que ela ou Lívia corressem perigo eu falaria ao senhor. 

Ele anda pelo quarto, confuso,  entendo que ela tem uma certa razão. Beth não suportando o silêncio fala:

— Bom eu acho que o senhor não me quer mais aqui, eu…- o telefone dele toca.

— Alô...o quê mais como assim saiu… mas alguém foi atrás dela?.. Esta bem estou indo.- ele desliga olha para Beth- Não vá embora, preciso que fique com Miguel, sua amiga foi embora de novo.


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