ONE-SHOTS escrita por Beatrice Ricci


Capítulo 3
Jack Frost & Rapunzel — Meu sonho (L)


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, fico feliz por quem comentou e quero dedicar esse capitulo a Frost Girl, espero que vai ler goste e comente, isso me deixa feliz :)



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Jack Frost & Rapunzel 

Meu sonho

°°°

Ele estava feliz por ela, seu cabelo não era mais dourado e magico, agora castanhos escuros e curtos, mas sua beleza continuava a mesma, seus olhos verdes da cor de uma esmeralda e seu semblante sonhador, tudo nela refletia a luz.

 Admirando sua fisionomia sobre os poucos raios de sol debruçado pela sacada a viu sorrir várias vezes, desviou o olhar quando a bela figura o fitou, é engraçado, há poucos dias ela o odiava, o chamava de moleque irresponsável, como se ela também não fosse, e nesse momento ambos estão juntos, não como amigos e sim com um casal.

Era verdadeiramente espantosa a nitidez como que relembra como a conheceu:

Estava voando por aí, recebendo a brisa suave em seu rosto, quando viu uma torre enorme, escondida no meio da floresta, sua curiosidade lhe veio, foi até a construção pousando na única entrada, uma janela, tomou cuidado com os vasos de flores em volta e entrou, o lugar estava pouco iluminado, deu um único passo quando recebeu um golpe na nunca o fazendo desmaiar, quando acordou estava em volta de cabelos dourados sentando em uma cadeira, achou tudo aquilo estranho, principalmente o “sapo” verde em seu ombro, balançou para aquele anfíbio deixa-lo, ouviu a voz, naquele instante nunca se esqueceria de sua melodiosa voz.

— Quem é você? — disse a jovem. Em sua mão uma frigideira, certamente usou-a para golpeá-lo.

— Uau. — falou.

O cabelo longo e dourado da jovem refletido pelas luzes das frestas da janela, sua pela levemente bronzeada, suas bochechas rosadas, seu corpo esbelto, não era magro, curvas ideias para sua estatura, engoliu em seco ao deslumbra-la, suas orbitas oculares expandiram-se, como se quisessem saltar para fora.

 Repetiu a pergunta, o rapaz de cabelo platinado bagunçado sacudiu a cabeça para raciocinar e a disse “Jack Frost”, de repente os olhos que o encaram tomou o verde mais intenso que se pode imaginar e um brilho diferente, sua expressão de desconfiança sumiu para dar lugar a de surpresa e alegria, o adolescente franziu a testa arqueando uma das sobrancelhas, o mais inusitado de tudo é que ela pode vê-lo, sua face vagou pela torre por instantes.

— Você é mesmo Jack Frost? — perguntou num tom baixo e suave. Ele voltou a vê-la confirmando com a cabeça. — Jack Frost, Jack Frost!... — cantarolou, girando a frigideira no ar para em seguida dá um riso breve. — Eu, quer dizer você é uma lenda igual aos meus livros, não imagino quanto tempo eu li sobre você, claro que sempre pensei que fosse um duende de nariz pontudo. — Essa ultima palavra saiu num murmuro.

Jack Frost, assim chamado, ficou a observando falar freneticamente, por uma vez em tantos anos alguém lhe conhecia e melhor o via, no fundo de seu coração, se ainda tivesse um e se esse bombeasse sangue, diria que acelerou. Coisa impossível, pois sendo um espirito invernal deixou de sentir coisas humanashá muito tempo, pensou por instantes quem poderia ter escrevi do sobre ele, ninguém sabia sobre sua existência, além do homem da lua, seria possível que Katherine, a guardiã de histórias, a responsável? Não a conhecia, havia desaparecido há anos antes de seu nascimento como Jackson Overland, só tinha histórias sobre ela e seu amado Noite Luz, tirou esses pensamentos da mente quando sentiu a cadeira que está girar, a jovem começou a falar sobre luzes mágicas e coisas que ele não tem o menor interesse.

— Desculpe, mas não levo pessoas a lugares, sou Jack Frost responsável por trazer a neve e diversão. — falou a abaixando o olhar, “pés descalços”, pensou a vê-la sem nenhum calçado assim como ele, sorriu, foi quando um banque bateu em sua mente. — Meu cajado, onde está meu Cajado, loira?

Vagou a procura do objeto precioso, Rapunzel cruzou os braços e deu um sorriso sarcástico, o albino percebeu seu semblante e a questionou, ela não o respondeu em vez disso o puxou com o cabelo que está enrolado em seu corpo para ficar próximo a ela, ao fazer impulsionou-o para frente colocando a mão no móvel para impedir sua queda, ele a olhou indignado e irritado, ambos ficaram assim por alguns segundos até ela balbuciar.

— Você só irá ver seu preciso Bastão.

— Cajado. — interrompe.

— Tanto faz — prossegue falando após revirar os olhos. — Quando me levar às luzes brilhantes.

— Isso é uma chantagem?

— É uma promessa. — O guardião franziu a testa, com duvida. — E uma promessa minha nunca é descumprida.

— É só levá-la que devolve meu cajado?

— Sim.

— Tudo bem, não tenho nada a perder mesmo.

Sorriu ao ouvir a declaração do espírito, a empolgação lhe alcançou de imediato fazendo-a deixar as mãos livres, para assim sem consciência causar a queda do adolescente.

Com nostalgia tais lembranças que venho a memória, manteve-se com olhar profundo esquecendo-se da amada ao lado, ela sorriu ao vê-lo tão distraído, isso o deixava mais bonita, pensava, poderia continuar a deslumbrar a face branca como a neve e os olhos mais azuis do que o céu e o mar, pela a vida inteira, com tudo o sol despedia-se deixando consigo os últimos raios no céu,  e sendo a princesa teria que receber em instantes a rainha de outro reino.

— Jack — o chamou, não obtendo resposta fez novamente.  — Jack.

Piscando várias vezes voltou à realidade, vagou até os olhos da figura a seu lado, teve um sorriso. Recostou a cabeça em seu ombro, relaxou os músculos, levou a mão a dela entrelaçando.

— Sabe Rapunzel... — começou ele, com o tom de voz baixa. Manteve a mirado no crepúsculo. — Sempre me perguntei qual a razão de eu estar aqui e porque o homem da lua nunca me contou, talvez ele quisesse que eu descobrisse ou só me ignorava — as ultimas palavras saíram com um riso no final. — Ainda espero que ele me responda.

— Gostaria de ajudá-lo Jack. — disse, voltando a vê-lo. — Sei que não sou a pessoa mais indicada para lher dar as respostas. — acrescentou.

— Você já me deu as respostas Rapunzel. — Ele sorriu vagando pelo rosto dela.

— Dei? — questionou, franzido a testa.

— Sim. — deu uma pausa na voz e prosseguiu logo em seguida. — Toda vez que a vejo a resposta da minha existência é você. Quando a vi primeira vez me impressionou com sua beleza, mas depois lhe odiei por ter pegado meu cajado, você era irritante, ainda é um pouco, mas tudo mudou quando vi quem você é de verdade.

— Quem eu sou de verdade Jack? — perguntou, com olhar inexpressivo, devido o receio da resposta.

— Meu sonho. — disse ele depois de um breve silêncio. Fixou o olhar ao dela, viu como a resposta a agradou. — Eu te amo Rapunzel de Corona, e mesmo que envelheça, fique com rugas e o cabelo branco eu te amarei mais e mais, pois você é a luz, é o sol, a flor e acima de tudo meu sonho.

— Jack... — sua voz saiu com dificuldade, seus olhos marejados deram ênfase nas palavras que invadiram o seu íntimo, o espírito sorriu um sorriso sincero. Sem aviso prévio ela o abraçou, espantando pelo ato demorou a correspondê-la. — Eu também te amo, amo, amo, amo... — Deixou os braços dele depois de um tempo, quando fez o mirou profundamente, com um largo sorriso, as lágrimas ainda escorriam pelas bochechas, o albino as limpou com ambos polares. — Você é meu sonho Jack Frost.

Os olhos fixos na cena final. Aproximaram lentamente para assim encontrarem os lábios um do outro, as mãos dele ficaram na fina cintura, queria segura-la inteiramente, não importava quanto tempo duraria o beijo, só queria sentir-se vivo novamente, ter o fogo que a consome dentro de si, ela segurava seu rosto entre suas mãos, estava disposta a dar aquilo que ele desejava, derreter o seu coração, ser assim como ele é o seu sonho.


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Notas finais do capítulo

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