Legatários escrita por Lorde Martins


Capítulo 2
Episódio 02 - "Insanidade do Destino".


Notas iniciais do capítulo

Sejam bem-vindos ao segundo episódio desta saga que ainda vai ter muito a se falar. Bom, a que ponto você chegaria para salvar algum ente querido que já morreu? O Vilão que se surge nesse enredo promete mexer com os sentimentos de qualquer um. Sua insanidade mental, pode parecer mais sóbria do que seus próprios pensamentos. Atreva-se a descobrir este mistério. Boa leitura!



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                Anastácia: -Todos as fronteiras de um Estado para outro serão fechadas com gigantescas cercas de aço, cobertas por lavas ardentes de fogo. Norte, Sul, Leste e Oeste, estes quatro estados estão destinados a essas barreiras. Por fim, A capital do país, Central, que se encontra no meio de todos os estados juntos, terá um processo diferente. Uma profunda cratera será desenvolvida ao redor de toda a central, coberto por um rio de lavas que servirão de fontes para as cercas. As passagens para a capital? Quatro pontes, uma para cada estado, protegidas por guardas armados e autorizados a matar.

                Maxeeni: -Porque o pai de Sandereek está voltando, e precisamos mandá-lo para outro Estado. É a única solução. Eu sei que as cercas e a barreira da Central atrapalharam nossos planos, mas não podemos permitir que meu filho o encontre. - Quando ela diz isso, meu coração aperta. Decido que já ouvi o bastante e saio dali para fora de casa.

Chrono: -Meu nome é Chrono. E tenho só uma missão: Guiá-lo em um treinamento completo para manusear os seus poderes e estar pronto para conhecer Lord Angradash.

—Sandereek Turnstille, eu procuro por você! ONDE VOCÊ ESTÁ PEQUENO SANDEREEK?! – As pessoas ficam aterrorizadas quando ele começa a pegar pessoa por pessoa, e quando vê que não sou eu, as lança para fora do ônibus. Eu protesto ficando de pé:

                -Estou AQUI! Deixe essas pessoas em paz! – mais uma vez estou me sentindo um herói, de tão corajoso. É tanta coragem que a criatura me choca inteiro contra um banco do ônibus. Eu desacordo.

                Sandereek: -Alguém já te disse que você parece um louco? – Saquei o que ele está querendo dizer. Quer saber se eu já descobri minhas, ahn... habilidades. – Está falando disso? – Arrebento as cordas apenas estendendo os braços que estavam presos. Soco a cara dele com muita vontade de mata-lo. – Era disso que estava falando, seu filho da... – Quando estou prestes a chocar meu punho em seu rosto, ele grita.

                Jony: -PARE! – Tudo ao redor se congela. Ele se mexe. Não é congelamento de gelo, está tudo parado realmente, menos aquele filho da mãe. Ele me dá um soco quase fatal. Posso sentir que quase morri.

                Chrono: -Senhor! Pessoas morrem a todo momento, e isso não é culpa sua. Mas também não deve ser de ninguém. E você tem capacidade de fazer isso. Eu defendo os legados do seu pai. Você é um legatário, e assim como na época em que seu pai tinha sua idade. Muitas pessoas ainda vão morrer! – Engulo aquilo tudo em seco. Aceito a situação.

                | LEGATÁRIOS, episódio de hoje: Insanidade do Destino |

                Sequer na vida alguma vez pensei em algo que não seja essas cercas. Estou sentado com as pernas cruzadas olhando para a cerca gigante, jorrando lava, cuspindo fogo. Estou bem próximo, mas não estou me queimando. Moro perto da divisa com o Estado Norte, por isso não foi muito esforço vir até aqui. Acho incrível que mesmo nevando, o fogo possa estar aceso. É bom, porque na região onde moro, é aquecida. Penso em como seria bom estar do outro lado da cerca. Nunca viajei. Não tenho parente nem dinheiro o suficiente para sair do Oeste. O estado Norte é o mais rico publicamente de todos os estados, é lá que fica o Banco Central do país. Eu realmente só imagino como seria se por um momento, essas cercas não estivesse aqui, para que eu pudesse conhecer coisas novas, descobrir novas coisas. Tem uma pessoa que tinha o mesmo sonho que eu. Seu nome era Marbee Pettyfer, uma garota linda, ruiva de olhos verdes. A última vez que nos falamos estávamos aqui, neste mesmo lugar. Bom, um pouco mais longe das cercas.

                ***

                Nove anos antes...

                Sandereek e Marbee com 16 anos. Sam tem o cabelo bem diferente do atual. Um penteado meio social, de qualquer forma estiloso, loiro. Hoje em dia não, seu cabelo loiro estilo Luke Skywalker. Marbee tinha o cabelo ruivo e curto. Olhos que escondem um mundo inteiro verde, dentro deles. Eles observam sentados um ao lado do outro, aquelas cercas. Se você tentar encontrar o final da cerca, não consegue, em ambos os lados.

                -Já pensou em como seria estar do outro lado? – Sam pergunta com os olhos cobiçados.

                -Acha que não penso isso? – Marbee responde com um sorriso encantador – Todas as noites de todos os dias, penso exatamente em como seria sair deste Estado tão ofuscado. Quem sabe uma vida melhor, fora daqui? – Sam segura a mão dela.

                -Você fala isso pela sua mãe, correto?

                -Minha mãe? Não Sandereek, não minha mãe! Também meu pai, meu irmão, tios, avós. Não conheço ninguém. Sabe o que é a sensação de saber que eles existem e não os ter visto sequer uma vez na vida? Sabe o que é ser criado por uma pessoa que não te quer, que sente pena, dó, todas as manhãs, no café da Manhã. – Ela me olha com um sorriso torto – É claro que você sabe, você é meu verdadeiro amigo, o único, na verdade. – Sam joga seu braço em seu ombro e puxa suavemente sua cabeça em seu peito. – Não adianta tentar me fazer chorar, você sabe que eu não choro. E para mim, é óbvio. Você não é só um amigo. – Marbee cela seus lábios aos de Sandereek.

                ***

                Tempos Atuais...

                Tenho a sensação de que as coisas estão realmente mudando. Não sei se é para melhor ou para pior. Estou tranquilo, muito, para falar a verdade.

                -Socorro. – Parece uma voz de criança, mas bem baixa. Me levanto. – Me ajude, alguém! – Agora a voz está elevada. Parece vir do outro lado da cerca. E agora, o que fazer? Penso, penso e penso novamente. Será que eu conseguiria atravessar esse fogo todo? Parece uma idéia louca, mas mais louca do que as coisas que andam acontecendo nos últimos dez dias? Eu me aproximo do fogo. – SOCORRO!! – Coloco primeiramente o braço, sinto arder, mas nada tão extraordinário. Sem hesitação, estou atravessando bem devagar a lava, então a cerca, e após a lava novamente, doe. Caramba! Estou no estado Norte. Procuro a criança, e tudo o que vejo, é aquele maldito coelho.

                -Seu... – Xingo ele de todos os nomes possíveis para se xingar um zé-ruela. – Não acredito que você me fez fazer isso.

                -O senhor precisava de um incentivo para descobrir mais uma de suas habilidades. – Diz Chrono. – O que o senhor achou?

                -Eu acho que você deve parar de ficar me chamando de senhor.

                -Tudo bem senhor! - Não parei para observar. Logicamente está nevando no estado Norte também. Mas tudo parece melhor, parece mais cuidado aqui. Não vejo civilizações, pois são afastadas das divisas. – O que acha de dar uma volta senhor?

                -E ainda pergunta, seu coelho idiota.

                -Não entendo suas expressões. Mas me agrado com o tom, então, obrigado pelo elogio. – Tenho vontade de socar aquele coelho inocente. Caminhamos até nos aproximar de algumas casas. Eu disse casa? Mansões! Fico maravilhado com tanto luxo. Casas de dois andares, com piscina, varanda, jardins e tudo mais. Estou tão surpreso que não escuto o celular tocar.

                -Seu telefone está tocando senhor! – Diz Chrono, quase que automaticamente atendo, e é Carmim. Sua voz doce é encantadora, mas suas palavras carregam um fardo que nunca ouvi antes:

                -Preciso de você aqui em casa!

                -O que aconteceu? – Respondo.

                -Na verdade vai acontecer. – Desligo meu telefone e corro.

                Dirijo de moto até chegar no prédio da prefeitura. Estaciono em um lugar qualquer e corro para dentro do local. Subo as escadas e chego no quarto de Carmim, ela abre a porta e beija minha boca.

                -O que aconteceu? – Eu pergunto, meio que afastando ela de mim.

                -Tenho que te mostrar uma coisa! – Ela me puxa até a cama dela e me põe sentado – Espera aí. – Ela vasculha as gavetas de uma cômoda cor-de-rosa quase encostada na porta que entrei. Ela tira de dentro da primeira gaveta um sutiã e um papel enrolado, estilo rolos históricos.

                -Comprou um sutiã novo?

                -Não seja idiota, isso veio sem querer! – Ela joga o sutiã longe – É isso! – Ela desenrola, e posso ver que é um mapa que tem como título: “Mapa Político Mundial 2016”. – O que acha?

                -Passa isso para cá agora! – Pego o mapa com um sorriso gigantesco. – Não acredito cara, Carmim você é incrível, como conseguiu esse mapa?

                -Peguei emprestado nas coisas do meu pai!

                -Você ainda vai acabar se ferrando mexendo nas coisas dele! – Eu digo tentando repreendê-la – Mas dessa vez passa.

                -Eu sei o quanto você gosta dessas coisas, por isso o fiz. E aí, o que achou?

                -Bom... – dou umas olhadas no mapa – Aqui mostra países que nunca vi na vida. A América do Norte está intacta. Que máximo, disso eu não sabia, nosso país era um continente. Porque Anastácia nunca disse nada a respeito?

                -Talvez ela não quisesse que soubessem algo a respeito. – Quando Carmim termina esta frase, alguns flashbacks vêm a minha mente. Me lembro de Marbee conversando comigo quando tínhamos dezesseis anos.

                -Porque Anastácia não diz nada do passado? Será que não temos direito de saber? – Eu pergunto para Marbee. Com um longo suspiro, Marbee me responde:

                -Talvez ela não queira que saibamos! – Aquilo foi o auge para Marbee começar a desconfiar do governo, apesar de já ter várias dúvidas. De volta ao tempo atual, bom, essa frase de Carmim me fez lembrar da mesma frase que Marbee já havia dito.

                -Alô? Terra para Sandereek! – Diz Carmim caindo em gargalhadas – No que está pensando lindo?

                -Nada, só em como seria sair deste estado horrível.

                -Não é tão horrível assim. Temos um ao outro, e isso é o que importa! – Mais um flashback em minha mente: Quando Marbee diz que sou mais que um amigo para ela, e me beija perto da cerca de lava. – Você está muito distante hoje! Tem algum problema?

                -Quero te contar uma coisa, que já devia ter contado bem antes – Queria contar de Marbee, mas também há outra coisa importante que eu preciso contar. – Meu pai está vivo!

                -COMO? – Ela realmente fica surpresa. – John Turnstille está vivo? Ele não se matou?

                -Não, minha mãe, meu tio... Mentiram para mim. – Eu fico sentimental a partir daí.

                -Como você sabe, soube, disso?

                -Ouvi minha mãe e meu tio conversarem. – Eu acabo me lembrando de algo que não dei muita importância, de quando o coelho disse “quando seu pai tinha sua idade”, “eu defendo os legados de seu pai”. Guardo as perguntas para obter respostas com Chrono.

                -E como você está se sentindo? – Carmim me pergunta com toda a meiguice do mundo enquanto cruza seus dedos em meus cabelos lisos e ondulados.

                -Não quero falar sobre isso! – Encerro o assunto e tento mudar. – Hoje à noite tem aquela convenção de quadrinho que eu estava planejando a anos. Conhecer Logan Jones, meu roteirista predileto e...

                -Ok, nós vamos! – Ela responde sem eu perguntar. Mas ela sabia o que eu queria.

                Enquanto isso, na saída de um laboratório, está acontecendo uma tentativa de assassinato. Um cientista de jaleco e óculos escuros aponta na porta de entrada, sendo vigiado de longe por um cara armado, apenas fitando para atirar. Gritos é o som da bala acertando em cheio o coração do cientista. O atirador corre para um beco e entra num carro preto e antigo. Começa a dirigir pelas ruas. Mas algo nele está fora do comum, não para de tremer, quase atropela uma senhorinha de idade que estava a atravessar a rua na faixa de pedestre. Alguns minutos depois, estaciona em frente a um prédio precário, aparentemente com uns cinco andares. Entra pela portaria, que por acaso não há ninguém naquele lixo de sala. Sobe as escadas e chega em um apartamento com número de E-2 no alto da porta. Provavelmente é o quinto andar, pela ordem do alfabeto. Ele entra tremendo muito até se jogar no chão à frente do sofá extremamente rasgado. Pega um caderno que está jogado e arranca uma página escrita. Ele pega uma caneta, com a mão tremendo, escreve numa letra esgarranchada algumas palavras que lê em Voz alta:

                -Logan Jones! Faca no peito! Convenção de Quadrinhos! – Ele joga o caderno longe e começa a chorar entre soluços.

                ***

                Está de noite, uma bela noite, se é que posso dizer. Estou usando uma camiseta referente a Reynaud Ronald, meu personagem predileto do mundo da ficção. Carmim está com um vestido lindo, vermelho e decotado, mas não vulgar. Na entrada do salão de Convenções, um segurança coloca a mão no meu peito, me forçando a parar.

                -Ingressos por favor! – Ele diz, mas parece não saber quem somos.

                -Senhor! –Carmim começa a falar – Não está nos reconhecendo? Carmim Carter, filha do governador do Estado. E seu genro e amigo pessoal, Sandereek Turnstille?

                -Oh! Me desculpem – Sem ingressos, nós entramos para o a convenção, eu me sentindo um máximo de pessoa ao lado de Carmim. Chegamos ao salão principal, lotado de pessoas com roupas e trajes de heróis dos quadrinhos. Algumas exceções para vilões e personagens de novelas e filmes.

                -On My God! – Exclama Carmim ao olhar para o palco, ela aponta para o mesmo – Lindo, olha quem está prestes a cantar no palco!! – Eu olho e vejo quem é, Funny. O símbolo pop de American Country, cantora predileta de Carmim. Apesar do nome dela significar “Alegria”, sua roupa e maquiagem mostram coisas totalmente diferentes, sempre usa roupas negras estilo Dark e coladas no corpo. – Cala a boca que ela vai CANTAR! – Funny começa a entoar uma canção nova, nunca ouvida por nenhum cidadão do Estado Oeste:

                “O preço da vida é tão pouco.

                Com segredos e ameaças.

                O mundo é tão perigoso.

                E nada que possa parar! ”

                Pela primeira vez em anos, ouço Funny cantar uma música que parece ser verdadeira, ter sentimentos da cantora envolvida. Logo esqueço esses pensamentos, pois ela desce do palco para os bastidores e Logan Jones sobe, tomando o seu lugar com o microfone e a atenção de todos, inclusive a minha.

                -Galera do Estado Oeste! Povo de American Country que está nos acompanhando ao vivo... Fico muito contente de ter sido convidado a participar deste evento épico! – Ele diz tudo isso com muito orgulho estampado em seus sorrisos. – Estou hoje aqui para representar as pessoas que, não simplesmente, sonham com um futuro brilhante. Acho que a minha história pode servir para incentivo das de muitos. Eu, Logan Jones lanço agora... – Antes que possa dizer qualquer coisa, todas as luzes se apagam. Não dá para se enxergar absolutamente nada. Ouve-se um grito aterrorizante de gargalhada maquiavélica vinda do palco.

                Bem longe dali, em um restaurante chinês muito bem requisitado por seu atendimento e aparência. Em uma mesa de casal, Jony e Maxeeni estão conversando. Estão usando roupas de gala. A conversa está bem intensa.

                -Jony! – Ela chama Jony sem esperar retorno – Eu tenho medo.

                -Medo Maxeeni? – Ele pergunta frustrado com aquilo – Depois de tudo que fizemos e deixamos de fazer para o nosso bem e de SEU filho?

                -Você sabe que violamos um dos códigos mais respeitados das leis de Angradash. – Ela dá um gole no vinho que está em uma pequena taça a seu dispor na mesa – E agora, esconder um herdeiro de Angradash, talvez possa ser muito perigoso.

                -Perigoso sim, mas necessário! Você sabe o quanto gosto do seu filho. Não quero que ele acabe como o pai.

                -Sabe, - Maxeeni começa a dizer – Quando me envolvi com ele, nunca quis que Sam tivesse nascido, pois sabia das consequências. Mas eu fui tola, e não me protegi devidamente.

                -Você realmente amava aquele insignificante?

                -Talvez. Por isso o plano pode não ter ocorrido tão bem. – Ela fica cabisbaixa e Jony diz para si mesmo em pensamento: “Só se for para você”.

                -Bom Max, querida irmã, te convidei para este jantar para brindarmos uma ótima notícia.

                -Será que essa notícia será digna de me alegrar?

                -Consegui passagens para Sandereek viajar para o Estado Sul. – Quando Jony diz isso, Maxeeni tampa sua boca com as mãos, isso realmente a deixou feliz.

                No salão de convenções, as luzes retornam a ascender. Ouço alguns gritos de surpresa e medo. Logan Jones está morto no palco com uma faca no peito, sangrando, sangrando muito. Olho para todos os lados, sempre fui bem distraído, mas parece que agora consigo prestar atenção em tudo, ouvir os mínimos ruídos do local. Avisto um cara saindo pela porta de funcionários, que dará com certeza nos fundos do salão.

                -Eu já volto! – Falo para Carmim, e solto sua mão. Ela fica surpresa.

                -Aonde você vai? – Eu escuto, mas não respondo. Ela fica realmente decepcionada. Corro pela mesma porta de funcionários que aquele cara suspeito passou. Chego nos fundos do salão, em um beco. Vejo o cara entrando em um carro preto e antigo, suas mãos o entregam, está composta de sangue. Ele acelera o carro e eu vou atrás de um taxista que está ali por perto.

                -Siga aquele Carro! – Confesso que sempre quis dizer isso. O motorista dirige pela cidade sem perder de vista aquele assassino maluco. No GPS/TV do taxista assisto à Verônica Willians, repórter, falando no canal BBTNews do ocorrido.

                No restaurante onde minha Maxeeni e Jony estão jantando, a mãe de Sandereek vê no televisor que contém acima do balcão de pedidos, pendurado no teto a mesma reportagem que Sam havia visto no carro táxi. Verônica Willians está em frente o salão de convenções e um batalhão de polícia está cobrindo o local com faixas amarelas. –Temos a informação de que o assassino pode ter ligação com a morte de hoje de manhã, quando um cientista chamado Derek Owen foi vítima de uma bala no coração. A família de Derek disse em uma entrevista que Owen não tinha inimigos, apenas uma rivalidade com o Logan Jones, a vítima de agora a pouco, que foi assassinado a sangue frio com uma faca no peito. A polícia investiga os casos e tenta encontrar ligações entre eles. Aqui é Verônica Willians, da BBTNews ao vivo.

                -Sam está nessa convenção! – Maxeeni se levanta desesperada – Preciso ir Jony! – Ela sai correndo e pega um táxi. Jony começa a sorrir do nada como um louco. Um louco vitorioso.

                -Tola! – Ele começa a dizer sozinho – Confia demais em pessoas tão próximas. Saiba que vou matar VOCÊ, vou matar Sandereek, e por fim vou acabar com o seu grande amor do passado. IDIOTA!

                Vejo o assassino estacionar o seu carro preto em frente a um prédio. Provavelmente sua casa. Peço para o taxista parar e ele o faz. Tiro algumas notas do bolso e entrego ao motorista. Saio correndo, entro pela portaria do prédio. Lá dentro é tudo nojento, sujo, acho que até vi um rato andando por ali. Vejo o cara subir escadas, sigo ele até ver dar em um pátio de apartamentos, uma das portas são socadas com força e escuto ser trancada. Em cima da porta está escrito: E-2. Começo a pensar no que vou fazer. Penso em arrombar a porta, mas isso acabaria me colocando em perigo, e talvez seria mais difícil de descobrir algo a respeito do cara. Decido então que vou para casa. E é isso que faço, desço as escadas, passo novamente pela portaria horrenda e estou novamente as ruas. O taxista ficou me esperando, que gentil. Já o pago antes.

                -Preciso voltar para a convenção! – Eu digo.

                -Sim senhor! – Ele responde.

                -Pé no acelerador! – Digo animado.

                ***

                No salão, já com policiais revistando à área, Maxeeni está com um dos braços entre o ombro de Carmim, e ela com a cabeça encostada em seu ombro, quando Sandereek aparece.

                -Mãe? – Pergunto surpreso. – Vocês estão bem?

                -Aonde você estava? – Sou repreendido pela minha mãe – Um assassinato acontece no mesmo local onde sua namorada está, e você a deixa sozinha?

                -Desculpa, eu... segui o cara! – Falei com muito esforço, já que não encontrei outra alternativa.

                -Você o que? – Novamente Carmim se decepciona. Mas dessa vez parece ser de preocupação.

                -Viu Sandereek? É por isso que gosto de você Carmim – Maxeeni diz apertando mais ainda Carmim – Sam não era deste jeito até conhecer aquela garota.

                -Mãe! – Com uma palavra, tento fazer minha mãe entender que não quero que continue falando.

                -Marbee Pettyfer fez a sua cabeça. – Não funcionou – E o que recebeu em troca? Ela foi embora.

                -Quem é Marbee? – Carmim pergunta com um terceiro tipo diferente de decepção, um que não está estampado, e sim está por dentro. O Governador Joseph aparece com Maggi, a irmã mais nova de Carmim que tem dezessete anos e é loira como ela.

                -Filha! – Ele diz, como um cumprimento caloroso.

                -Papai! – Ela se solta de minha mãe e abraça seu pai. – Que bom que veio.

                -Como você está? – Ele pergunta a filha.

                -Estou bem! Podemos ir embora?

                -Claro! Até porque não quero dar entrevistas. – Eles saem andando em direção a saída principal do salão. – Boa noite Maxeeni, Sandereek. Vamos Maggi.

                -Se cuida! – Maggi direciona essas palavras para mim, dando um leve soco no meu peito, num gesto de brincadeira. – Ai! – Ela diz bem baixinho quando sai andando.

                De volta ao apartamento. Aquele maníaco estava escrevendo naquele maldito caderno. Quando para de escrever deixa o caderninho aberto e vai para o banheiro. Sobre o som da agua do chuveiro alcançando o chão pode-se ler no caderno: “Joseph Carter” “Carmim Carter” “Todd Snow” “Explosão” “Prédio da Prefeitura”. A família do prefeito serão as próximas vítimas. Todd Snow é um nome desconhecido.

                ***

                Enquanto durmo, ouço alguém me chamar. “Sam” “Sandereek” “Estou voltando”. É uma voz grossa, mas doce. Imagino que seja a de meu pai. Eu acordo e percebo que foi um sonho. Já é de manhã. Domingo, lembro que amanhã tenho que trabalhar, por isso já levanto correndo da cama (teoricamente) para poder adiantar as coisas com o Srº Insano, sim, eu dei um nome para aquele vilão. Quando saio de debaixo do cobertor, estou apenas de samba-canção. Começo a vestir algumas peças de roupa que peguei no guarda-roupas. Olho para minha cama e Chrono está sentado nela.

                -Resolveu aparecer, seu sumido? – Parece até que já peguei uma amizade com o coelho. Bom, na verdade confio nele, ele me inspira confiança e verdade.

                -Vim para treiná-lo senhor! – Ele diz com toda sua inocência, como sempre, o que o torna engraçado. – Podemos?

                -Dessa vez não Chrono! – Eu o interrompo – Tenho uma missão para nós. Topa me ajudar?

                -“Topa”? Espera, eu sei essa... sim mano! Partiu aê!

                Após contar tudo para Chrono do que ocorreu na noite anterior, em mínimos detalhes, Chrono começa a pensar.

                -Tenho algo que pode ajudá-lo! – Ele estende seu braço mostrando um relógio, quando aperto um botãozinho vermelho, um painel holográfico gigante se ascende em cima do seu braço.

                -Ok! Um coelho que fala, anda sobre duas patas e tem um relógio futurístico! – Digo ironicamente.

                -Não é futurístico, é tecnologia de ponta no Estado Sul e Central.

                -Ah, desculpe-me coelho pontual.

                -Bom, senhor, - o coelho começa a dizer – Esse é um holograma de pesquisa, altamente sigiloso, que bom, roubei do FBI.

                -Como? – Dou risada – Não sabia que você era dessas. Bom, vamos ao que interessa. Pesquisa aí Morador do apartamento E-2 do prédio Touch City. Precisa de endereço?

                -Não! – Chrono responde enquanto digita, o que é estranhamente estranho, por ter patas – É o único prédio com esse nome no Estado Oeste. Aqui. – Aparece uma foto do assassino.

                -É ele! – Exclamo.

                -Todd Snow, morador único e só. Só diz isso.

                -Agora pesquisa por Todd Snow nos arquivos do FBI. – Eu mando, mas não soa como uma ordem.

                -Pronto! – Ele apenas pegou o link de referência ao nome que já levava aos arquivos do FBI, a foto do Srº Insano aparece com ele e uma placa na mão com o número 98705, sendo medido e fotografado para ser detido. – Aqui diz que ele era um cientista muito respeitado, que tinha um irmão mais novo de dezessete anos chamado Connor Snow, por parte de mãe, que foi assassinado em um assalto. Após, Todd entrou em uma psique louca de vingança, até encontrar o assassino e mata-lo. Quando fez isso, foi preso e na cadeia assumiu uma dupla personalidade, a qual a segunda personalidade lhe faz escrever coisas ruins em um caderno e ele se sente obrigado a cumprir aquilo, custe o que custar, pois a personalidade dois lhe promete devolver seu irmão. Ele conseguiu fugir da cadeia matando um guarda e vestindo sua roupa.

                -Então quer dizer que as mortes do cientista onde trabalho e de Logan Jones já estavam escritas!

                -Sim, pela segunda personalidade! – Diz Chrono.

                -Precisamos pará-lo antes que mais alguém morra! – Eu falo isso convicto. Saio correndo, pego a moto e acelero.

                ***

                Estou na porta do apartamento E-2. Soco-a.

                -ABRA! – Eu grito – ABRA AGORA! EU SEI DE TUDO, TODD SNOW, SEI DOS SEUS ASSASSINATOS! SEI DA SUA SEGUNDA PERSONALIDADE! ABRA! POSSO AJUDÁ-LO. – Eu canso de ficar gritando e arrombo a porta na força, o que não exigiu muito. O apartamento está vazio. Vejo um caderno no chão, provavelmente é o mesmo que Chrono mencionou. Mas antes que possa abrir o caderninho, avisto uma caixa de explosivos, vou até ela e após respirar bem fundo, a abro. Está vazia, o que me faz pensar que Todd já a usou ou vai usar. Corro pegar o caderno, abro-o e vejo várias páginas rasgadas e apenas uma escrita. Me surpreendo ao descobrir que para salvar o seu irmão (ou pelo menos Todd acha que isso é possível), suas próximas vítimas serão o Governador e Carmim, além dele próprio.

                -Meu DEUS! – Exclamo desesperado. Saio correndo desnorteado e acelero minha moto. No caminho passo em frente a mesma ponte onde sofri o acidente a semanas atrás. Reflito em meio a desespero, estou muito longe e não vou chegar a tempo.

                No prédio da prefeitura, Srº Insano entra sem ser visto, amarrado com explosivos grandes em sua barriga. No quarto de Joseph, ele recebe uma ligação de Sandereek.

                -Senhor prefeito! É o Sandereek! Você precisa evacuar o prédio agora!! – Estou gritando e minha voz está trêmula, ao mesmo tempo tenho que lidar com as leis de trânsito, que por acaso descarto em sinais vermelhos. – Tem um terrorista que irá explodir o local! AGORA!

                -Meu Deus, Carmim está aqui também! – Ele parece ficar desesperado também, acreditou em mim graças a Deus. Se ele falou de Carmim, é provável que Maggi não esteja no prédio.

                -Tira ela daí agora! Ouviu? AGORA! – A linha se encerra, Joseph corre para o quarto de Carmim, abre a porta.

                -O que está acontecendo? – Carmim se enfeza – Não sabe bater?

                -Precisamos sair daqui filha! -Joseph pega a filha pelo braço. – Tem um terrorista no prédio!

                -Não. – Sua reação é de preocupação, ela o abraça e começa a chorar, parece medo.

                -Vamos filha! Eu te amo! – Eles saem do quarto dela e caminha para as escadas. Enquanto isso, no corredor principal, Todd, está chorando.

                -Eu vou te encontrar meu irmão! – Diz ele emocionado.

                Finalmente cheguei na rua do prédio, a toda velocidade. Freio com tanta força que a moto derrapa e vou parar longe, novamente um acidente. Quando me levanto para tentar salvar Carmim e meu sogro, é tarde demais. O prédio vai pelos ares. Fico surdo com o impacto sonoro da bomba. Coloco a mão na cabeça, com os dedos entre meus fios loiros de cabelo e os puxos todos para trás, começo a chorar, e a gritar.

                ***

                ***

                ***

Flashbacks me vêm na cabeça.

                -Estou indo embora! – Diz Marbee com dezessete anos na porta da minha casa em uma noite de lua cheia.

                -O que? Para onde? Como, porque? – Fiquei sem reação, porque ela me conquistou de uma maneira que não queria me separar nunca dela.

                -Eu vou descobrir o que há de errado com este mundo, com essa vida. Vou obter respostas as nossas perguntas, e quando tiver acabado com Anastácia, eu retorno. Prometo! – Ela se vira para ir, mas seguro seu braço, a puxando novamente para de frente a mim.

                -Por favor! Eu preciso de você, te amo.

                -Sam, não torne as coisas mais difíceis. – Ela beija minha boca por quase um minuto. Foi um beijo intenso, parecia uma música agradável sendo entoada entre nossas línguas. As quais bailavam com movimentos suaves. Então ela vai embora, da minha vida, para sempre. Nunca mais ouço falar dela.

                ***

                Central de American Country. White House...

                Anastácia D.W. está em sua sala governamental assinando papéis. É uma sala gigante, com uma bandeira do país estendido acima das janelas de vidro. Ela abre uma porta de vidro que dá para a varanda de sua sala, começa a olhar todo o seu estado. É uma vista privilegiada, já que dá para ver até mesmo bem longe, a cratera coberta de lava, no limite daquela cidade linda e tecnológica, com trens-bala que passam por cima da cidade em grandes construções ferroviárias. Um lago gigante fica à frente da White House, com um caminho de pedras brilhantes no meio do lago quadrado.

                -Eu vou encontrar você! – Diz Anastácia olhando para todas as direções visíveis do Estado. Ela entra novamente para dentro fechando portas e janelas, começa a procurar arquivos e arquivos em estantes e estantes com diversas chaves e chaves para destrancar gavetas e gavetas. Depois de horas, ela encontra o que procura, com um sorriso no rosto, ela olha para o arquivo, na verdade é uma ficha de uma garota Ruiva de olhos verdes com o nome em baixo da foto – Eu juro que vou te encontrar, Marbee Pettyfer!

                -Senhora D.W! – Uma mulher loira de cabelos presos, óculos grandes, provavelmente a assistente pessoal de Anastácia, entra na sala, o que faz a presidenta se assustar. –Tudo bem com a senhora?

                -Sim. –Ela diz se recompondo do susto – Diga logo o que quer Kerah!

                -Professor Jacob está presente aqui e quer falar com a senhora! Mando entrar? – D.W. se vira para a janela de vidro da varanda, e com um longo suspiro e alguns olhares estranhos, ela responde.

                -Sim, avise que estou esperando-o.

                ***

                De volta ao Estado Oeste...

                Sem reação, fiquei ali mesmo onde caí da moto. Vi toda a ação dos bombeiros, para vasculhar o local. Minha mãe aparece e me leva para casa, estou esgotado. Acabo caindo no sono com um chá de ervas que minha mãe me dá para relaxar.

                Nos destroços da explosão, uma esperança! Os bombeiros encontram duas caixas brancas de dois metros de altura, de aço e revestidas de chumbo. Quando abrem ao mesmo tempo as caixas, estão em cada uma, Joseph e Carmim. Intactos. Um sorriso de esperança está estampado no rosto de Carmim, ela abraça se pai e os bombeiros que estão ali aplaudem aquele momento tão emocionante. Um carro estaciona ali em frente, é Maggi que corre para abraça-los também.

                ***

                É segunda-feira, mau consigo me lembrar de como cheguei aqui em casa ontem. Estou devastado, por isso nem fui trabalhar hoje. Esfrego os olhos e me levanto da cama, sem camisa, de calça moletom. Vou até o banheiro que fica saindo do meu quarto, um pouco à frente no corredor. Molho as mãos, abrindo a torneira da pia, e despejo em meu rosto. Estou com olhos vermelhos e pulsando de raiva de mim mesmo.

                -Sandereek! – Minha mãe me chama. A voz parece vir do meu quarto. – Filho? Onde você está?

                -Estou no banheiro! - Em segundos ela está entrando no banheiro, que está com a porta aberta. Ela me abraça, com um sorriso no rosto. – Porque tanta alegria? Não consegue ver o que aconteceu?

                -Filho, liga sua TV no canal 22. – Ela me diz, e vamos para o quarto. Ligo a TV no canal 22, onde Verônica Willians está falando no BBTNews.

                -A família Carter – começa a reportar – Sobreviveu ao ataque terrorista. Parece que os bombeiros encontraram cápsulas de aço, usadas no final da Terceira Guerra Mundial, que o prefeito continha em sua casa. Todd Snow morreu no local, foi confirmado que ele efetuou como terrorista. – Eu desligo a TV com o controle. Abro o guarda-roupas e pego uma camiseta preta de mangas longas. Visto-a.

                -Onde você vai? – Minha mãe pergunta. Ainda tenho raiva da minha mãe pelas mentiras, mas é algo mais leve. Apenas respondo.

                -Vou atrás de Carmim!

                -Mas aonde? Sua casa foi destruída. – Ela me faz pensar, mas antes que responda a ela, a campainha toca.

                -Eu atendo! – Eu digo já correndo, passo pelo corredor, saio na sala, abro a porta. É Carmim, e seu pai com um dos braços laçados aos ombros dela. Fico surpreso. Observo que lá na rua, encostada no carro, está Maggi toda produzida, com os braços cruzados. – Carmim? – Quero abraça-la, mas não faço. Olho novamente pra Maggi, para o carro, e vejo malas dentro dele. – Espera, o que está acontecendo?

                -Sam! – Carmim diz num tom suave, como de costume – Pode ser difícil, e é realmente para mim também. Bom, não quero enrolar para dizer. Estamos Indo embora para a Central.

                -Você não pode ir! – Protesto.

                -Não é uma escolha minha, - Diz ela olhando para seu pai, o qual se solta dela e aponta para o carro, querendo dizer “te espero lá”. – Depois do que aconteceu ontem, não podemos mais ficar aqui, e eu me preocupo com o meu pai, pois já não é tão jovem. Aí eu pensei, Se Maggi que tem toda uma vida social no colégio, e aceitou apoiar meu pai em suas decisões, porque eu não faço o mesmo?

                -Então essa é uma despedida? – Pergunto, sei a resposta.

                -Não! – Me surpreendo – É um “Até breve”. – Selamos nossos lábios, como se fosse a última vez que nos tacaríamos. Abraço ela, sem desencostar os lábios dos dela. Ela se solta, se vira para as ruas, e começa a dar curtos passos, logo está em passos rápidos. Vejo ela entrando no banco ao lado do banco do motorista. Vejo seu pai a abraçando rapidamente, seus lábios mexendo para dizer algo que não escuto. Vejo Maggi entrando no carro. Vejo o carro ir embora. Vejo mais uma vez, alguém ir embora da minha vida.

                ***

                Em um lugar bem escuro, cheio de tralhas. O mesmo lugar onde Sam foi posto sequestrado por seu tio. Jony está ali, com o sangue pulsando em seus olhos.

                -Como está indo tudo? – Ele está falando com alguém que está atrás dele, quando se vira, fita diretamente para baixo.

                -E-está tudo indo conforme o plano! – Diz Chrono, gaguejando.

 


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Notas finais do capítulo

A traição é o jogo mais destrutível que um humano possa lidar. Mas Chrono não é um humano, será que ele pode entender isso? A Mãe de Sandereek sabe muito bem como explicar essa situação, mas parece que a traidora foi traída por um traidor maior ainda, Jony. Espero que tenham gostado da leitura. Se sim, favorize a história e não se esqueça de deixar o seu comentário! Gostou muito? Então neste caso, recomende para que outras pessoas descubram o enredo. Até a próxima segunda, em mais um episódio intrigante de Legatários – O Código Demanda.



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