All The Way Back Home escrita por Zaria


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Oee~
Não vou falar muito porque sempre me cortam aqui TT^TT
Well, well, eu recomendo que escutem a música "All Star", do Nando Reis~
Beijo e até as notas finais~ ♥



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All The Way Back Home

Cap. Único:

Era meu último ano naquele inferno.
Sim, eu odiava tudo naquele maldito colégio; os retardados que me batiam, as garotas doidas que ficavam me encarando, os "popularzinhos" que ridicularizavam a qualquer um... Pois é, tenho muitos motivos para detestar a maior parte da minha vida, aquela que passei num lugar tão... Artificial - a escola.
Mas havia uma coisa... Uma coisa muito, mas muito idiota, muito chata e sem nenhum tipo de filtro; esse era meu melhor amigo. E o estranho foi que a causa de todo esse inferno na Terra era, indiretamente, ele.
Se meninas acham terrível apaixonar-se pelo melhor amigo por medo de perder a amizade ou coisas assim, meus problemas eram maiores por, principalmente, ser um menino.
— Mahiro! Vem cá! Vamos embora logo!
— Já vou, Takashi! - Suspirei. - Pode me esperar lá fora, só vou beber água e já te alcanço.
— Okay! - Ele piscou, abrindo o portão da escola em seguida.
Tínhamos acabado de sair da aula de inglês, que era à parte na escola, onde uma garota doida do oitavo ano (estamos no nono ano) ficava constantemente nos encarando e sorrindo. Depois, sussurrava algo para a amiga do lado, também do oitavo ano, e esta sorria e batia de leve na outra, como censura. Queria saber do que elas tanto conversavam...
Depois de ter bebido a água, fui lá para a parte de fora da escola, onde tinha um banco e uma grade. Takashi estava na calçada já, e falando no celular. Provavelmente, estava chamando a mãe dele para buscá-lo, já que ele mora longe. Ele sempre me acompanhava até a minha casa e voltava para a escola depois. Ele tinha medo de que os caras que me batiam no colégio pudessem me encontrar pelo caminho e eu estivesse sozinho e sem ter o que fazer para me salvar. Bom, é para essas coisas que eu carrego meu canivete sempre comigo. Mas ele faz questão de vir junto, então quem sou eu para reclamar? Eu gosto dele mesmo.

— Ei, Mahiro - Ele me chamou. - Você anda meio triste...
— Eu não estou triste. Eu to bem - Sorri, meio forçado.
— Não, você não tá bem - Ele me segurou pelos ombros. - Me fala. Eu sou seu amigo, você pode me contar. Anda. Eu não gosto de te ver triste...
— Para, Takashi! Se eu não te contei até agora, é porque você não vai entender!
— Eu vou sim!
— Não vai não!
— E como você sabe?
— Eu tenho meus motivos. Agora vamos pra minha casa logo - Consegui me desvencilhar das mãos dele e comecei a andar.
— Ah, Mahiro - Ele me alcançou. - Eu liguei para a minha mãe para saber se eu podia ir pra sua casa, sei lá. Ela deixou. Eu posso?
— Só agora que você me fala, idiota?
— Eh... - Ele deu uma risada nervosa, típica dele. Ironia é típica dele, na verdade. Não, acho que as duas coisas são. - Por favor, Hiro-kun...
— Você sabe que eu odeio que me chamem assim, Taka-kun.
— Uwaah, eu odeio esse apelido mais ainda, Hiro-kun!
— Só vou parar quando você me chamar pelo meu nome, Taka-kun - Sorri, olhando para o chão.
— Ai, Mahiro! - Ele me puxou.
— Mas o que... Takashi, você tem doença? Qual é o seu problema?
— Você ia morrer, idiota! Olha pra frente! - Olhei. Lá tinha uma garagem, o portão estava abrindo e um carro estava saindo. Ele provavelmente não teria me visto e... Seria o fim de Suzumi Mahiro.
— Takashi... - Senti que as lágrimas viriam. - Obrigado - Ele ainda me segurava em seus braços. Eu sentia que realmente iria morrer se ficasse assim por mais tempo. E pior: ia morrer chorando. Patético. - Eu ainda estou vivo, certo?
— Graças a Deus!
— Não, graças a você.
— Não, graças a Deus, porque eu ainda ando com você, Mahiro! Se eu não estivesse aqui... Eu não quero nem pensar! - Ele me soltou. - Por favor, não morra, Mahiro.
— Para de zoar com a minha cara.
— Eu to falando sério.
— Ah, quer saber, - Comecei a andar. Ele logo me seguiu. - vamos logo pra minha casa. E outra: você sabe que todo mundo morre um dia.
— Então morra depois de mim. Porque eu não sei se consigo mais viver uma vida normal sem você. Apesar de você não ser normal e também não ser a melhor das companhias, eu gosto de você. E de ficar com você. Não me leve a mal.
— Você também não é a melhor das pessoas, mas eu gosto de você. Não te levei a mal.
— Ah, Mahiro... Vou ter saudades desse seu sarcasmo todo - Ele deu um sorriso melancólico. - Por quê você tem que ir embora, hein, seu retardado?
— Eu não aguento mais esse colégio.
— Você entrou nele nesse ano!
— E daí? Não significa nada. E se você tivesse entrado numa escola onde as pessoas te julgassem, o que você faria?
— É... Eu também ia querer ir embora - Paramos para atravessar a rua. Ele me deu a mão. - Espera o sinal ficar verde.
— Por que você tá segurando a minha mão?
— Você vai morrer depois de mim, esqueceu? Então. Eu estou cumprindo com a sua parte por você.
— Takashi... Às vezes você consegue ser mais estranho do que eu - Segurei mais forte na mão dele. - Ó, meu belo salvador, será que você conseguirá atravessar o rio cheio de monstros horrorosos e levar esta linda princesa - Apontei para mim mesmo com a outra mão. - para a casa dela? - Fiz voz de garotinha.
— Mas é claro! - Ele riu.
— Agora você tá dando uma de mito da internet, ó belo salvador de princesas mais belas ainda?
— Vai se foder - Ele riu. - Já estou te salvando, não estou, ó nobre princesa de meu coração?
— Takashi - Falei. - Só eu percebi o quanto esse sinal tá demorando pra mudar ou ele tá normal e é impressão minha?
— É verdade... Tá demorando muito mesmo - Depois de alguns segundos, ele bateu na própria testa. - Ah, como eu sou idiota!
— Disso eu sei, Takashi. O que foi? - Perguntei.
— A gente ficou aqui brincando de ser princesa e nem viu o farol ficar verde! Nós somos duas antas, isso sim! - Então, o sinal ficou verde (pela quarta vez. E sim, eu percebi, mas amor, o cara que você gosta tá te dando a mão. Pelo amor de Deus, né?) e passamos até a outra esquina. Takashi continuou segurando a minha mão. Não disse nada.

— Pronto - Parou em frente ao portão da minha casa. - Tá entregue. Agora quero minha recompensa, princesa.
— Quê? Recompensa? Você tá louco?
— Não, princesa. Estou perfeitamente consciente.
— Ah, okay... O quê você quer como recompensa? Um beijo?
— Como você sabia, princesa? Assim não tem graça.
— Takashi, você quer um beijo meu? - Falei, arqueando uma sobrancelha.
— Ué, é o que tem pra hoje - Sorriu. Eu também sorri.
— Você já sabia por que eu estava mal, não é, seu traste?
— Já, sim. Agora minha recompensa, princesa, senão eu não saio daqui.
— Okay, ó nobre e belo salvador. Feche os olhos. E não espia, desgraçado! - Bati nele.
— Tá bom, tá bom! Que princesa mais agressiva você é, Mahiro! - O calei. Mas dessa vez, não foi com um tapa.

•♚•

Um ano depois...

— Mahiro! - Takashi me chamou pela milésima vez. - Vem logo! Você já tá aí há sete anos, 'more!
— Ah, já vai, seu chato! Não é minha culpa se meu guarda-roupa não é monocromático que nem o seu, e também não é minha culpa se eu gosto de ficar mais lindo do que já sou pra você parar de ficar olhando pra bundas alheias por aí, Takashi! - Gritei de volta, enquanto arrumava o cabelo e ajeitava minha jaqueta. - Agora só falta colocar os tênis e já vou! - Peguei meus tênis (daqueles lindos de cano alto, que a propósito eu fiz o Takashi comprar pra mim) e os coloquei o mais rápido que pude, quase tropeçando nos cadarços. Eu sei que princesas divas não devem se apressar para encontrar meros súditos (já nem é mais considerado príncipe, aquele ogro), mas é capaz daquele troglodita sair e me largar aqui. Se bem que se ele fizer isso ele morre. E eu faço questão de cortar a cabeça dele fora. - Pronto, seu idiota! Doeu esperar?
— Sim.
— Como assim? - Meu tom já não era mais de brincadeira.
— Minhas costas e meus pés, por exemplo. Mas o que mais doeu não foi isso.
— O que dói? - Até cheguei a ficar preocupado com ele. Só um pouco.
— A minha boca.
— Hein?
— Precisa de um beijo pra sarar.
— Ah, seu... - Minha raiva foi cortada por ele, que me puxou para um beijo. Eu não sei de onde um cara de meio metro de altura tira tanta força. Aff. - Okay, okay, se a sua dor já passou, a gente pode ir agora? - Falei, depois do beijo.
— Mas eu ainda tenho dor... - Ele me puxou novamente, dessa vez me deitando no sofá.
— Ei, ei, ei! Pode parar por aí! Eu não me vesti assim pra você tirar minhas roupinhas desse jeito não! A gente vai nessa merda de lugar que você quer me levar e depois, só depois, eu posso pensar em deixar você me ter, okay? Eu sou diva demais pra você, nem sei como eu namoro você, muito menos porque eu gosto de você.
— Nossa, então você me ama também, é? - Ele me abraçou, repousando a cabeça na curva do meu pescoço. Eu sentia sua respiração. - Hiro-kun... Vamos pra lá outro dia...
— Ah, vai te catar, traste! - O empurrei. - Vem, vamos logo seu miserável, anda! - Peguei sua mão, ele entrelaçou nossos dedos. - Taka-kun, você tá meio apaixonado demais hoje.
— Não me chame assim! - Ele fez uma careta emburrada. - Okay, vamos logo pra você parar de me encher, minha princesa.
— Ai, ai... Mereço - Abri a porta, revirando os olhos. - Onde que é esse lugar?
— É meio longe... - Ele coçou a nuca com a outra mão. - Então eu queria te perguntar se você quer ir de taxi ou a pé mesmo.
— Ah, vamos a pé mesmo. Não deve ser tão longe assim.
— É... - Ele sorriu amarelo. - Vamos, é por esse lado aí - Ele apontou para a minha esquerda. Começamos a andar, ele me guiava e eu só franzia o cenho. Ele não parecia muito certo do endereço.
— Takashi - Falei, o parando antes de virar mais uma esquina.
— O quê? - Ele sorriu.
— A gente já tá andando a mais de meia hora. Você não sabe pra onde nós vamos, é isso?
— Não, é que... Eu... Me perdi. Me desculpa, Mahiro...
— Mas você é um imprestável mesmo! Nem pra achar o endereço certo no nosso aniversário de namoro você serve, Takashi! - Ele me olhou com uma carinha triste. Será que eu exagerei? - Ah... Desculpa, Taka-kun... - O abracei. Ele nem reclamou por causa do apelido. Tadinho dele. - Tudo bem você ter esquecido, eu vou fingir que não me importo. Mentira, pra mim você tá ótimo. Se eu não gostasse de você, por que você acha que eu ainda estaria aqui, aguentando as suas cagadas e te ajudando a consertar as merdas que você faz? - Me afastei o bastante para o olhar nos olhos e colar nossas testas. - Por isso, não fica mal. Vem, vamos tentar voltar pra minha casa e a gente vê o que dá pra fazer lá, okay? - Entrelacei nossos dedos, ainda o fitando nos olhos, e o dei um breve beijo. - Não se preocupa, você sabe que eu vou dar um jeito.
— Mahiro, eu... Eu não sei como você ainda me aguenta, sério. Eu sei que você pode falar essas coisas só me zoando mesmo, porque eu sei que você é um puta de um mentiroso quando fala disso ou coisas do tipo "eu mereço", mas eu sou muito otário e você não precisa de um peso morto na sua vida. Me desculpa.
— E quem disse que você é um peso morto? Ei, pode parar de depressão aí, esse papel é meu, e de mim ninguém tira. Presta atenção: pra mim, você é perfeito. Você me faz rir quando eu mais preciso, essa sua babaquice toda é até que fofa e... E eu te amo, Takashi. Pronto.
— Aah, Mahiro! - Ele mais parecia uma fangirl gritando. Me abraçou fortemente, quase me matou sufocado.
— Okay, okay, chega disso, ainda estamos na rua - Me afastei dele. - Vamos logo pra minha casa! Aff, eu não aguento mais falar "vamos logo"... - Revirei os olhos e o peguei pelo pulso, tentando me lembrar de todo o caminho que fizemos até ali.
— Eu também te amo, Mahiro - Ele cantarolou, com um sorriso bobo estampado na cara.
— Vai te catar - Enrubesci, fechando a cara. - Anda, acho que foi por aqui que viemos.
— Tehehe... - Ele riu.
— Nossa Takashi, acho que a parte que restava do seu cérebro derreteu agora.
— Mahiro! - Ele fez um bico forçado. Eu ri da cara dele.
— Ai, ai, seu retardado... - Fechei os olhos e neguei com a cabeça enquanto ria.
— Mahiro! Olha por onde anda! - Ele me puxou. De novo, Suzumi Mahiro quase foi atropelado. E, de novo, foi salvo pelo seu príncipe.


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Notas finais do capítulo

Yo~E aí, o que acharam? Muito ruim? Mais ou menos, mais ou menos? Espero que tenham gostado, huehue *coça a nuca* (Eu só peço comentários, gente, façam uma criança grande - de 1,55 m, mas okay - feliz ♥)Weeell... Kissus no kokoro e até a próxima, meus lindoooos~ ♥



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