Bernardo

Ele junto com Beth, cuidam dela noite toda,  ele da o antibiótico que o médico receitou,  no final da manhã ela acorda um pouco melhor.

—Oi - ela olha pra ele que tem profundas olheiras .

—Meu deu um susto mocinha.-diz com o olhar preocupado

—Desculpas- diz ela com um biquinho, Beth que estava por ali se retira e vai pegar uma sopinha que ela tinha feito.

—Falei pra você não tomar aquele banho de chuva.- ele fala com um leve tom de reprovação.

—Me desculpa - ela se aproxima dele, parando a mão no rosto dele- me desculpa- ele lhe toma a mão e beija.

—Olha a sopa- Beth entra no quarto, Bernardo pega a bandeja  e coloca no colo dela e lhe da a sopa na boca, como se faz com uma criança.

—Sabe que não precisa disso, posso perfeitamente tomar sozinha.

—Eu sei, mas esta sob meus cuidados.- e continua a dar a sopa a ela com cuidado por causa da garganta.

Emília

 Logo após a sopa, que ela comeu pouco,   vai tomar um banho,  e deita de novamente, toma o antibiótico e remédio para febre que voltou,  e Miguel entra no quarto.

—Oi meu querido.

—Oi como você está Emília.

—To bem só com um pouco de tosse e dor de garganta.

—Papai disse que não vai poder sair daqui, não vai deixar você colocar um pé pra fora, só quando estiver bem boa, e que não adianta brigar.

—É seu pai não vai deixar mesmo.

—Que chato ficar aqui trancada né.

—Sim um pouco.

—Porque não faz que nem a Lia?

—Como assim Miguel?

—Ela disse que quando não tem nada a fazer ela escreve, escreve várias coisas em vários cadernos.

—Miguel você já viu ela escrever- ela se interessa em saber, seu instinto grita, por querer saber mais.

—Sim muitas vezes.

—E o que ela escreve,  você já leu?

—Não ela disse que é um livro particular,.que cada um tem que ter o seu e ninguém pode ler o do outro.

—E como ela chama esse caderno.

—De diário.

—Miguel,  vamos.- é Lia na porta chamando o menino, com uma carranca no lugar da cara.

—Mas quero ficar aqui

—Miguel é melhor você ir, estou doente e você pode ficar também.

—Mas Emília. ..

—Vai com a Lia, quando eu estiver melhor você volta

Miguel a contra gosto vai,  muito tempo depois que ele sai ela fica pensando no que ele disse sobre Lia  ter um diário,  se ela realmente fez alguma coisa para Marina ela pode ter escrito, onde será que ela guarda esse diário,  se ele realmente deve estar no quarto dela, ela teria de se arriscar , mas não agora remédio começa a dar sono em Emília que dorme.

Ela tem um pesadelo terrível,  onde é perseguida mas não consegue ver quem é a pessoa, no pesadelo ela se depara com uma escada que não tem fim, ela não tem pra onde correr, quando a pessoa se aproxima ela reconhece é Lia que quer atirar ela lá  do alto, ela acorda no susto, sua garganta esta tão fechada que ela não consegue gritar, o quarto esta tão abafado que ela mal consegue respirar, ela levanta da cama e sai do quarto, ar ela precisa de ar, Bernardo esta dormindo tão profundamente que nem acorda quando ela levanta, ela sai para a rua, ao abrir a porta o ar enche seus pulmões,  ela esta com o corpo tão quente que nem percebe o quão frio esta, ela senta e ainda respira com dificuldade,  e só consegue pensar no pesadelo em  Lia correndo atrás dela, fica horas a ponto de dormir, e nem percebe que é observada.