Legatários escrita por Lorde Martins


Capítulo 4
Episódio 04 - "O Vigilante do Estado Leste".


Notas iniciais do capítulo

Depois do Hiatus que durou uma semana, estou novamente postando um novo episódio da série. Esse capítulo é continuação direta do anterior, tendo como atração um novo personagem duradouro na trama, e adivinhe! Conheceu Marbee.



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                Anastácia: -Todas as fronteiras de um Estado para outro serão fechadas com gigantescas cercas de aço, cobertas por lavas ardentes de fogo.

                Chrono: -Meu nome é Chrono. E tenho só uma missão: Guiá-lo em um treinamento completo para manusear os seus poderes e estar pronto para conhecer Lorde Angradash.

Jony: -PARE! – Tudo ao redor se congela. Ele se mexe. Não é congelamento de gelo, está tudo parado realmente, menos aquele filho da mãe. Ele me dá um soco quase fatal. Posso sentir que quase morri.

                Jony: -Consegui passagens para Sandereek viajar para o Estado Sul. – Quando Jony diz isso, Maxeeni tampa sua boca com as mãos, isso realmente a deixou feliz.

                Jony:-Como está indo tudo? – Ele está falando com alguém que está atrás dele, quando se vira, fita diretamente para baixo.

                -E-está tudo indo conforme o plano! – Diz Chrono, gaguejando.

                Inzagard: -Em certa parte você tem razão, Maxeeni Turnstille, não sou seu irmão. –Ele começa a falar. – Sou pior do que ele era. – Tio Jony, ou quem quer que seja, aperta um botão em seu relógio, seu rosto começa a se deformar e estar com outra aparência. Ele era moreno, agora loiro como eu. Traços diferentes. Fisionomia forte, diferente de tio Jony que era quase magricela. – MEU NOME É INZAGARD ANGRADASH!

                -Você queria respostas, não é senhor? – Chrono começa a dizer – Então terá elas. Sente-se – Eu sento – Você é Sandereek Angradash, filho de Lorde Angradash, o supremo rei das galáxias de número 7668 a 300798. A 200 anos atrás, ele resolveu dominar a galáxia do Sistema Solar, mais conhecido por meu povo como Sistema 0001. Ele engravidou sua mãe há vinte e cinco anos atrás, para garantir um herdeiro, e agora que está doente, quer procurá-lo. Eu não treinei você para seu pai! Menti. Inzagard queria estudá-lo para então destruí-lo. Então ameaçou minha família se não o treinasse para desenvolver seus poderes.

                O robô maior começa a se desmontar, todas as suas peças começam a se desencaixar, alguns segundos depois, estão se juntando, mas em volta de mim. Estou dentro do robô. Realmente é uma espécie de armadura.

                -Que máximo! – Eu grito.

                -PARA ONDE DE-VO LEVÁ-LO? – O robô pergunta, parece estar dentro de minha mente. Nunca fiquei tão feliz por uma pergunta como essa.

                -Estado Leste! – Respondo tão animado como nunca havia estado. Sinto meu corpo decolar dos chãos, com uma pressão nos pés, bem devagar, vou afastando do chão. E em uma super velocidade, com Z-PT7 ao meu lado, decolo sentido as nuvens. Eu grito de tanta adrenalina.

                | Episódio de hoje: O vigilante do Estado Leste |

                UOOOUUULLL! Não posso sentir as nuvens, pois estou dentro da armadura, mas posso sentir a adrenalina, é incrível! Meu Estado parece bem menor daqui de cima. Mal posso acreditar que estou rumo ao Estado Leste, onde posso procurar por Marbee depois de tantos anos, será que ela armou tudo isso? Essa armadura e esses robôs? Estou muito rápido. O robô se inclina para baixo, estamos descendo, muito rápido mesmo. Quando estamos prestes a se estraçalhar no chão, ele para flutuando uns três metros do mesmo.

                -Estado Leste! – Eu digo em voz alta para mim mesmo enquanto observo o beco em que vim parar. É bem precário mesmo, parece à cidade de Gotham, de um dos quadrinhos mais antigos que sobreviveram à guerra. – Como saio dessa armadura? – Pergunto, não sei se o robô vai me responder. Surpreendo-me.

                -É SÓ DI-ZER: DESATIVAR! – O pequeno Z-PT7 me responde, nem me lembrava da sua estadia ao meu lado.

                -Você fala? – Pergunto.

                -EU SIRVO-LHE SENHOR! – Ele diz, com sua voz robótica. “Pronto, outro pra me chamar de senhor”, eu penso.

                -DESATIVAR! – Eu digo em voz alta. Toda aquela armadura se desfaz de meu corpo e se torna um robô sólido como vi quando o conheci. – Podem me levar até sua dona?

                -NÃO TE-MOS ESSE TIPO DE INFOR-MAÇÃO! – Z-PT7 responde.

                -Marbee? Não podem me levar até ela?

                -DESCO-NHECE-MOS ESSE NOME SENHOR! – Isso realmente é estranho. Não tenho tempo para falar nada. Sinto alguma coisa perfurar minhas costas. Olho e vejo uma faca de dois gumes, com estampa roxa cravada em minhas costas. Retiro-a, dói um pouco, mas nada que me torture. Estou me acostumando com essas “habilidades”. Olho para todos os lados.

                -Quem está AÍ?! – Grito. Escuto o impacto de alguém caindo após um pulo. Viro. É um cara com uma roupa roxa escura, com um capuz e uma máscara preta, quase igual aquelas de homens em bailes de máscaras. – Quem é você?

                -A pergunta é a mesma! – Diz o capuz roxo, dei um nome pra ele. – Quem são vocês?! – Ele corre para minha direção, insere em meu pescoço uma seringa com um líquido azul, desmaio.

***

                Com os olhos semi-serrados, enxergo algumas prateleiras com frascos de vidro, nelas, líquidos coloridos. Estou deitado. Viro a cabeça bem devagar. Posso ver agora alguns computadores e outras tralhas. Viro-me um pouco mais e vejo o cara do capuz mexendo em algumas facas, iguais a aquela que me acertou. Tento deduzir sua idade. Ele é forte, mas não é alto, e com o capuz não da pra ver seu rosto, deve ter os seus trinta. Quando me dou conta, ele está na minha frente, me fitando diretamente nos meus olhos.

                -Quem é você? – Eu pergunto. Estou meio abobado.

                -Novamente, a pergunta é oposta, quem é você? – O cara do capuz me pergunta com toda a seriedade do mundo. – E o que são aquilo? – Ele aponta para o robô armadura sentado no chão desativado e Z-PT7 voando parado e ativado.

                -É complicado.

                -Comece com o que está fazendo aqui.

                -Procuro por Marbee Pettyfer! – Dito isso, o silêncio culmina a sala. Ele se vira, respira várias vezes.

                -O Estado Leste é um estado Gigante!

                -Eu sei, mas tenho algumas pistas. Preciso encontrá-la. – Eu falo, parece que o cara não é ruim, só está tentando proteger sua cidade, já ouvi falar numa espécie de vigilante do Estado Leste, um protetor das noites, já que a cidade precisa de um. – Você é o Vigilante do Estado Leste, não é mesmo? – Ele não diz nada, simplesmente retira seu capuz lentamente. Revela-se um garoto aparentemente de uns dezessete anos, cabelos negros que caem sobre sua cabeça rapada somente em volta. Pele clara.

                -Meu nome é Stephen! – Ele estende sua mão, eu sento lentamente na cama, maca, na verdade mesa que estou. Estendo a mão para ele e nos cumprimentamos.

                -Um pouco jovem para serviços tão grandes! – Digo sem querer provocá-lo.

                -Cala boca! Marbee Pettyfer! – Ele fala, me deixando surpreso.

                -O que tem ela?

                -Conheci Marbee!

                -COMO? – Acho que realmente fiquei feliz. – Onde ela está?

                -Não sei! Ela desapareceu do nada.

                -Sei.

                -Mas tenho pistas da última vez que foi vista. – Eu escuto isso e logo estou de pé.

                -Você pode me ajudar a encontrá-la?

                -Talvez. Tenho alguns probleminhas na cidade para resolver, talvez você possa me ajudar, com suas habilidades.

                -HABILIDADES? – Explodo. – Não existem habilidades, do que você está falando?

                -Cara, ninguém sobrevive a uma de minhas facas. Você tem algo interessante. Quero que me ajude, em troca, te dou as pistas que precisa para encontrar Marbee. Aceita?

                -Ok! – Respondo. – Meu nome é Sandereek, mas pode me chamar de Sam.

                -Grande merda!

***

                Passaram algumas horas, já deve estar perto do horário do almoço. Meu estômago reclama enquanto estou escondido atrás de um latão de lixo com Stephen, estamos observando a saída de um restaurante, é uma saída de funcionários, que dá para o beco onde estamos.

                -Se prepare! – Stephen diz quase que silenciosamente.

                -Para o que? – Sussurro uma pergunta.

                -Agora! – Ao mesmo tempo em que ele grita, sai correndo e ao mesmo tempo também, a porta de funcionários se abre. Meus olhos percorrem por toda direção. Acho incrível aquele capuz roxo não cair de sua cabeça. A expressão do cara magro que e negro que sai por aquela porta é única: Espanto. Mas parece estar preparado, Stephen o agarra pelo pescoço e o cara começa a dar chutes no garoto. Ele consegue socar a cara do capuz roxo. Stephen tira de uma de suas botas uma daquelas facas estampadas com texturas roxas. Coloca no pescoço do cara magro, prestes a corta-lhe a cabeça.

                -NÃO! –Eu grito, corro em sua direção.

                -O que você pensa que está fazendo? – Ele me questiona com um olhar frívolo.

                -Não precisa machucar ele! – Digo, quero ajudar o cara, mas algo ele fez para isso estar acontecendo. O cara consegue socar com o cotovelo a cara de Stephen, o qual se recua para trás, o negro chuta seu estômago, o jogando no chão. Dá-me um empurrão e foge. – Você está bem? – Estendo-lhe a mão.

                -Se estou bem? – Ele está extremamente nervoso. Levanta-se num piscar de olhos. – Porque você o deixou escapar? – Agora está segurando meu pescoço como fez com o cara.

                -Me solta, não quero te machucar! – Ele me solta, mas não representei nenhuma ameaça para ele, simplesmente me soltou.

                -Eu sabia que não ia presta trazer um “playboyzinho” para me ajudar.

                -Hei, também não é assim. Você tem quantos anos? Dezessete? – Pergunto, tentando provocá-lo. – Tenho vinte e cinco.

                -Não importa a idade, o importante é quem sobrevive ao último ataque.

                -Do que você está falando? – Pergunto confuso.

                -Vejo que não conhece tão bem Marbee assim – Ele começa a falar, e não está mais calmo. – Já parou para se perguntar por que Marbee sumiu? De repente? – Consinto com meu silêncio. – Marbee sabia de muitas coisas, coisas que poderiam custar à vida dela. – Ele se vira de costas para mim e vira o rosto lentamente para trás – O engraçado é que ela nunca mencionou nenhum Sandereek! – Ele sai correndo e pula nas grades de uma janela, começa a escalar escadas de uma janela a outra.

                -HEI! – Eu grito e ele está em cima de um prédio daquele beco, apenas sorri e continua a correr. – Que droga, ainda bem que sei o caminho.

***

                Quase que uma hora depois, chego à frente de uma biblioteca abandonada, entro e vejo todos aqueles livros rasgados e empoeirados em prateleiras sujas e com a madeira esfarelando.  Desço a escada larga que tem no limite extremo das prateleiras maiores e estou no esconderijo do Vigilante do Estado Leste. O garoto está sem camisa, só de shorts sentado em um banquinho, mexendo em Z-PT7.

                -Vejo que aprendeu o caminho! – Diz sem olhar para trás.

                -Eu tenho minhas qualidades!

                -Achei que desistiria depois de te deixar para trás, mas parece que Marbee era mesmo importante para você!

                -Era? – Pergunto, e ele meio que pula da cadeira se virando para mim. Ele é muito ágil.

                -Acha mesmo que ela está viva? – Desde que cheguei aqui, notei que Stephen é um garoto bem seguro de si mesmo, mas dessa vez, pela primeira vez, noto que seus olhos estão brilhando de insegurança.

                -O que Marbee é pra você- Pergunto, confesso que um pouco enciumado. – Digo, como a conheceu?

                -Marbee salvou minha vida! – Diz ele andando para perto de uma porta fechada, colocando a mão na maçaneta e virando o rosto para mim. – Eu era só uma criança de sete anos quando ela me tirou das ruas. Pelos próximos seis desde então, vi-a como uma irmã mais velha. Mas já faz dois que ela sumiu, então fiquei sozinho novamente.  – Ele abre a porta.

                -Desculpe, eu não sabia que... – Sou interrompido.

                -Não sinta pena de mim! Odeio que outras pessoas me olhem com misericórdia! – Ele diz enquanto pega uma camiseta e uma calça. Veste-se. – Já está quase de noite.

                -Sim, espero não faça frio, minhas malas ficaram em casa.

                -Quer roupa emprestada?

                -Sim, por favor!

                -Então procure quem te empreste! – Diz ele pós socar a porta do quartinho onde pegou a roupa. Stephen é muito mal-humorado, mas consigo entendê-lo. – O que é isso?

                -O que? – Ele caminha até Z-PT7 e coloca sua mão no robozinho. – O que foi?

                -Olhos redondos e brilhantes! Isso é uma câmera! – Ele responde puxando um banquinho para sentar-se. Onde você conseguiu esses robôs?

                -Marbee me enviou como destinaria do Estado Leste. Por isso vim para cá.

                -Não acredito! – Ele se levanta e vai até uma caixa de madeira, pega uma marreta e volta, começa a destruir Z-PT7.

                -O QUE ESTÁ FAZENDO? – Explodo, seguro o braço dele, e ele troca de braço continuando a marretar o robô. – PARA! – O empurro longe, soca as costas na parede. – porque fez isso? – Olho para Z-PT7 destruído.

                -É uma armadilha! – Alguém te deu este robô para que você encontre Marbee! – Diz o garoto enquanto se levanta meio atordoado.

                -Não, como assim?

                -Acha que você é o único que quer encontrar Marbee?

                -Quem mais quer isso?

                -É um cientista, você deve até conhecer, seu nome é...

    -AUTO DES-TRUI-ÇÃO ATIVA-DA! – Alarma Z-PT7 – 5.............4...............

           -ELE VAI EXPLODIR! – Grita Stephen. Saímos correndo em direção as escadas.

               -3........2........1......- Tudo fica branco, e ensurdecedor. O branco fica negro e vermelho de fogo. Sinto minha vida, mas não sei dizer o mesmo de Stephen. Mal penso no garoto e perco minha consciência.

***

                Estou assistindo a cantora Funny cantar em um palco, enquanto estou na platéia extremamente lotada em um local aberto. Em um pisque, estou frente a frente com aquela musa pop. Ela coloca sua mão delicada em meu ombro, seu semblante triste.

                -Me encontre! – Ela diz, com seus lábios sedutores! – Eu tenho pistas de Marbee! Eu posso te dizer onde ela está! – Em outro pisque estou em uma festa bêbado, vendo tudo girando, então aparece Carmim e me beija. De repente, ela explode em milhões de pedaços. Agora estou em casa, Chrono e minha mãe estão comigo.

                -Não confie em qualquer um Sandereek! – Diz Maxeeni.

               -Senhor, não confie em seu pai! Encontre Marbee! – Diz Chrono. Agora estou com Marbee na frente da cerca de lava do meu estado em limite com o estado Norte. Ela me beija. Me solta.

                -Encontre Funny! Então me encontre! – Ela se joga no fogo.

                Acordo.


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Notas finais do capítulo

Se gostar, não deixe de dizer o quanto em seu comentário! :D Ficarei grato. Para a próxima segunda preparei um episódio especial OFF que contará a história da Guerra e de Marbee. Até!



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