Emilia & Bernardo.. Nova história escrita por Tah Madeira


Capítulo 103
Capítulo 103




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/681978/chapter/103

Bernardo

E ali novamente ela esta dormindo entre seus braços, cabeça em seu peito, braços em volta de seu corpo, assim como os dele em volta do corpo dela, mesmo   sendo dia ainda e com o mundo quase desabando sobre eles,  se permitiram um momento a dois, de troca de carinho, de matar a saudade um do corpo do outro, mesmo que foi pouco tempo que ficaram afastados, mas foi mais dolorido, mais sofrido por que nenhum dos dois podia fazer nada, Bernardo lembra que logo após caírem sentados na poltrona,  alguns minutos de choro por parte dos dois, eles não conversam nada Emília limpa as lágrimas do rosto dele e  diz:

— Preciso de um banho antes de qualquer coisa.- ela dá um beijo no rosto dele e levanta.

— Vou preparar  algo  pra nós.

Ela vai para o andar de cima e ele para a cozinha. Bernardo decide preparar a  mesa ali em baixo para eles, ainda meio sem acreditar que ela esta de volta, vai ao escritório coloca o seu celular para carregar,  pega o telefone residencial e o conecta de volta,  pois desde que souberam da prisão de Emília não paravam de ligar, portanto mantinha ele desligado, usando só o celular,  liga para a Jéssica:

— Obrigado– ele diz assim que ela atende.

—Eu tentei te avisar,  mas..

— Tudo bem -  ele caminha com o telefone de volta para a cozinha -Meu celular ficou sem bateria, e dormi feito pedra. – ele mantém um sorriso bobo nos lábios.

—Foi o que pensei,  ainda bem que Emília tinha as chaves, mas a deixei  na porta do apartamento.

—Obrigada, mas como foi?–  mesmo ao telefone ele consegue ajeitar a mesa para a refeição deles.

— A ordem mesmo veio hoje cedo…

—Foi por isso que o juiz te chamou ontem?

—Não, mas  consegui sondá-lo e percebi que  tínhamos chances.

— E por que não me disse?

—Queria ter certeza antes, vai que não acontecesse.

— Esta certo – eles conversam mais algumas coisas e logo Bernardo anuncia –Preciso desligar... Sim amanhã vamos ao seu escritório... Obrigado de novo–desliga estando quase tudo pronto, faltando só o suco que Emília gosta de tomar feito na hora, sobe para chamá-la.

Ele chega ao banheiro Emília ainda esta de baixo do chuveiro, ele fica um tempo observando, a vê de olhos fechados, como ela esta linda, Bernardo se deixa levar pela curva do pescoço, onde inúmeras vezes a beijou, ele olha a pontinha do nariz arrebitado,, então como que sentido ser observada ela abre os olhos, não se assusta com a presença dele, até parece saber que ele estava ali, com os olhos fixos ao dele, abre o Box  e estende a mão a ele, que rápido vai até ela ainda de roupas e calçados, segura em sua mão e a primeira coisa que lhe chama a atenção é uma quase invisível marca em volta dos pulso, que ele beija suavemente, mesmo tento a água do chuveiro molhando o rosto dela,  Bernardo sabe que ela esta chorando, e a acaricia como quem seca uma lágrima, então ele entra embaixo do chuveiro assim mesmo como ele esta, não se importando com nada, só em estar com ela, em tocar ela, saber, sentir que de fato ela esta ali e mesmo que por breves momentos  só exista os dois. Segura em seu rosto com as duas mãos e toma a boca dela com uma urgência sentindo um gosto familiar,  o toque macio de seus lábios, ela segura firme os cabelos dele em suas mãos, Bernardo aperta Emília a ponto de tirá-la  do chão  fazendo com que ela jogue as  pernas em volta da cintura dele, Bernardo passa da boca para rosto, beijando  o  seu rosto, pálpebras, a pontinha do nariz, passa para o    pescoço, colo, tenta em pouco tempo beijar cada pedacinho que pode dela,  a coloca de volta ao chão, ela tira sua camisa com um puxão que chega  a arranhar as costas dele, em segundos ele esta nu, e eles se amam ali mesmo.

Ao relembrar  esse momentos, que a tão pouco tempo aconteceu, não só no banheiro, ma no conforto da cama deles, ele sorri ao pensar que a entrega dela seria tão profunda, como quem queria  nos momentos de prazer apagar os horrores desses dias, mas Bernardo sabe que não foi só uma fuga, ela precisava tanto quanto ele dessa intimidade,dessa troca de carinho,  Bernardo alisa os cabelos castanhos e bagunçados de Emília, pega uma mexa e sente o cheiro tão dela, ela esta acariciando seu peito, sinal de que esta acordada.

— Emília ...

— Humm..- ela ainda faz carinho nele.

—Nós precisamos conversar– ele lhe diz ainda cheirando os cabelos dela.

— Eu sei – ela deposita um beijo no peito dele, e senta, ajeitando o lençol em volta dos seios, um pouco descabelada, pisca para focar o rosto dele, lhe dá um leve sorriso, e que visão ele tem, apesar de toda a circunstância que se encontram, de seu olhar um pouco triste, ela esta linda– Eu queria falar antes com as crianças.

Emília

O  tempo parece ter voltado ao seu ciclo normal quando Bernardo saiu da cama, pois do momento  em que ela a viu no banheiro observando calado ela tomar banho até a hora em que ele saiu nu da cama entra no closet e vesti uma bermuda escura e uma camisa branca e sair do quarto para a deixar a vontade para falar com os filhos, dizendo que esperaria na cozinha.

A cada toque do telefone seu coração dispara, por fim alguém atende, quando ela se identifica dizem que vão chamar Beth, mas antes que ela chegue ao telefone uma pessoa é mais rápida e atende em seu lugar.

—Mamãe, é a senhora – Lívia atende, Emília pega de surpresa demora a responder– Mamãe...

— Sim minha filha sou eu, como você está minha bonequinha?

— Com saudades, com muitas saudades mamãe– aquelas palavras parecem tirar o ar de Emília, que respira fundo.

— Eu também bonequinha, eu também – Emília seca as lágrimas, ela nunca ficou tanto tempo longe da filha, em muitos momentos na cela preferia nem pensar nela, para não ser pior– Mas adivinha onde a mamãe está?

— Esta aqui?– a pequena olha ansiosa para a trás onde pode ver a porta, olha para os lados.– Não estou vendo, onde?

— Não bonequinha, estou em casa com o papai. – Emília sorri a ingenuidade da filha.

—Quero ir para casa então.

— Prometo que logo, logo estaremos todos juntos, me deixa agora falar com o seu irmão.

Parece haver novamente uma pequena briga pelo telefone, Emília ouve a voz de Beth intervindo e logo ouve a  Miguel ao telefone, e de novo ela perde o chão ao ouvi-lo.

—Mãe...Mãe- Emília demora a assimilar que ele a chamou novamente assim não uma, mas duas vezes seguida.

— Sim meu filho, estou aqui.

—Onde você está?

—Estou em casa com o papai. –ela não pode deixar de sorrir.

—Vão vir para fazenda?– Miguel pergunta ansioso.

— Não, precisamos resolver umas coisas aqui...

—Mas achei que agora que voltou, iriam vir para cá– ele a corta.

— Assim que resolvermos tudo vamos para a fazenda ficar com vocês e...

— Estou com saudades.

— Eu também – impaciente como pai Emília pensa, e continua de onde ele interrompeu ela – E se demorar muito pedirei a Beth para trazer vocês pra cá.

— Esta bem.

—Agora deixa falar com Beth

Ele passa o telefone para ela, não podem conversar muito bem sobre o assunto, pois as crianças ficam na volta, Beth promete ligar mais tarde quando elas já forem dormir, antes de desligar Emília fala mais uma vez com cada uma delas.

Ela desce vai até a cozinha Bernardo esta terminado de fazer um suco para eles, esta de costas não a vê, parece que o dia deles virou isso um ficar observando o outro, ela vai até ele o abraçando pelas costas cruzando os braços em volta a da cintura dele.

— Eu não acredito que ninguém pediu para falar comigo–  ele diz sorrindo,sem o soltar ela faz que não com a cabeça, cheirando as costas dele, que termina o suco e vira pra ficar de frente para ela, que esconde o rosto no pescoço dele sentido o cheiro dele misturado ao da laranja, o pesadelo vivido naqueles dias parecem ter ficado do lado de fora do apartamento–  Você deixou o telefone desligado?– ela faz que sim– Ele não para de tocar um minuto, já deixei meu celular carregando se precisarem falar com nós. Vamos comer, e nem  adianta dizer que não quer, que vai comer sim senhora.

Ele a leva até mesa e a coloca   sentada, serve algumas coisas para ela comer e senta de frente a ela e começa a comer também.

Mesmo ela demorando acabar por comer tudo o que ele lhe serviu, falam coisas banais. Ao terminarem eles arrumam tudo e vão para a sala senta ao sofá lado a lado.

—Você acredita em mim?– é a primeira coisa que ela lhe diz, mas não o olha, ele senta mais perto com uma mão ele segura na mão dela com a outra ele vira o seu rosto para olhar o dele.

—Sim eu acredito em você.

—Sabe eu não sei como tudo isso aconteceu, como parei no meio dessa trama toda, eu sei que você já ouviu eu contar essa história, já ouviu da delegada, da advogada, dos jornais– ela aponta para a mesa de centro e mostra uma pilha deles– Mas preciso falar de novo.

Emília relata então a noite da festa, o momento em que foi encontrada com o corpo de Malu, os primeiros instantes na delegacia, quando o viu a primeira vez, quando ele partiu, a primeira noite na cela, o encontro com as “companheiras”, tudo ela fala e ele ouve, sabe o quanto é importante para ela, ele interrompe poucas vezes faz uma outra pergunta.

Bernardo

Em algum momento do desabafo dela, ele encostou-se ao sofá e ela se posicionou entre suas pernas e deitando a cabeça sobre ele, e acabam dormindo. Bernardo acorda horas depois, já está tudo escuro, ela ainda dorme agarrando-se a ele o máximo que pode, ele levanta com todo o cuidado a deixa bem ajeitada no sofá, verifica se a casa e janelas estão fechadas, ao olhar a janela, percebe alguém parado do outro lado da rua olhando para cima, ao focalizar melhor os olhos um  caminhão passa e não há mais ninguém ali, pensando ser coisa da sua cabeça fecha as cortinas, sobe ao quarto arruma a cama do casal, desce novamente, Emília ainda está da forma como ele deixou, ele sorri ao fazer a tarefa que mais gosta, pegá-la no colo e a põe na cama, ela percebe e rodeia o pescoço dele com seus braços descansando a cabeça na curva do pescoço dele, roçando de leve seu rosto na barba dele.

— Assim eu perco a atenção e deixo você cair– ele diz sorrindo, ela faz um carinho na orelha dele, Bernardo caminha a passos lentos, não porque ela é pesada ou o caminho longo, mas só porque ele estava com saudades de fazer isso– Isso não esta ajudando.

—Eu te amo– ela diz ao seu ouvido

— Também te amo muito– eles chegam ele a senta na cama, vai ao closet, pega uma camisola para ela vestir, a ajuda a tirar a calça jeans e a camisa, ele veste a camisola nela. – Já volto.

— Aonde vai?– ela pergunta já sonolenta.

—Deixei o celular lá em baixo – da um beijo nela e desce, ela vai ao banheiro.

Ao voltar ela já esta deitada com os olhos fechados, pensando que ela já dorme, ele vai ao banheiro também, logo após deita ao lado dela, que sente a sua presença e o abraça, ele passa o braço em volta do corpo dela.

 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Emilia & Bernardo.. Nova história" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.