O namorado da minha melhor amiga escrita por Jheni


Capítulo 1
Capítulo 1 - O fantasma!


Notas iniciais do capítulo

HISTÓRIA EM REFORMA



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— Jessica??... Você vai se atrasar querida - Essa era uma das questões pendentes em minha vida, o tempo. Nós nunca nos conciliávamos. Eu sempre chegava atrasada, sempre. E quando raramente conseguia me acelerar acabava chegando na frente de todo mundo, como um carma... - Quer uma carona? - Encarei minha mãe encostada no balcão da cozinha. Ela estava com o cabelo todo bagunçado, várias remelas em seus olhos e ainda usava seu pijama amarelo de bolinhas.
— Definitivamente não.
Ela fez uma careta enquanto eu jogava a mochila nas costas mandando beijinhos e logo após percebi que deveria ter aceitado aquela carona afinal, já que cheguei na escola dez minutos depois do sinal e já não havia mais nenhuma alma nos corredores. Corri até a sala de química onde aconteceria minha primeira aula e avistei o Sr. Clarke de costas para a turma. Se eu desse sorte, conseguiria entrar sem ser percebida. Abri a porta e caminhei silenciosamente até a bancada junto com Francie:
— Senhorita Benett, talvez eu devesse te dar um relógio de presente - Sr. Clarke ainda continuava virado para o quadro, mais como um ser sobrenatural que era, já havia sentido minha presença.
— Me desculpe... - Soltei com a voz miúda, tentando parecer o mais inocente possível.
— Uma chance, Jessica vou te dar apenas uma. Porque é o primeiro dia de aula, e acho que não devemos acumular mais uma detenção na sua pilha - Agora ele já me encarava com seus olhos semicerrados atrás de seus óculos nada sensuais, realmente eu tinha uma pilha de detenção por atrasos, como eu disse, tempo...
Soltei o ar assim que ele voltou a escrever as fórmulas de química orgânica no quadro:
— Por onde andou? - Fran sussurrou em meu ouvido assim que a atenção do traste não estava mais em minha pessoa.
— Não é onde, é no que! Eu tive que pegar dois ônibus, sabe o que é isso? Dois.
— Ônibus? - Ela gargalhou mostrando seus dentes todos enfileirados e brancos - O que aconteceu com seu carro?
— Digamos que ele está com alguns amassos...
— Amassos? Deus. Jess você bateu seu carro?
— Sim Fran, eu estava voltando da maldita festa da Maryland, brigando com o Jason no telefone e com a cabeça cheia de vodka , mas essa não é a pior parte...
— E tem uma outra parte?
— Eu não o bati. Eu parei o carro no meio da pista e abri a porta, então veio outro carro, e bum, adeus porta. - Os lábios pequenos e marcados por um batom nude de Fran foram entreabrindo lentamente.
— Eu passo duas semanas fora, e você já consegue fazer isso?
As duas últimas semanas de férias eram quando Francie ficava na casa de praia de sua família, o que lhe dava uma pele bronzeada mondando seu rosto, destacando seus olhos azuis, e seus cabelos loiros claros. Deprimente...
— Pra você ver.
Quando o sinal tocou anunciando o fim da primeira eu juntei todos os meus matérias e parti para a aula de matemática, uma das poucas matérias que eu não tinha junto com Francie, além de biologia:
— Olha quem chegou, minha vagaba predileta - Alan disse assim que me sentei ao seu lado. Não é mito essa história de toda mulher precisar de um gay e Alan sempre estava ali por mim, em meus dias bons e ruins, e também para reclamar da minha roupa, é claro. - Como foi o seu sermão hoje?
— Sermão?!
— Com a Francie - Olhei para Alan com o canto dos olhos enquanto fingia prestar atenção nas boas vindas da Srt Rose.
— Porque eu daria um sermão nela? Ok - Sussurrei o máximo que pude - O que eu perdi?
— Amor, provavelmente ela iria te contar depois, talvez no intervalo ou quando se conhecessem...
—Conhecer quem?
Ele se calou momentaneamente, o que era estranho na verdade. Ficamos alguns minutos naquele silêncio incomodo apenas ouvindo a voz da professora e o barulho de nossas respirações:
—Alan... Alan... - Ele virou seu rosto para mim - Desembucha!
—Ok, ok. Mas não fala que...
— Tá, tá. Anda logo!
Ele levantou suas mãos em forma de rendição - Tem um cara que se mudou para o prédio da Fran, gato, alto, moreno, olhos claros... Vizinhos. Ela me disse que ele estava triste e que começaram a conversar e tudo aconteceu rapidamente.
—Oh não, por favor não. Alan, me diz que foi só uma transa e nada a mais que isso.
— Não posso te dizer isso Jess, sinto muito... -Ótimo, era exatamente isso que faltava para todos os anos parecerem iguais, Fran e sua capacidade de se '' apaixonar '' por alguém em menos de dois minutos, enquanto eu havia ficado dois anos com Jason, ela já havia passado por pelo menos uns oito namoros, oito...
Eu sai no fim da aula de matemática determinada a bater a cabeça oca de Francie em um armário até ela se tocar da realidade, e não, não sou uma louca ciumenta, mas realmente os namorados de Francie nunca passam do número três na escala de concepção. Eu havia preparado um texto em minha mente mas logo que cheguei no corredor principal todas as palavras programadas foram se escorregando de minha mente até eu não conseguir pensar em mais nada. Ela estava lá, abraçada com um cara gato, alto, moreno, olhos claros, como Alan descrevera:
— Ei Jess, vem cá - Ela me olhou com aquela carinha de quem tá aprontando, já se preparando pra se esquivar dos meus sermões porém, eu já não sabia nem falar.
— Ah... Oi Francie.
— Eu sei que ainda não te falei nada, me perdoa, é que você sabe... - Ela fez novamente a carinha fofa - Mas esse é o Thomas. - O garoto sorriu para mim e eu fiz o mesmo, sentindo meu corpo tremer inteiramente. - A gente tá se conhecendo...
— Ó que ótimo. Jéssica, prazer. Adoraria ficar mas eu preciso realmente ir. - E antes que ela retrucasse eu praticamente corri até encontrar Alan novamente. O agarrei pelo braço o puxando até um canto mais vazio do corredor.
— Nossa Jessica, o que aconteceu? Até parece que viu uma fantasma.
— E vi. - Meu coração ainda palpitava sobre meu peito.
— O que? Quem?!
— Francie, ela tá lá... lá...
— Onde Jess?
—No corredor com o Thomas.
— Esse é o nome? Não sabia que ele também estudava aqui - Alan comentou sem ligar os pontos que eu não conseguia soltar de minha boca.
— É o Thomas, Alan.
— Sim, eu entendi que ele chama Thomas - E de repente seu rosto se iluminou, como se uma lâmpada houvesse sido acendida em seu cérebro - Meu deus, não me diga que... - Concordei com a cabeça - Meu deus.


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Notas finais do capítulo

Estou melhorando o enredo para continuar, de pouco em pouco, então quem já lia, quem ta começando agora, vai ter alterações antes de começar os novos capítulos



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