Redes Sociáveis escrita por Martin


Capítulo 2
"Nós Somos Amigos!"


Notas iniciais do capítulo

... Oi? Me desculpem pelo puta atraso cometido, eu ia postar nessa segunda, só que eu estive ocupada ultimamente e... A quem eu quero enganar? Eu vou entregar o jogo EU GANHEI UM JOGO NOVO E... E... ME DESCULPEM TT-TTT EU SINTO MUITO, VOCÊS ME PERDOAM?? EU JURO QUE NÃO FAÇO DE NOVO! JURO! JURO JURADINHO! Me desculpam? EBA!

Bem, esse capítulo tá bem longo pro padrão que a fic vai seguir, é que eu queria explicar melhor como é que funciona o relacionamento entre as redes e sites de busca, ou seja, tá puro love isso aqui :v

Sem mais enrolação, aproveitem bem e DESCULPEM-ME!



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 Cleverbot estava sentada no banquinho da cozinha, um livro de receitas estava em seu colo. Ela passava e analisava cada página, procurando receitas que batiam com o gosto de todos os seus companheiros de web.

 No dia anterior, quando a androide estava tentando seguir sua programação padrão (que era se comportar como um ser humano), ela teve um lampejo de ideia e pesquisou no site de buscas do Google (possivelmente ele a perguntaria depois o porquê da pesquisa, isso se ela não fosse bem sucedida) “Como fazer amigos”.

 Obviamente, muitas respostas foram idiotas e cafonas, na opinião de seus utilizadores. Mas uma se salvou, o que nos leva ao presente momento.

 No final da tarde, haviam 6 livros de receita empilhados no balcão da cozinha. Sua programação a fazia pensar como um ser humano, porém seus utilizadores a faziam ter milhares de ideias, sugestões e pensamentos diferentes. Por isso, muitas vezes, não conseguia ir as reuniões por suas discussões internas e xingamentos maldosos.

 Por fim, depois de muitas brigas infantis em variados idiomas, ela conseguiu decidir que faria um daqueles bolos arco-íris que tanto ouviu falar, ou, pelo menos, foi o que muitos sugeriram. Milhares de receitas procuradas na internet a ajudaram com o doce. Na madrugada, o bolo já estava cortado, embalado e etiquetado, com todo o cuidado e perfeccionismo que fora instalada nela. Desligou-se para recarregar, oito horas foram marcadas no relógio interno.

 No dia seguinte, Cleverbot estava com uma cesta, pequenos pedaços de bolo milimetricamente cortados descansavam ali. Quem a visse, diria que estava indo fazer um piquenique, porém o detalhe imperceptível é que a pequena estava checando sua memória em busca dos endereços de cada um e quais rotas eram as mais rápidas.

 Bateu na porta (ou tocou a companhia) de cada casa de seus companheiros, estranhamente nenhum deles estava em casa, perguntou-se se era dia de reunião, porém não constava nada em sua agenda, não teriam uma viagem de campo e ninguém a chamou para um passeio ou evento. Por um momento chegou a pensar que todos haviam saído sem ela. A pequena androide, abalada e triste, voltou para a sua residência.

 Talvez ela distribuísse o bolo no parque no próximo dia, ou deixasse em alguma empresa para distribuição, o importante era que alguém comesse o bolo, não gostaria de jogá-lo fora, foi um trabalho tão árduo. Entrou no elevador prendendo o choro, são nessas horas que ela odeia ter dutos lacrimais.

 Buscava o cartão do apartamento na bolsa, quando o encontrou, um barulho vindo de seu apartamento a alarmou. Armou seu isqueiro-dedo, abriu calmamente a porta enquanto procurava o número da polícia em seu banco de dados. Pela fresta da porta, sua casa estava escura, ligou sua visão noturna e viu...

 ... Um bolo?

 – Surpresa!

 Seus companheiros de rede estavam todos ali, alguns com bandejas de doces e outros com bandejas de salgados, por acaso era sua data de criação? Ela sabia que não estavam em julho, muito menos em agosto¹, então, por quê?

 – Cleverbot? – A pequena Twitter perguntou, que curioso, ela está chamando-a pelo nome padrão, não o apelido humanoide – Você está feliz? Não incomodamos com a festa?

 – Por que está me perguntando algo deste tipo tão formalmente?

 – É que... Que...

 A pequenina estava tão amuada, que foi para o lado de Tumblr para ser abraçada. Google pigarreou e deu um passo a frente.

 – Ontem eu notei que você pesquisou “Como fazer amigos” e avisei ao pessoal, porque, hum... Nós...

 – Ah, por favor! – 4Chan exclamou – Camila, nós viemos aqui com toda essa caralhada armada, porque esses bebês chorões acharam que você não nos considerava seus amigos, quero dizer, eu vim pra comer nessa porra, mas o resto...

 – Isso é sério?! – A pequena androide exclamou.

 – É... Você, está bem com isso?

 – Eu estou feliz demais para expressar em palavras humanas – Camila deixou as lágrimas contidas escorrerem em sua face sintética – Vocês me consideram amiga de vocês é uma de minhas maiores realizações.

 – Nós somos amigos! Todos nós! Podemos brigar muito e, às vezes, cair no tapa uns com os outros, mas é o nosso jeito de demonstrar amizade! E você faz parte desse grupo desestabilizado – Estranhamente, foi o Wikipédia que disse isto. Todo mundo estranhou, mas não vamos estragar o clima, certo?

 – Mas, ainda queremos saber, por que pesquisou aquilo?

 – Eu queria fazer algo para agradar vocês e me desculpar por não aparecer tanto nas reuniões ultimamente.

 – Tudo bem, sabemos o que você passa, mas, o que fez?

 – Esses bolos a...

 A cesta estava vazia.

 – Onde estão os meus...?!

 4Chan estava sentado no sofá, observando aquela cena melodramática enquanto comia os bolos que furtou da cesta enquanto ninguém via, no exato momento só existem os plásticos e o único pedaço restante estava em sua mão.

 As redes se encararam com a competitividade nos olhos. Cleverbot ficou temerosa e se afastou.

 – Dá isso aqui seu...

 – Isso é meu!

 – Saiam daqui, seus putos!

 – Seu merda!

 Como a amizade é linda, não?


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem :D
Dicas, opiniões, críticas, ideias, estou aberta a tudo!
Lembrando, a fic está sem capa, mandem-me imagens para colocar :D podem ser imagens do Google ou fanarts de vocês, usarei todas com prazer!

Até logo, desta vez eu juro!



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